Em resposta ao artigo:
http://www.cacp.org.br/adventismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=48&cont=1&menu=1&submenu=1
Sobre os escritos de Ellen
White
Veja esta afirmação equivocada:
“A própria Sra. White
afirma o seguinte sobre seus escritos:
“Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A
verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. Os destinos das
almas dependem da maneira em que são elas recebidas” (EG White, Primeiros
Escritos, Editora Casa Publicadora, Tatuí – SP; 1995 – pág. 258, 259).”
Ellen White também disse:
“Eu vi que a bíblia era o livro
padrão, que nos julgará no último dia”(Ms 4, 1850; 16 MR 34)
“quando a palavra de Deus é
estudada, compreendida, e obedecida, uma luz intensa será refletida sobre o mundo;
novas verdades, recebidas e postas em prática, nos unirá em fortes laços com
Jesus. A Bíblia, e a Bíblia apenas, é a nossa crença, e o único laço de união;
todo o que se prostrar a esta santa palavra estará em harmonia. As nossas
próprias perspectivas e idéias não podem controlar os nossos esforços. O Homem
é falível, mas a palavra de Deus é
infalível.” (Cristânia, Noruega. {RH, 15 Dezembro, 1885 par. 16}
“Mas não citem vocês a irmã White.
Não quero que alguma vez citem a Irmã White até que obtenham terreno vantajoso
sabendo onde estão. Citem a Bíblia. Falem da Bíblia. É cheia de carne e
gorduras. Transportem-na bem na vossa vida, e saberão mais da Bíblia do que
agora.” {Colecção Spalding e Magan, p.174}.
“Em todas as eras existiu um novo
desenvolvimento da verdade, uma mensagem de Deus ao povo dessa geração. As
verdades antigas são todas essenciais; a nova não é independente da antiga, mas
o seu desdobrar. Apenas quando as antigas verdades estão compreendidas,
poderemos então compreender a nova. Quando Cristo decidiu abrir aos Seus
discípulos a verdade da Sua ressurreição, Ele começou “por Moisés, e por todos
os profetas,” explicam-lhes “o que Dele se achava em todas as escrituras.”
Lucas 24:27. Mas é a luz que brilha no fresco desdobrar da verdade que
glorifica a antiga. Aquele que rejeitar ou negligenciar a nova, no fundo não
possui sequer a antiga. Para ele perde-se o seu poder vital tornando-se senão
uma forma sem vida.” {COL 127.4} 1900
Notamos então que as acusações
feitas à Ellen White não correspondem de fato ao pensamento da profetiza. Vamos
então analisar aquela afirmação de Ellen White dentro do contexto?
“Agora, com nova coragem e fé
firme, uniram-se em dar a mensagem do terceiro anjo. Desde 1844, em cumprimento
à profecia da terceira mensagem angélica, a atenção do mundo tem sido chamada
para o verdadeiro sábado, e um número em constante crescimento tem retornado à
observância do santo dia de Deus. Vi um grupo que permanecia bem guardado e
firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da
comunidade.
Deus olhava para eles com
aprovação. Foram-me mostrados três degraus —
a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: “Ai de quem mover um bloco ou mexer num
alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é
de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que são elas
recebidas.” De novo fui conduzida às três mensagens angélicas, e vi a que alto
preço havia o povo de Deus adquirido a sua experiência. Esta fora alcançada
através de muito sofrimento e severo conflito.
Pereceberam que o texto em que diz “Ai de quem mover um bloco ou mexer num
alfinete dessas mensagens” se refere à mensagens angéligas em “a primeira, a segunda e a terceira
mensagens angélicas”. Ou seja, o texto não fala dos escritos de Ellen
White, mas sim das mensagens angélicas.
Ou seja, Ellen White não disse: “Ai
de quem mover em um bloco ou mexer num alfinete dos meus livros”,
diferente disto o próprio anjo quem disse “Ai de quem mover um bloco ou mexer
num alfinete da primeira, da segunda ou
da terceira mensagens angélicas.
Percebemos que há uma mentira do
autor do artigo ao afirmar introdutoriamente o seguinte:
“A própria Sra. White afirma o seguinte sobre seus escritos”
Acima está grifado a sutileza da
mentira e o engano, pois embora o escrito realmente exista, o autor do artigo em
questão mentiu ao dizer que Ellen se referia aos seus próprios escritos (livros)
e não às mensagens angelicais referidas na visão. Como vêem trata-se apenas de um
texto verídico colocado em um contexto enganatório, com uma sutil mentira que
leva muitos ao engano. A isto chamamos de distorção.
Comparemos isto com o que disse a
revista adventista na íntegra, ou seja, não tomando apenas o pequeno trecho
contido no artigo:
“"Cremos que Ellen White foi
inspirada pelo Espírito Santo, e
seus escritos, o produto dessa inspiração,
tem aplicação e autoridade especial
para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau da inspiração dos escritos de Ellen White
sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas." - Revista
Adventista, Fevereiro de 1984, pág. 37.”
Seria uma incoerência se a revista
dissesse que embora inspiradas pelo Espírito Santo, as obras conferidas a Ellen
White tivessem um grau de inspiração ou qualidade diferentes do encontrado na
Bíblia. Pelo que sabemos existe apenas um Espírito Santo e este não possui
graus de qualidades ou inspirações diferentes para cada profeta. Todo profeta é
tocado pelo mesmo Espírito Santo, por conseqüência, possuem o mesmo grau de
inspiração, e produzem obras com a mesma qualidade. Ou seja, o texto afirma que
Ellen White recebeu o mesmo tipo de inspiração daqueles que escreveram a bíblia
e escreveu seus textos com a mesma qualidade.
Aqui está o engano: Porque a
sutileza da proposta do autor do artigo coloca os textos de Ellen White como
concorrentes da bíblia, quando na verdade possuem a mesma fonte de inspiração,
embora tenham fins bastante diferenciados. A revista não disse que os livros de
Ellen White estão no mesmo nível de importância da Bíblia, mas que o grau de
inspiração e qualidade são equivalentes. Ou seja que as obras de Ellen White
são também frutos do Espírito Santo. Ellen White porém nunca disse que isto
colocava seus escritos em pé de igualdade com a bíblia. Ela mesma se referia à
suas obras como uma pequena luz, que visa levar às pessoas à uma luz maior que
é a bíblia. Ao mesmo passo que nunca negou que suas obras não lhe pertenciam,
mas que eram frutos da inspiração do Espírito Santo.
Veja a importância e o propósito
que Ellen White dava à suas obras diante da Bíblia Sagrada.
"pouca atenção é dada à
Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à "luz
maior" (Review and Herald, 20 de janeiro de 1903)
Como vêem Ellen White não colocava
seus escritos em pé de igualdade com a bíblia, pois reconhecia que embora seja o
mesmo tipo de luz, as obras construídas por ela não se equiparavam à Bíblia em
tamanho e magnitude. Em verdade suas obras trabalham para levar as pessoas de
volta à Bíblia e as verdades nela contida.
Veja o que Ellen White tem a dizer
sobre todo este assunto:
“Os nossos irmãos devem estar
dispostos a investigar de forma sincera todos os pontos de controvérsia. Se um
irmão estiver ensinando erro, aqueles que estiverem em posições responsáveis
deverão sabê-lo; e se ele estiver ensinando verdade, eles deverão tomar lugar
ao seu lado. Nós devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; porque se
for verdade, nós precisamos. Nós todos estamos sob obrigação para com Deus em
saber o que ele nos envia. Ele tem dado direcções sobre as quais podemos testar
todas as doutrinas,--“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta
palavra, é porque não há luz neles.” [Is. 8:20] Se a luz apresentada passar
este teste, não devemos recusar aceitá-la porque não se enquadra com as nossas
idéias.” {GW 300.4}
Gostaria de saber o que o autor do
artigo em questão tem a nos dizer sobre os 10 mandamentos da lei de Deus, para
que possamos comparar com (Is. 8:20) e saber se o que ele diz provêm de luz ou
trevas.
Veja a artimanha do autor, após criar
suas próprias mentiras e fazer-nos engolir. Este coloca falsas palavras na boca
de “Ellen White” então se apresenta como o salvador que nos irá libertar dos
supostos “enganos” que ele próprio arquitetou.
“não poderia ser colocado os seus escritos em pé de
igualdade com a Bíblia sagrada”
Tendo fabricado uma mentira e
atribuído à Ellen White, fica fácil encontrar na bíblia razões que contradizem todas as mentiras misturadas com trechos de verdades que ele próprio criou e colocou
como se fossem as verdadeiras opiniões de Ellen White.
Sobre a volta de Jesus
““... alguns estarão
vivos e permanecerão na Terra para serem trasladados por ocasião da vinda de
Jesus”. (EG White, O Testemunho de Jesus; Casa Publicadora; Tatuí – SP, p.
108). Essa profecia foi feita numa reunião de manhã cedo, em Battle Greek ,
Michigan, em 1856. Se diminuirmos 1856 de 2004, teremos, como resultado, 148
anos. Porventura existe alguém vivo daquela reunião aguardando a volta de
Cristo? Para justificar o erro profético dela, seus defensores se explicam
dizendo: “É-nos dito pela mensageira do Senhor que se a igreja remanescente
houvesse seguido o plano de Deus em fazer a obra que lhe indicara, o dia do Senhor
teria vindo antes disto, e os fiéis teriam sido recolhidos ao reino.”(Idem, p.
110) É incrível como possam ser tão fanáticas certas pessoas a ponto de
justificar um fracasso profético tão evidente no intuito de defender sua
profetisa.”
Coloquemos o texto referido na
íntegra e no contexto (grifos nosso):
“Alguns dos servos de Deus consagraram a vida à causa de
Deus, até ao ponto de terem a saúde enfraquecida e ficarem quase consumidos
pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas e privações. Outros não sentiram essa
responsabilidade, ou não a quiseram assumir. Entretanto, justamente esses, por nunca terem
experimentado dificuldades, acham que passam por um tempo difícil. Nunca foram
batizados no quinhão do sofrimento, e nunca o serão enquanto manifestarem tanta
fraqueza e tão pouca força, e amarem tanto a comodidade. Segundo o que Deus me
mostrou, é preciso haver, entre os pastores, uma sacudidura, a fim de serem
eliminados os negligentes, preguiçosos e comodistas, e permanecer um grupo
fiel, puro e abnegado, que não busque seu bem-estar pessoal, mas administre
fielmente na palavra e na doutrina, dispondo-se a sofrer e suportar todas as
coisas por amor de Cristo, e salvar aqueles por quem Ele morreu. Sintam esses
servos o “ai” que sobre eles pesa se não pregarem o evangelho, isto será o
bastante; mas nem todos o sentem.
Foi-me mostrada a conformidade de
alguns professos observadores do
sábado para com o mundo. Oh! vi que era uma desgraça à sua profissão,
uma desgraça à causa de Deus. Desmentem sua profissão. Julgam que não são como
o mundo, mas dele tanto se aproximam no vestuário, na conversação ou nos atos,
que não há diferença. Vi-os adornando seu pobre corpo mortal, que há de ser
tocado em qualquer momento pelo dedo de Deus e prostrado sobre o leito de dor.
Oh! então, ao aproximar-se seu último momento, mortal angústia lhes oprime o
corpo, e a grande pergunta será: “Estou preparado para morrer, comparecer
diante de Deus no juízo, e subsistir na grande revista?” Perguntem-lhes então
como se sentem quanto ao adorno do corpo, e se têm alguma idéia do que é estar
preparado para comparecer perante Deus, e lhes dirão que se somente pudessem
voltar a viver de novo o passado, corrigiriam a vida, evitariam as loucuras do
mundo, sua vaidade e orgulho; e adornariam o corpo com roupas modestas, dando
assim um exemplo aos que os rodeiam. Viveriam para a glória de Deus.
Por que é tão difícil viver uma
vida abnegada, humilde? Porque os
professos cristãos não estão mortos para o mundo. É fácil viver depois
de estarmos mortos. Mas há muitos que desejam os porros e as cebolas do Egito.
Inclinam-se a vestir e proceder o mais semelhante ao mundo possível, e todavia
querem ir para o Céu. Esses sobem por outro caminho. Não entram pela porta
estreita e pelo apertado caminho.
Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia.
Disse” o anjo: “Alguns se tornarão alimento
para os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas; alguns viverão e
estarão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”
Veja que mais à frente o texto
continua fazendo certa referência:
“Vi que alguns professos guardadores do sábado despendem horas, as quais
são mais que desperdiçadas, apreciando esta ou aquela moda e adornando seu
pobre corpo mortal.”
Análise
Então gostaria de perguntar ao
autor do artigo:
Quando Jesus voltar, alguns dos
professos guardadores do sábado “estarão
vivos e permanecerão na Terra para serem trasladados por ocasião da vinda de
Jesus”?
Quando Jesus voltar, alguns do
grupo dos professos cristãos estarão “sujeitos
às sete últimas pragas;”
Quando Jesus voltar, alguns dos
cristãos professos e observadores do sábado
“viverão e estarão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”?
Qual eram os grupo presente a assembléia se não o grupo dos cristãos que seguem
pelo caminho estreito e os que seguem o caminho da comodidade?
Perceba que Ellen White na profecia
se referiu aos dois únicos grupos possíveis de cristãos e não especificamente “aquelas”
pessoas presentes na assembléia. Acaso Ellen White mentiu ao dizer que quando
Jesus voltar ainda haveriam um grupo de pessoas vivas que acompanhariam sua
volta triunfante e que seriam transladado por ocasião desta vinda de Jesus?
Ora os grupos a que Ellen White se
referiu encontra-se lá no início, o grupo dos que “não sentiram essa responsabilidade, ou não a quiseram assumir” e o
grupo de “Alguns dos servos de Deus
consagraram a vida à causa de Deus, até ao ponto de terem a saúde enfraquecida
e ficarem quase consumidos pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas
e privações.”
A chave que demonstra que a
assembléia foi tomada apenas como exemplo está nestes dois textos:
Foi-me mostrada a conformidade de alguns professos
observadores do sábado para com o mundo. Oh!
vi que era uma desgraça à sua profissão, uma desgraça à causa de Deus.
Desmentem sua profissão. Julgam que não são como o mundo, mas dele tanto se
aproximam no vestuário, na conversação ou nos atos, que não há diferença.
Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia.
O grupo presente à assembléia foi
tomado como representação dos dois tipos de cristãos que encontraríamos na
volta de Jesus.
Em seguida é dito os destinos
reservados para ambos os grupos de pessoas:
“Alguns se tornarão alimento para
os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas; alguns viverão e estarão
sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”
Detalhemos mais esta separação
entre grupos e exemplos:
“Alguns dos servos de Deus
consagraram a vida à causa de Deus, até ao ponto de terem a saúde enfraquecida
e ficarem quase consumidos pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas
e privações”
“Outros não sentiram essa
responsabilidade, ou não a quiseram assumir.”
“Não entram pela porta estreita e
pelo apertado caminho.”
Agora demonstremos qual foi o
exemplo tomado para representar os dois grupos:
“Foi-me mostrado o grupo presente à
assembléia.”
Então, tomando estes dois grupo de
pessoa, o anjo disse que no futuro:
“Alguns se tornarão alimento para
os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas; alguns viverão e estarão
sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”
Devemos perceber que Ellen White se
referia a grupo de pessoas que haviam naquela assembléia mas que também
haveriam no futuro, e não aquelas pessoas presentes em específico.
Organizando tudo de forma
perfeitamente entendível
Dentre os professos guardadores do
sábado e professos cristãos foram separado dois grupos:
1º Grupo de pessoas
“Alguns dos servos de Deus
consagraram a vida à causa de Deus, até ao ponto de terem a saúde enfraquecida
e ficarem quase consumidos pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas
e privações”
2º Grupo de pessoas
“Outros não sentiram essa
responsabilidade, ou não a quiseram assumir.”
“Não entram pela porta estreita e
pelo apertado caminho.”
Um exemplo destes dois grupos foi demonstrado pelo anjo:
“Foi-me mostrado o grupo presente à
assembléia.”
Sobre estes dois grupos o Anjo
lembra o destino possível.
Sobre o 1º e 2º grupo de pessoas: Disse” o anjo: “Alguns se
tornarão alimento para os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas;
alguns viverão e estarão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de
Jesus”
Porém este destinos não eram
específicos para os presentes à assembléia, mas sim a qualquer pessoa
pertencente ao 1º ou 2º grupo.
A controvérsia está no fato do anjo
ter mostrado a assembléia presente como uma demonstração das duas classes de
pessoas.
A má interpretação deste escrito
ocorre porque pessoas não precavidas tomam “os presentes na assembléia” não
como um exemplo, mas como parte da profecia. Deixemos claro esta distinção:
Exemplo: “Foi-me
mostrado o grupo presente à assembléia
Profecia: “Alguns se
tornarão alimento para os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas;
alguns viverão e estarão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de
Jesus”
Referência da profecia:
1º e 2º grupos de pessoa.
Dizer que a profecia se refere “ao
exemplo” é o erro dos críticos. Pois em verdade a profecia se refere aos dois grupos
de pessoas, que por acaso os presentes na assembléia também faziam parte, tanto
de um, como de outro.
Conclusão, embora o grupo presente
à assembléia estivesse sujeito à profecia, devido a não estarem no período do
fim, se encaixaram apenas na categoria dos que “se tornarão alimento para os
vermes”.
Aqui entra o caráter condicional da profecia:
SE Jesus tivesse voltado
na época de Ellen White, aquele grupo presente na assembléia fatalmente poderia
se encaixar em qualquer um dos destinos apresentados na profecia, porque haviam
professos cristãos (aqueles que se declaram cristãos) pertencentes a ambos os
grupos (o da porta estreita e o da porta cômoda).
Porém como a profecia não se
cumpriu NAQUELE tempo, hoje nós é que estamos sujeitos a tal profecia, assim
como estarão nossas futuras gerações SE
Cristo não voltar em nosso tempo.
Assim a profecia se cumprirá quando
Jesus voltar, onde haverá aqueles dois grupos distintos de pessoas. Então ocorrerá
que:
“Alguns se tornarão alimento para
os vermes, outros, sujeitos às sete últimas pragas; alguns viverão e estarão
sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus”
Pois é irmãos, hoje somos nós quem
comparecemos à assembléia de Deus, estando sujeitos àquela profecia. Quem dirá
que não?
Observação:
Embora haja um caráter condicional em relação às pessoas da época,
tanto quanto a qualquer outra época posterior, isto, contudo, não torna a
profecia de natureza condicional, porque a profecia se cumprirá e isto não
depende de uma condição.
A hora da volta de Jesus
“Logo ouvimos a voz
de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda
de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a
voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar
Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com
esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte
Sinai”. (EG White, Primeiros Escritos, Editora Casa Publicadora, Tatuí – SP;
1995- pág. 15).
Vejamos o texto na íntegra e no
contexto:
“Enquanto eu estava orando junto ao
altar da família, o Espírito Santo me sobreveio, e pareceu-me estar subindo
mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no
mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: “Olha novamente, e olha
um pouco mais para cima.” Com isso olhei mais para o alto e vi um caminho reto
e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse
caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada.
Havia uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um
anjo me disse ser o “clamor da meia-noite”. Essa luz brilhava em toda extensão
do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não
tropeçassem. Se conservassem o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente
diante deles, guiando-os para a cidade, estariam seguros. Mas logo alguns
ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela
ter entrado antes. Então Jesus os animava, levantando Seu glorioso braço direito,
e de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e todos
clamavam: “Aleluia!” Outros temerariamente negavam a existência da luz atrás
deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. Então, a luz atrás deles
desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo que tropeçavam e,
perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo
tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a
qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de
cento e quarenta e quatro mil, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os
ímpios julgaram que era um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, o
Espírito Santo nos envolveu, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de
Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai.
Os cento e quarenta e quatro mil
estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito:
“Deus, Nova Jerusalém”, e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome
de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e
arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão,
quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão.”
Analizemos então a observação do
autor do artigo:
“Ouvi a hora
proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da
visão”. (EG White; Mensagens Escolhidas, vol I, Ed. Casa Publicadora, Tatuí –
SP, 2001- I p. 76). Estaria a Sra. White realmente falando a verdade quando
afirma que Deus lhe deu indicação sobre o dia e a hora da vinda de Jesus? É
para duvidar.
Pensem comigo, se Ellen White
pudesse se lembrar da hora da volta de Jesus e contar a todos, do que
adiantaria a profecia? Porque a profecia se refere a um amanhã e revelando tal
dia hoje, então neste amanhã todos já saberiam a hora da volta de Jesus,
inclusive os ímpios. Obviamente embora Ellen White tenha, através da visão,
conhecido o dia da volta de Jesus, não lhe foi permitido manter este saber,
porque não estava na época ainda.
Passemos para as afirmações
seguintes:
“Entretanto, Jesus afirmou que do
dia e hora da sua vinda ninguém saberá
(Mt 24.36)”
Perceba que o autor chega a mudar
sutilmente a informação do versículo, acompanhem o versículo verdadeiro:
“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas
unicamente meu Pai.” (Mateus 24:36)
O autor do artigo chega a modificar
o escrito bíblico a fim de apoiar seu engano, desafiaria o autor do artigo a me
mostrar uma bíblia que diga que ninguém saberá ao invés de ninguém sabe.
Comparemos com marcos onde se fala
do mesmo acontecimento
Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no
céu, nem o Filho, senão o Pai. (Marcos 13:32)
A própria visão de Ellen White
Mostra que o conhecimento sobre o dia da volta de Jesus foi transmitido por
Deus, que segundo Mateus é o portador de tal conhecimento.
Uma prova de que o versículo de
Marcos e Mateus não se refere ao amanhã é o fato do próprio Jesus Cristo agora
saber quando será tal dia. Ora pois ao retornar ao convívio com o Pai, Jesus
adotou sua onisciência. Acaso Jesus não é capaz de saber o dia de sua própria
vinda?
“Para que os seus corações sejam
consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da
inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Em quem
estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Colossenses 2:2-3)
Veja o que diz a bíblia sobre este
assunto:
“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo
e o juízo. Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo; porquanto
a miséria do homem pesa sobre ele. Porque não sabe o que há de suceder, e
quando há de ser, quem lho dará a
entender?” (Eclesiastes 8:5-7)
Oh! Então percebemos que a
afirmação de Ellen White é, não apenas verdadeira, como tem bases bíblicas.
Sobre:
“Precavenham-se todos
os nossos irmãos e irmãs de qualquer que marque tempo para o Senhor cumprir Sua
Palavra a respeito de Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de
especial importância, por ele feita. ‘Não vos pertence saber os tempos ou
estações que o pai estabeleceu pelo Seu próprio poder.’ Falsos mestres podem
parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem despender meios para apresentar
ao mundo e à igreja as suas teorias; mas como misturam o erro com a verdade,
sua mensagem é de engano, e levara almas para veredas falsas. Deve-se-lhe fazer
oposição, não porque são homens maus, mas porque são mestres de falsidades e
procuram colocar sobre a falsidade o sinête da verdade.”( EG White; Testemunhos
Seletos, vol. II; Ed. Casa Publicadora; Tatuí – SP; 1956 - pág. 359). O
julgamento que EGW faz de pessoas que misturam o erro com a verdade, levando
almas para veredas falsas, é correto. É o seu caso específico.
Veja a falta de um mínimo de
capacidade intuitiva por parte do autor, ora se ele próprio afirmou que Ellen
White não pôde revelar a dita data e hora da vinda de Jesus, como pode afirmar
que Ellen White se encaixe no caso dos que marcam tempo para o cumprimento da
volta do Senhor? E mais, este próprio argumento responde o porque de Ellen
White ter sido impedida de lembrar daquela revelação contida em sua visão.
A guerra civil americana
“Foi-me mostrado que se o objetivo
dessa guerra tivesse sido eliminar a escravidão, se o Norte o desejasse, a
Inglaterra se disporia a ajudar. Mas a Inglaterra bem sabe das intenções
existentes no governo; e que a guerra não é para acabar com a escravidão, mas
somente preservar a União, o que não é de seu interesse. Nosso governo tem sido
muito orgulhoso e independente. O povo deste país exaltou-se até o céu e olhou
para baixo, aos governos monárquicos, e jactou-se de sua liberdade, enquanto
que a escravidão, que era mil vezes pior do que a tirania exercida pelas monarquias,
foi tolerada e alimentada.. Nesta terra de luz se aprecia um sistema que
permite que uma parte da família humana escravize outra, rebaixando milhões de
seres humanos ao nível dos animais. Esse pecado não é encontrado mesmo em
terras pagãs.
Disse o anjo: “Ouçam, ó Céus, o
clamor dos oprimidos, e recompensem duplamente os opressores por seus feitos.”
Esta nação ainda será humilhada até o pó. A
Inglaterra está estudando se
é melhor tirar proveito da presente condição do país, guerreando
contra ele. Examina a questão e sonda outras nações. Teme que, se ela
iniciar uma guerra no Exterior, enfraquecer-se-ia e outras nações poderiam
tirar proveito da situação. Outros países estão fazendo preparativos
silenciosos, todavia diligentes, para a luta armada e esperando que a Inglaterra combata os Estados Unidos, para
então terem a oportunidade de vingar-se da exploração e injustiças de que foram
vítimas no passado. Uma parte dos países sujeitos à rainha, está esperando por uma chance favorável
para quebrar seu jugo; mas se a Inglaterra pensar que isso valerá a
pena, não vacilará um momento para aumentar as chances de exercer
o poder e humilhar nosso país. Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as
nações terão interesses próprios a atender, haverá guerra e confusão totais. A
Inglaterra está familiarizada com a diversidade de sentimentos havidos por
aqueles que estão buscando acabar com a rebelião. Ela bem sabe das perplexas
condições de nosso governo e olha
com expectativa ao prosseguimento da
guerra, para a movimentação lenta e ineficiente de nossos exércitos e
as nocivas despesas acarretadas ao país. A fraqueza de nosso governo está
patente às outras nações, e elas concluem que isso se deve ao regime
não-monárquico de governo, e ficam admiradas com seu sistema político, umas
olhando-nos com certa piedade, outras com desprezo, a nós, a quem eles
consideravam a nação mais poderosa do planeta. Se o país tivesse permanecido
unido, seria forte, mas dividido, tem de desmoronar-se.”
Ou seja Se a Inglaterra pensasse
que isto valeria a pena não vacilaria. Porém como pensou e viu que isto não
valeria a pena VACILOU. Assim não se cumpriu a declaração de guerra por parte
da Inglaterra. Para facilitar adicionarei uma palavra que facilitará a compreensão:
mas se a Inglaterra pensar que isso valerá a pena, não vacilará um
momento para aumentar as chances de exercer o poder e humilhar nosso país. (Então) Quando a Inglaterra
declarar guerra, todas as nações terão interesses próprios a atender, haverá
guerra e confusão totais.
Quando estudamos lógica, a exemplo
da lógica de programação, aprendemos que o ENTÃO depende do SE. E quando o SE
não é cumprido, o ENTÃO também não acontece.
Este é o caso de uma profecia
condicional, onde o profeta tem a revelação de algo que poderá se cumprir ou
não dependendo da atitude de um país. Exemplo disto temos a cidade de Nínive na
bíblia. Onde foi prevista sua destruição, então SE o povo da cidade não se arrependesse ENTÃO haveria uma destruição. A Inglaterra hesitou e a profecia não
se cumpriu, assim como Nínive se arrependeu e a profecia não se cumpriu.
Ou seja Ellen White não afirmou que
haveria um inevitável envolvimento de outras nações na guerra que estava por
vir, pelo contrário, nos revelou claramente que a guerra que ocorreria
assumiria tal proporção SE a Inglaterra assim o decidisse:
“SE a Inglaterra pensar que isso valerá a pena, não vacilará”
Enfim Ellen White não afirmou que a
Inglaterra não vacilaria. Apenas nos revelou que havia a possibilidade de ela
não vacilar e nos advertiu sobre o que ocorreria se isto ocorresse.
Agora o mais interessante é que a
previsão de Ellen White sobre a guerra civil americana aconteceu, uma guerra
que pegou a todos de surpresa. Uma guerra da qual a Inglaterra poderia ter se aproveitado,
porém não o fez. Ellen White de modo algum errou sobre a ocorrência da guerra
civil nem do perigo oferecido por parte da Inglaterra:
“Vi na Terra maior aflição do que
nunca testemunhamos. Ouvi gemidos e gritos de aflição, e vi grandes grupos em
diligente batalha. Ouvi o troar do canhão, o retinir das armas, a luta
corpo-a-corpo, e os gemidos e orações dos moribundos. O campo estava coberto de
feridos e cadáveres. Vi famílias desoladas, em desespero, e opressiva
necessidade em muitas habitações. Mesmo agora, muitas famílias estão sofrendo
privações, mas isto aumentará. O rosto de muitos estava abatido, pálido e
desfigurado pela fome.
Vi que o povo de Deus deve estar
estreitamente unido pelos laços da comunhão e do amor cristãos. Unicamente Deus
pode ser nosso escudo e fortaleza nesse tempo de calamidades nacionais. O povo
de Deus deve despertar. Suas oportunidades de disseminar a verdade devem ser
melhor aproveitadas, pois não durarão muito. Foram-me mostradas aflições e
perplexidade e fome na Terra. Satanás está agora procurando manter o povo de
Deus em um estado de inatividade, para os impedir de desempenhar sua parte na
propagação da verdade, a fim de que sejam afinal pesados na balança e
encontrados em falta.
O povo de Deus deve acatar a advertência
e discernir os sinais dos tempos. Os sinais da vinda de Cristo são demasiado
claros para deles se duvidar; e em vista destas coisas, todo aquele que
professa a verdade deve ser um pregador vivo. Deus chama a todos, tanto os
pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu está alerta. As cenas da
história terrestre estão em rápido desfecho. Achamo-nos entre os perigos dos
últimos dias. Maiores perigos se encontram diante de nós, e ainda não estamos
despertos.” (Testemunhos para a Igreja 1, Página 260)
Vejam agora o que diz o autor do
artigo:
“EGW e Joseph Smith
são profetas do mesmo nível: suas profecias não se cumpriram.”
Como é? As profecias de Ellen White
não se cumpriram? Não houve uma guerra civil americana? E o fato da Inglaterra
não ter se incluído em tal acontecimento significa que esta não houvesse tido
nenhum interesse em se aproveitar daquela guerra? Nem os países inimigos dos
americanos? Gostaria de explicar uma coisa ao autor do artigo. Procure qualquer
historiador e pergunte o que aconteceria se a Inglaterra que é um dos maiores
aliados dos americanos tivesse atendido seus próprios interesses,
aproveitando-se da oportunidade. Lhe respondo, as demais nações não teriam a
Inglaterra como empecilho para também atenderem seus interesses e se
aproveitarem de tal guerra. E o que aconteceria?
“Outros países estão fazendo
preparativos silenciosos, todavia diligentes, para a luta armada e esperando
que a Inglaterra combata os Estados Unidos”
“Se a Inglaterra pensar que isso
valerá a pena, não vacilará”
“todas as nações terão interesses
próprios a atender, haverá guerra e confusão totais”
Ainda bem a Inglaterra tomou a
melhor decisão e por isto não se cumpriu a parte da profecia que revelava o que
aconteceria se a Inglaterra se envolvesse, porque senão aconteceria justamente
aquilo que Ellen White previu. Ao invés de apenas uma guerra civil, um guerra e
confusão totais provocadas por nações procurando atender a interesses próprios.
A chuva de meteoros
Comecemos por esta afirmação:
“Aqui percebemos como a profetisa adventista se
preocupava em fazer uma cronologia de eventos e acontecimentos que se
encaixasse na pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844 - dia marcado pelos Adventistas para a volta
de Cristo.”
Vamos aos fatos históricos:
“Membro da Igreja Batista[25],
Miller concluiu que Jesus Cristo retornaria à Terra em 22 de outubro de 1844”
“Alguns Milleritas chegaram a
acreditar que os cálculos de Miller foram corretos, mas que a sua interpretação
de Daniel 8:14-16 tinha sido equivocada[29]”
Sobre o adventismo:
“A igreja foi criada formalmente em Battle Creek ,
Michigan, no dia 21 de maio de 1863, com uma adesão de 3500 membros.”
Como é? Os adventistas marcaram dia
para a volta de Cristo? Porque as fontes históricas atribuem a tal marcação a
Miller que como podemos ver sequer era adventista. Aliás em 1844 já existia o
adventismo que temos hoje? Porque as fontes históricas mostram que esta
denominação surgiu em 1863.
O fato é que Miller iniciou um
movimento chamado “Movimento Millerita” em uma época em que Ellen White
ainda não tinha recebido o dom de profecia. Tal movimento era composto de Católicos, Batistas, Metodistas e várias
outras denominações. Não haviam adventistas porque os adventistas surgiram
depois do movimento millerita.
Portanto Ellen White não havia
revelado profecia alguma relativo ao que o autor do artigo afirmou em:
“e acontecimentos que se encaixasse
na pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844”
Onde o autor do artigo tirou isto
que a marcação da volta de Jesus provinha de uma profecia? Porque as fontes
históricas demonstram que tal marcação provinha de CÁLCULOS que nem eram por
parte de Ellen White mas sim de Miller.
Se os caros leitores pensaram que
Ellen White havia tido alguma revelação profética que determinou a marcação do
tempo da volta de Jesus, alerto aos caros amigos que foram enganados. Não os
culpo porque a forma como o autor do artigo o construiu nos leva a pensar tal
coisa, porém quando comparamos com dados históricos percebemos que na época do
ocorrido a denominação adventista nem existia e Ellen White sequer havia
recebido o dom de profecia.
O único fato verdadeiro que podemos
dizer sobre Ellen White quanto a isto é que ela se decepcionou tanto quanto os demais
que acreditaram em Miller quanto à marcação do dia volta de Jesus. Porque a
influência millerita alcançou pessoas de diversos lugares e denominações.
Afinal quem não gostaria que Jesus voltasse o mais breve possível?
Quanto à chuva de meteoros, vamos
colocar o texto na íntegra e no contexto:
“As estrelas cairão do firmamento,
e os poderes dos céus serão abalados. Mateus 24:29.
Em 1833, ... apareceu o último dos
sinais que foram prometidos pelo Salvador como indícios de Seu segundo advento.
Disse Jesus: “As estrelas cairão do céu.” Mateus 24:29. E João, no Apocalipse,
declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus:
“E as estrelas do céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si
os seus figos verdes, abalada por um vento forte.” Apocalipse 6:13. Esta
profecia teve cumprimento surpreendente e impressionante na grande chuva
meteórica de 13 de Novembro de 1833. Aquela foi a mais extensa e maravilhosa
exibição de estrelas cadentes que já se tem registrado, “achando-se então o
firmamento inteiro, sobre todos os Estados Unidos, durante horas, em faiscante
comoção! Neste país, desde que começou a ser colonizado, nenhum fenômeno
celeste já ocorreu que fosse visto com tão intensa admiração por uns ou com
tanto terror e alarma por outros”. “Sua sublimidade e terrível beleza ainda
perdura em muitos espíritos. ... Raras vezes caiu chuva mais densa do que
caíram os meteoros em direção à Terra; Leste, Oeste, Norte e Sul, tudo era o
mesmo. Em uma palavra, o céu inteiro parecia em movimento. ... O espetáculo,
como o descreveu o diário do Prof. Silliman, foi visto por toda a América do
Norte. ... Desde as duas horas até pleno dia, ... um contínuo jogo de luzes
deslumbrantemente fulgurantes se manteve em todo o firmamento.””
O autor do artigo parece querer
encontrar contradição, quando na verdade o que ele obteve de informação apenas
repete aquilo que Ellen White disse:
Compare o que Ellen White disse:
“Raras vezes caiu chuva mais densa
do que caíram os meteoros em direção à Terra”
Com o que o Planetário municipal e
escola de astrofísica teria dito:
“...Apesar de a Leonídea (chuva de
meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos, aproximadamente, as
chuvas são mais intensas, fato vinculado ao cometa com a qual os Leonídeos
estão associados: O Tempel(1866 I), cujo período orbital é de 32,2 anos”.”
Ellen White não disse que NUNCA havia
caído tal chuva de meteoros, mas que raras vezes caiu, ou seja, aconteceram
outras vezes de forma rara.
Podemos dizer que algo que ocorre
no intervalo de 33 anos é algo raro.
Outro fato é que Ellen White disse
que houve uma chuva mais densa, o que corrobora com a explicação de que “de 33
anos, aproximadamente, as chuvas são mais intensas”.
Veja que tanto Ellen White como o Planetário
municipal e escola de astrofísica descreveram
as mesmas características científicas do evento, raridade e maior densidade.
Outra coisa é que Ellen White fez
esta afirmação não baseada em uma de suas profecias, nem marcação ou cálculo
algum de alguma pessoa, mas com base neste versículo bíblico: (Mateus 24:29).
E Ellen White não mentiu, a chuva
de meteoros aconteceu nas devidas proporções que ela relatou.
Veja uma das notícias da época:
“No dia 19 de maio de 1780
aconteceu um fenômeno que assustou os moradores da Nova Inglaterra, uma região
que abrange seis Estados norte-americanos, Connecticut, Maine, Massachusetts,
New Hampshire, Rhode Island e Vermont, todos ao norte do país.
As pessoas relataram uma “Grande
Escuridão”. O Sol sumiu quase de repente e o meio-dia transformou-se em meia-noite. Tudo
ficou escuro e tenebroso. Naquele dia não houve eclipse.
Passados pouco mais de cinqüenta
anos, outro fenômeno nos céus dos Estados Unidos deixou muitas gente
boquiaberta. Era madrugada de 13 de novembro de 1833. Durante horas,
literalmente milhares de “estrelas cadentes” caíram a cada minuto.
Foi como se todo o céu estrelado
estivesse desabando. As testemunhas estavam principalmente da costa leste do
país até o sul da Flórida.
O que houve nesses lugares?
Os habitantes da Nova Inglaterra do
século XVIII eram muito religiosos e perpetuaram a idéia de um castigo divino –
até porque ninguém se arriscou a tentar explicar o que aconteceu em maio
daquele ano. Já em novembro de 1833, embora a ciência astronômica já conhecesse o fenômeno, muitos
acreditaram que o fato era
inexplicável.”
Este relato dos fatos está em
vários sites da internet, basta procurar por: “No dia 19 de maio de 1780
aconteceu um fenômeno”.
Como podemos ver o autor do artigo
além de enganar seus leitores com dados históricos falsos, também não foi fiel
à magnitude do evento da chuva de meteoros.
Agora vamos comparar a descrição
magnífica do evento dito por Ellen White com as palavras de renomados
estudiosos da época:
“A tempestade de meteoros de 1833
foi a maior que se tem notícia. O fenômeno causou enorme comoção naqueles que o
testemunharam, para alguns era a certeza de que o mundo estava prestes a acabar
em uma chuva de fogo vindo do céu.
O fenômeno foi tão impressionante
que alguns pesquisadores estimam que mais de 100 mil partículas entravam na
atmosfera em apenas uma hora, iluminando a noite da Costa Leste dos Estados
Unidos como um caleidoscópio multi-colorido.
O evento celestial já era conhecido
dos astrônomos da época, contudo sua intensidade superou todas as espectativas.
Thomas Milner, um cientista inglês que havia viajado para testemunhar o
incidente registrou em seu diário as seguintes palavras: "As estrelas em
queda ofereceram o mais esplêndido acontecimento de que se tem notícia". Seu
colega, o Professor Denison Olmsted da Universidade de Yale também escreveu que
aquele era "o mais magnífico e impressionante acontecimento presenciado no
continente americano, desde a sua colonização" e que "era um
privilégio poder admirar tão fascinante acontecimento".” (http://mundotentacular.blogspot.com.br/2010/03/1833-o-fim-do-mundo-em-uma-chuva-de.html)
Como percebemos, as observações de
Ellen White estão em perfeito acordo com cientistas e especialistas, ao
contrário do que o autor do artigo nos induz a pensar.
Racismo
Sobre:
"Mas há uma
objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não
têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm
o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os
sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um
sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a
vida". ( EG White, Mensagens Escolhidas - vol.2; Editora Casa Publicadora,
Sto. André- SP; 1985- pág. 343 e 344)
Desafiaria o autor do artigo a
mostrar neste texto de onde ele tirou a idéia de que Ellen White acreditava que
ser negro era:
a) Estar em desvantagem em relação
aos brancos;
b) Carregar um patrimônio
hereditária inferior;
c) Viver uma vida de humilhação;
d) Ser amargurado por ser negro;
e) Viver proibido de se relacionar
com um parceiro branco.
Mas nos atentemos às palavras do
próprio autor do artigo:
“Parece que pelo que escreveu a Sra. White, ser negro é:”
Parece? Como assim parece? O autor
do artigo, à partir de um trecho tão simples, tira uma gama de fortes acusações
de racismo contra Ellen White e diz que não tem certeza?
Comecemos colocando o texto na
íntegra e em seu contexto:
“Somos uma irmandade.
Não importa qual o ganho ou a perda, temos de agir nobre e corajosamente à
vista de Deus e de nosso Salvador. Que nós, como cristãos que aceitam o
princípio de que todos os homens,
brancos e pretos, são livres e iguais, adotemos este princípio, e não sejamos covardes em face do mundo,
e em face dos seres celestiais. Devemos
tratar o homem de cor com o mesmíssimo respeito com que tratamos o branco.
E podemos agora, por preceito e pelo exemplo, ganhar outros para o mesmo
procedimento.
Mas há uma objeção ao casamento da
raça branca com a preta. Todos devem considerar
que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em esvantagem;
não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os
sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses *NOTA: Estas mensagens foram escritas por Ellen G. White
em 1896 e 1912.
Repetidas declarações de sua
pena acerca de relações raciais indicam claramente que o seu conselho sobre o
casamento inter-racial não é uma questão de desigualdade racial,
mas essencialmente uma questão
de conveniência ou inconveniência proveniente de circunstâncias e condições que
podiam resultar em “conflito, confusão e amargura”. Ver Apêndice 2:
“Importantes Fatores ao Escolher um Companheiro Para a Vida.” Ellen G. White
reafirmou diversas vezes sua compreensão da igualdade de todas as raças e da
fraternidade do gênero humano, e sua firme crença nela. Ver Apêndice 3: “A
Irmandade do Gênero Humano.” — DEPOSITÁRIOS WHITE.” casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os
pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por esta razão, caso não houvesse outras, não deveria haver
casamentos entre as raças branca e de cor. — Manuscrito 7, 1896.
Gostaria de perguntar ao autor como
pôde tirar tantas falsas acusações à partir de um texto tão simples e claro?
Ellen White apenas demonstrou uma
preocupação quanto aos filhos deste casamento, que carregariam consigo as
conseqüências da escolha de seus pais. Ou seja, Ellen White estava apenas
lembrando que a questão não era apenas entre duas pessoas, mas três, ou quatro
e quantos filhos o casal pretendesse ter. Ellen White alertava que os pais não
estariam dando aos seus filhos o direito de opinar ou escolher. Então estes
filhos, fatalmente teriam que assumir também as conseqüências da escolha dos
pais e no futuro poderiam culpar os pais por serem responsáveis pelas
conseqüências que a escolha deles trouxe para sua vida.
Ellen White também de fato não
proibiu tal união, apenas fez uma objeção,
ou seja, alertou o casal de algo que aconteceria e o que Ellen White disse que
aconteceria é a mais pura verdade. Fortemente Ellen White desaconselhou e
insistiu em alertar sobre as conseqüências que o casal e seus filhos
enfrentariam. Se Ellen White houvesse incentivado este tipo de casamento
mentido ao casal dizendo que seus filhos não sofreriam as conseqüências ou que
o próprio casal teria uma vida cristã tranqüila então poderíamos criticá-la.
A verdade às vezes dói, às vezes
não corresponde àquilo que gostaríamos para o mundo, mas nem por isto deixa de
ser verdade.
Disto tudo concluímos que para A
SOCIEDADE DA ÉPOCA ser negro era:
a) Estar em desvantagem em relação
aos brancos;
b) Carregar um patrimônio
hereditária inferior;
c) Viver uma vida de humilhação;
d) Ser amargurado por ser negro;
e) Viver proibido de se relacionar
com um parceiro branco.
O que o autor do artigo habilmente
fez foi atribuir à Ellen White os preconceitos da época. E como ele fez isto?
Através de uma sutil sugestão de que Ellen White era a favor da opinião que
reinava na sociedade da época. Porém ao ler seus escritos percebemos que Ellen
White era totalmente contra a discriminação de época e que se não houvesse tal
discriminação não haveria problema algum no casamento entre as raças branca e
de cor, conformes podemos ver em uma de suas afirmações:
“Por esta razão, caso não houvesse outras, não deveria haver
casamentos entre as raças branca e de cor. — Manuscrito 7, 1896.”
E qual era esta única razão pela
qual Ellen White desaconselhava o casamento?
“Os filhos desses casamentos mistos
têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para
toda a vida”
Em resumo, exceto pelo sofrimento
que os filhos carregariam, Ellen White não teria razão alguma para
desaconselhar, na época, o casamento entre brancos e negros.
(Sr. Adventista)
Mais claro que isso impossível Sr. Adventista... Lamentável que nem todos tenham essa compreensão dos textos de Ellen White.
ResponderExcluirGostaria de dar uma sugestão para a próxima postagem:
Mostrar a esse pessoal (principalmente os que vivem falando da nossa igreja) todos os versículos que provam por A mais B que somos a única e verdadeira igreja de Deus e que não há outra. Sei que haverá salvos em todas as denominação religiosas DESDE QUE ESSES NÃO TENHAM CONHECIMENTO DA VERDADE POIS DEUS NÃO OS JULGARÁ POR SUA IGNORÂNCIA mas nós adventistas deveríamos nos focar mais nisso EM DIVULGAR A VERDADEIRA IGREJA para as pessoas.
Por gentileza acate a minha sugestão pois meu nível de conhecimento bíblico ainda não é tão bom quanto o seu.
Manoel Santos
(humor) Acho que vou te mandar para a Aline Barros:
Excluirhttp://www.youtube.com/watch?v=9CVEiO1rBtI
Sr. Manoel Sangos, aonde na Biblia está escrito que a igreja adventista é a unica igreja verdadeira?
ExcluirSr. Manoel Santos, na realidade seu nível de conhecimento bíblico e cultural é baixíssimo; porém o de arrogância e o de falta de amor ao próximo é altíssimo.
ResponderExcluirSr. Manoel, não vejo em suas palavras o reflexo de um verdadeiro cristão.
Não permita que o diabo controle a sua vida e o seu coração usando-o para afastar as pessoas de JESUS.
Entregue seu coração a Cristo e o Sr. se tornará um ser humano melhor e deixará de ser uma pessoa desagregadora e racista.
Que Deus o abençoe e o livre do mal.
Manoel, o que se deve ter divertido ao escrever o último comentário (e todos os outros).Versículos que provem que a igreja adventista é a única e verdadeira...Está a fazer chacota. Sabe muito bem
ResponderExcluirque é impossível mas lançou o desafio ao sr.adventista que é bem intencionado, responde a toda a gente, tem sentido de humor, não barafusta, tem muita paciência e tempo também.
Gosto muito da sua pagina, mas seria bom ter outro titulo, haja visto que a principio a tendência é sair da pagina pensando ser apologia à IASD e à Ellen White.
ResponderExcluirÉ uma satisfação ler comentários de pessoas sinceras como a irmã.
ExcluirDeus te abençoe.