sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
A condição dos mortos
Irmão, ideabox, Será que Deus sabia o que existe depois da morte quando escreveu Gênesis 3:19?
Justamente o contrário, o que a Bíblia, incluindo o livro de Eclesiastes não nos traz é ensinamento de que exista um estado intermediário onde os mortos estejam conscientes.
Nenhum profeta há, na Bíblia, que contradiga Salomão. Nenhum profeta há que diga que Salomão não sabia o que estava dizendo. Pelo contrário, Daniel que recebia REVELAÇÕES DE DEUS, igualmente entendia que a morte era um estado de inconsciência (Daniel 12:2).
Deus, Salomão e Daniel dizem a mesma coisa, a vida do homem termina no pó da terra e depois disto, somente a ressurreição, ou para a vida eterna ou para a morte eterna. Então não há ignorantes ali, irmão ideabox. Vemos Deus, Salomão, dito por Deus como o homem mais sábio que houve e Daniel e que tinham contato direto com a sabedoria de Deus e falaram de forma inspirada.
Jesus, igualmente, não contrariou a ideia da morte como um sono inconsciente (João 11:11) e nem Paulo (1 Tessalonicenses 4:13). Não creio que Jesus e Paulo tenham sido, igualmente, ignorantes, irmão.
Agora, tudo que se constrói em favor da imortalidade da alma, não amplia o conhecimento de Salomão e demais profetas, mas prontamente CONTRADIZEM tudo aquilo que Salomão ensinou acerca do estado dos mortos. Veja, se não foi Deus, não foi Salomão, não foram os profetas, não foi Jesus e nem os apóstolos quem trouxeram esta ideia de que os mortos estejam conscientes, não podemos tomar como um ensinamento Bíblico.
Nossas deduções, irmão, em cima de textos Bíblicos não podem contrariar aquilo que se encontra prontamente explícito!
Se a imortalidade da alma parece contraditória ao que foi dito pelos Servos de Deus é porque de fato se trata de uma doutrina extra-biblica.
A doutrina da imortalidade se baseia em procurar ganchos, na Bíblia, onde se pendurar. Ela já foi totalmente desenvolvidos pela filosofia grega, desde Sócrates e Platão. E a Bíblia não endossa estes ensinamentos, mas possui e passa seu próprio ensinamento acerca do estado dos mortos ensinado através do próprio Deus, servos como Salomão, profetas como Daniel, Jesus Cristo e também os apóstolos que a morte é um sono inconsciente no pó da terra.
Não podemos, irmão, usar versos da Bíblia para pendurar nossas crenças tradicionais. Sendo que o ensinamento guiado por meio dos servos de Deus que escreveram de forma inspirada e também dos profeta nos ensinam explicitamente que a morte é um estado de inconsciência e que o homem retorna ao pó e dali não sai, devemos aceitar esta verdade e não procurar meios de pendurar nossas crenças na Bíblia Sabrada.
E diminuir o conhecimento, a capacidade de alguém que foi inspirado por Deus é algo muito perigoso, irmão. A Bíblia é a perfeita Palavra de Deus. Se a intenção da Bíblia nos versos usados pelos imortalistas era apresentar o estado dos mortos como sendo idêntico ao que ensina a filosofia grega, tal ensinamento estaria deveras incompleto nas Escrituras.
Nenhum profeta ou escritor Bíblico desenvolveu esta doutrina na Bíblia. Nenhum dos que testemunham ali se detêm a falar sobre os mortos saindo do estado de inconsciência e interagindo no céu, ou no inferno. Todo o guia da imortalidade da alma hoje se baseia em uma parábola.
E tirar uma história contida em uma parábola e transformá-la em doutrina, irmão, é algo inaceitável. Conta-se parábolas justamente porque narram histórias impensáveis e situações que não se encontram na realidade. É a mesma coisa que pegar uma história de contos populares e transformá-las em doutrina, porque algum profeta ou ensinador usou tal história para ilustrar uma lição moral profunda.
Para mostrar a ressurreição a Bíblia demonstra vários casos de pessoas ressurretas e sendo levadas para o céu. Nenhum caso porém há de pessoa sendo levada morta para o céu, ou para um inferno.
E não havendo fatos, pegam uma parábola e uma história e transforma aquilo em fato!
Aquilo jamais ocorreu, irmão, nenhuma pessoa, na Bíblia, foi levada morta, quer para o céu ou para um inferno. Moisés sera a única esperança de apresentar algum morto indo para o céu, sem passar pela ressurreição, porém, a Bíblia mostra Deus enviando Miguel para buscar o corpo de Moisés, o que nos mostra que, sem corpo, ninguém irá para o céu.
Cristo subiu para o céu com seu corpo (João 20:17) juntamente alguns dos que estavam mortos (Mateus 27:53).
Quando Deus chama alguém da morte, ele sai com o corpo (João 11:43). Deus não criou seres que vivem fora do corpo, mas almas viventes, provenientes da junção do espírito com um Corpo (Gênesis 2:7).
Não há como a alma existir sem o espírito e sem o corpo. Sendo que o espírito, o fôlego de vida, volta para Deus, tudo que resta aqui neste mundo é o corpo que retorna ao pó. E este espírito ou fôlego de vida, não é algo consciente, mas o princípio ativo provindo de Deus capaz de trazer vida ao corpo.
E somos almas viventes, assim como os animais, que igualmente têm um corpo e o mesmo fôlego de vida (Eclesiastes 3:19).
Esta é a visão bíblica acerca da natureza do ser humano, incapaz de substituir sem a presença do fôlego de vida junto ao corpo.
E um estado intermediário, irmão, é totalmente desnecessário em um plano onde a solução para a morte é a ressurreição! Não há porque deixar mortos conscientes quer no céu, ou na terra, sendo que a recompensa mesmo só será dada depois da ressurreição.
Um seio de abraão, feito para abrigar as pessoas destinadas ao céu? Três lugares, um no céu para os que forma levados vivos, um intermediário, onde se armazena os salvos mortos e um inferno onde se armazena os perdidos, é totalmente contrário ao ensinamento Bíblico que apresenta penas dois lugares, o céu e a terra. Para os justos no céu, a vida em um corpo. Para os justos na terra, o sono no pó da terra, para onde retorna o corpo.
De modo que o destino de cada salvo é onde está o corpo! Quer no céu, ou na sepultura. Quando o corpo de Moisés ainda estava na terra, estava inconsciente na sepultura. Quando porém seu corpo foi tomado por Miguel, foi levado vivo e consciente para o céu, como foram levados Enoque e Elias. Nenhum morto é levado para o céu, tampouco é levado para um inferno. O destino de todo homem é aguardar no pó da terra, pela ressurreição.
Um abraço.
O cuidado com a saúde
Olá, irmão Léo, sei que coca cola é uma delícia, mas temos que cuidar do corpo que Deus no deu. Como toda guloseima, deve ser evitada. Assim como não queremos que filhos pequenos tomem coca cola todas as manhãs em substituição ao leite, Deus também não quer que façamos isto ainda que adultos, pelo mesmo motivo de todo pai e toda mãe, que se preocupa também com a saúde dos seus filhos.
De modo que se não temos coragem de dar café, refrigerante para um animal de estimação, não poderemos ser tomados por ignorantes quando nossa saúde estiver danificada por consequência de nossos hábitos alimentares.
E todo doente, diabético, hipertenso, ou que sofre de ansiedade na velhice, se arrepende de não ter cuidado melhor de sua saúde. Acabando por ter que gastar dinheiro em remédios ao invés de aproveitar o restante de vida com uma boa saúde.
É questão de escolha irmão, e escolhas trazem consequências, quer sejam em bênçãos ou em maldição.
Creio que viver aos 80 anos correndo ou caminhando 4km por dia sem ter que tomar remédios, aproveitando esta fase da vida bem com os filhos e netos vale o esforço que fizemos desde a juventude para manter uma boa saúde.
Um abraço
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Amando a Deus e ao próximo através da lei
Olá, irmão Léo, como o dízimo pode ser uma lei judaica, sendo que lemos esta lei na Bíblia? Se está na Bíblia é tanto para judeu como para cristão.
Os dois mandamentos são, guardar tudo que se refere ao amor a Deus e tudo que se refere ao amor ao próximo na Bíblia. Amar a Deus e ao Próximo, não foi isto que Deus declarou ao dar suas leis?:
"Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor." (Levítico 19:18)
Os judeus chegaram até a entender parcialmente errado este conceito, conforme lemos em (Mateus 5:43). Quem guarda os mandamentos cumpre esta lei, não é isto o que é dito na Bíblia (Romanos 13:9)(Mateus 19:18-20)(1 João 5:3)?
Qualquer doutor da lei no tempo de Cristo sabia disto: Zacarias 8:17, Deuteronômio 11:1, Levítico 25:14,
Não é isto o que Diz a Bíblia acerca da Lei?
"Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças." (Deuteronômio 6:5)
Mas o que isto tem a ver com dízimo servir para judeu e não servir para Cristão? O que Paulo disse, usando o exemplo do sacerdócio levita é que os que pregam o evangelho deveriam viver do evangelho, não é isto que está escrito em 1 Coríntios 9:13-14? Não foi Cristo quem declarou de que o dízimo, ainda que das pequenas coisas não deveria ser omitido (Mateus 23:23), sendo praticado junto com o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé?
O que eu noto ali, é Cristo tentando fazer uma aliança com a nação judaica, recomendando não a supressão da obediência à lei, mas a guarda da lei em conjunto das coisas necessárias e que estava faltando, o amor ao próximo, a justiça, a misericórdia, a fé. Porque se entendiam este conceito de que a Lei toda se resume em Amar a Deus de toda a alma e de todo entendimento e ao próximo como a si mesmo, não deveriam estar tratando o próximo assim como Jesus os estava tratando e dando o exemplo?
Não deveriam ter alcançado o mesmo entendimento que Cristo alcançou acerca da lei? Não deveriam deixar de lado o ódio ao inimigo e passar a amar também ao inimigo? Enfim, não deveriam tratar o próximo com a mesma misericórdia com que eram tratados por Deus? Já não deveriam estar procedendo para com o próximo segundo o caráter de Deus? Não é neste contexto que o livro de Mateus declara "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus."? (Mateus 5:48)
Um abraço.
A lei na nova aliança
Olá, irmão Ivair, a resposta para aquela passagem é muito mais simples do que se possa supor:
A ligação da mulher com o marido é uma ilustração da ligação da igreja para com a forma como Cristo era representado. Na primeira aliança, por meio do sangue de animais, na segunda aliança por meio do próprio sangue de Cristo derramado na cruz, apenas isto, irmão. A antiga aliança era apresentada por meio de sombras, a nova aliança por meio de sua realidade. Assim nos desprendemos da sombra e nos prendemos à realidade.
A realidade do sacrifício de animais é o sacrifício de Cristo (João 1:29), o qual continuamos a usufruir. A realidade do sacerdócio terrestre é o sacerdócio de Cristo, que é nosso intercessor e mediador. A realidade do santuário terrestre é o santuário celestial, onde Deus habita. A realidade da arca da liança no segundo compartimento do santuário terrestre é a arca da aliança que está no santuário celestial (Apocalipse 11:19). A Lei agora está está escrita no coração e na mente de cada cristão (Hebreus 10:16), conforme Deus havia dito que faria em sua nova aliança (Jeremias 31:33). Igualmente a presença de Deus, demonstrada por meio da shekiná, agora faz morada dentro do cristão (Coríntios 6:19).
Os doze pães da proposição e que representavam as doze tribos, agora se cumpre nos doze apóstolos (Apocalipse 21:14) e se unem em Jesus, o pão da vida.(João 6:33, João 6:35). As sete lâmpadas se cumprem nas sete igrejas sendo as velas as testemunhas/estrelas/mensageiros (Apocalipse 1:20) e se unem em Jesus, a luz do mundo. A água se cumpre no batismo e são unidos em Jesus, a água da qual quem beber jamais voltará a ter sede (Apocalipse 21:6, João 4:14). A água da bacia, na qual o sacerdote se banhava, para limpar-se, é o mesmo referido pro Cristo em (João 13:10) tratando da Santa Ceia e referindo-se ao batismo.
O antigo pacto foi tirado no meio de nós, mas continua no novo pacto, sendo cumprido por Jesus no verdadeiro santuário que está no céu (Hebreus 8:2).
O cerimonialismo era uma representação das coisas que ocorrem no santuário celestial. Lá está a realidade das coisas, onde Jesus aplica de forma eficaz os méritos, da salvação conquistados na cruz, na vida de cada cristão.
Estas representações foram tiradas do meio de nós, porque se cumprem no ministério de Cristo. Todo o cerimonialismo era apenas uma explicação acerca do ministério de Cristo e dos trabalhos que realizaria em favor de toda a humanidade.
Assim as sombras são removidas por terem dado lugar ao seu cumprimento.
Sombra = tutor, escraviza;
Realidade = Cristo, liberta;
O passar da escravização pela lei, para a libertação da condenação da lei se deu por meio do pagamento da dívida que tínhamos para com a Lei de Deus e que exigia a morte de todo pecador. Tendo Cristo pago o preço na cruz, esta nota promissória de condenação é retirada do meio de nós, somos tirados de debaixo da condenação da lei, para vivermos na liberdade da lei (Tiago 2:12).
Gozamos desta liberdade da Lei de Deus, assim como gozamos da liberdade das nossas leis constitucionais, que servem para nos proteger e garantir a justiça e ordem. Estas coisas jamais serviram para nos garantir a salvação, mas sim para gerir a harmonia entre o povo de Deus. Mais do que isto, a Graça de Deus provê perdão ao arrependido para todo tipo de pecado, conforme era representado pelos vários tipos de pecado e os vários tipos de animais exigidos em sacrifício para cada tipo de pecado. Estes todos se unem em um único sangue que é o de Cristo. Assim, Cristo provê perdão para qualquer tipo de pecados que porventura venhamos a cometer.
Assim, Cristo aplica todos os benefícios que conquistou na cruz, em nossa vida.
O conceito de pecar está bem claro em 1 João 2:1. Pecado é a transgressão da lei (Romanos 4:15, 1 João 3:4). Pecamos ao transgredir a lei, ainda que ela não sirva para condenar (Romanos 8:1) os que andam em Cristo à morte eterna. Mas continua a condenar a morte eterna os que não aceitaram a Crito e também aqueles que, tendo aceito, não permaneceram Nele.
É por meio de Cristo que recebemos perdão para os pecados corriqueiros, mediante o arrependimento. Assim como rebemos perdão por toda a nossa vida de pecado, mediante o batismo para arrependimento (Marcos 1:4).
A lei, em seus princípios, continua, mostrando nossos erros, para que saibamos onde temos que nos corrigir. Porque o resultado da salvação é as boas obras, tanto a que não vem de nós e que se opera em nosso caráter, como a que vem de nós, quando procedemos de acordo com a lei e praticamos as boas obras.
A obra que se opera em nosso caráter é de transformação. O batismo do arrependimento significa morte para a antiga vida e nascimento para uma nova vida, assim somos feitos novas criaturas em semelhança de Cristo. O resultado inevitável é a harmonia para com a lei de Deus. Cristo guardou a lei perfeitamente, porque procedia para com Deus da forma como todo filho procede naturalmente em estado de santidade que inclui entre seus frutos a obediência.
Assim, a lei serve em nosso processo de santificação, para sabermos no que estamos nos tornando mais semelhantes a Jesus. A lei reflete o perfeito caráter de Deus, seu cuidado e sua justiça. Assim como na relação entre pais e filhos, cuidado e justiça são demonstrações do amor que há em pais que se preocupam com seus filhos.
Assim a Lei não é inimiga, mas o pecado o é (1 João 1:10). A lei contribui em nosso processo de santificação nos mostrando o modelo que devemos seguir e este modelo é perfeitamente exemplificado por meio de Cristo homem, isto porque a lei corresponde ao íntimo de Seus princípios naturais e que sempre estiveram com Ele (Colossenses 2:9, João 10:30).
O Filho e o Pai são um em essência, natureza e caráter. Assim, a lei reflete o caráter das três pessoas da Divindade.
O pecado atenta contra estes princípios, princípios estes nos quais o homem foi criado para viver naturalmente, segundo a lei internamente implantada no homem desde a criação (Romanos 2:14).
É para este lugar interno que a lei é novamente escrita no homem na nova aliança e isto ocorre no processo de santificação e que ocorre durante a vida toda de um indivíduo.
Um abraço.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
A Bíblia trocou o sábado pelo domingo?
Olá, irmão Daniel, a Bíblia não diz claramente sobre a mudança do sábado para o domingo. Também não ensina a santificação do domingo. Também não registra qualquer ordem ou autorização para mudança do dia de guarda do sábado para o domingo.
Vemos também que em nenhum ponto das Escrituras é dito que, porque Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, este tenha se tornado um novo dia de guarda no lugar do sábado.
Cristo, deixou-nos diversos ensinamentos, mas nenhum deles com respeito ao domingo.
Vamos então analisar para ver se estes versos, usados pelo irmão, autorizam uma mudança no dia de guarda.
Mateus 22:36-40 em nada revoga 1 João 5:3, sendo também o mesmo mandamento "kainós" de Levítico 19:18.
E por que Paulo não cita o sábado dentre estes mandamentos? Será que o sábado não mais existia na época de Jesus? Será que quando Cristo citou o conceito de "amar a Deus sobre todas as Coisas e ao próximo como a si mesmo" estava se referindo à toda a lei menos o sábado? Então não estou vendo onde, irmão, é que Jesus esteja excluindo o sábado em sua explicação acerca do sentido da lei, nem Paulo.
Quando Cristo conversou com o jovem rico em Mateus 19:18-19, Cristo estava excluindo os 4 mandamentos da lei de Deus?
Não, irmão, Paulo e Cristo apenas não mencionou o que não carecia ser mencionado, pois todo Judeu bem conhecia que o sábado fazia parte da Lei e dos mandamentos, bem como os outros 3 mandamentos. Que os judeus guardavam os 4 primeiros mandamentos, sob pena de morte, isto guardavam, mas davam menos importância aos outros 6 mandamentos e que se referem ao amor ao próximo, excluindo está prática de sua religião.
Estes versos, irmão, não foram escritos com intenção de dar argumentos para a supressão do sábado. O sentido dos versos é apresentar a lei no sentido de Amar a Deus sobre todas as coisas (os 4 primeiro mandamentos) e ao próximo como a si mesmo (os 6 últimos mandamentos), o que se aplica também a toda a Lei que igualmente rege nossa relação com Deus e com o próximo, nada mais que isto. Cristo considerou os 4 primeiros, e que se referem ao amor a Deus na categoria dos "maior mandamento", embora não os tenha citado. Percebe as implicações disto, irmão?
E Cristo cita o sábado, à partir daí, diversas vezes irmãos e nos ensina a guardá-lo corretamente. Todos os apóstolos e discípulos e que também guardavam o sábado, a prenderam o sentido de guardar o sábado amando ao próximo, curando o doente e alimentando aos famintos, tanto de pão como da palavra de Deus. E ambos, Cristo ( Lucas 4:16) e Paulo (Atos 18:3-4), nos deixaram o exemplo da guarda do sábado, costume que mantiveram até o último dia de suas vidas. O costume de ler a lei de Moisés (Atos 15:21) também se perpetuou depois da morte de Cristo e também do restante dos livros dos profetas (Atos 13:27). Um costumo do qual também participava os gentios (Atos 13:42-44).
Então não vejo supressão do sábado do costume dos cristãos e nenhum cristão discípulos de Cristo entendeu tal coisa por meio do que Cristo lhes deixou por palavra e pelo exemplo (Lucas 23:56).
Cristo não estava revogando o sábado irmão (Mateus 5:17). Nem era a intenção de Cristo ou de Paulo atentar contra leis, ainda que a dos judeus (João 19:4, Atos 25:8). Os judeus não acusaram Cristo, ou Paulo de violar o sábado, pelo contrário, a Bíblia diz que não encontraram neles culpa alguma, motivo pelo qual os mandaram a César.
E Maria, mãe de Jesus, bem como sua família, continuaram vivendo em meio àquela comunidade e naturalmente guardaram o sábado como sempre fizeram, e assim permaneceram como os demais até o ano 70 quando da invasão de Jerusalém, guardando o sábado junto aos judeus (Mateus 24:20) inclusive no templo (Atos 2:46).
Pergunte-se, por que não se usa este verso de Atos 2:46, que também fala de partir o pão, na defesa do domingo? A resposta é porque mostra o real sentido da expressão "partir o pão" segundo o costume diário cristão.
Se não houve mudanças, irmão, os mandamentos de Deus permanecem. Até este ponto notamos que não há nada que indique uma revogação do sábado. Nem poderia, porque senão ficaria sem sentido as mulheres guardando o sábado no sábado da morte de Jesus e os demais judeus-cristãos perdurando na prática de ir aos sábados nas sinagogas, igualmente os gentios, como tradicionalmente era feito.
Vamos ver em que ponto os cristãos se conscientizaram de que o dia deveria ser mudado, porque até agora, percebemos que nada mudou em relação ao sábado entre os judeus-cristãos.
Tratemos agora das igrejas dos gentios:
[Colossenses 2:16-23]
- Problema:
"...engane...palavras persuasivas." (Colossenses 2:4)
"... filosofias e vãs sutilezas...tradição dos homens ... rudimentos do mundo" (Colossenses 2:8)
- Motivo:
"pretexto de humildade e culto dos anjos" (Colossenses 2:18)
"ordenanças" (Colossenses 2:20)
"Não toques, não proves, não manuseies" (Colossenses 2:21)
"preceitos e doutrinas dos homens;" (Colossenses 2:22)
"aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo...para a satisfação da carne."
(Colossenses 2:23)
- Alvo:
"comer...beber...dias de festa...lua nova...sábados" (Colossenses 2:16) (ensinamentos da Bíblia)
Problema = homens ensinando na igreja
Motivo = ensinamento de preceitos de homens
Alvos = festas e sábados (dados por Deus)
> Contrariedade de Paulo:
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados" (Colossenses 2:16)
> Contrariedade para com quem:
Os causadores do problema.
> Conselho de Paulo aos cristãos de Colosso:
Colossenses 2 e Colossenses 3.
> A CAUSA PROVÁVEL DO PROBLEMA:
Rigor acético, o mesmo de 1 Timóteo 4.
[Atos 20:7]
Ver o significado de partir o pão em Atos 2:46. E os judeus contam o dia à partir do pôr-do-sol, logo, aquela noite ali, era imediatamente ao findar do sábado (Paulo não viajou no sábado) e o mesmo capítulo diz que Paulo viajou depois da meia noite, no dia seguinte, logo, na manhã de domingo (Paulo não guardou o domingo).
[Colossenses 2:16-23]
Fala de dias de jejum irmão.
[1 Coríntios 16:1-2]
- Acerca dos bens a serem colegados:
Quando fazer a separação destes: "No primeiro dia da semana";
Quem faria a separação: "cada um de vós" (individualmente);
Onde seria feita esta separação individual: em suas respectivas casas, onde se encontravam os bens;
Quando seria feita a coleta: Depois de cada um ter separado o que há de entregar
Quem faria a coleta: Alguém ou um grupo elegido para tal;
Quando seria feita a coleta: Antes de Paulo chegar;
Paulo estaria ali entre eles durante a separação (no primeiro dia) e a coleta?: Não.
Assim não houve reunião, muito menos com a presença de Paulo! O que foi reunido foram as ofertas, por meio da coleta, de bens que cada cristão tomou providência em suas respectivas casas.
[Apocalipse 1:10]
Definição de Deus sobre o Dia do Senhor: (Isaías 58:13)
Jesus é Senhor de que Dia?: "Pois o Filho do homem é Senhor do sábado". (Mateus 12:8)
Como o mesmo João, que conviveu com Jesus, chama o o primeiro dia?: "E no PRIMEIRO DIA da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro." João 20:1
Que dia Paulo usa como exemplo para o "DESCANSO NO SENHOR" em todos os dias? (Hebreus 4:4)
Qual "dia do Senhor" Paulo usa para exemplificar o "descanso no Senhor" nesta passagem, irmão Daniel?
A tradução do termo:
Κυριακή NÃO significa "domingo", ela significa "dia do senhor" (português) ou "dies dominicus" (latim).
"Domingo", por sua vez, é uma alcunha dada, por nós mesmos, ao "primeiro dia". Na Bíblia, porém, o primeiro dia continua sempre sendo chamado de "primeiro dia". O termo "dia do Senhor" ou "dies domincus", segundo a tradução em Latim se referem ao dia que era, de fato, chamado de "o dia do Senhor" e que era o sétimo (o sábado) e não o primeiro, a que hoje chamamos de domingo.
E os mandamentos de Deus foram deixados para a igreja (Apocalipse 14:12, Apocalipse 12:17). Quem mudou os mandamentos não foi Jesus (Mateus 5:17), mas sim o poder que peleja contra Cristo (Daniel 7:25). E o resultado vemos no catecismo, especialmente no terceiro mandamento. A mudança dita por Daniel 7:25 "mudar os tempos e a lei" está devidamente concretizada no "guardar domingos e festas". Também a perseguição dos santos está registrada na conta deste mesmo poder da idade média.
E a apostasia da idade média foi derivada das mudanças graduais nas práticas e ensinos da igreja. Pelo resultado na chamada "idade das trevas"vimos as consequências da gradativa mudança, incluindo a do dia de guarda, através da história. E nos escritos destes mesmos pais da igreja, encontramos outros ensinos que nem mesmo o catolicismo se dispõe a aceitar, registrados na mesma época onde se começou com a ideia de defender a guarda do domingo. Por isto não podemos aceitar os ensinos dos pais da igreja como tendo autoridade, a Bíblia só, deve ser nossa autoridade. A mudança que Deus não operou, homem nenhum tem autoridade de operar.
Um abraço.
domingo, 25 de dezembro de 2016
A Bíblia apoia o chamado "Estado Intermediário"?
Olá, irmão Carlos, os judeus acreditavam na morte como um sono no pó da terra (mesmo no período do processo de helenização). A Bíblia ensina isto e não a imortalidade da alma. Se há uma ida para um estado intermediário, a compreensão de um sono no pó da terra se torna totalmente incorreta. Porém, esta compreensão sobre a morte consistir em um sono no pó da terra, persiste nos ensinamentos de Jesus e Paulo.
Se vamos ensinar a imortalidade da alma, temos que nos desligar do conceito da morte como um sono. A morte como um sono no pó da terra é o alicerce do ensinamento do estado dos mortos. Sendo fiel a este conceito, interpretaremos versos como Filipenses 1:24 como se referindo à vida de Paulo ao invés de uma alma desencarnada.
Assim, o "sair do espírito", noutro verso, significa tão somente o sair do fôlego vida do corpo indivíduo, o que propicia a existência da "alma vivente"
Sair o "ruach" significa expirar, morrer, exalar o último fôlego, exalar o fôlego de vida. De modo que aceitando a compreensão de que a morte é um sono no pó da terra, entendemos corretamente o estado dos mortos. Senão, vamos sempre ver alma e espírito como sendo uma entidade consciente que sai fora do corpo como ensina a dualidade grega.
Para a Bíblia, porém, o espírito é tão somente um elemento necessário à vida e que quando unido a um corpo traz à existência uma nova alma vivente. Este ensinamento está em harmonia com o ensinamento de Salomão, Daniel, Jesus e Paulo.
Este conceito, da morte como um sono no pó da terra, nos impede de entender versos como o de Gênesis 4:10 e Apocalipse 6:11 como sendo uma afirmação de que possa existir vida fora do corpo.
Quanto ao encontro de culturas, a Bíblia neo-testamentária foi construída em um período onde a crença na imortalidade grega influenciava outra culturas, não poupando a israelita, no que, usar desta mentalidade não implica em apoio à tal e estou me referindo à parábola do Rico e Lázaro, de forma que devemos saber distinguir algo cultural de algo doutrinário.
A falha no "saber distinguir algo cultural de algo doutrinário" é justamente o ponto que tem afetado o protestantismo hoje, que parte do pré-suposto de que a imortalidade da alma é Bíblica, sendo que nunca foi.
Segundo a regra de fé dos judeus (o antigo testamento), a imortalidade da alma nunca existiu. Agora, a cultura grega, esta sim, já existia desde muito tempo e percebemos que a parábola do rico e lázaro faz parte desta cultura. Temos então a cultura judaica que ensinava a morte como um sono no pó da terra e a cultura grega que ensinava um estado intermediário. A fonte da imortalidade da alma, portanto, não provém da cultura judaica, firmada na Bíblia.
Agora, será que o novo testamento endossou esta ideia de uma dualidade do ser humano ao invés do holismo Bíblico?
Percebemos que não, irmão. O pensamento grego foi colocado no seu lugar certo, na forma de parábola, elemento da cultura popular. A possibilidade de consciência durante a morte, por sua vez, também foi colocada no seu lugar certo, em uma força de expressão.
Assim, este assunto não pode sair do âmbito de história popular e força de expressão para o patamar de doutrinas, a Bíblia não da base para isto. As Novas Escrituras terminam mantendo este assunto nas categorias denotadas.
O protestantismo, porém, muda esta "denotação" de uma parábola popular e uma força de expressão, para uma conotação de estado de sobrevida fora do corpo, com o pressuposto da dualidade grega, aí está o problema!
Assim, revisam o entendimento bíblico de uma forma totalmente diferente da judaica, pressupondo imortalidade da alma em textos que antes não eram entendidos como se referindo a um estado intermediário. Mudam, todo o entendimento judaico em prol do que considera-se uma "nova revelação" acerca de um "real estado dos mortos".
De modo que, em dado tempo, houve uma mudança da compreensão da "morte como um sono" inconsciente para um "estado intermediário" consciente. O protestantismo, de sua parte, julga que isto começou já no Novo Testamento.
Particularmente percebo que esta questão (de consciência na morte), assim como outras questões, como a da crença em fantasmas, ficaram mantidas e delimitadas na razão dos exemplos que foram denotados, não sendo colocados no patamar de doutrinas.
Um abraço.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
A prioridade da ressurreição de Cristo
Olá, irmão Elias, devemos fazer uma pergunta ao texto:
Por que Cristo foi feito as primícias dos que dormem mesmo não tendo sido o primeiro?
A resposta é, porque Ele é o mais importante, pois dele procede todas as demais ressurreições.
Jesus é as primícias dos que dormem no sentido amplo, não apenas no caso de Moisés que dormiu e foi levado, mas todos os que dormiram e um dia foram ressuscitados, incluindo Lázaro.
Não podemos, irmão, comparar nenhuma ressurreição com a de Cristo, nem mesmo a de Moisés, o que o texto mostra é que Cristo é as primícias independente de ter sido o primeiro a passar pelo milagre da ressurreição ou não.
Assim, o verso 23 não está levando em consideração a ressurreição de Moisés, assim como não está levando em consideração a ressurreição de Lázaro e outros que foram ressuscitados. Paulo está tratando da importância da ressurreição de Cristo e o motivo de Sua ressurreição ter sido tratada com prioridade, tendo em vista daqueles que continuavam dormindo nos tempos de Paulo. No que Paulo ensina de que que todos um dia ressuscitarão COMO Ele, embora não tenham sido ressuscitados COM Ele.
Entenda:
Os benefícios da graça conquistados por Cristo, já eram aplicados antes da vinda de Cristo, e por este motivo, também, todos os mortos em Deus um dia ressuscitarão e receberão a vida eterna. Também, a transladação ao céu, já havia sido aplicada antes mesmo da morte de Cristo.
Assim, ser as primícias não implica que tenha que ser o primeiro! O próprio plano da salvação contradiz esta ideia! Deus já aplicava os benefícios da salvação aos que vieram antes de Cristo, mesmo sendo Ele o mais importante, as primícias dos que dormem.
É como ser, por exemplo, irmão, o aniversariante! O aniversariante é o mais importante, é a primícia dos que hão de comer o bolo, mas o aniversariante pode conceder a primeira e a segunda fatia a quem ele julgar ter bastante consideração e depois, enfim comer o bolo.
O homem que trabalha, irmão, é a primícia dos que fazem uso do salário, mas ele pode dar a mesada a seus filhos antes mesmo de ele próprio fazer uso do seu salário.
Este, irmão é o sentido de primícias.
Assim, professores como o Leandro Quadros, ensinam que Moisés, Elias e Enoque foram levado para o céu por meio de uma espécie de "cheque pré-datado" a ser compensado na Cruz.
Naquele contexto, dos que estavam mortos no mesmo dia que Cristo, Ele era a prioridade, Ele era o mais importante, e assim mesmo levou outros como troféu, ressuscitando-os consigo e fazendo-os aparecer para muitos.
Assim, irmão, interpretar primícias tão somente como "o primeiro", tira muito do belo sentido de ser as primícias como o "mais importante" mas aquele que não advoga para si o direito de ser "o primeiro" mas aquele que tem a prioridade e que mesmo assim, decide levar outros antes Dele ou junto com Ele, segundo os Seus méritos.
E a glorificação de Moisés em nada contradiz Paulo, porque Elias e Enoque, igualmente foram glorificados em seus corpos. Moisés apenas conjura a ressurreição que já ocorrera várias vezes antes da morte de Cristo e a glorificação junto com a transladação que também já ocorrera em dois casos, o de Enoque e Elias, antes da morte de Cristo.
Então, de maneira alguma o fato de Cristo ser as primícias revoga a ideia de que Moisés tenha sido ressuscitado e trasladado. O objetivo do escrito de Paulo não foi indicar que Cristo foi o primeiro a passar por uma ressurreição, acompanhada de glorificação e trasladação, como será o destino de todos os que dormem em Cristo. Mas sim, que é Aquele que é o mais importante neste processo. Assim, Paulo apresenta a ressurreição de Cristo mais como uma "prioridade" do que sendo "o primeiro". E usa isto para explicar o porque de Cristo ter subido antes e os mortos terem que subir depois. Mostrando que isto não seria motivo para a descrença, poque Cristo ressuscitou antes destes, por ser prioridade entre os que dormiam, mas que também os outros um dia passariam pela ressurreição.
Assim, percebo que Paulo agregou também o sentido de "prioridade" ao falar dos motivos da ressurreição de Cristo, sendo neste sentido, e não no de "ser o primeiro", que trata, aos seus, acerca da ressurreição que todos os salvos em Cristo um dia haverão de passar.
É por isto, irmão, que lemos a palavras "primícias" ser conservada na tradução, ao invés de ser substituída por "primeiro", porque em si, até pelo contexto, não denota um significado simples de "primeiro", denotando, em seu lugar, um significado de "importância".
Uma abraço.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
A visão de Moisés e Elias
Olá, irmã Thaynara, a palavra visão é uma tradução. O que vale, irmã é a palavra original e que significa "rama" como em "panorama". Panorama é muito diferente de uma visão irreal. E Moisés e Elias andaram por aquele lugar:
"E aconteceu que, quando aqueles [Moisés e Elias] se apartaram dele [Jesus], disse Pedro a Jesus:..." (Lucas 9:33)
Uma visão, irmã, não caminha pelo ambiente. Outro fato é que não existe visão irreal onde duas ou mais pessoas acompanhem a mesma visão. A Bíblia diz que Pedro e outros que estavam com ele viram a Moisés e Elias. Logo, aquilo estava ocorrendo, de fato, no ambiente, diante de todos eles e não na cabeça de um, quer adotemos Jesus, ou Pedro. Todos testemunharam o ocorrido, logo não era uma visão sobrenatural, mas uma visão panorâmica, uma visão no sentido de ver, visualizar.
E tão real era aquilo que viam, ou "aquela visão", que Pedro se dispôs a fazer tendas para todos os três ali presentes, inclusive Moisés que estaria morto. Tenda para um morto, ou uma visão? Não faz sentido irmão.
E pedro não sabia o que dizia, porque não sabia que havia um motivo profundo para os dois estarem ali com Jesus, este é a razão de Deus ter ordenado para que não comentassem "aquela visão"/"aquilo que viram", com ninguém.
Não podemos, irmã, criar doutrinas em cima de uma única palavra, temos que analisar todo o evento.
E comunicação com mortos, irmã, não importa se o morto está presente se está falando por meio de um médium, ou qualquer outro meio. A Bíblia proíbe terminantemente a consulta a mortos e Cristo obviamente não iria contra esta ordem. Deus, por sua vez, de maneira alguma propiciaria a conversa entre um vivo e um morto.
Porque Cristo, irmão, não é adepto do ensinamento do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
De modo que não há razão para se crer de que Moisés estivesse morto. O único motivo de haver, hoje, a defesa de que este evento não teria sido real é pelo motivo de que vivos não podem se comunicar com mortos, o que comprovaria de que Moisés não estaria ali morto, como alguns ensinam, para defender a imortalidade da alma.
Lucas 9, acerca do MESMO EVENTO, nos diz:
"E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto." Lucas 9:36
Viu aí a tradução do mesmo episódio, agora em Lucas 9?
Então não podemos fazer uma interpretação por meio da tradução, temos que ir ao original e levar em consideração todo o evento.
Um abraço.
A lei no contexto da salvação
Isso mesmo, irmão Juliard, Cristo veio acabar com este sistema, porém, como lemos na Bíblia, um sistema que misturava lei com tradição o qual era usado para dominar a nação. A isto Cristo se referiu, ao recomendar que se tivesse cuidado com o fermento dos fariseus. Assim como o fermento incha o pão, a tradição judaica, desde a época dos antigos anciãos, e da libertação do cativeiro na Babilônia, cuidaram de inflar a lei com regras humanas que tornavam a guarda da lei fatídica e em alguns casos até impossível. Também promovia a injustiça e a falta de cuidado com o próximo, ao deixar de lado aspectos da lei também importantes.
Cristo veio contradizer a tradição e colocar todos no mesmo nível, debaixo da mesma lei, tanto em privilégios como em condenação e, na cruz, Cristo tira do meio de nós esta condenação.
A lei, na nova aliança, é sem o peso da condenação. Guardamos para promover o bem estar e a justiça, esta é a função da lei, toda lei é assim.
A lei não deve ser usada como meio de dominação e agora, nem de condenação para os que andam em Cristo. E nem como meio de salvação, para os que estão de fora.
Assim, guardamos a lei como Deus guarda, como Cristo guardou, porque é um resultado inevitável de quem anda nos caminhos de Deus em conformidade com a Sua vontade. A lei está ali porque é a vontade de Deus e procuramos não contrariar a Sua vontade pois é a lei que regirá o mundo sem pecados e se não haverá pecados e se já estamos mortos para a condenação, logo, estamos mortos para a lei.
Mas a lei continua existindo para o injusto e o obstinado, que não aceitou a Cristo e para os que O rejeitaram. Assim, andamos com a lei de Deus assim como, sendo bons cidadãos e honestos, andamos com nossas leis civis, constitucionais. Pra o cidadão de bem, não há o que temer e ao invés de inimiga, a lei é aliada e protetora, ela nos dá a sensação de segurança e por consequência de liberdade, esta é a lei da liberdade.
E assim andamos em relação a Lei de Deus e aos seus mandamentos, como cidadãos de bem que fazem parte do reino de Cristo que andam em conformidade com os estatutos que regem a harmonia deste reino.
Todo ímpio é deixado de fora do reino, a estes sim, terão que prestar contas a Deus, diante da lei que Deus colocou sobre todo homem (Eclesiastes 12:13).
Em um reino onde todos são como Jesus, nenhuma transgressão há aos mandamentos de Deus, porque os mandamentos foram feitos para condenar as atitudes do ímpio. Como o justo não mata, não furta, não adultera, nem pratica a injustiça, a lei é uma cerca de proteção para aqueles que andam naturalmente em harmonia com seus estatutos, colocando de fora e condenado todos aqueles que atentam contra a lei de Deus, praticando maldade contra Deus e ao próximo.
A nós, falhos e pecadores, e ainda convivendo com o pecado, Deus nos considera justos, mesmo em vista de nossas fraquezas e confere ilimitado perdão para nossas falhas. Assim, já recebemos os benefícios da salvação em Cristo, mesmo antes da chegada do Seu reino, não sendo mais contados com os ímpios.
É nesta certeza de estar fazendo parte do reino, não tendo nas costas mais o peso da condenação, mas a alegria da salvação, que podemos olhar para a lei e sermos declarados justos, mesmo sendo ainda imperfeitos na sua guarda, graças ao sacrifício de Cristo.
Quando Cristo vier e limpar o mundo de todo o mal e do pecado, será para nós como se a lei não mais existisse. Naturalmente andaremos em conformidade com a vontade de Deus, mas até lá, a lei serve como um espelho a fim de mostrar em nós se há algum mal, alguma falha em que precisamos nos corrigir, onde, então buscamos esta correção na graça de Cristo, por meio da transformação que ocorre desde o arrependimento e que nos torna novas criaturas onde ocorre o processo chamado pela Bíblia de santificação, que visa nos aperfeiçoar até a volta de Cristo e que ocorre durante toda a vida do indivíduo.
Assim, mesmo que não sirva para nos condenar, a lei serve para mostrar no que temos ainda que ser corrigidos. A obra de correção ocorre mediante atuação do Espírito Santo e da disposição humana. O meio é a Bíblia sagrada, onde temos o conhecimento do bem, o certo e a justiça, coisas nas quais devemos buscar nos aperfeiçoar, para que estejamos habilitados para a prática das boas obras.
Este é meu entendimento acerca da lei, no contexto da salvação, irmão.
Um abraço.
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