quarta-feira, 25 de abril de 2012

Resposta - Ellen White e o casamento inter-racial?


Em resposta à página: http://exadventistas.blogspot.com.br/2012/04/ellen-white-e-o-casamento-inter-racial.html

“Depois do “barulho” causado e do silêncio de EGW sobre isso, podemos até presumir que ela tentou se redimir mais tarde, escrevendo algumas palavras de apoio aos negros. Mas o que fica em aberto mesmo é: Se desde o princípio ela era uma “protetora” dos negros, por que ficou calada a respeito do livro do Sr. Uria Smith? O livro de Smith alimentava o racismo contra os negros e a Sra. White nada fez e o que é pior: Ela  ainda ajudou a distribuir muitos exemplares do tal livro (quem não leu, veja nosso artigo sobre o tema aqui:)”

Caro amigo Editor e amigo Décio, quando aprenderão a basear vossas opiniões em fatos e não em presunções? E vossas pessoas se contradizem ao dizer que a Sra. White nada fez, logo após afirmarem que esta escreveu algumas palavras de apoio aos negros. Quanto a ela ter ajudado a distribuir muitos exemplares do tal livro, eu poderia dizer que eram livros cor de rosa, com elefantes desenhados na capa, isto porque boatos aceitam qualquer coisa, porém com fatos históricos é diferente e duvido que vossas pessoas tenham algum documento que comprovem essa tal distribuição de livros por parte de Ellen White.


“Os muros cairão - Então devemos reforça-los?!”

Ora caro amigo Editor, de onde tirastes esta latada? Ao dizer inclusive que Ellen White proibia casamento inter-racial como se isto fosse universal para todos os povos e todas as épocas havendo ou não preconceito em determinada sociedade? A resposta está bem debaixo de vossos narizes:

“Que a irmã branca que pensa em unir-se em casamento a um irmão negro se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção. O tempo é demasiado precioso para ser perdido no conflito que surgirá em torno desse assunto.”

Aqui está claro que a preocupação são os conflitos que surgirão de tal união e que atrapalharão não apenas o desenvolvimento da vida espiritual do casal como do trabalho de evangelização dos mesmos, pelo tempo perdido no conflito entre eles e a sociedade.

Se não conseguem entender traduzirei:

Ellen White propunha que não se forçasse a queda do preconceito racial, mas que deixasse que isto ocorresse naturalmente. Seus conselhos era de respeitar a sociedade da época e procurar colocar a obra espiritual acima da união conjugal. Deus sabia muito bem dos conflitos que filhos mestiços enfrentariam e como Pai amoroso, jamais apoiaria colocar tal julgo sobre as crianças. Isto não é questão de preconceito mas de bom senso.

Claro que sei que sabem muito bem disto e que estão apenas afiando vossa arte de minar textos claros e aparentemente inconstestáveis.

Gostariam de ver uma Ellen White inescrupulosa, com uma bandeira anti-racismo nas mãos passando por cima dos brancos, tendo os negros na retaguarda e tomando a vanguarda da sociedade, impondo a aceitação dos negros e dos filhos mestiços? Isto é trabalho típicos de revolucionários precipitados e não de profetas. Ellen White apenas lembrou que no contexto daquela sociedade não era certo forçar os filhos a carregarem uma carga proveniente de uma escolha dos pais.

Diante dos próprios textos citados no artigo percebemos que:

- Ellen White não era preconceituosa e valorizava tanto brancos como negros.
- Ellen White via brancos e negros em pé de igualdade.
- Ellen White se preocupava com as conseqüências de uma união inter-racial.
- Ellen White deu conselhos aos casais e com isto não se omitiu.
- Ellen White buscava a harmonia ao invés do radicalismo sobre esta questão.
- Ellen White propunha que o preconceito caísse por si só e que as pessoas não desperdiçassem seu tempo lutando contra algo que somente o tempo derrubaria.
- Ellen White lembrava que o trabalho de evangelização e de criação de uma família cristã harmoniosa eram mais importantes do que a vontade egoísta de um casal.

Isto é o suficiente, então pergunto aos caros leitores:

De que forma poderíamos pegar idéias tão claras de forma a torná-las terríveis ou temerosas?

A resposta é, usar de conjecturas. Impregnar idéias com nossas próprias idéias e também com a de terceiros, usando de artimanhas para destrinchar tudo que se puder, separando-os da harmonia do texto em seu contexto, de forma a fazer parecer que as idéias são outras. Se possível criando até quadros comparativos de toda sorte de perspectiva.

Mas para isto é preciso deixar de lado algo tão simples que é:

Ir à fonte primária, ler o livro do início, analisar o capítulo, se posicionar no contexto histórico da época e fazer uma boa leitura das páginas que se seguem.

Digo aos caros amigos leitores que podem fazer isto, e tirar vossas conclusões (aquilo que muitos comentaristas apologetas geralmente não fazem), ou ficar dependentes de pequenos trechos fora do contexto, usado como pretexto para a exposição de idéias estritamente de terceiro. Porém ficarás sujeito a toda forma de boatos, distorções ou manipulações de escritos. 

Então pergunto aos caros leitores, se os digníssimos amigos NECESSITAM das leituras e traduções de terceiros ou se sentem livres para ir à fontes primárias, ler e tirar suas próprias conclusões. Porque o que tenho percebido é que há muitos leitores que preferem o comodismo de pegar a opinião de terceiros, já pronta, da forma como os comentaristas apresentam, por preguiça de ir à fonte e tirar suas próprias conclusões.

Vocês não precisam ter medo de ter uma opinião diferente do comentarista que costumam dar ouvidos. Façam diferente deles, façam algo superior ao que eles fazem, ao invés de apenas trocarem idéias e pontos de vistas entre si, vá acima disto e estude a fonte primária:


 Formulem vossas próprias idéias, vosso próprios argumentos, deixem de lado as idéias prontas de terceiros e tornem-se também comentaristas, porém comentaristsa que realmente conhecem a natureza dos fatos e têm sua própria opinião, valiosa na busca da verdade.

Quanto a amálgama, aos sinceros, tenho como demonstrar que o tal processo, sequer tenha consistido em um cruzamento. Estou a disposição para lhes mostrar fontes através do e-mail: sr.adventista@gmail.com, porém este é para os sinceros, e querem se tornar verdadeiros comentaristas estudiosos, para que tenham uma base de estudo além do que há na internet.

Atenciosamente,

(Sr. Adventista)

Um comentário:

  1. Havia um racismo muito grande na época em que a Sra. White escreveu desaconselhando o casamento de negros com brancos.Um casamento desse tipo iria acarretar muito sofrimento tanto para o casal quanto para seus descendentes.

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