sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Lei versus graça?
Olá, irmão semeando, evangelho significa toda a Bíblia, a bíblia não foi inspirada por homens, mas por Deus. Se há um evangelho que Deixa a Bíblia de lado e tudo que nela está escrito este sim é outro evangelho, o criado por homens.
E como o irmão irá ver além da letra se não ler a letra? Veja, irmão, o que sai da boca de homens e que é ensinado nas igrejas não correspondem ao que está por trás da letra. O por trás da letra não é um líder dizendo aquilo que nos agrada, contrariando a letra e alegando que parece contraditório porque o "espiritual" seria justamente contrário à letra.
Isto é ensino diabólico, irmão, o significado espiritual das verdade Bíblicas, em nada contraria o que está escrito na própria Bíblia.
O "espírito por trás da letra" significa o sentido de cada recomendação passada por meio de letras, em outras palavras: O POR QUE de cada recomendação.
A Bíblia não está ensinando a ignorar a letra e tentar receber, por meio sobrenatural, um verdadeiro sentido interpretativo. O estudo da Bíblia é racional! Basta ver como Jesus estudava as escrituras! Paulo também.
Cristo lia as Escrituras TODOS os sábados nas sinagogas enquanto Paulo, vivia aos pés de seu mestre, aprendendo intimamente a Palavra. Quando indagado e desafiado, Cristo sempre respondia com um "está escrito".
Cristo guardou tudo que está na Lei e nos Profetas. Pergunte-se se o irmão assim também procede. Paulo também guardou toda a lei em conjunto com o que aprendeu de Cristo. Por que então os demais cristãos tem que ser diferente? Deixar de guardar o sábado, deixar de estudar diariamente a Bíblia, deixar de seguir todas as recomendações e dar um sentido "espiritualista" veja, eu disse "espiritualista" e não espiritual ao evangelho?
O que temos visto em várias igrejas, irmão, é filosofia e não o "assim diz o Senhor". Fazem aquilo que Deus não ordenou e não fazem aquilo que Deus ordenou em Sua Palavra.
Dizem fazer de Cristo seu maior exemplo, mas não seguem o exemplo de Cristo, fazendo o contrário do que ele fez. Este é o suposto evangelho que tem sido passado nestas igrejas.
Paulo, irmão, não era um herege, não pregava contra a lei, nem o sábado. O que Paulo corrigia era um errado uso da lei, assim como Cristo corrigia um errado conceito sobre o uso do sábado.
Paulo foi o maior teólogo que um dia já existiu, depois de Cristo, ele ajudou a dar verdadeiro entendimento sobre a Lei e sua relação com a Graça. Entretanto, têm se deixado de lado as explícitas palavras de Paulo acerca da lei, para dar atenção a supostas "indiretas" de Paulo contra a lei, por meio de versos aqui e acolá.
Paulo não era homem de indiretas, de modo que dizia claramente aquilo que queria dizer, dizia que a lei não salvava, que além disto nos condenava, mas que continua não salvando e agora, também, não condenando, uma vez que a dívida foi paga na cruz.
O que foi removido na cruz, irmão, foi a dívida da humanidade. O cerimonialismo apontava, dentre outras coisas, para o pagamento desta dívida. Os mandamentos não viveram como castigo pela dívida, porque o castigo era a morte.
Não é difícil de entender, porque em países onde se aplica a pena capital, quem transgride a lei recebe a pena de morte. Mas se a pessoa é perdoada, a morte não é aplicada, mas a lei continua existindo. E tendo sido perdoada nunca mais a pessoa poderá ser cobrada por aquele crime!
Então, não há justificação para abolição da Lei, dos evangelhos de Cristo, nem do Antigo Testamento por conta do pagamento de nossa dívida na Cruz.
Irmão, Paulo nunca intencionou usar seus ensinamentos para revogar ou substituir a Bíblia de Seu tempo ou os ensinamentos de Cristo. Paulo apenas contribuiu para o seu melhor entendimento. Agora, para se entender Paulo, tem que se ter o mesmo preparo de Paulo, que estudou as Escrituras desde a mocidade, dia-após-dia. Não há como entender o cumprimento sem entender a sombra, a sombra foi dada justamente porque, sem ela, não conseguiríamos entender didaticamente todo o plano da salvação.
Evangelho baseado na ignorância das Escrituras não existe, irmão. Todo o evangelho foi edificado sobre as escrituras, que nos tempos de Jesus e dos apóstolos era o Antigo Testamento.
Agora, porque a "teologia" que se ensina em nossas igrejas são contraditórias aos ensinos do Antigo Testamento, ao invés de harmoniosa, significa que o Antigo Testamento perdeu a validade?
De maneira nenhuma irmão! Apenas indica de que fomos ensinados de forma errada em nossas igrejas, em contrário ao que diz as Escrituras que não erram, pois são a perfeita palavra de Deus.
E assim se aboli a lei porque os ensinos atuais são muito contrários às Escrituras.
Veja o que Pedro diz acerca da forma como alguns interpretavam os escritos de Paulo:
"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição." 2 Pedro 3:16
"Indoutos" irmão, é uma referência ao não conhecer das Escrituras. Assim, Paulo aprendeu as Escrituras junto a Doutores e Mestres. Este "outras Escrituras" está falando do Antigo Testamento, as Escrituras que se liam e ensinavam todos os sábados na sinagoga.
Veja, torciam as Escrituras de Paulo e também as Antigas Escrituras e diz que o motivo era porque eram indoutos (não foram ensinados/não aprenderam) e inconstantes (contraditórios);
Enfim, torciam as escrituras de Paulo, fazendo-as serem contraditórias às Antigas Escrituras. E paulo fala o que utilizavam nas escrituras de Paulo para este intento: "como em todas as suas epístolas, entre as quais HÁ PONTOS DIFÍCEIS DE ENTENDER".
São pontos como estes apresentados pelo irmão que abolicionistas usam, irmão, para dar entender abolição do sábado.
Estes sim, irmão, tem que se preocupar com a questão da condenação, porque Paulo diz que fazem isto, para sua própria condenação.
Colocar Paulo contra as Antigas Escrituras, é algo grave irmão, cria-se uma disputa entre as cartas de Paulo e o Antigo testamento, entre a lei e a Graça, neste intento, ignorando tudo que Cristo ensinou por meio de palavras e de Seu exemplo.
Cristo não veio revogar a Lei e os Profetas e cumprir não significa abolir, nem jogar fora depois de usar. A Palavra de Deus não é descartável irmão, não são Escrituras com validade vencida.
As cartas de Paulo não contradizem as Escrituras, mas sim interpretações e entendimentos ERRADOS acerca do que seria ensinado nas Escrituras. Paulo contradizia estas interpretações e entendimentos sem nunca contradizer as Escrituras.
Paulo declarou em sua defesa:
"Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César." Atos 25:8
Como um transgressor da lei e do sábado poderia declarar tal coisa acerca da lei dos judeus? Assim como Cristo, em Paulo não se achou, na lei, nenhum motivo de condenação (João 18:38).
Paulo, irmão, não era um herege se levantando contra os ensinamentos de Deus na Sua Palavra, quer revogando, ou mudando aquilo que Deus escreveu com Seu próprio dedo. Nenhuma questão ou contenda se levantou em relação ao sábado, a noção acerca da lei e do sábado, que se tinha, é de que continuariam sendo lidos e praticados, conforme se denotou no concílio.
As sinagogas, irmão, continuaram funcionando normalmente até o ano 70, continuou-se ensinando a lei ali todos os sábados. Cristãos continuaram adorando no templo, enfim, nada mudou NO PROCEDER dos apóstolos, desde a morte de Cristo.
Por imitarem a Cristo, os assim chamados "seita dos Nazarenos", assim foram chamados de cristãos, mini-cristos, no que eram criticados, mas nunca por agirem em contrariedade à lei, no que o próprio Paulo assim declarou:
"Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo TUDO QUANTO ESTÁ ESCRITO NA LEI E NOS PROFETAS." Atos 24:14
A lei e os profetas, não perderam a validade, irmão e o livro de Atos, ao contrário do que abolicionistas ensinam, não era um período de "transição" e também ao contrário do que os mesmos abolicionistas ensinam, os evangelhos não eram só para judeus em uma suposta dispensação ainda da lei!
Os livros do evangelho são o próprio evangelho, é a nova aliança, é o novo testamento. Criar igrejas baseadas na cartas de Paulo como se fossem somente elas as regras dadas à igreja, em uma suposta "dispensação da graça", é conveniente, mas é também anti-bíblica.
Tenhamos em mente, irmão, que Paulo estava corrigindo entendimentos errados acerca da Lei, e não "corrigindo a lei" a fim de adapta-la a uma nova dispensação. Este ensinamento dispensacionalista acerca da teologia de Paulo é a pior praga que tem se instalado nas igrejas, especialmente aqui no Brasil, desde o ano de 1900. Ela se baseia principalmente na ignorância das Antigas Escrituras, no considerar dos livros do evangelho como não sendo ainda norma para a igreja (exceto na recomendação de Amar a Deus e ao próximo, que é algo elementar).
Assim, irmão, ao contrário do que se diz, não estão agindo em conformidade com as Escrituras, mas contra ela, quer abolindo-a, modificando-a, retraduzindo-a. E todo o ensinamento, neste sentido, está baseado em versos isolados, nunca no contexto!
Apontam um verso e dizem: Aqui está abolindo o sábado! Em outro: Aqui está abolindo a lei!
Sempre ABOLINDO, e nunca CORRIGINDO!
Todo teólogo tradicional entende que as cartas de Paulo foram feitas para corrigir e orientar as igrejas. E os adventistas entendem que o orientar é no sentido do que Paulo aprendeu, nas Antigas Escrituras.
O que Paulo nos traz são questões elementares e importantes acerca da Lei e da Graça.
E o irmão sabia que, assim como creem abolicionistas hoje, alguns judeus criam que a salvação no Antigo Testamento seria pela lei? De modo que, ao invés de assimilarem o entendimento Bíblico acerca da lei, adotam o mesmo equívoco de achar que a salvação lá no Antigo Testamento seria pela lei.
Não existe um trono da lei nem um trono da graça, irmão, trono só existe um que é de Deus! E Deus concede ao homem tanto a Sua lei quanto a sua graça! São ambas e não uma em um tempo e a outra em outro.
Toda a graça era manifesta pelo sacrifício do cordeiro, derramamento de seu sangue e uso para remissão de pecados de todo o povo! Era por meio desta manifestação de fé que alcançavam a salvação e não pela guarda da lei. Do mesmo modo, na Nova Aliança, a graça não ocupa o lugar da lei, que permanece no lugar a que pertence desde sempre.
Cumprir a lei é um dever, uma obrigação e não um meio de salvação. Por isto, todos que aceitam a Deus, recebem leis, estatutos, preceitos e mandamentos:
"Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis." Gênesis 26:5
Mesmo assim manifestava sua fé por meio do sacrifício de cordeiro. E desde Caim e Abel se faziam sacrifícios, de modo que a salvação sempre foi por meio da fé expressa no sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, segundo o que declarou João Batista.
Então não há briga de lei contra fé, a menos que se coloque a lei no lugar da fé!
Colocara fé no lugar da lei, também é errado!
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Romanos 3:31
A lei não é anulada pela fé, irmão, lei e graça andam juntas, a graça salvando e a lei garantindo a permanência debaixo do senhorio do Senhor. Porque como ocorre com todo servo de um senhor, nos é dado leis, nos é dado regras. E as guardamos não para pertencer a um senhor, mas porque já pertencemos a este senhor, por isto guardamos as suas leis.
Agora, o irmão irá se admirar de que Cristo é o mesmo Deus que entregou os mandamentos a Moisés, é o mesmo Deus que Criou o sábado, Dono, por direito, de tudo que há neste mundo, inclusive o sábado e tudo que foi feito nos demais dias da criação, incluindo as criaturas.
É por isto, irmão, que guardamos Seus mandamentos e assim reconhecemos que Ele é o Senhor de nossa vida.
Assim, irmão, não basta apenas reconhecer a Cristo como Salvador, aceitando seu sacrifício, é preciso também reconhecê-lo como Senhor, guardando Seus mandamentos. Quais mandamentos? Os que Ele mesmo guardou, dando exemplo.
Um abraço.
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