Interessante notar que na mesma procedência, Luciano Sena tem agido em prol de suas doutrinas calvinistas, dando a estas, muitas vezes mais importância do que as doutrinas comuns cridas por sua atual religião, a Presbiteriana do Brasil. Não obstante, pesadas críticas são dirigidas, por parte de Luciano Sena, à doutrinas tidas como comuns pelo meio evangélico e que tem adentrado às portas de igrejas tradicionais.
A diferença é que em se tratando de adventismo, as tais doutrinas evangélicas que eram deixadas de lado por muitos eram doutrinas puramente cristãs e que fazem parte da ortodoxia cristã, como a salvação pela graça e a trindade! No caso da IPB porém, tratam-se de ventos de doutrinas e ensinamentos não bíblicos como a teologia da prosperidade e certas campanhas que antes ocorriam longe das igrejas tradicionais:
http://mcapologetico.blogspot.com.br/2014/09/igreja-presbiteriana-fazendo-campanha.html
Deste modo Luciano Sena vê sectarismo em atitudes individuais de pessoas que um dia fizeram parte da Igreja Adventista e até mesmo de fundadores e que logo foram corrigidos ou deixaram de fazer parte da Igreja Adventista. Porém não vê sectarismo em sua atitude individual em se propor a empurrar goela abaixo, seus ensinamentos calvinistas e aquilo que considera o que seria uma Fé reformada. Reformada segundo aquilo que Luciano Sena como outros calvinistas consideram como a Pureza do Evangelho.
Oficialmente a IASD nunca apoiou qualquer pregação ou ideologia que atentasse contra as nossas doutrinas fundamentais, ou que promovesse sentimento separatista, o que sempre se tratou de uma atitude sectária da qual nem mesmo a IASD esteve livre.
A questão é que Luciano Sena consegue muito bem enxergar tal atitude sectária em membros de outras religiões, mas não consegue enxergar tal atitude em si mesmo.
De fato tem atacado insistentemente, não apenas as atitudes de sua própria religião, mas também de outras religiões até mesmo aquelas a que considera como ortodoxas e não sectárias. Porém o atacar não tem sido o problema, mas sim a forma como tem procedido para tal.
Ao julgar religiões através das atitudes de indivíduos, tem conquistado a antipatia de muitos irmãos! Ao invés de olhar para as doutrinas e aquilo que uma religião realmente defende ou segue oficialmente, tem ido atrás de atitudes e ocorrências dentro das religiões.
Significa que ao invés de discutir doutrinas, muitos irmãos a exemplo de Luciano Sena, tem passado a discutir mais pessoas e atitudes. E ao passo que tentar "corrigir" as religiões alheias, tem visto a sua própria necessitar de profunda correção, o que tem tentado fazer mesmo que de modo bastante tímido!
As recomendações que tenho passado desde que tenho participado de seu blog é que cada um reforme a si mesmo e sua própria religião para então ensinar aos outros como reformar a si mesmos e suas religiões.
Uma igreja deve pregar aquilo que ela segue. Deve ensinar aquilo que ela pratica e isto deve ocorrer também em se tratando de indivíduos.
Deste modo antes de exigir que outrem abandone suas atitudes sectárias, cada um deve abandonar as suas próprias atitudes, também sectárias. Antes de exigir uma perfeição doutrinária, deve alcançar primeiro, cada um em sua igreja, a perfeição idealizada.
Ao agir de forma separada e independente daquilo que crê e ensina a sua própria religião, o indivíduo está sim assumindo uma atitude independente, sectária.
Um exemplo disto são pregadores da graça barata abolidora de mandamentos e que hoje estão espalhados por igrejas pentecostais sérias a exemplo da Assembléia de Deus, pregando de forma contrária às suas doutrinas oficiais no que tange à validade dos mandamentos de Deus.
Um ponto que indica um sectarismo HERÉTICO é a rejeição aos mandamentos de Deus, isto vem logo após a rejeição da Trindade e da salvação pela graça.
Porém Luciano Sena, de forma conveniente tem passado a mão na cabeça de pessoas que pregam esta heresia de que os mandamentos de Deus foram abolidos na cruz.
Isto porque o Calvinismo tem hoje encontrado força no meio Pentecostal, livrando-se, então, daquilo que apontavam como sendo indício da falência do calvinismo.
Ao passo que não ataca diretamente ao movimento pentecostal pelos ventos de doutrinas que têm invadido as igrejas tradicionais, têm reclamado de ver tais doutrinas às portas de sua própria religião e de outras religiões do ramo tradicional que hoje enfrentam o mesmo tipo de problema.
Uma relação de amor e ódio que tem dividido o coração de muitos Calvinistas, que tem de um lado o conhecimento Bíblico e aquilo que é certo e do outro o medo de perder apoio do meio evangélico que hoje tem ensinado e praticado estes ventos de doutrinas.
Assim os calvinistas tem se sentido à parte dentro de suas próprias religiões tradicionais que tem se aproximado ecumenicamente de religiões evangélicas, representando hoje, um grupo cuja fé tradicional não tem sido levado muito em conta pelas lideranças de cada religião tradicional.
À parte em suas próprias religiões, tentando fazer aquilo que consideram o certo, calvinistas extremados têm sido tratados muitas vezes com indiferença.
Particularmente apoio os calvinistas na questão da defesa dos mandamentos de Deus, e da fé tradicional, no que tange à proteger as igrejas contra a entrada de ventos de doutrinas. Porém a maneira com que tem agido, condenando outras igrejas e até mesmo as suas próprias enquanto procuram conquistar apoio e simpatia é no mínimo bastante peculiar.
A aproximação que estes têm buscado é no sentido de levar os irmãos a aceitarem os conceitos calvinistas, a tal Fé reformada, e a volta ao que consideram como Evangelho Puro.
Trata-se portanto de uma aproximação proselitista, o mesmo tipo de atitude que Luciano Sena atribui a pregadores da IASD. Ou seja, me aproximo de vocês, no sentido de vocês aceitarem as doutrinas que eu prego.
Ou seja, quanto à doutrinas não há acordo, mas quanto a obter apoio aos interesses pessoais de cada um, aí tem acordo.
Esta é uma política de boa vizinhança que boa parte das religiões tem praticado, sendo justamente um indício de NÃO-SECTARISMO, por parte de cada religião.
Algo que Luciano Sena, condena por parte de algumas religiões e até de sua própria religião, ao passo que apoia em se tratando de calvinismo.
Isto porque os Calvinistas sendo "vacinados" dificilmente desistirão de suas doutrinas reformadas e sua fé pura. Porém isto ocorre ao passo que veem suas religiões como a Presbiteriana do Brasil se embrenharem
pelos mesmos caminhos, porém não conseguindo resistir às tentações destes novos ventos de doutrinas.
Deste modo os calvinistas tem tentado agir como o sal, que dá gosto ao meio com que se mistura, sem no entanto assimilar o gosto deste meio.
Deste modo os calvinistas enquanto um grupo espalhado em suas religiões, tem muita semelhança com a IASD enquanto igreja.
A diferença é que a IASD é de fato uma igreja que segue integralmente as crenças do ADVENTISMO, enquanto que o CALVINISMO, continua necessitando estar agregados às religiões, estando sob sua jurisdição.
E vem a questão que Luciano Sena vê a IASD como seita enquanto igreja, mas não vê o Calvinismo como seita enquanto grupo.
Mas os Calvinistas estão absolutamente certos em defender uma fé pura, baseada nos evangelhos, mesmo que estejam enganados em seu corpo com algumas doutrinas. Assim como os Adventistas do Sétimo dia estão certo em defender os mandamentos de Deus e a volta às Escrituras Sagradas.
Também os Calvinistas em buscar a aproximação sem se contaminar com os ventos de doutrinas, pelo contrário, trazendo de volta os irmãos nas igrejas à uma reforma urgente!
O problema é que irmãos como Luciano Sena, ao meu ver, tem feito isto de forma errada, praticando uma discriminação e um preconceito em relação à certas religiões, com ares de superioridade do Calvinismo! Algo que nunca foi apoiado e sempre foi combatido, tanto no meio Calvinista como no meio Adventista.
Adventismo nem Calvinismo possui nada de superior senão as doutrinas que prega, ou seja, superior mesmo só existe a Bíblia Sagrada, o resto se constituem em placa de ideologias e placas de igrejas.
Neste sentido uma nomenclatura de religião e a divisão que hoje fazemos, não tem nenhum valor.
Só existem dois grupos, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus e aqueles que não guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. É isto que devemos usar ao analisar as pessoas e não o que há escrito acima das portas de suas religiões.
Isto tanto une quanto separa, pois une aqueles que são os fiéis servos de Cristo (o trigo) em todas as religiões, separa-os daqueles que não são de fato servidores de Cristo (o joio) em todas as religiões.
E a ninguém cabe julgar quem está salvo e quem está perdido, portanto, NÃO podemos discriminar os irmãos, usando como critério a sua religião.
(Sr. Adventista)
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