quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Resposta - Raphael Leonessa vs Ezequiel Gomes


Em resposta a um artigo contido no MCA: https://mcapologetico.blogspot.com.br/2018/01/raphael-leonessa-vs-ezequiel-gomes.html

Acapachante? Porque se propôs a tratar da vida pessoal de quem o contradisse? Desde quando isto serve como explicação ao que o irmão Ezequiel levantou em seu vídeo?

E por falar em apagar comentários, linha de argumentação de Klicaquinão neste vídeo (se é que o argumento "ad hominem" assim possa ser donsiderado), uma breve olhadinha no MCA e no CACP e no próprio canal do irmão Klicaquinão poderia nos mostrar coisas interessantes que dariam matéria para um outro vídeo, não é mesmo?

https://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/10/pergunta-klicaquinao.html

Falamos de exclusão de comentários e esconder coisas dos ouvintes, que tal falarmos de ocultação de vídeo?

https://www.youtube.com/watch?v=E2W_kMTy8GE

Um abraço.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

De onde partiu a ideia sobre o chifre pequeno de Daniel se cumprir em Antíoco Epifânio?

Nota do autor - Esta é  apenas uma pequena resenha com base no estudo que estou escrevendo e que pretendo disponibilizar futuramente, aprofundando na análise dos detalhes das expressões contida nos escritos de II Macabeus e sua similaridade com a linguagem usada no livro de Daniel em relação às ações do chifre pequeno, descritas a Daniel.



"Enquanto eu estava refletindo nos chifres, vi um outro chifre, pequeno, que surgiu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância." (Daniel 7:8, NVI)

"Antíoco foi arrogante, sem perceber que o Senhor se havia irritado durante breve tempo, por causa dos pecados dos habitantes da cidade. Era por isso que o Senhor se descuidava do lugar santo." (II Macabeus 5:17)

Dadas as semelhanças na linguagem usada por Daniel para descrever as ações do chifre pequeno, a maior parte da igreja logo adotou esta posição como verdade, mas de onde veio esta crença e quais as suas bases?

Embora não confidencie explicitamente, a linguagem contida no achado do apócrifo de II Macabeus parece justificar o cumprimento da profecia de Daniel sobre o chifre pequeno na pessoa de Antíoco Epifânio/Epífanes e isto ocorre devido à semelhança das características destacadas pelo autor acerca das ações de Antíoco. Há de se notar porém de que não consta um único verso bíblico e repito, nem um único verso bíblico, no relato do dito apócrifo, que denote se tratar de uma conclusão com base em estudo ao invés de tão somente conclusões mediante observação.

Quando e por que a igreja protestante adotou esta crença?

Antes do amadurecimento da reforma protestante, a igreja era quase que totalmente historicista, interpretando as profecias de uma perspectiva de cumprimento em tempos determinados na história. Newton já apontava o cumprimento do chifre pequeno em roma papal por meio do papado e este legado estava presente até mesmo nos ensinamentos de Martinho Lutero. Durante a contra reforma, porém, a igreja protestante foi convencida a adotar o método de interpretação preterista, que joga o cumprimento das profecias para o passado, contradizendo a interpretação que corria, então, entremeio à igreja de que o papado se encaixaria perfeitamente na profecia.

Não foi, porém, desenvolvido nenhum estudo e nenhuma interpretação em cima das profecias de Daniel para se alcançar esta interpretação, mas, utilizou-se do relato e das afirmações contidas em livro apócrifo e assim se deu a base desta interpretação  Tenha sido, ou não, intento do autor em determinar o cumprimento do chifre pequeno em Antíoco o resultado é que a igreja protestante aceitou esta ideia e logo a adotou.

Naquele tempo, de amadurecimento da reforma e do conhecimento bíblico, a ideia de que a igreja protestante teria surgido à partir do chifre pequeno era tenebrosa demais para ser aceita, bem como as implicações de tal ideia numa época em que já se fazia referência à chamava confusão religiosa que a Bíblia aponta e nomeia como Babilônia. Assim, as ideias historicistas foram sendo deixadas de lado, dando lugar ao preterismo, bem como outras escolas de interpretação como a futurista e hoje existem várias escolas de interpretação, incluindo, a simbolista e a dispensacionalista.

Os irmãos nas igrejas então podem perguntar: Por que nunca ficaram sabendo disto por meio da própria igreja? Cabe então a cada cristão questionar ao seu pastor acerca do surgimento da crença de cumprimento do chifre pequeno em Antíoco e a base bíblica que permitiu à igreja construir tal crença!

A constatação, porém, a que cada cristão chegará é de que tal interpretação não proveio de longos estudos desenvolvidos por parte da igreja protestante em cima das profecias Bíblicas. Nenhuma obra de desenvolvimento da interpretação dos versos de Daniel com base em estudo se encontra em qualquer obra escrita daquela época que se procure. O que a igreja possui, de fato, é uma conclusão que não foi desenvolvida por meio de estudos, mas, adoção de uma conclusão pronta e que por sua vez também não foi desenvolvida com base no estudo das profecias Bíblicas.

Basicamente a pessoa que escreveu o livro de Macabeus fez o seu relato e a Igreja Católica, em tempo oportuno, aceitou, repassando então esta ideia à igreja protestante, por meio da contra-reforma.

Percebamos então a fraqueza das bases dos críticos adventistas aqui no Brasil, cuja atitude no tratamento das crenças adventista é muito diferente da postura a dotada especialmente no meio Católico que conhece a origem das crenças das igrejas melhor do que ninguém. A descrição do cumprimento do chifre pequeno em roma papal, por meio do papado, está desenvolvida não apenas na Igreja Adventista do Sétimo Dia que conservou o método de estudo historicista partilhado por personalidades como Miller, bem como intérpretes das profecias de Daniel em outras partes do mundo, como também na teologia de Ellen White, segundo seus escritos e... adivinha!? Tanto nos livros adventistas como nas obras de Ellen White, encontramos um estudo completo bastante desenvolvido acompanhado de vários versos bíblicos, explicações e interpretações de todo o volume correspondente às profecias de Daniel e assim apontando o seu cumprimento, na história.

Mediante estes fatos, temos então, de um lado, apologistas críticos brasileiros apontando suposta precariedade na interpretação aceita pelos adventistas, sem ter porém base alguma que demonstre, em estudos, a origem da interpretação que adotaram a qual joga o cumprimento do chifre pequeno de Daniel em Antíoco ao invés de no Papado. Do outro lado, então, temos teólogos e apologistas católicos conscientes da origem de suas interpretações, firmando-se na revelação tradicional à igreja a qual consideram também como autoridade e fonte válida de doutrina, os quais não se se detêm a criticar a interpretação adventista/de Ellen White que se aplica a interpretar as profecias com uso estrito da Bíblia.

Temos então esta situação complicada no meio protestante, de se aceitar uma fonte de revelação estritamente histórica, que sequer firma-se em um estudo bíblico.

Assim a crença no cumprimento do chifre pequeno em Antíoco não foi desenvolvida pela igreja mas tão somente adotada da forma como se propõe ser ao ler relato histórico que parece sugerir tal coisa.

Desde sempre venho inquirindo a nossos críticos brasileiros, um estudo sistemático acerca das profecias de Daniel e até hoje não tiveram estudo a apresentar! Complicada e constrangedora situação não?! Criticar estudos alheios não se tendo porém sequer um estudo sistemático a apresentar em defesa de suas próprias crenças particulares!

Por outro lado temos, da parte dos adventistas, programas como o do Bíblia fácil bem como inúmeros livros adquiríveis pela CPB (Casa Publicadora Brasileira) que explica em detalhes os significados e cumprimento das profecias de Daniel na história devidamente acompanhada daqueles versos Bíblicos de onde se extraiu a interpretação crida hoje pelos adventistas, bem como algumas outras religiões que conservam uma base de estudo historicista.

Façamos então o seguinte, verso por verso, questione cada um o pastor de sua igreja sobre quando e de que forma se cumpriram cada verso contido nas profecias de Daniel! Perguntemos isto também ao apologista brasileiros, críticos do adventismo, de plantão, fazendo os tais suarem um pouco a gola de suas camisas e vejamos a resposta que conseguem nos dar, a fim de avaliar se a tal se mostra satisfatória, ou não.

Que Deus nos abençoe!

(Sr. Adventista)