quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os 10 mandamentos da lei de Deus já eram obedecidos antes do Sinai?

Olá, irmão Roger, as tábuas de pedra foram apenas o meio pelo qual Deus passou suas leis ao Israel recém liberto, além das várias instruções e mandamentos que igualmente foram escritos, porém em um livro que ficava ao lado da arca da aliança que continha as tábuas com os dez mandamentos.

Deus passou estas leis de forma oral, porém, Moisés ainda as escreveu para que servisse de consulta e o povo não se esquecesse dos mandamentos de Deus.

Agora, os princípios morais de Deus, estes que Abraão seguia, existem desde antes da fundação deste mundo:

"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8:44"

A mentira e o homicídio já eram pecados antes de a terra ser formada, bem como a cobiça e o querer se colocar no lugar de Deus:

"Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! "Isaías 14:12

"Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." Ezequiel 28:14,15

A palavra iniquidade é o contrário de equidade que se refere à ordem, moral e justiça

"Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas." Ezequiel 28:16

"Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade." 1 João 3:4
"Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei." 1 João 3:4

Quando Deus diz, mandatos, preceitos, estatutos e leis, Deus está falando de uma constituição e não tão somente de ordens dadas por Ele a Abraão. O primeiro mandamento que Abraão seguiu ao sair da terra de Ur dos caldeus foi o de abandonar as imagens de escultura e aceitar Aquele que o chamou com seu único Deus.

O que era viver debaixo dos estatutos de Deus?

"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal." Jó 1:1

A transgressão já existia nos tempos de Jó:

"Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma." Jó 1:22

Seus amigos o aconselham a procurar em suas atitudes, algo que tenha desagradado a Deus o que mostra que o povo já naquela época conhecia a vontade de Deus:

"E por que não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Porque agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não existirei mais." Jó 7:21

Até mesmo os ímpios conheciam o que era certo e o que era errado diante de Deus:

Homicídio:

"E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar." Gênesis 4:23

Caim que matou Abel:

"Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada.
Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará." Gênesis 4:13,14

Adultério:

"E aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada." Gênesis 38:24

Então este, não pode matar, não pode furtar, não pode trair sua mulher, não pode mentir, não pode cobiçar para tomar as coisas do próximo, tem que obedecer pai e mãe, já eram ensinados aos filhos desde Adão e Eva, porém alguns viviam na iniquidade enquanto outros viviam de acordo com estes princípios:

"E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor." Gênesis 4:26

Não há como uma sociedade sobreviver sem estes princípios básicos eternos, contidos nos 10 mandamentos da lei de Deus.

O sábado fazia parte das leis seguidas por Abraão e sua descendência:

"E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam. Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus MANDAMENTOS e as minhas LEIS?
Vede, porquanto o Senhor vos deu o SÁBADO, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. Assim repousou o povo no sétimo dia." Êxodo 16:27-30

Esta exigência foi feita logo depois de o povo ser liberto e Deus já exige obediência a um conjunto de leis e mandamentos os quais incluíam o sábado, muito antes da entrega da lei escrita no Sinai.

O povo já sabia que era errado ter outros deuses ou fazer para si imagens de escultura e Deus cobrou esta transgressão aos pés do monte, quando eliminou boa parte daquele povo.

Hoje, por exemplo, uma minoria mínima já leu, de fato, o livro da nossa Constituição Brasileira, nem por isto o cidadão deixa de conhecer sobre o que é certo e o que é contra a lei, pois esta é ensinada do mesmo modo como era ensinada nos tempos de Israel, bem como também desde os tempos de Caim e Abel.

Assassinato:

"Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem." Gênesis 9:6

Adultério:

"Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite, e disse-lhe: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido." Gênesis 20:3

O povo já sabia que Matar, furtar, adulterar e tudo mais era errado e que Deus cobrava a transgressão.

Então como é que estas leis passaram a serem vigentes apenas desde o Sinai?

Outras transgressões:

" E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou." (Gênesis:38-10)

Furto:

"Estes vinte anos eu estive contigo; as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros do teu rebanho. Não te trouxe eu o despedaçado; eu o pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da minha mão o requerias." Gênesis 31:38,39

Mais transgressões:

" Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam." Gênesis 50:17

"Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?" Gênesis 39:9

"Então chamou Abimeleque a Abraão e disse-lhe: Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres sobre o meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste aquilo que não deverias ter feito." Gênesis 20:9

Furto novamente:

"Assim testificará por mim a minha justiça no dia de amanhã, quando vieres e o meu salário estiver diante de tua face; tudo o que não for salpicado e malhado entre as cabras e moreno entre os cordeiros, ser-me-á por furto." Gênesis 30:33

Os preceitos morais de Deus já existiam na época dos patriarcas.

"E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha." Gênesis 31:19

A mentira:

"Agora, pois, jura-me aqui por Deus, que não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim, e à terra onde peregrinaste." Gênesis 21:23

Estes conceitos morais que aprendemos ainda hoje, mesmo sem ler nas Escrituras, sempre existiram, irmão de modo que, quem diz que as leis de Deus só passaram a existir depois do Sinai é porque nunca leu, de fato, as Escrituras.

Um abraço.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Para sermos salvos, temos que abandonar a lei?

Pois é, irmão Roger, o amigo é quem crê de que o sábado tenha servido de meio de salvação, na dispensação da lei! Nós adventistas cremos que mesmo no tempo do antigo testamento o povo era salvo pela graça, independente da lei que guardavam. De modo que não admitimos que em qualquer tempo e em qualquer época a salvação tenha sido tornada possível por meio de obras. Todos os israelitas antes da vinda de Cristo foram salvos pela mesma graça e pela mesma expressão de fé em Cristo, porém naquela época por meio do sacrifício de Cordeiros. É por isto que guardamos o sábado e também os demais 9 mandamentos, porque cremos que guardar a lei de Deus não tem nada a ver como uma salvação, mas é o dever de todo homem: "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem." Eclesiastes 12:13 O sábado é tão somente um presente, um dia de descanso dado ao homem. Um memorial da criação e um dia instituído para comunhão. Assim, guardar o sábado é algo tão natural quanto trabalhar nos demais 6 dias da semana. Guardamos porque Deus instituiu o sábado para nós e nele podemos descansar e ter uma comunhão maior com Deus e com a congregação. E guardamos os mandamentos por gratidão a Deus, pela salvação que já temos, por isto sentimos vontade de ser-Lhe obediente e fazer tudo aquilo que Ele nos pediu. Todo israelita que praticava a circuncisão já era salvo em Deus assim como todo cristão que se batiza já está salvo. E Abraão quando ouviu a Deus e aceitou ir para uma outra terra, já estava salvo em Deus e o povo recém liberto ao saírem do Egito para ir à terra prometida já estavam salvos em Deus e mesmo assim Deus insistiu para que guardassem o sábado, muito tempo antes do Sinai: "Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam. Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Vede, porquanto o Senhor vos deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. Assim repousou o povo no sétimo dia." Êxodo 16:26-30 Leis estas que procedem desde o tempo de Abraão: "Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis." Gênesis 26:5 E desde Caim e Abel se sacrificava animais e se fazia ofertas a Deus, como manifestação de sua fé no Cordeiro que viria o qual o próprio Abraão viu: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se." João 8:56 E viu quando percebeu por meio da prova que Deus lhe entregou de que o próprio Deus daria seu único filho para morrer no lugar de Isaac, do próprio Abraão e de toda a humanidade. Foram os antinomistas que criaram este conceito de que você aceitando a graça tem que abolir, rejeitar e desprezar a lei, porque até os tempos de Cristo e dos apóstolos todos foram salvos pela graça e todos continuaram guardando a lei. De modo que quem não guarda a lei é porque não aceitou de fato a graça e continua a viver segundo o mundo ao invés de adotar o estilo de vida que a Bíblia desde Gênesis até o Apocalipse propõe. Não faz, de fato, dos ensinos da Bíblia, todos eles, sua regra de fé e de prática. Deixando os mandamentos de lado para guardar outras coisas. Realmente não entendo este conceito de "sola scriptura" sem o "tota scriptura". Pra mim o Novo Testamento é tão bom quanto o antigo. A lei no novo testamento é tão boa quanto é no antigo. A única coisa que mudou foi a maneira como expressamos nossa fé, antes no Cristo que viria, por meio do sacrifício de animais e hoje no Cristo que já veio, fazendo uso de sua intercessão no santuário celestial em seu ministério sumo-sacerdotal, conforme era ensinado ao povo de Israel por meio dos rituais do antigo santuário terrestre. Leia os artigos que lhe passei, irmão. Um abraço.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Cristo era contrário à Lei?

Uhum, irmão Arlison, falar umas boas para os homens da lei que guardavam os mandamentos que Deus criou e ordenou que guardassem sob pena de morte! Faz muito sentido isto que o irmão afirmou. O Salvador veio para falar umas boas sobre os homens da tradição, porque ele mesmo Cristo guardava a lei! Como poderia cristo falar contra os que guardavam a lei sendo que Ele é aquele que a guardou perfeitamente? O raciocínio dos antinomistas (os contrários à lei), desinformados é realmente de tirar a sanidade de qualquer um. Cristo veio falar umas boas para aqueles que praticavam o pecado, que é a transgressão da lei e os que misturavam tradição acima da lei, acabando por contrariar a lei, ao invés de praticarem a lei como Ele, Cristo, praticou fazendo o bem e na caridade, conforme também manda a lei. O problema era a lei? Cristo não se tornou nenhum monstro por guardar a lei, pelo contrário, por ter um perfeito caráter é que pôde guardar perfeitamente a lei. Assim o problema era o proceder daqueles fariseus e não a lei de Deus que não tem culpa alguma por terem desenvolvido aquele proceder que no final das contas era contrário à lei, porque se prendiam no fermento de suas tradições e deixavam de amparar o pobre e a viúva como ordenava a lei e assim não cumpriam a lei realmente como deveria ser cumprida. Cristo, sim, guardou toda a lei, porque praticou os mesmos mandamentos contidos nas Escrituras, não deixando de lado o amparo aos necessitados. O problema não era a lei, mas a falta de amor, Cristo veio restaurar a lei àquele sentido de amor a Deus e ao próximo quando Deus entregou a lei aos homens (Deus é amor) juntamente com a prática da justiça. Acompanhe: https://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/06/cristo-veio-nos-livrar-da-condenacao-do.html https://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/06/a-salvacao-no-antigo-testamento-era.html https://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/06/paulo-lei-e-os-profetas.html https://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/06/o-dispensacionalismo-e-salvacao-pela-lei.html Um abraço.

sábado, 5 de agosto de 2017

A suposta imortalidade da alma de Luciano Sena

Em resposta à página:

https://mcapologetico.blogspot.com.br/2017/08/augustus-nicodemus-ezequiel-gomes-e-alma.html

Olá, irmão Luciano, os versos apresentados em favor da imortalidade da alma, estão flexionados no futuro e se referem ao lago de fogo e enxofre e não a um suposto inferno presente onde as pessoas, ali, estariam sendo jogadas.

"E lançá-los-ão na fornalha de fogo" significa que ainda não estão sendo lançados;
"Serão lançados nas trevas exteriores" significa que ainda não estão sendo lançados;
"Ali haverá choro e ranger de dentes" significa que ainda não há choro nem ranger de dentes;

Os próprios teólogos imortalistas admitem que estes versos não podem ser usados em favor da imortalidade da alma pois claramente se referem ao castigo final no lago de fogo e enxofre que haverá somente no futuro.

A parábola do Rico e Lázaro apresentam duas pessoas ainda com seus corpos. Ambos demonstram limitações e sensações como tinham quando ainda estavam vivos.

De morto só tem a informação, porque a alegoria mostra ambos como se estivessem vivos.

Mostra também um mundo não existente, próximos o suficiente para um ouvir o outro perfeitamente, mas longe o suficiente e separados por um abismo de forma que não poderiam passar de um lugar para o outro. Ao mesmo tempo era possível se esticar o braço e alcançar a língua daquele que estava do outro lado do abismo, pingando uma gota de água em sua língua para o refrescar.

Toda esta situação demonstra que não se trata de um relato histórico, um suposto fato que teria ocorrido, mas tão somente uma parábola.

A parábola presenta coisas impossíveis, uma realidade sem sentido, onde se está longe o suficiente pra um não passar para o lado do outro, mas ao mesmo tempo próximo o suficiente tanto para manter um diálogo quanto alcançar aquele que está do outro lado esticando-se o braço. Mortos que fazem uso da água para se refrescar, que podem tocar um no outro, que possuem braços e são tão palpáveis quanto o eram quando estavam em vida.

Nesta parábola não há nada que ensine a existência de uma entidade sem forma, que não pode ser tocada, que transcenda as limitações físicas e não interaja com coisas materiais.

De modo que não foi por meio desta parábola que tiraram este conceito compartilhado com os espíritas bem como a mentalidade grega sobre almas que não possuem corpo, nem forma, não interagindo com a matéria, bem como um plano espiritual superior não palpável.

Todos estes detalhes e informações aceitos pelos cristãos imortalistas não são ensinamentos Bíblicos. A Bíblia não permite construir este estado intermediário, nem explica a natureza de uma alma desencarnada.

E seria muito estranho a Bíblia advertir para se afastar de qualquer forma de espiritismo e ao mesmo tempo se deter a doutrinar acerca dos espíritos. Não se consultar os mortos, mas ao mesmo tempo estudar a natureza destes mortos a fim de descobrir como é a vida destes mortos no suposto estado intermediário.

Os ensinos do estado intermediário não estão contidos na Bíblia, então, de onde vem?

Com certeza não são daqueles versos que supostamente apoiam a imortalidade da alma, pois ali não fala nada sobre como seria tal estado intermediário nem a natureza dos mortos.

Toda a compreensão que o cristão tem acerca deste assunto é montado à partir das crenças tradicionais presentes desde sempre em nossa cultura e que provêm de uma cultura que firmou suas crenças em ensinos de Sócrates e Platão.

Nestes sim, encontramos todos estes detalhes sobre o que ocorre no estado intermediário, a natureza dos mortos, como é este paraíso e este inferno. Os supostos compartimentos deste inferno o qual a Bíblia não relata, a dimensão onde este inferno se encontra...

E não adianta o irmão tentar me convencer que isto está na Bíblia, porque não está!

Veja, o falso profeta ainda nem se mostrou, portanto não pode ter sido jogado no suposto inferno conforme o último verso bíblico que o irmão colocou. Pelo contrário este verso também está falando do lago de fogo e enxofre que será inaugurado no futuro.

E ainda que fossem atormentados para sempre, não significaria que são imortais, mas tão somente que não poderiam morrer ou se matarem! Lembre que estes versos são aplicados a pessoas VIVAS E RESSURRETAS SENDO CASTIGADAS EM SEUS CORPOS.

Mesmo antes deste castigo e ANTES DESTA RESSURREIÇÃO a tais ímpios seria negado o "benefício" da morte em duas ocasiões conforme Apocalipse 9:6 e Apocalipse 6:16.

Não significa que eram imortais, mas tão somente que não seria permitido a morte atuar sobre estes. Então estes versos não servem de comprovação à imortalidade da alma.

Entramos então nas várias formas de expressão da cultura hebraica e Israelita:

"E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra." Gênesis 4:10

"e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos." Apocalipse 20:4

Se formos interpretar estas almas como sendo desencarnadas, teremos que descrer da ressurreição, porque este texto fala do estado das almas nos mil anos, onde já foram ressuscitados e estão com seus devidos corpos.

"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." Apocalipse 6:9

Este evento ocorre na abertura do quinto selo e logo após "clamarem" como clamou Abel, morto por Caim, voltaram ao estado de repouso conforme é dito:

"E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram." Apocalipse 6:11

No máximo este verso poderia estar dizendo que tais almas tiveram um momento de despertar na abertura do quinto selo, para exporem sua indignação, voltando ao seu estado de repouso logo em seguida.

É por isto que, quando um cristão sincero imortalista começa a estudar estes versos utilizados para defender uma suposta imortalidade da alma, acabam seguindo o exemplo de Oscar Cullmann abandonando esta doutrina ao perceberem que tais versos de forma alguma apoia a ideia de um estado intermediário ou de almas conscientes sobrevivendo fora do corpo.

E a fumaça que sobe para todo o sempre, o fogo de natureza eterna e o conceito de eternidade que é aplicado ao castigo dos ímpios tem que ser baseado nos exemplos de onde foram extraídas estas expressões, como o Vale de Hinom, Sodoma e os ribeiros de Edom:

Acerca do juízo final dos ímpios:

"subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou." Apocalipse 20:9

Sodoma e Gomorra:

"Então o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra;" Gênesis 19:24

"Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos." Lucas 17:29

Ribeiros de Edom:

"E os seus ribeiros se tornarão em pez, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em pez ardente. Nem de noite nem de dia se apagará; para sempre a sua fumaça subirá; de geração em geração será assolada; pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela." Isaías 34:9,10

Que a muito tempo foram consumidos mas são postos e usados como exemplo do castigo que está reservado aos ímpios:

"Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno." Judas 1:7

A própria noção de Gehena é um lugar onde corpos de criminosos são jogados para serem consumidos pelo fogo, junto com os materiais, todo o lixo que ali também era jogado.

Assim também será no juízo:

"Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" 2 Pedro 3:12

"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão." 2 Pedro 3:10

Os ímpios no lago de fogo serão tão eternos quanto foram as pessoas de Sodoma e Gomorra, bem como os criminosos que eram jogados no Gehena e o próprio lugar, o lago de fogo e enxofre, será tão eterno quanto o foram estas cidades bem como os Ribeiros de Edom, .

A fumaça que sobe no lago de fogo e enxofre é tão eterna quanto a fumaça que subia dos ribeiros de Edom. A assolação dos ímpios será tão eterna quanto foi a assolação dos ribeiros de Edom.

Então estes versos apresentados pelo irmão também não servem para defesa da imortalidade da alma, porque as mesmas expressões são utilizadas para relatar o castigo de lugares que foram postos e utilizados como exemplo do castigo final dos ímpios.

Veja como os relatos Bíblicos ignoram um suposto estado intermediário de tormento:

"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte." Apocalipse 21:8

O destino dado aos ímpios, neste verso por exemplo, é o lago de fogo e enxofre que haverá no futuro. Caso houvesse um inferno presente, Deus deveria ter dito que o destino seria o tal inferno já existente que viria antes do lago de fogo e enxofre.

Deus não diz que o castigo deles já começa na PRIMEIRA MORTE.

E assim as afirmações de Deus, claramente referentes ao castigo, sempre são flexionadas no futuro e se referem ao lago de fogo e enxofre.

Quando se fala do Sheol e do Hades, a noção de fogo e tormento nunca é associada. A Bíblia diz que os mortos descem para lá, mas não fala que descem para serem queimados, ou que ali são atormentados.

A imagem do inferno, aos moldes de Dante, que temos quando lemos estas passagens é construído pela nossa cabeça e não pelas Escrituras. Para Salomão, por exemplo, este lugar é tão somente a sepultura para onde vão os mortos.

E nestes Sheol/Hades é dito que vão tanto bons quanto maus, ou seja, se assumirmos que Sheol e Hades é o inferno, teremos que aceitar que também os justos estão sendo jogados ali.

Assim, é impossível usar estas passagens como referência à imortalidade da alma, porque tanto o Sheol, quanto Hades, quanto o fogo eterno, a fumaça que sobe, o castigo de dia e de noite, denotam punições que resultaram na destruição total dos ímpios.

Um abraço.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O adventismo e as igrejas atuais

Sempre foi rei, por aceitação, irmão Luiz.

Mas quando foi rejeitado pela humanidade por ocasião do pecado, ao escolherem se envolverem na questão do conflito do bem e do mal, pelo fruto da árvore do conhecimento, o reino da terra foi usurpado por Satanás. Pelo juízo o domínio da terra é retirado de Satanás e devolvido aos santos, os quais aceitaram a Cristo como seu salvador e mediador da ordem de Melquisedeque que igualmente era sacerdote e rei.

Com o irmão posso ser sucinto porque sei que o irmão é sincero e busca informação e conhecimento e haverá de entender estas simples palavras, ainda que não concorde com elas.

Depois da Ascenção, Cristo assume a função que unicamente Ele poderia exercer por ter natureza divina-humana e assim poderia exercer a mediação entre Deus e a humanidade.

Esta função era representa por meio do sacerdócio levita. Melquisedeque é um "tipo" de Cristo em suas funções de sacerdote e rei. É desta ordem de Melquisedeque que Cristo é mediador. Basicamente quanto à questão da origem do sumo sacerdote, houve mudança na lei, "revertendo-a" da ordem levita para a ordem de Melquisedeque:

"Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei." Hebreus 7:12

Isto porque Cristo não era levita e a lei dizia que para exercer o sacerdócio era necessário ser levita, mas aquele sacerdócio temporário levita deveria existir apenas enquanto Cristo, o cumprimento das profecias, não assumisse seu cargo, segundo o "tipo" de Melquisedeque.

E assim a doutrina do santuário percorre toda a Bíblia explicando e "amarrando" os textos em seus mínimo detalhes, de forma que você passa a entender melhor o conflito entre o bem e o mal e o processo de expiação dos pecados da humanidade.

Então Cristo deixou de reinar sobre a humanidade, condenada, no pecado, mas continuou sendo o seu Deus criador. Por méritos da salvação, Cristo então passa a reinar sobre a humanidade, tendo que viver entre ela eternamente com sua natureza, agora, divina-humana.

Cristo não se impôs como rei à humanidade assim como não se impôs aos anjos. Cristo é príncipe das cortes celestiais. Deus na na trindade, reinava, mas percebemos que a trindade tinha planos de colocar Cristo como chefe, encabeçador e rei, representativo entre Deus e as criaturas celestiais.

Agora, observe que Lúcifer era o principal imediato entre Deus e os anjos, fazia bem seu trabalho, mas não possuía direitos e tal qual todos os demais anjos deveria se submeter à decisão da Divindade, aceitando a Cristo como chefe e intermediador, o grande príncipe, o filho de Deus.

Satanás não se sentiu confortável com esta mudança de ordem e, já cheio de orgulho, decidiu tomar este posto à força por meio da rebelião.

O céu se dividiu entre os que ficaram do lado de Cristo e os que ficaram do lado de Satanás que acusava a Deus e seu governo e questionava suas decisões.

Isto é remontado quando entendemos que Miguel é apenas mais um dos vários títulos honoríficos de Cristo.

Assim entendemos por que há este conflito cósmico entre Miguel e Satanás, onde os "dois protagonistas" deste conflito, um representando o bem e o outro representando o mal, lutam não apenas pela conquista da humanidade mas do governo entre as Criaturas que Deus criou.

Cristo é a revelação de Deus, por meio Dele não apenas os anjos mas também a humanidade pode conhecer de forma íntima o caráter do Seu criador.

O plano já estava definido desde a eternidade, a rebelião de Satanás não pegou a Deus de surpresa.

Mas Deus queria que Cristo reinasse por aceitação de suas criaturas, de uma forma mais íntima, realmente Deus andando entre as criaturas, um "Deus conosco" Emanuel.

E assim os títulos de Cristo, bem como os detalhes contidos na Bíblia acerca da pessoa de Jesus e do conflito entre o bem e o mal, vão se unindo trazendo um maior conhecimento acerca do conflito entre o bem e o mal e a doutrina da salvação.

É assim que a escritora cristã Ellen G. White, reuniu as informações bíblicas e construiu a série "O Grande Conflito", com ajuda da inspiração divina, segundo o dom profético.

Então quando lemos seus livros vamos unindo estas passagens bíblicas, ampliando o seu significado. Veja que os livros de Ellen White não acrescentam coisas na Bíblia, mas ampliam o conhecimento que já temos por meio da reunião de informações contidas nas Escrituras.

Da parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia, temos o estudo sistemático da doutrina do Santuário, usando as ferramentas teológicas comuns e escritos em uma linguagem teológica com uso unicamente da Bíblia.

Assim, embora estes livros não tenham certos detalhes contidos nas obras de Ellen White, que provieram de visões, a exemplo do paradeiro de Enoque, contém todo o campo exclusivamente doutrinário que nos permite chegar à mesma conclusão.

E assim tem ocorrido desde o início, com os escritos de Ellen White vindo a confirmar as conclusões obtidas por meio dos estudos da parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Por isto cremos em seu dom profético, porque os estudos apenas tem apontado a corretude do que ela disse e sendo assim, nos sentimos confortáveis em crer em seus relatos porque demonstra que foi realmente inspirada por Deus.

Agora, não se desmonta Ellen White provando que Ela estava errada! Para se desmontar Ellen White é necessário convencer a Igreja Adventista do Sétimo Dia de que alguma de suas doutrinas esteja errada.

Por exemplo, se convencerem a igreja de que o domingo e não o sábado é o correto dia a ser guardado, provando isto nas Escrituras, implicaria que Ellen White teria errado neste quesito e não poderia ser uma verdadeira profetiza.

Se provarem a imortalidade da alma aos adventistas, tormento eterno, ou de que Miguel seja um mero anjo criado e não apenas mais um título honorífico do plenamente Deus, Cristo, igualmente seria desbancado o ministério profético de Ellen White, que teria guiado a igreja à uma falsa doutrina.

De modo que as doutrinas desenvolvidas pela igreja, tanto as ortodoxas quanto as heterodoxas, são a barreira principal. 27 crenças originais representam o fundamento da igreja e pelo menos uma destas doutrinas precisam estar erradas a fim de conflitarem com os ensinos de Ellen White que confirmou a corretude de tais doutrinas nos estudos adventistas.

Problemas:

Vários eruditos cristãos construíram obras e comentários em opiniões que apoiam a interpretação adventista, tanto acerca de Miguel, quanto ressurreição de Moisés, dentre outros detalhes de crenças, como em crenças fundamentais como o verdadeiro dia de guarda, onde temos os irmãos Batistas do 7º dia, dentre outros, a inexistência da imortalidade da alma e do tormento eterno, a exemplo de Oscar Cullman. Temos também martinho Lutero que abominava a imortalidade da alma e que viu cumprimento da primeira besta no papado, assim como havia concluído Isaac Newton antes dele.

Edward Gigbbon, que identificou os 10 dedos da estátua, vista por Nabucodonozor, nas tribos que minaram o império romano.

Então não é no campo erudito e teológico que se haveria de convencer os adventistas. E o que resta então?

A Bíblia Sagrada!

É o único meio.

Agora é interessante, por exemplo, acompanhar um irmão tentando explicar a doutrina do domingo sem citar nenhum conceito da patrística. Sem citar o oitavo dia, dia da recriação, dia do senhor, páscoa semanal, mas tão somente o claro "assim diz o senhor".

O mesmo se dá com a imortalidade da alma, quando tentam explicar o paraíso e o inferno sem uso de conceitos gregos e de Platão, além de Agostinho.

Quando se rejeita a tradição e se tem que estudar doutrina usando unicamente a Bíblia tendo que utilizar apenas conceitos claros bíblicos, fica muito difícil provar estes ensinamentos.

"ah, porque Cristo ressuscitou no domingo, o domingo passa a ser o dia de guarda", então você pede para o indivíduo mostrar o assim diz o Senhor dizendo "como Cristo ressuscitou no domingo, agora o domingo passa ser o dia de guarda, eu sou o Senhor (Capítulo tal, verso tal)", mas o indivíduo não mostra.

Ou então pede para reunir informações no antigo testamento a fim de mostrar que o domingo estava predestinado a tomar o lugar do sábado. Na Bíblia você não encontra nem a forma como o domingo deve ser guardado, quem define isto são as próprias igrejas.

Particularmente desconfio muito de homens, de modo que se eu não ver Deus ordenando uma mudança de doutrina na Bíblia eu não aceito. Mesmo que Paulo ou Pedro houvessem mudado o dia de guarda, se eu não encontrar o texto onde haja Deus ordenando esta mudança a eles, saberia que fizeram isto por conta própria, sem autorização divina.

Na lei de Deus, somente Deus mexe e precisamos ver Deus mexendo nesta lei. Não podemos fazer suposições baseado tão somente nas atitudes ou hábitos dos apóstolos, muito menos dos pais da igreja.

A igreja, depois da morte dos apóstolos, não conseguiu manter a pureza das doutrinas por muito tempo e suas conclusões vieram mais a perverter o evangelho do que acrescentar, levando a igreja à apostasia da idade média.

Foram os ensinamentos da patrística que levaram a igreja àquela situação, totalmente envolta em falsas doutrinas.

Não podemos usar a patrística e a tradição como referência de doutrinas, devemos usar unicamente a Bíblia e já com um senso crítico acerca dos ensinos dos pais da igreja, duvidando das doutrinas que ensinaram até que se confirme, na Bíblia, se uma doutrina é verdadeira ou não.

É com este espírito que iniciou-se os estudos entre os adventistas pós-desapontamento. As doutrinas fundamentais do cristianismo, não perderam com esta investigação, onde tais doutrinas forma confirmadas. Porém o domingo e a imortalidade da alma não passaram na investigação, os adventistas chegaram à mesma conclusão dos Batistas do sétimo dia e de Oscar Cullmann.

Assim, a IASD parte do pressuposto da igreja apostólica, onde os apóstolos continuavam guardando o sábado e viviam ali entre os judeus, em meio a seus costumes.

É preciso fazer, então, o mesmo trabalho que a patrística e a tradição fez, chegando à conclusão sobre domingo, imortalidade da alma e tudo mais.

Agora isto fica difícil quando você tem acesso às informações nos entregues por Samuelle Bacchiochi em sua obra intitulada "Do sábado para o domingo", fica também difícil quando você vê as mesmas coisas ditas segundo a análise de Ellen White em sua obra "O grande conflito".

E ninguém perde pelo acúmulo de conhecimento. Assim, espero até hoje novos conhecimentos, acerca do desenvolvimento das doutrinas na igreja cristã que dêem contra-resposta tanto a Ellen White como demais estudiosos adventistas que são da mesma opinião de Samuelle Bacchiochi.

E escrevi este longo texto para o irmão entender em que contexto de crenças uma adventista se encontra, ao estudar a Bíblia, os livros doutrinários adventistas, os livros de Ellen White, os estudos e comentários de eruditos que compartilham de algumas crenças adventistas. Tudo isto deixa a Igreja Adventista do Sétimo Dia bem fundamentada em seus estudos.

Claro que ou gostaria que tivesse uma igreja melhor que a Adventista, que guardasse todas as doutrinas às quais estou certo de que são verdadeiras, que desse mais respostas às dúvidas cristãs, mais fundamentada, com uma teologia ainda mais sólida, mas quando olho para outras igrejas evangélicas com pessoas gritando e caindo no chão, me dá um desânimo. Quando vejo falarem do domingo e uma páscoa semanal, oitavo dia e dia da recriação, me dá um desalento. Quando vejo dupla predestinação ou abolição da lei, daria vontade de não fazer parte de nenhuma igreja. De sorte que na IASD mesmo não sendo perfeita e mesmo havendo divergência de opiniões, concordo com as 28 crenças fundamentais, não tenho dificuldades em aceitar o dom profético, gosto da maneira como realizam os cultos e as pregações. Os ensinamentos só me trazem paz e esperança e tenho liberdade e incentivo para estudar toda a Bíblia.

Vejo as igreja protestantes e evangélicas muito apegadas à patrística e à tradição, muito ligadas à ensinamento católicos, não plenamente reformada.

Gostaria muito que houvesse uma reforma nas igrejas e que, tal qual os adventistas se unissem para buscar a verdade, uma unidade de fé e doutrinas baseadas unicamente na Bíblia, aí sim teríamos uma igreja segura e verdadeira, uma unica igreja totalmente restaurada. E tenho certeza que Deus atuaria neste movimento, enviando algum profeta ou atuando por meio de servos para garantir que encontrassem a verdade como tantas vezes Cristo prometeu que faria por meio do Espírito Santo.

Mas vejo esta desunião e esta confusão de ensinamentos, nisto a adventista está totalmente certa, as doutrinas cristãs estão todas misturadas em milhares de igrejas pregando coisas diferentes. Se fossem pormenores a igreja ainda poderia ser unida mas são divergências antagônicas a exemplo do "calvinismo x arminianismo".

E pelo que se nota, no tom de debates e apologética isto nunca será resolvido.

Se uma igreja não consegue se unir na verdade é porque a verdade não está nela. Pelo que a Bíblia ensina, estão hoje na mesma situação do povo de Israel, dispersos, envoltos em discrepâncias de fé e prática, confusas.