A ligação da mulher com o marido é uma ilustração da ligação da igreja para com a forma como Cristo era representado. Na primeira aliança, por meio do sangue de animais, na segunda aliança por meio do próprio sangue de Cristo derramado na cruz, apenas isto, irmão. A antiga aliança era apresentada por meio de sombras, a nova aliança por meio de sua realidade. Assim nos desprendemos da sombra e nos prendemos à realidade.
A realidade do sacrifício de animais é o sacrifício de Cristo (João 1:29), o qual continuamos a usufruir. A realidade do sacerdócio terrestre é o sacerdócio de Cristo, que é nosso intercessor e mediador. A realidade do santuário terrestre é o santuário celestial, onde Deus habita. A realidade da arca da liança no segundo compartimento do santuário terrestre é a arca da aliança que está no santuário celestial (Apocalipse 11:19). A Lei agora está está escrita no coração e na mente de cada cristão (Hebreus 10:16), conforme Deus havia dito que faria em sua nova aliança (Jeremias 31:33). Igualmente a presença de Deus, demonstrada por meio da shekiná, agora faz morada dentro do cristão (Coríntios 6:19).
Os doze pães da proposição e que representavam as doze tribos, agora se cumpre nos doze apóstolos (Apocalipse 21:14) e se unem em Jesus, o pão da vida.(João 6:33, João 6:35). As sete lâmpadas se cumprem nas sete igrejas sendo as velas as testemunhas/estrelas/mensageiros (Apocalipse 1:20) e se unem em Jesus, a luz do mundo. A água se cumpre no batismo e são unidos em Jesus, a água da qual quem beber jamais voltará a ter sede (Apocalipse 21:6, João 4:14). A água da bacia, na qual o sacerdote se banhava, para limpar-se, é o mesmo referido pro Cristo em (João 13:10) tratando da Santa Ceia e referindo-se ao batismo.
O antigo pacto foi tirado no meio de nós, mas continua no novo pacto, sendo cumprido por Jesus no verdadeiro santuário que está no céu (Hebreus 8:2).
O cerimonialismo era uma representação das coisas que ocorrem no santuário celestial. Lá está a realidade das coisas, onde Jesus aplica de forma eficaz os méritos, da salvação conquistados na cruz, na vida de cada cristão.
Estas representações foram tiradas do meio de nós, porque se cumprem no ministério de Cristo. Todo o cerimonialismo era apenas uma explicação acerca do ministério de Cristo e dos trabalhos que realizaria em favor de toda a humanidade.
Assim as sombras são removidas por terem dado lugar ao seu cumprimento.
Sombra = tutor, escraviza;
Realidade = Cristo, liberta;
O passar da escravização pela lei, para a libertação da condenação da lei se deu por meio do pagamento da dívida que tínhamos para com a Lei de Deus e que exigia a morte de todo pecador. Tendo Cristo pago o preço na cruz, esta nota promissória de condenação é retirada do meio de nós, somos tirados de debaixo da condenação da lei, para vivermos na liberdade da lei (Tiago 2:12).
Gozamos desta liberdade da Lei de Deus, assim como gozamos da liberdade das nossas leis constitucionais, que servem para nos proteger e garantir a justiça e ordem. Estas coisas jamais serviram para nos garantir a salvação, mas sim para gerir a harmonia entre o povo de Deus. Mais do que isto, a Graça de Deus provê perdão ao arrependido para todo tipo de pecado, conforme era representado pelos vários tipos de pecado e os vários tipos de animais exigidos em sacrifício para cada tipo de pecado. Estes todos se unem em um único sangue que é o de Cristo. Assim, Cristo provê perdão para qualquer tipo de pecados que porventura venhamos a cometer.
Assim, Cristo aplica todos os benefícios que conquistou na cruz, em nossa vida.
O conceito de pecar está bem claro em 1 João 2:1. Pecado é a transgressão da lei (Romanos 4:15, 1 João 3:4). Pecamos ao transgredir a lei, ainda que ela não sirva para condenar (Romanos 8:1) os que andam em Cristo à morte eterna. Mas continua a condenar a morte eterna os que não aceitaram a Crito e também aqueles que, tendo aceito, não permaneceram Nele.
É por meio de Cristo que recebemos perdão para os pecados corriqueiros, mediante o arrependimento. Assim como rebemos perdão por toda a nossa vida de pecado, mediante o batismo para arrependimento (Marcos 1:4).
A lei, em seus princípios, continua, mostrando nossos erros, para que saibamos onde temos que nos corrigir. Porque o resultado da salvação é as boas obras, tanto a que não vem de nós e que se opera em nosso caráter, como a que vem de nós, quando procedemos de acordo com a lei e praticamos as boas obras.
A obra que se opera em nosso caráter é de transformação. O batismo do arrependimento significa morte para a antiga vida e nascimento para uma nova vida, assim somos feitos novas criaturas em semelhança de Cristo. O resultado inevitável é a harmonia para com a lei de Deus. Cristo guardou a lei perfeitamente, porque procedia para com Deus da forma como todo filho procede naturalmente em estado de santidade que inclui entre seus frutos a obediência.
Assim, a lei serve em nosso processo de santificação, para sabermos no que estamos nos tornando mais semelhantes a Jesus. A lei reflete o perfeito caráter de Deus, seu cuidado e sua justiça. Assim como na relação entre pais e filhos, cuidado e justiça são demonstrações do amor que há em pais que se preocupam com seus filhos.
Assim a Lei não é inimiga, mas o pecado o é (1 João 1:10). A lei contribui em nosso processo de santificação nos mostrando o modelo que devemos seguir e este modelo é perfeitamente exemplificado por meio de Cristo homem, isto porque a lei corresponde ao íntimo de Seus princípios naturais e que sempre estiveram com Ele (Colossenses 2:9, João 10:30).
O Filho e o Pai são um em essência, natureza e caráter. Assim, a lei reflete o caráter das três pessoas da Divindade.
O pecado atenta contra estes princípios, princípios estes nos quais o homem foi criado para viver naturalmente, segundo a lei internamente implantada no homem desde a criação (Romanos 2:14).
É para este lugar interno que a lei é novamente escrita no homem na nova aliança e isto ocorre no processo de santificação e que ocorre durante a vida toda de um indivíduo.
Um abraço.
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