segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Na roda dos escarnecedores

Olá irmão, se agradar na indignação alheia não é algo normal. Façamos uma diferenciação entre manifestação de opinião e o escárnio: https://www.youtube.com/watch?v=sr4ipFmNtqA

O ódio é o combustível do escarnecedor. o escarnecedor, é meio psicopata, ele provoca a ira, para receber esta ira e assim zombar daqueles que procedem da mesma forma que ele. O zombador é um indivíduo que gosta de provocar e que desde sempre é repudiado por uns e agradado por outros. Nisto se cria o que chamamos de Roda de Escarnecedores.

Veja que se agradar de algo tão vil e baixo e mal, não é uma atitude saudável, nem algo que possamos chamar de louvável. Aquilo que não gostaríamos que outros fizessem a nós ou a nossa família, não fazemos aos outros.

Crença e religião são direitos inalienáveis, quem não tem, precisaria pelo menos respeitar quem tem. Não há lei no mundo que diga que um seja dono de outro, que um seja senhor de outro, a ponto de se colocar em um patamar acima e assim pisar nas crenças de outra pessoa.

E o escarnecedor, como dito no vídeo, é meio covarde e vou mais além!

O escarnecedor, por exemplo, não age do mesmo modo com seu patrão chato, ou com as crenças do seu patrão chato. Também não critica juízes e advogados. O escarnecedor, por exemplo, pensa duas vezes em mexer com grupos perigosos, como os extremistas islâmicos.

O escarnecedor também é mentiroso, tal como prega que para se discutir ideias seja necessário desrespeitar, zombar. O escarnecedor usa o direito de opinião, não para compartilhar idéias, mas como arma para ofender, atacar, instigar. Quando o escarnecedor fala, ele não leva em consideração o sentimento da pessoa que haverá de atacar, a liberdade que esta pessoa tem de professar suas crenças. Pelo contrário, ele se adona de suas próprias razões e do direito e liberdade de tal pessoa, para tentar diminuí-la, oprimi-la. É assim que o escarnecedor encontra seu prazer.

O escárnio é uma forma de sadismo, causa sofrimento e dor, violando a vontade e liberdade daquele a quem ataca, causando-lhe dor. O escarnecedor se agrada desta dor, sabendo usar bem a revolta que há de vir para seu intento.

O escarnecedor brinca com os sentimentos das pessoas, porque aprendeu a manipulá-los. Instiga as pessoas a responderem com o mal e assim se consideram triunfantes, ao mostrar que as pessoas não são melhores do que ele.

A religião, coloca todas estas características na figura de Satanás, Demônio, Capeta, Belzebu, Diabo.

E assim entendemos porque o Diabo não gosta de Deus. Porque Deus seria o oposto de Satanás.

Mas veja que o que vemos, hoje, é o argumento de caracterizar a Deus como contendo os atributes do satanás. Será que os zombadores estariam indignados com as características de satanás e que atribuem a Deus?

Se assim estivessem, incorreriam eles mesmos nas mesmas atitudes que em seus discursos (contraditórios com suas próprias ações) professam repudiar?

Assim, o que o escarnecedor não gosta é da aparente luz presente em pessoas como Madre Tereza de Calcutá em contraste com a escuridão contida em sua própria existência.

Religiosinhos chatos e insuportáveis, estes cristãezinhos e suas crenças ridículas. Ao dizerem isto, prazer iminente vêm como uma droga ao seu cérebro e se agradam disto. Uma satisfação em provocar o mal toma conta de todo o corpo.

É isto normal?

O escarnecedor, em sua covardia, procura não se embrenhar no perigo onde há certeza de que haverá consequências. Diferente de muitos cristãos que enfrentam o perigo já sabendo que o resultado será morte e mesmo assim, prosseguem, porque há neles algo a que chamamos de coragem.

Esta coragem, está em contra-senso com a covardia daqueles que perseguem aos que estão em desvantagem. Em toda a história, houveram aqueles que perseguiram cristãos, não por conta do que tenham feito de mal, mas do que há na essência dos escarnecedores.

Vemos a malignidade de tal atitude em seus mínimos detalhes quando observamos alguém mal, fazendo isto a uma criança. Zombando de suas crenças, ainda que infantis e sem fundamentos. O ser humano adulto não merece menor respeito e consideração. A ninguém é dado o direito de infligir dor moral, intencionalmente à outra pessoa.

O escárnio é também uma forma de violência, que causa sérios danos à integridade psíquica de uma pessoa e não é muito diferente de um Bullying.

Muitos humoristas e comentaristas, deram suas opiniões e críticas a respeito de religiões e crenças, sem o intuito de ofender, e sinceramente sem o intuito de ofender. Chico Anísio bem como vários outros, fizeram a sua manifestação, nem por isto causaram dano intencional ou ofenderam aqueles que os ouviram.

O que vemos, hoje, porém, é uma forma moderna de escárnio disfarçada de manifestação de opinião. Nisto, a manifestação da opinião é apenas o meio, usando por ocasião de um direito, para ferir outras pessoas. Quando a lei sobre a livre manifestação de pensamento foi criada, não tinha em mente dar liberdade para ofender ou causar qualquer dano a um indivíduo da sociedade. A deturpação do conceito de LIBERDADE quanto à expressão é o alvo da deturpação.

A liberdade de cada indivíduo, termina quando começa a do outro. A sua liberdade de expressão, não pode interferir no meu direito de integridade moral. Atentar moralmente contra um indivíduo é contra a lei.

Sabendo desta inconstância e dificuldade de separação em até que ponto se saiu da liberdade de expressão, passando ao crime de atentado moral é que vemos este problema de incerteza acerca  de se algo foi legítima manifestação de opinião, ou não. Porque ao julgamento se dá na aparência e não na intenção ou no efeito, de uma opinião.

Agora, usar esta falha da lei, como liberdade para praticar o escárnio, é algo inadmissível.

O sujeito que quer alimentar as suas concupiscências, por meio do escárnio, precisa antes recorrer a um tratamento médico. Obter prazer por meio de uma prática tão desprezível, não é algo normal. O que todo ser humano deve aprender é a conviver em harmonia em uma sociedade onde cada indivíduo é um indivíduo. De modo que a sua indignação quanto ao modo de vida de uma pessoa, não pode servir de argumento para atacá-la. Isto é papel da Lei, e se a lei dá liberdade para uma pessoa professar suas crenças deve-se respeita-la tanto quanto se deseja que respeitem o seu próprio direito à opinião.

O escárnio, hoje, é feito com o intuito de tentar destruir a fé de uma pessoa, ou, no mínimo, tirar o prazer que a pessoa tem em sua fé. É tentar tirar o direito de escolha da pessoa.

A zombaria, hoje, tem sido dada como um troco, ao próprio escárnio a que pessoas sem religião tem passado por longos anos. Porém, isto não torna tal atitude correta por parte de quem assim procede, por represália. Assim o fosse, poderiam se destruir uns aos outros, mas poupando tanto ateus quanto religiosos que sabem conviver em harmonia dentro da sociedade, respeitando a crença ou descrença de cada pessoa.

Mas veja que o objetivo do escarnecedor é destruir esta harmonia, gerando ódio entre cristãos e ateus. O que tem sido feito hoje não é como medida de reduzir as desavença, mas sim gerar ainda mais desavenças.

É como ter ateus de um lado e cristãos do outro, promovendo uma batalha de cuspes! Algo infantil, impensado e totalmente nulo à razão. É discutindo seriamente, fazendo uso do respeito que se chega a uma conclusão. O escárnio apenas causa ainda mais confusão, ódio e discórdia.

Nisto entendemos por que zombeteiros detestam a figura de Jesus, que apresenta justamente o contrário. Sendo manso, amoroso, cuidadoso e zeloso inclusive para com os que não criam. Pregando a paz e a união, não procurando ofender a ninguém, ainda que firme em suas palavras. Não maltratava, mas curava, não devolvia a ofensa, antes perdoava.

Por isto escarnecedores odeiam a Jesus, pois procuram implantar um mundo de ódio, revolta, indignação e de guerra entre crentes e descrentes, em busca de uma supremacia.

Quando o ateísmo virou supremacia, tivemos os resultados que vimos na frança, onde morreu mais gente do que na santa inquisição, período de supremacia da religião.

A inteligência e a racionalidade diz que, nem religião, nem ateísmo, devem dominar o estado, que deve ser laico, respeitando todas as crenças e também a descrença. Trabalhando e cobrindo ambos e recebendo a contribuição de ambos.

Guerra entre crentes e descrentes é coisas de meninos mimados, que não cresceram em sabedoria, que não aprenderam a respeitar aquele que está próximo, agindo como adulto. Entre birras e argumentos de "estou certo e você está errado", se perdem em brigas e discussões infrutíferas.

Estes não crescem em conhecimento acerca da razão dos ateístas nem dos crentes, no que, aqueles que muito brigam, pouco conhecem acerca da razão do outro e são incapazes de transmitir e trocar conhecimento, senão, são bem dados a discutir, ofender, gesticular, passando a vida inteira em uma competição acerca de quem tem a razão! Nenhum dos dois grupos tem razão! Porque ter razão é fazer uso da razão. Zombarias, críticas maléficas, não são demonstrações de uso da razão, mas sim de uma falta de crescimento nas faculdades da pessoa humana.

Quando crescemos em entendimento e sabedoria, aprendemos o significado de respeito. Infelizmente o amadurecimento vem com décadas, no que, hoje, o mundo rejeita a sabedoria já conquistada e presente em uma vasta quantidade de livros.

"A ignorância é a principal arma da guerra" é pela ignorância, acerca do bom proceder, de noções de respeito e civilidade, que continuam ocorrendo hoje as desavenças. Enquanto se discute em baixo, no raso, as razões egoístas de cada um, os que buscam conhecimento de cima, olham atônitos o que ocorre abaixo. Pessoas bem instruídas, não ficam perdendo tempo, com discussões tolas, vãs e inúteis,  que não chegam a lugar algum, cujo intuito é tentar provar quem tem mais razão.

A humildade e o reconhecimento de que uma pessoa, como indivíduo, é uma parte da sociedade e não toda ela, é o primeiro passo para se sair da ignorância para o patamar da sabedoria.

Que Deus os ajude.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.