domingo, 1 de julho de 2012

Resposta - ELLEN WHITE E O CASAMENTO INTER-RACIAL




“Como os nossos digníssimos amigos leitores devem ter notado; temos declarações favoráveis aos negros... E outras nem tanto, não é mesmo?”

Erradíssimo!

Farei o seguinte:

Pegarei as partes grifadas nas citações e darei o seu sentido.


“O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome do branco. Todos são um em Cristo. O nascimento, a posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens”

Brancos e negros são equivalentes, e mais do que isto, são um só.

“Todo esforço deve ser feito para acabar com a terrível e errada escravidão que fizeram deles. Ao mesmo tempo, não devemos levar as coisas ao extremo e executando em fanatismo sobre esta questão. Alguns poderiam pensar que tem o direito de derrubar todas as paredes de partição e casam com  pessoas de cor, mas isso não é a coisa certa a ensinar ou praticar. "

Os escravos devem ser libertos das mãos dos brancos. Contudo não devemos agir como fanáticos extremistas, ao ponto de impor uma derrubada de todas as paredes, casando com pessoas negras. O extremismo e fanatismo não são coisas certas a ensinar ou praticar.

“ Têm sido erigidos muros de separação entre os brancos e os negros. Esses muros de preconceito ruirão por si mesmos, como aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos obedecerem à Palavra de Deus, a qual recomenda que tenham supremo amor a seu Criador e amor imparcial ao próximo.”

O mais prudente é que a própria sociedade se encarregue de tirar o racismo de seu meio, conforme o tempo. Porque devemos além de amar os negros também amar aos brancos. O amor a Deus e obediência à SUAS orientações é que cuidariam de ruir o muro de separação entre brancos e negros. (* Seria a percepção de que o que fazem é errado, que acabaria com o racismo, e não uma imposição a força de aceitação aos negros por parte dos brancos, esta percepção só viria com o tempo, enquanto o homem assimilasse cada vez mais o supremo amor de seu Criador)

“Oportunidades estão sempre aparecendo nos Estados do Sul, e muitos homens de cor são chamados ao trabalho. Mas, por muitas razões, os brancos devem ser escolhidos como líderes.”

Exemplo destas razões é que muitos brancos poderiam ser racistas e um negro no comando poderia gerar contendas. Novamente não é pela imposição de aceitação aos negros que o preconceito ruiria, mas pela aceitação espontânea e agradativa.

“As pessoas de cor não devem pressionar para serem colocados em igualdade com os brancos.”

Aqui não está dizendo que os negros não devam ser colocados em igualdade com os brancos, mas seguindo a linha de raciocínio de Ellen White, não deveriam fazer pressão quanto a isto. Novamente, evitando contendas. Porque contendas apenas aumentariam o ódio e a separação e dificultaria muito a aceitação.

"O trabalho de proclamar a verdade para este tempo não deve ser prejudicado por um esforço para ajustar a posição da raça negra."

Questão de estratégia? Vejamos! Se os cristãos parassem de pregar o evangelho e se dedicassem a imposição da aceitação da raça negra. Além de não conseguir tal coisa, estariam atrapalhando o plano de Deus. Seguindo o raciocínio de Ellen White, os cristãos investiriam em proclamar a verdade, implantando aquilo que era necessário para acabar com o racismo entre os brancos. De fato o evangelho de Cristo é que derrubou muitos dos muros de separações, e de discriminações contra negros e até contra as mulheres.

Ellen White errou nesta estratégia? A história mostra que não!

“Somos uma irmandade. Não importa qual o ganho ou a perda, temos de agir nobre e corajosamente à vista de Deus e de nosso Salvador. Que nós, como cristãos que aceitam o princípio de que todas as pessoas, brancas e negras, são livres e iguais, adotemos este princípio, e não sejamos covardes em face do mundo, e em face dos seres celestiais. Devemos tratar as pessoas não-brancas com o mesmíssimo respeito com que tratamos as brancas. E podemos agora, por preceito e pelo exemplo, ganhar outros para o mesmo procedimento.  Mas há uma objeção ao casamento de brancos com negros. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por essa razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre brancos e negros.”

Mas há UMA objeção:

“Todos devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem;”

Mentira? Creio que não!

“não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação.”

Mentira? Claro que não!

O problema é que há algumas verdades que pessoas não querem ouvir nem querem que alguém diga. Tocar na ferida e falar abertamente parece escandaloso.

Todo aquele que era nascido do casamento entre brancos e negros estava em desvantagem, tanto em relação aos brancos quanto aos negros. Havia um muro de separação.
Alguns dizem que os filhos ditos mestiços eram jogados e aceito no meio dos negros. De fato eram jogados no meio dos negros! Porém quem disse que eram aceitos?

“Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por essa razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre brancos e negros”

Por quantas vezes filhos maldisseram seus pais por ter-lhes feito nascer “mestiços”, preso entre uma parede de intolerância, odiadas por brancos e intoleradas por negros?


“Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos brancos e negros, direi que nos princípios de minha obra essa pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão. Tenho tido sempre o mesmo conselho a dar. Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso povo. Que o irmão negro se case com uma irmã negra que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em casamento a um irmão negro se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção. O tempo é demasiado precioso para ser perdido no conflito que surgirá em torno desse assunto. Não se permita que questões dessa espécie afastem nossos pastores de seu trabalho. O dar tal passo criará confusão e embaraço. Não será para o avançamento da obra ou da glória de Deus.”

Em resumo, colocar a obra de Deus acima dos interesses pessoais. Os que pensavam em se aventurar em uma guerra contra o preconceito, apenas desperdiçariam seu tempo e trariam sofrimento para si mesmo. O conselho era para que não se aventurassem, mas se refugiassem em Deus e esperassem que Deus fizesse o trabalho de ruir o preconceito por eles. Se queriam acabar com o preconceito, não deveriam deixar a obra do evangelho perecer. Não é o esforço individual que derrubaria o muro, mas um esforço conjunto, não de ir contra os brancos, mas derrubando seus princípios, só assim o preconceito ruiria. E a história demonstra que foi exatamente isto que aconteceu.

"Vocês são filhos de Deus. Ele adotou vocês, e Ele deseja que formem características aqui que lhes darão entrada na família celestial. Lembrando disso, você será capaz de suportar as provações que encontrará aqui. No céu não haverá nenhuma linha de cor, pois todos serão brancos como o próprio Cristo. Agradeçamos a Deus por podermos ser membros da família real.”

Científicamente, a diferença de cor é uma mera questão de fatores químicos, como a melanina. Nossa pele é mais transparente do que corada, os pigmentos é que dão a tonalidade da pele. Nas regiões mais quentes a pele dos homens são escuras para proteger mais o corpo. Nas regiões mais frias a pele é mais clara para o melhor aproveitamento do sol. Contudo no céu não haverá sol escaldante, portanto não precisaremos de pigmentação mais forte. Todos terão a mesma pigmentação, por conseqüência seremos como Jesus e os extremamente brancos não serão brancos como são, serão brancos como Jesus, me atreveria a dizer que seremos todos, temperados em nossa cor.

“Homens de cor estão inclinados a pensar que eles estão equipados para o trabalho para as pessoas brancas, quando deveriam dedicar-se a fazer trabalho missionário entre as pessoas de cor. Há muito espaço para inteligentes homens de cor para o trabalho para seu próprio povo. Que aqueles homens de cor que estão equipados para o cargo de superintendente de Escola Sabatina lembrem que eles podem fazer uma obra muito necessária, estabelecendo escolas dominicais e Escola Sabatina, entre as pessoas de cor.”

Os negros não deveriam pensar que são ferramentas para o trabalho dos brancos, mas sim ferramentas para o trabalho de Deus. E claro não mandariam um negro para pregar no meio de brancos intolerantes isto seria um absurdo e muita crueldade, seria como mandar uma ovelha ao tosqueador.  Claro mandariam tal pessoa para pregar com pessoas que o aceitariam ao invés de maltratá-lo.


Nota:

Gostaria de convidar os caros leitores a lerem as obras completas sobre o assunto, perceberão que as atitudes de Ellen White foi sempre a de poupar as pessoas de mais sofrimentos. Cuja estratégia consistia em dar ênfase no trabalho missionário, para que assim com o tempo o próprio preconceito ruísse.

Talvez Ellen White houvesse evitado muitas guerras entre brancos e negros que não resolveriam a questão do preconceito, pelo contrário, acirraria ainda mais o ódio de uns para com os outros.

A história demonstra que os negros, se mostravam mansos e prestativos, e foi esta característica superior somado ao trabalho missionário que difundiu o cristianismo dentre as nações que têm amenizado cada vez mais o preconceito racial.

Se os negros tivessem empunhado armas e os cristãos tivessem tomado a frente de movimentos fanáticos e extremistas de libertação dos negros, haveriam guerras civis, mortes, dor, sofrimento, interrupção do trabalho de evangelização e os cristãos poderiam até serem impedidos de atuar na sociedade por rebeldia.

Pode ter certeza de que Ellen White falava pelo Espírito quando disse que Deus não estava dirigindo nesta direção. O exemplo de Cristo foi o de ovelha humilde sofredora dos castigos humanos que suportou tudo por amor e modificou a sociedade por seus princípios e não por sua força ou poder.

Jesus foi um revolucionário que venceu as maiores batalhas, sem manifestar a parte sombria de um revolucionário extremista. Jesus se aliou à palavra, ao convencimento e ao tempo para modificar o mundo e a sociedade.

Não caberia a Ellen White ou a qualquer cristão mudar este plano e este princípio. Diante da dor, devemos suportar, e nos apegar a Deus, procurando fazer ainda mais a SUA vontade, dando continuidade ao plano de Cristo na salvação das almas pelo mundo. E deixando que Deus destrua as muralhas por nós. As batalhas físicas que haveriam de ser travadas já ocorreram, desde o céu até o povo de Israel. Nossa batalha agora é espiritual, não estamos aqui para tirar vidas, mas para dar vida através do sangue do sacrifício de Cristo. Qualquer que não esteja disposto a se oferecer como ovelha, muda e obediente não é digno de se auto proclamar cristão. Porque Deus nunca guiou seu povo no caminho da rebeldia, mas na obediência e tolerância.

Voltemos ao artigo:

“Como os nossos digníssimos amigos leitores devem ter notado; temos declarações favoráveis aos negros... E outras nem tanto, não é mesmo?”

Errado, porque a história mostra que não haveria atitude mais favorável ao negro do que seguindo o plano de Deus e exemplo de Jesus Cristo.

“Aliás, algumas delas incisivas e totalmente arrasadoras. O objetivo deste artigo é demonstrar a atitude ambígua, do tipo “morde e assopra” que esta senhora usou ao escrever sobre os negros. Mas afinal de contas; de que lado Ellen White realmente estava?”

Creio que com a explanação que manifestei se mostrou claro que não há atitude ambígua, porque os conselhos de Ellen White possuía apenas uma objetivo: Proteção de cristãos, tanto brancos como negros de sofrimentos futuros por decisões mal tomada que vão contra a vontade de Deus e que poderiam levar a resultados catastróficos.

Talvez podem ter sido  ainda mais fortalecidas, justamente por certas declarações”

Talvez? O próprio autor do artigo não demonstra coragem em garantir tal afirmação, não seria este sim um exemplo de “morde e assopra”?

E a própria natureza da incerteza do autor demonstra suas próprias dúvidas sobre o que há de manifestar.

“Talvez podem ter sido  ainda mais fortalecidas, justamente por certas declarações... Como essas que EGW escreveu. Ou não? Que cada um tire suas próprias conclusões.

Esta é a típica afirmação do tipo, dar um tapinha e correr, para não se comprometer.

Engraçado que o próprio autor do artigo afirma que boa parte dos escritos de Ellen White ele mesmo considera favorável aos negros. Ao passo que quanto ao resto, este demonstra uma incerteza.

Então em sua teoria talvez tais pasagens supostamente desfavoráveis teria minfluenciado o racismo. Mas e quanto as passagens que o próprio autor admitiu serem favoráveis aos negros? Então colocarei uma pergunta nos termos do autor:

(a muralha de preconceitos)Talvez podem ter sido  ainda mais enfraquecida, justamente por certas declarações... Como essas que EGW escreveu. Ou não? Que cada um tire suas próprias conclusões.

“na qual afirmava que tal pecado gerou certas raças de homens que não foram criados por Deus e podiam ser vistos na sua época”

Trata-se de um interpretação do autor do artigo baseado em afirmações de artigo de terceiros e não está contida nos livros de Ellen White. As únicas referências contidas em seus livros e que explicam no que consistia o processo de amálgama estão abordadas em:


“criaram deduções e alimentaram insinuações racistas sobre os negros.”

É de muita desonestidade, criar afirmações, sobre proposições incertas:

Talvez podem ter sido  ainda mais fortalecidas, justamente por certas declarações... Como essas que EGW escreveu. Ou não? Que cada um tire suas próprias conclusões.”

Mas depois de se esconder atrás de seus próprio argumento, estufa o peito, pula de trás do muro e brada valentemente:

“criaram deduções e alimentaram insinuações racistas sobre os negros.”

Vejam a certeza do autor:

“Depois do “barulho” causado e do silêncio de EGW sobre isso, podemos até presumir que ela tentou se redimir mais tarde, escrevendo algumas palavras de apoio aos negros.

Presunção? Diante de acusações?

Porque ao invés disto o autor do artigo não procurou em seus livros, para ver que não se tratava de “redimir”. Ellen White nunca escreveu carta alguma se redimindo sobre o que afirmou quanto a atitude dos cristãos diante dos preconceitos. O que temos em seus livros por conselhos o autor do artigo presume como uma remissão. Bem creio que a falha não é de Ellen White mas sim da incerteza do autor do artigo.

“Mas o que fica em aberto mesmo é: Se desde o princípio ela era uma “protetora” dos negros, por que ficou calada a respeito do livro do Sr. Uria Smith?”

Como é? Protetora dos negros? De onde o autor do artigo tirou isto? Pelo que sei Ellen White era profeta e não uma partidária! E se formos voltar a ler seus escritos, os conselhos de Ellen White eram justamente de os cristãos não tomarem partido e se dedicarem majoritariamente à obra do evangelho.

É fácil atribuir a alguém um determinado caráter (sem base alguma) para em seguida utilizar desta máscara para benefício de seus próprios argumentos.

“O livro de Smith alimentava o racismo contra os negros e a Sra. White nada fez e o que é pior: Ela  ainda ajudou a distribuir muitos exemplares do tal livro”

Indaguemos: Esse tal livro realmente existiu? Era de Smith? Alimentava o racismo? Racismo contra negros? A Sra. White nada fez? Ela ajudou a distribuir exemplares do tal livro? Estes exemplares eram muitos?

“(quem não leu, veja nosso artigo sobre o tema aqui:)”

Vamos avaliar então o tal artigo para ver se tem alguma comprovação histórica destes fatos.

Veja o que encontramos no tal artigo sobre o assunto:

“A Sra. White não fez nenhuma declaração a respeito do livro de Smith e o seu marido Tiago White revisou o tal livro e junto com ela, até distribuíram exemplares do livro em suas reuniões.”

Ué cadê as comprovações? Acusação sem provas, sem base, nem fundamento? Onde está escrito que Ellen White distribuiu tal livros?

Veja o que o autor do artigo diz sobre o assunto:

“Ellen White nunca; repetindo, nunca desmentiu o livro do Sr. Uriah Smith, também nunca declarou nada, nem escreveu uma vírgula sequer sobre isso, não dando qualquer tipo de explicação sobre a polêmica.”

Agora contraponha com o que o autor do artigo diz em seguida.

“Ao invés disso, ela preferiu ficar quieta, em silêncio, só assistindo o “circo pegar fogo

É fácil se aproveitar de uma mulher que já está morta, e fazer suposições sobre seu caráter (sem base ou fundamento), quando esta não pode se defender. Como se Ellen White estivesse se entretendo com a situação (assistindo).

E onde estão as fontes que confirmam cada uma das acusações do autor do artigo? O autor cita fatos históricos, mas não demonstra? De onde tirou esta informação? O que nos levaria a crer que tudo não passe de invenção? Cadê a comprovação de que Ellen White tenha distribuído tal livro? E onde está o tal exemplar do livro que o autor utilizou para fazer suas afirmações?

Vamos colocar tudo em pratos limpos?

Como seria a relação de Uriah Smith com Ellen White?

“Às vezes, suas relações com Ellen G. White eram tensas ao ponto de ele questionar a natureza de suas visões e fazer distinção entre seus “testemunhos” e suas “visões.” Após 1888, quando ela endossou a nova ênfase sobre a justificação pel fé, ele até rejeitou aceitar alguns de seus conselhos para ele. Smith opôs-se à nova tendência durante este período, pensando que a santidade da lei de Deus estava sendo ameaçada pelo lugar dado à fé e à graça. Em 1891 reconciliaram.”

“Smith defendia fortemente a separação da Igreja e do Estado, advogava a não-combatência, vigorosamente opunha-se à escravidão, não aprovava um Adventista do Sétimo Dia em cargos políticos e incansavelmente fazia campanhas contra as leis dominicais Deu contribuições significativas ao desenvolvimento de várias doutrinas da denominação Adventista do Sétimo Dia.”

Tem algo que não está combinando!
Procurando na internet por uma informação sobre o tal livro encontrei:


E realmente a página confirma o que o autor do artigo disse: Porém, vejamos de ONDE provém algumas das fontes do que está escrito!

.(A Nuvem branca -por Dirk Anderson-1999 1ª ed.2001 2ª ed. -Uriah Smith, The Visions of Mrs. E. G. White, p. 103, 1868.) (Gordon Shigley, "Amalgamation of Man and Beast: What Did Ellen White Mean?", Spectrum, vol. 12, no. 4 - 1982)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controvérsias_sobre_Ellen_G._White#cite_note-10

Eu quase caio para trás quando percebo que as fontes que o autor utiliza para compor seus artigos. Ao invés de fontes histórica, nosso amigo procurou tais afirmações em opiniões de terceiro. Agora tudo faz sentido, o porque do autor do artigo manifestar tantas incertezas. Percebemos que boa parte das afirmações provém de equivocadas opiniões de críticos adventistas e não de fatos históricos.

Voltemos ao artigo inicial:

“Os muros cairão - Então devemos reforça-los?!”

O autor está um tanto confuso, porque inicialmente reconhece que Ellen White aconselhou que deixassem os muros caírem por si só.

Depois apresenta uma falsa indignação por Ellen White supostamente não ter interferido. Interferir seria deixar os muros caírem por si só?

Em seguida vem nos levar a pensar que não interferir significa reforço?

Mas continuemos no raciocínio do autor:

“Será que as declarações dela sobre a proibição do tal casamento, não ajudaram a “reforçar os muros” que ela mesma citou?”

Como pudemos observar, não! Acompanhem:

“Todo esforço deve ser feito para acabar com a terrível e errada escravidão que fizeram deles. Ao mesmo tempo, não devemos levar as coisas ao extremo e executando em fanatismo sobre esta questão. Alguns poderiam pensar que tem o direito de derrubar todas as paredes de partição e casam com  pessoas de cor, mas isso não é a coisa certa a ensinar ou praticar. " (Ellen White)

O caro amigo autor acredita realmente, que o casamento entre cristãos brancos e negros ajudariam a ruir o tal muro? Ao desaconselhar tal casamento, estaria se reforçando tal muro? O que leva o autor a supor que o casamento entre brancos e negros resolveria o problema da discriminação? O que aconteceria se os negros tivessem se levantado contra os brancos? E se os brancos no mínimo tivessem vistos os negros como uma “ameaça ainda maior”? Pensemos nisto!

“Não é contraditório? “As paredes do preconceito cairão, quando os cristãos obedecerem à palavra de Deus, que prescreve amor imparcial ao seu próximo...” Mas ao mesmo tempo, segundo EGW, casamento entre brancos e negros não é direção de Deus! “”

Contraditório? Acaso seria amor impor a seus filhos uma vida de humilhação e sofrimento, sabendo muito bem da discriminação da época? Seria amor aconselhar um casal a se aventurar em uma relação que lhes trariam sofrimento e desprezo por parte da sociedade?

Peço aos leitores que parem por 1 minuto e imaginem como seria para os cristãos se Ellen White tivesse aconselhado o casamento entre brancos e negros! Se imaginaram uma história de flores e rosas, pense de novo! Leve em conta a intolerância. E que o crescente apoio aos negros seria visto como uma ameaça iminente! Combine, racismo, com preconceito, com intolerância, com o medo e desconfiança. Não amigos, isto não resultaria em nada bom que pudéssemos chamar de amor.

“Numa linguagem mais acessível, ficaria mais ou menos assim:
“Vocês devem amar imparcialmente seu próximo, mas não devem permir que brancos casem com negros. Essa proibição é para proteger os filhos de uma coisa ruim que os negros vão trazer para o casamento: A raça.””

Uma distorção desleal feita pelo autor! Como corrigiríamos? Veja:

“Numa linguagem mais acessível, ficaria mais ou menos assim:
“Vocês devem amar imparcialmente seu próximo, mas não devem aconselhar que brancos casem com negros. Essa proibição é para proteger os filhos de uma coisa ruim que o preconceito da sociedade vão trazer para o casamento: A discriminação.””

Continuando:

“Estranho não?”

Sim realmente estranho, tão estranho que fiquei admirado com a façanha do autor em distorcer o pensamento de Ellen White. E o amigo se mostra bom nisto.

“E notem que ela compara a queda dos muros de Jericó, com o racismo de sua época; mas, ora, os muros de Jericó ruíram devido ao poder de Deus através do som das buzinas dos sacerdotes juntamente ao grande brado do povo (Josué 6:2-20)”

Através de som das buzinas? Juntamente com o grande brado? Acaso Deus precisa destas coisas para derrubar um muro? O amigo porém omitiu que antes disto, o povo havia dado, muitas, mas muitas voltas sobre o tal muro. Durante vários dias, com paciência, sem tacar uma pedrinha sequer contra o muro, sem nestas longas voltas dar um bradinho sequer, ou soar uma trombeta que fosse de pequeno porte!

“conforme Deus orientou. Os muros não caíram por si mesmos, como ela relatou. Houve um propósito, houve um planejamento, houve uma ação! E como os muros do preconceito cairiam sozinhos, se a “mensageira divina”, supostamente em nome de Deus, escreve tal absurdo sobre o casamento?”

Houve? Que planejamento? Que ação? Alguém notou por aí alguma guerra ou revolução? Planejamento e ação? Que tenha derrubado os muros de preconceitos? Eu não vi! Somente vi cartas de alforrias sendo dadas e a população mundial sendo cada vez mais tolerante. As ações foram conseqüências do tempo e não de um planejamento. Os planejamentos eram no sentido de melhorar a vida dos negros e não impor uma aceitação obrigatória. Somente hoje quando dos muros restam apenas algumas partes dos alicerces ainda fortificados é que temos leis que regulamentam sobre o preconceito.

“A Sra White só reforçou os tais “muros”, adiando em  muito o “brado do povo” contra o racismo.”

Ellen White não reforçou muro algum, porém se adiou o tal “brado do povo” graças a Deus por isto, eu é que não iria querer viver em um período onde brancos e negros disputavam a vanguarda da sociedade, com o tal planejamento e ação (guerra civil) e o tal brado (grito de vitória  depois da guerra sangrenta), seja qual fosse o vencedor e que provavelmente seriam os brancos.

“É notório que os índios e outros povos não-brancos, também sofriam! É bem válido lembrar que o tempo de Ellen White (século XVIII),  era o tempo do “Faroeste”, os índios estavam sendo mortos e expulsos de suas terras no oeste dos EUA. Havia muito preconceito para com os índios americanos; mas então, segundo EGW, podia haver um casamento de brancos com índios? E um índio com negro? Ellen white não falou nada sobre esses tipo de casamento; mas havia o racismo contra o índio, sim! Deus então queria “proteger” só os negros e os índios não? Não é estranho?”

Os índios da época não se misturavam com brancos, ainda tinham um lugar onde habitar. O autor está com o perdão da expressão “viajando na maionese”. Em verdade os índios estavam em situação bem pior, porque estavam sendo dizimados. Às escondidas, enquanto negros eram poupados, índios e filhos de índios eram mortos e se a esposa branca que se uniu aos índios não se afastasse deles era retirada a força e o resto da família morta.

Imagine então se os negros ao se rebelarem, passassem a serem tratados como os índios. Porque os índios eram mortos porque se negavam a trabalhar para o branco ou aceitar a imposição branca em seus territórios.

Analizando o que aconteceu com os índios, temos uma breve visão do que poderia ter acontecido com os negros, se os próprios negros não tivessem uma opinião parecida com a de Ellen White.

Portanto guardemo-nos de falsos sentimentos de defesa anti-racismo. Porque assim nós é que estaríamos querendo ver o “circo pegar fogo”.

“Ao declarar que “no Céu todos serão brancos como Cristo”; Ellen White só fez esmagar ainda mais o tão sofrido ego dos negros.”

Desde quando dizer a verdade é esmagar o ego de alguém? O amigo acredita tanto assim que os negros se importem em se tornarem, brancos, negros, vermelhos ou amarelos no céu? Este problema com cor se mostra mais acentuado entre o orgulho branco. Os brancos é que não queriam de forma alguma serem negros ou terem filhos negros. Os negros não eram tão acometidos com o mesmo tipo de preconceito.

“Mesmo que tal afirmação fosse verdadeira, ela poderia ter poupado as pessoas negras de sofrer tamanha humilhação devido a tal declaração.”

Alguém aí se sentiu humilhado com esta declaração de que no céu teremos a mesma cor de Jesus? Desde quando ter a mesma cor de Jesus é humilhação?

Ela não vivia num tempo fortemente racista? Segundo seus defensores; ela não queria “proteger” os negros? Ao escrever tal coisa, muitos brancos com certeza ficaram “inchados de orgulho” e podem ter usado tal escrito para denegrir e arrazar ainda mais a raça negra.

Podem?! Lá vem o autor do artigo novamente com suas suposições. O autor não mostrou registro algum que apóie tal suposição, portanto admitamos que se isto existe, só pode estar na cabeça do autor do artigo.

“Aqui Ellen White exaltou a raça branca a altura do divino e rebaixou a negra ao nível do esquecimento,  ou seja, deu mais  “munição” aos racistas, isto é obvio, isso é inegável.”

Pobre homem! Como se os negros estivessem se importando em impor sua cor como algo mais louvável. O autor diz que isto é óbvio e inegável. Porém seria tão óbvio, que o autor do artigo sequer pôde demonstrar. Veja o exagero ao afirmar que os brancos foram às alturas e os negros ao esquecimento! Por acaso os brancos se esqueceram dos negros? Quem dera, porque assim pelo menos os deixariam em paz por um instante.

“isto é obvio, isso é inegável.”

Óbvio é que fomos colocados todos em semelhança de Jesus. Ellen White não disse que só os brancos se pareceriam com Jesus, mas sim que todos, teriam a semelhança de Jesus. E posso garantir que a tonalidade do branco de Jesus não é como o amigo pensa, portanto não vá tão afoito, porque todos teremos outra cor, por assim dizer.

Não é poupando os não brancos da verdade que se exalta uma cor de pele. O problema não está em Jesus ser branco, ou Ellen White ter revelado que Jesus era branco. O problema está no preconceito da sociedade.

“Que nós, como cristãos que aceitam o princípio de que todas as pessoas, brancas e negras, são livres e iguais, adotemos este princípio, e não sejamos covardes em face do mundo”.

“Quem foi “covarde”?”

Bem, agora podemos identificar quem foram os covardes! Covardes foram aqueles que não tiveram coragem dar conselhos matrimoniais quanto aos negros, por medo de serem taxados se racistas.

“Em outras palavras, ela taxativamente disse para o negro procurar uma negra e a branca procurar um branco, e que esquecessem tal união.”

É realmente muito fácil colocar palavras na boca de uma mulher que nem está mais viva. Tirando a informação do contexto e reinterpretando a seu bel prazer, da forma mais detestável que conseguir arquitetar. Se o autor fosse um pai zeloso no tempo de Ellen White, será que teria aconselhado sua filha a fazer algo diferente? Quem tem filhos sabe responder!

“O casal deveria escolher entre viver em pecado (viver juntos sem casar) ou arrancar de qualquer jeito o sentimento de amor de dentro do peito,”

Calúnia, o autor sabe muito bem que embora não incentivados, tal casamento em últimas circunstâncias não deixava de ser reconhecido. Quanto a arrancar o sentimento de amor do peito, cabia a cada um decidir pois o conselho já haviam recebido.

“O casal deveria escolher entre viver em pecado (viver juntos sem casar) ou arrancar de qualquer jeito o sentimento de amor de dentro do peito, pois os pastores estavam muito ocupados pregando a “verdade”; e não seria interessante para o avanço da “obra de Deus”, unir em matrimônio quem se ama, mas tem a cor da pele diferente. Não podemos deixar de notar o acentuado desprezo para com os sentimentos alheios... Ou seria mais uma invenção desse “maldito” Blog de Ex-adventistas? O que os nobres leitores acham? 

Será que os textos de Ellen White não estão claros o suficiente? É necessário que o autor modifique o teor do texto original, para dar o suposto “real sentido” dos escritos?

“A Sra. White afirmou que não deveria haver casamentos desse tipo; “pois o Senhor Deus não estava orientando nessa direção” (Carta 36, Sanatório, Califórnia, 7 de agosto de 1912 ). Com base na linha de raciocínio acima, imaginemos por um momento, se todas, repetindo, todas as pessoas da época em que foram escritas estas declarações (1912) absorvessem essa “mensagem celestial” colocando-a em prática. Com o passar do tempo, os “mestiços” iriam diminuindo, desaparecendo, e quando chegasse a surgir algum bebê de cor, vocês conseguem imaginar a reação das pessoas?”

O autor agora deixou a realidade e está navegando em um mar de suposições, criando situações tipicamente Kafcanianas, de toda sorte de possibilidades, o mais horrendas e sensacionalistas possíveis.

“Elas não diriam frases como:
“Lá vai o fruto de um ato pecaminoso, contra a vontade de Deus”.

Ué!? Onde foi que Ellen White disse que o casamento entre brancos e negros era pecado? Parece que o autor foi ao mundo de Kafka e esqueceu de voltar.

“Agora vejam amigos leitores:
A frase que acabamos de escrever é injusta?
É preconceituosa?”

Ah sim! Com certeza, a frase que o autor do artigo inventou é realmente injusta e preconceituosa. Ainda bem que estamos no mundo real onde Ellen White nunca disse que casamento entre brancos e negros era pecado.

“É racista? Seja sincero e responda... Já respondeu?”

É racista? A quem se refere? Ellen White ou vossa pessoa? Porque a tal suposição é de vossa pessoa! E vossa pessoa é quem supôs que o casamento entre brancos e negros haveria de ser pecado. É preciso colocar toda sorte de imaginação e possibilidades utópicas para que o amigo consiga provar que Ellen White fosse racista? Melhor será que o amigo volte ao mundo real e se atente aos fatos.

“O caso é que, segundo as declarações de EGW, ela está correta, pois um mestiço seria fruto de uma desobediência a Deus.”

Calúnia, Ellen White nunca disse isto, tal afirmação proveio de vossa viajem. Tal coisa só é plausível enquanto viajamos em vossas suposições, e o amigo está confundindo vossa vontade com a realidade. Agora que o amigo voltou do mundo dos sonhos, releia novamente os textos de Ellen White, porque o amigo está confundindo o mundo real com aquilo que formulou em vossos sonhos.

“Prezado leitor; se tal casamento não era na direção do Senhor, então era na direção de quem? Obviamente, aquilo que não é na direção de Deus, é contra-Deus. E sendo contra-Deus, logicamente é a favor de quem? Quem é o anti-Cristo? Quem é contra Deus? Satanás. Então podemos dizer que, todos os casais inter-raciais que se amavam genuinamente e queriam se casar naquele tempo... Eram na direção de satanás? Mas satanás é amor? Ele tem o poder de colocar amor genuíno no coração das pessoas?”

Francamente, o amigo está indo muito além, depois de retornar do mundo dos sonhos, agora trata de distorcer as afirmações de Ellen White. Analisemos:

se tal casamento não era na direção do Senhor” (autor do texto)
pois o Senhor não está dirigindo nessa direção” (Ellen White)

Parece ser a mesma coisa? Mas não é! O autor do artigo inverteu a “seta de indicação” vejam:

“pois o Senhor não está dirigindo nessa direção” (Ellen White)

Senhor ==> Casamento

se tal casamento não era na direção do Senhor” (autor do texto)

Senhor <== Casamento

Desonestidade intelectual? Pouca é que não é!

“Obviamente, aquilo que não é na direção de Deus, é contra-Deus. E sendo contra-Deus, logicamente é a favor de quem? Quem é o anti-Cristo?”

O amigo está agora em algum lugar do tempo entre hoje e o apocalipse: Boa pergunta, quem é o anticristo?

Mas voltemos ao tempo presente, pergunto: Aquele que anda em uma direção diferente do que mostra uma placa, está caminhando contra a própria placa? Em uma via de mão única sim, mas e quando se há várias direções? A resposta é:

Simplesmente se pegou outra direção que não é necessariamente contra a placa, mas sim contra sua indicação.

Assim como quem se recusava a dar tal passo, não estava indo contra Deus, mas na direção de um casamento com um companheiro da mesma cor.

E quem insistia em dar tal passo estava indo em uma direção diferente do que Deus apontou. E sabemos que Deus é exímio em apontar o caminho certo.

Mas voltemos ao raciocínio do autor:

“Quem é contra Deus? Satanás. Então podemos dizer que, todos os casais inter-raciais que se amavam genuinamente e queriam se casar naquele tempo... Eram na direção de satanás? Mas satanás é amor? Ele tem o poder de colocar amor genuíno no coração das pessoas?”

Veja que o amigo continua indo mais longe, e além. Agora o autor está perguntando se Satanás é amor! Que tipo de raciocínio é este? Ainda bem saímos da cabeça dele e voltamos à realidade. Ufa!

Continuemos:

Perceba que agora que estamos fora da cabeça do autor do artigo munidos dos escritos de Ellen White dentro de seu contexto e vamos, agora, analisar o pensamento que se segue:

“Vamos repetir a pergunta que fizemos alguns parágrafos atrás: É assim que se “protege” alguém contra o preconceito? Criando mais preconceito?”

O autor do artigo continua achando que orientar em assuntos relativos ao casamento entre brancos e negros é criar preconceito.

“Dizendo que Deus não aprova um casamento com o amor que Ele próprio colocou?”

Opa quem disse isso? Ellen White? Procurem nos escrito se tem isto:  Deus não aprova um casamento com o amor que Ele próprio colocou”.

Agora que não encontramos tal afirmação nos escritos de Ellen White, procuremos no mundo dos sonhos do autor:

“Mas satanás é amor? Ele tem o poder de colocar amor genuíno no coração das pessoas?”

Analizemos:

O amor de um casal é algo que Deus coloca? Sim!
Deus desaprova um casamento entre brancos e negros? Não!
Deus orienta um casamento entre brancos e negros em uma época de preconceito agudo? Não!

Concluímos então que Deus aprova casamento entre brancos e negros, mas orienta que tal casamento não ocorra em épocas de preconceito acentuado.

Veja com arrazoando as coisas ficam mais harmoniosas e claras, ao contrário de quando partimos para o radicalismo.

‘Que os filhos nascerão em “desvantagem” em relação as demais crianças? Que os bebês seriam “marcados” para sempre por um rastro de inferioridade?”

Opa! Veja aí o radicalismo. Vamos harmonizar esta afirmação?

‘Que os filhos nascerão em “desvantagem social” em relação as demais crianças? Que os bebês seriam “marcados” para sempre por um rastro de discriminação?”

Ellen White nunca afirmou que filhos mestiços eram inferiores, tal raciocínio proveio da viajem cerebral do autor. Que agora está tomando as opiniões preconceituosas da época como escritos de Ellen White. Alguém tem algum livro de Ellen White afirmando que crianças mestiças eram inferiores? Porque eu não tenho!

“Por quê EGW não calou a boca e abriu a Bíblia, citanto as passagens sobre acepeção de pessoas, que já estavam escritas havia quase 2.000 anos?”

Para que? Para mostrar aos negros? Estes sabiam muito bem o quanto era ruim fazer acepção de pessoas. Então devemos concluir que seria para os brancos!

E não é justamente isto que Ellen White propôs? Investir no evangelho, levar a palavra a toda gente, para que o conhecimento bíblico e a atuação de Deus aliados ao tempo produzisse a queda do muro de preconceitos?

Não é fazendo planos de ação, bradando contra os brancos, com a bíblia debaixo do braço, puxando uma espada, seguindo Ellen White logo á frente em sua charrete, passando por cima de brancos e impondo a aceitação negra que derrubariam o tal muro de preconceitos!

“Vejam a que ponto chega a confusão causada por EGW; chequem as datas após as declarações: Em 1912 (Carta 36- sanatório 07 de agosto 1912), três anos antes de sua morte, ela deixa claro que tal casamento causa embaraço, confusão e não é para a “obra” ou glória de Deus.

Vejamos os escritos originais:

“O dar tal passo criará confusão e embaraço. Não será para o avançamento da obra ou da glória de Deus.”(Carta 36, Sanatório, Califórnia, 7 de agosto de 1912 )

Pergunto: Impor um casamento entre brancos e negros seria de alguma forma avanço para a obra ou glória de Deus?

Pode não ser a resposta que os noivos na época gostariam de ouvir, mas era a mais pura verdade, as contendas e confusões, sofrimentos e humilhações que surgiriam ao casal por parte da sociedade não seria em nada útil para a obra de Deus. Alguns poderiam imaginar que seria uma oportunidade para os cristãos darem o exemplo contra o preconceito, servindo de testemunho de que brancos e negros tem o mesmo valor. Porém Ellen White advertiu que Deus não estava orientando neste caminho. Tal idéia não daria certo, o resultado seria apenas sofrimento para o casal e ainda mais rancor para seus filhos. A orientação de Deus era outra, o plano de Deus era outro. Evangelizar, usando a palavra para ajudar a modificar a sociedade e não cada um usando a sim mesmos como pretensos instrumentos de derrubada do preconceito.

(continua...)



18 comentários:

  1. Muitos dos comentários e depoimentos da Sra. White são relativos a questões da época em que a mesma vivia.Ela escreveu certa vez que cristãos não deveriam ter bicicletas,por que na época em que ela escreveu isso,bicicletas eram bem caras,e muitas pessoas deixavam de comprar roupas e alimentos para comprarem bicicletas.

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  2. Olá Jair,

    seja bem vindo ao blog.

    Atenciosamente.

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  3. Bom! Primeiro não sou ADV, e nem Crente. Sou estudante, e curioso. Amo Historia, comecei a estudar Religião, seus fundadores. Qual a filosofia aplicada de cada um, suas fontes, seus contextos, suas origens... me surpreendi com muita coisa nessa caminho.. Bom vi um pouco da Literatura e obra da Sra. White, Metodista, Visionaria apos o grande desapontamento, pregado por por um maluco chamado Wiliam Miller. com base na profecia de Daniel 8.. encurtando a historia li o seu artigo e li o artigo do seu rival, como não sou focado na questão do etnocentrismo, eu entendi o ponto de vista dele colocado de uma forma um pouco radical, e entendi o seu ponto de vista colocado de uma forma mais instrutiva e racional, parabéns... de tudo assunto tratado aqui apenas um ficou em debito comigo...

    Se eu faço parte de um corpo ("não sei se vocês tratam a igreja como um corpo") adoro o mesmo Deus e sigo as mesmas doutrinas relacionada pregada pela igreja, porque eu preciso separar as pessoas por sua classe sua cor? porque eu sendo branco não aceitaria um negro que processa a mesma fé e serve o mesmo Deus e tem os mesmo ensinamentos da igreja que eu, vindo da mesma fonte.. porque eu não aceitaria ouvir sua pregação? Era mesmo necessário ela separar as classes mesmo???

    “Homens de cor estão inclinados a pensar que eles estão equipados para o trabalho para as pessoas brancas,
    quando deveriam dedicar-se a fazer trabalho missionário entre as pessoas de cor.

    Há muito espaço para inteligentes homens de cor para o trabalho para seu próprio povo.

    Obs: Suas próprias palavras.; . E claro não mandariam um negro para pregar no meio de brancos intolerantes isto seria um absurdo e muita crueldade, seria como mandar uma ovelha ao tosqueador. Claro mandariam tal pessoa para pregar com pessoas que o aceitariam ao invés de maltratá-lo.

    Se a própria igreja já tinha esse conceito de intolerância do que valeria a religião??
    não consigo ver fundamento nisso... por mais que alguém explique. E se tiver explicação para tal...

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    1. Olá amigo Lúcio dos Santos Paula, seja bem vindo.

      Tal como o amigo, tratamos a igreja como um corpo e damos muito valor à isto. Assim como Jesus tratou as pessoas com igualdade, também procuramos proceder assim dentro deste corpo.

      Muitas vezes desejamos que a igreja tenha um papel mais social e de influência a fim de contribuir para a igualdade, entretanto, o poder e autoridade concedido à Igreja Adventista do Sétimo Dia, provêm unicamente do nosso Senhor Jesus e dos ensinamentos Bíblicos.

      O exemplo de Jesus foi o de uma pessoa que tudo suportou, determinado a, antes de tudo, cumprir a sua missão.

      "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;" (2 Timóteo 2:24)

      Foi com este espírito que a escritora cristã Ellen White, aconselhou a igreja a colocar o trabalho de evangelismo em primeiro plano.

      As cartas de Paulo nos ensinam de que na época apostólica, muitos cristãos que eram enviados à outras províncias, eram instruídos a respeitar os costumes de cada localidade. Como exemplo, percebemos que em certos lugares, era vergonhoso para uma mulher falar em público.

      Bem sabemos que este tipo de discriminação para com as mulheres era algo injusto, mas Paulo, para não comprometer a qualidade da pregação do evangelho, orientou que as mulheres que fossem fazer trabalho missionários nestes lugares, que evitassem de falar em público, bem como as próprias cristãs convertidas naquelas localidades.

      Outro evento que encontramos é sobre o uso do véu em certas localidades, onde se considerava uma mulher que não usasse véu como uma prostituta.

      Deste modo, embora nos doa, quando adentramos em algum país ainda não evangelizado (me referindo aos dias de hoje) é comum encontrar culturas com os mais estranhos rituais.

      Com o trabalho de evangelismo e ensino da Palavra de Deus, após algum tempo, estas culturas tendem a abandonar cada vez mais certas práticas e a suspender certos rituais.

      A Igreja Adventista, se apóia também em um estilo de vida cristão saudável e com práticas de acordo com a vontade de Deus expressa na Bíblia Sagrada. Mas antes de impor, pretendemos conquistar a confiança, para só então, quando houver terreno vantajoso, iniciar o combate à certas práticas, de um modo único e exclusivamente baseado no que diz a Palavra de Deus.

      Hoje, as religiões em certos lugares estão em terreno vantajoso e podem tirar proveito disto, buscando também ações de conscientização social, usando um poder unicamente baseado na confiança conquistada.

      (...)

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    2. Na época de Ellen White, a igreja não tinha ainda poder algum baseado na confiança da sociedade e qualquer tipo de tentativa contraditória aos conceitos da época, não apenas poderia, como de fato seria visto com olhos de desconfiança no meio em que os adventistas estavam inseridos.

      Deste modo, se os cristãos queriam de fato provocar profundas mudanças naquela sociedade, teriam antes que trabalhar com afinco na evangelização, a fim de angariar confiança da sociedade, para então ser ouvida.

      Os escritos de Ellen White foram um norte, para aqueles que, dentro da religião, ainda carregavam algum preconceito. Ellen White deu apoio à igualdade mas reprimiu qualquer tentativa de imposição da aceitação dos negros naquela época.

      Muitos negros encontraram um porto seguro dentro do adventismo, aqui eram tratados com igualdade e isto contribuiu muito para a propagação da mensagem adventista entre os negros.

      A forma equilibrada com que a igreja lidou com o problema do preconceito na época, propiciou que a igreja passasse a ser vista com bons olhos dentro da sociedade.

      A igreja estava vindo de um desapontamento e ainda temia ações de grupos radicais. Somente quando enfim, Ellen White e alguns adventistas conseguiram construir hospitais, escolas e sanatórios é que passou a serem muito bem aceitos na sociedade.

      O exemplo do bom tratamento dos negros, com igualdade dentro da igreja, certamente serviu de bom exemplo para a sociedade da época e seria assim, com paciência e temperança que o adventismo contribuiria para com a causa da igualdade racial dentro daquela sociedade.

      Um dos filhos de Ellen White, a exemplo, decidiu se dedicar à um trabalho missionário na África e seria assim, com amor, zelo e com a pregação do evangelho que se ajudaria nossos irmãos negros a conquistarem, a longo prazo, um lugar ao sol naquele mundo entenebrecido pelo preconceito racial.

      O preconceito racial naquela época, encontrou muito apoio devido à propagação do evolucionismo na Europa, com o conceito de que o homem branco e o homem negro teriam origens ancestrais diferentes, firmando a idéia preconcebida na época de que os negros seriam uma raça menos desenvolvida e portanto inferior à raça branca.

      Assim, do mesmo modo como esta nova forma de ver o mundo influenciou aquela época, também o trabalho de evangelização haveria de influenciar a sociedade, lembrando de que somos todos filhos de um mesmo Pai e que temos, tanto brancos quanto negros a mesma procedência à partir de um Deus de amor.

      Temos que confiar em Deus, de que ELE tudo pode resolver, o que temos que fazer é levar diante a missão em garantir que todos no mundo O conheçam. Somente assim Deus poderá atuar no coração de cada pessoa em cada nação e também no coração dos líderes destas nações, a fim de erguer pessoas a cumprir um papel importante de combate às injustiças dentro da sociedade.

      Deste modo, podemos nos dedicar com afinco à causa da pregação do evangelho, certos de que no tempo oportuno, Deus usará dos seus para cumprir missões aqui na terra, preparando caminho para a propagação de SUA justiça.

      Assim Ellen White tem nos ensinado de que devemos confiar mais no poder de Deus do que no poder que temos nós mesmo. Sem Deus nada podemos fazer, então é necessário que antes de tudo o evangelho seja pregado, a fim de preparar os coração para as mudanças, segundo a vontade de Deus.

      Assim é que combatemos o mal.


      Que Deus lhe abençoe querido amigo, e espero que continue com seus estudos.

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  4. Também tenho minhas dúvidas quanto ao tratamento de EGW para com os escravos. Veja a declaração dela:

    “Vi que o senhor de escravos terá de responder pela salvação de seus escravos a quem ele tem conservado em ignorância; e os pecados dos escravos serão visitados sobre o senhor. Deus não pode levar para o Céu o escravo que tem sido conservado em ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos animais. Mas Deus faz por ele o melhor que um Deus compassivo pode fazer. Permite-lhe ser como se nunca tivesse existido, ao passo que o senhor tem de enfrentar as sete últimas pragas e então passar pela segunda ressurreição e sofrer a segunda e mais terrível morte. Estará então satisfeita a justiça de Deus.” Primeiros Escritos pág. 276.

    Mas não seremos julgados segundo nosso conhecimento?

    Átos 17:30 diz:
    “Deus nunca leva em conta os tempos de ignorância”

    Porque Ellen White afirma que, pelo motivo de um escravo não saber nada da Bíblia e estar “abaixo dos animais” e nunca terá a Salvação?

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    1. Cabe um estudo aprofundado.

      À primeira vista, percebo uma crítica ao fato de os escravos serem mantidos na ignorância pelos seus senhores. O que noto é que Ellen White nos diz de que aqueles que foram impedidos pelos seus senhores de conhecer a Deus, embora venham a se perderem, não sofrerão os castigos reservados aos seus escravisadores.

      Os castigos cairão sobre os escravisadores enquanto que para com o escravo, será como se nunca houvessem existido. Assim a pesada justiça de Deus não cairá sobre aqueles escravos mas cairá pesadamente sobre seus senhores que os impediram de conhecer a verdade.

      Isto é apoiado por pelo menos dois pontos bíblicos:

      O primeiro de que Deus não leva em conta os pecados cometidos em ignorância.(Atos 17:30). E (Efésios 4:17-19) que nos mostra uma condição gentia, bem semelhante à de alguns escravos que eram tratados em condições sub-humanas.

      O segundo que, sobre os condenados, diz-se que:

      "Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá." (Lucas 12:48)

      Creio então que os escravos se encaixariam na categoria daqueles que não souberam.

      Creio então que os três textos que lhe demonstrei já dão um norte de como a justiça de Deus funciona na questão daqueles que perecem na ignorância .

      Fato é que embora Deus não leve em conta os tempos de ignorância, tal ignorância não serve de meio de salvação, porque biblicamente o único caminho é Cristo, através do qual todas as coisas foram feitas (João 1:3).

      Mas a bíblia nos diz de que Deus, além da bíblia, se revela através de outros meios, inclusive da própria natureza (Romanos 1:20). Ou seja, podemos conhecer e entender a Deus inclusive através de sua própria criação, que também revela a Cristo, meio pelo qual e para o qual todas as coisas foram criadas (Colossenses 1:16).

      Os escravos porém, confinados e tratados de forma bem inferior ao dos animais, eram impedidos de receber a revelação por qualquer meio. Então para muitos, não havia muita possibilidade de salvação (Romanos 2:12).

      Certo é que encontraremos escravos no céu que foram fiéis à pouca luz que conseguiram receber (Romanos 2:14).

      Este texto de Ellen White porém, não fala dos escravos que vierem a se salvar, mas sim daqueles que não tiveram oportunidade alguma e que vierem a serem condenados, quanto a estes, estarão livres do pesado castigo, por causa da ignorância, mas o mesmo não podemos dizer de seus senhores, que terão que prestar contas, inclusive, pelo pecado de terem mantido seus servos na ignorância.

      Este é o raciocínio a que chego, segundo o que tenho de conhecimento das escrituras, espero que lhe ajude.

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  5. Outra situação que deveria ser melhor explicada é questão do AMÁLGAMA entre homens e bestas(animais).

    "Toda espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As espécies confusas que Deus não criara, resultantes da amálgama, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amálgama de homem e besta como pode ser visto nas quase infindáveis variedades de espécies animais e em certas raças de homens.”
    Spiritual Gifts (1864), Vol. 3, pág. 75, par. 3, The Spirit of Prophecy, vol. I pág. 78.

    Quais seriam as raças de homens que são resultado de sexo de homens com animais?

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    1. Esta é uma questão que divide opiniões, colocarei algumas aqui:

      O primeiro grupo acredita que amálgama teria sido um processo ocorrido em longo tempo e que teria modificado a estrutura genética de homens e animais. Alguns adventistas crêem por exemplo de que o dinossauro T-Rex, seria um resultado deste processo, devido à suas patas dianteiras serem atrofiadas e praticamente sem serventia.

      O segundo grupo alega que seria algo que teria a ver com algum costume de se fazer sexo com animais e que isto teria originado filhos resultados da mistura entre homens e animais (possibilidade totalmente descrida pelos adventistas, mas apoiada por alguns críticos).

      O terceiro grupo acredita que seria um cruzamento entre homens de diferentes raças (etnias) e animais de diferentes raças, que teria resultado em uma forma de hibridismo, a exemplo, temos hoje o pitbull e os ligers, que são resultados deste tipo de processo (apoiados por diminuto e contável número de cientistas e sociólogos da época).

      Particularmente sou adepto de uma quarta explicação e que tende a ser definitiva e a solucionar o mistério da questão.

      Segundo o que li em fontes extras de documentos da época, crê-se que nem mesmo Ellen White haveria entendido completamente do que se trataria esta amalgamação, assim escreveu o que lhe foi revelado, mesmo sem ter total entendimento sobre o que estava escrevendo.

      Mas analisando uma outra obra, percebemos que, então, a própria Ellen White, chegou ao entendimento do que seria a 'amalgamação' o que consta em:

      "Nenhuma planta nociva foi colocada no grande jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. Na parábola do semeador, foi feita ao dono da casa a pergunta: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?” O dono da casa respondeu: “Um inimigo fez isso”. Mat. 13:27 e 28. Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amalgamação ele corrompeu a Terra com joio. Mensagens Escolhidas," (vol. 2, p. 288-289.)

      Creio que este texto, nos ajuda a descobrir o que seria a incógnita, do que é o processo de amálgama.

      Com base neste texto, devemos crer que, segundo Ellen White, a amálgama seria um processo de alteração genética, promovido pelo próprio pecado, coordenado pelo agente denominado Satanás e que teria provocado uma corrupção genética nos seres vivos, tanto homens, animais, como vegetais, de forma gradativa, durante toda a história.

      No caso de criaturas antediluvianas, que viviam por muitos anos, este processo chegou a tal ponto de fazer surgir uma etnia (raça) de gigantes extremamente poderosa, porém física e moralmente deturpada, e que tal processo também se refletiu nos animais.

      Mas creio que toda esta questão se finda com um artigo produzido pelo Centro White de Pesquisa, que coloca cada “pingo nos ‘I’s”, ou seja, cada coisa no seu devido lugar:

      http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/amalgamacao/

      Paticularmente não encontrei uma explicação melhor e mais completa do que esta apresentada pelo Centro White de Pesquisas. Espero que lhe ajude.

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  6. Por favor, explique-me isto:
    "Mas há uma objeção ao casamento de brancos com negros. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por essa razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre brancos e negros" (Manuscrito 7, 1896).

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  7. Quando Deus Chama um profeta é para ele fazer a diferença na vida das pessoas e não para se contaminar com a cultura, tradições e práticas erradas de uma determinada época.
    Quando Jesus esteve entre nós, Ele vivia entre os excluídos da sociedade lutando para fazer a justiça de Deus. Se jesus vivesse naquela época nos EUA com certeza absoluta Ele iria lutar para quebrar os preconceitos e de fato mostrar o outro lado da moeda.
    Declarações como este citada a cima, somente separa os povos e estimula ainda mais o racismo.
    Dizer que todos são iguais perante Deus, é uma frase até "bonitinha", mas colocar isso em prática nas relações sociais é que deveria ser o objetivo de um profeta de Deus.
    Deus é um Deus de união e não de separação!
    Hoje, felizmente as coisas mudaram muito, quanto ao racismo. Claro que não devido as declarações de EGW. Mas homens e mulheres lutaram para fazer um pouco da justiça de Deus nesse mundo. Hoje uma mulher negra e um homem branco podem andar pela rua de mãos dadas (ou vice-versa). podem ter seus filhos e serem felizes, graças a pessoas valorosas que quebraram os muros do preconceito racial. Certamente ainda temos muito que evoluir.
    Com certeza frases "infelizes" como essas da SRa. White em nada colaboraram para que a justiça de Deus fosse feita nas relações dos povos.

    Essa é minha opinião. Abraços:

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    1. Discordo desta demagogia!

      Se o amigo tivesse uma filha branca, naquela época, aconselharia que se casasse com um homem negro?

      O problema é que o amigo não soube separar, racismo, de questões sociais. Jesus nunca pregou para irmos contra a sociedade, este seu pressuposto é completamente equivocado.

      Temos que respeitar as regras da sociedade, mesmo as que sabemos estarem erradas. Paulo por exemplo, nunca aconselhou a igreja a ir contra os costumes e crenças de uma sociedade.

      Vou dar um exemplo!

      Mulheres e crianças, em Israel, eram consideradas inferiores. Naquele contexto social, a palavra de uma mulher ou uma criança, não valia coisa alguma. Entretanto, não vemos Cristo lutar contra esta forma de discriminação da forma como o amigo "esperava" que Ellen White lutasse, ao invés de proceder como o amigo sugestionou, Jesus levou avante a pregação do evangelho. Foi isto que ajudou a modificar a sociedade, começando pelos cristãos. Da mesma forma, Ellen White, nos aconselhou a dar ênfase na pregação do evangelho, ao invés de ir contra a sociedade, tentando impor algo "goela abaixo".

      Ellen White era uma pessoa equilibrada e uma ótima conselheira. Não usava de demagogia, nem de falso moralismo. Ali não havia tão somente uma questão de diferença de cor, mas de status e de condição social e de condições de vida.

      Ellen White sabia de cada um dos problemas que o casal enfrentaria, especialmente seus filhos. Por isto aconselhou que cristãos brancos e negros não se casassem, naquela época, entretanto, cada um era livre para proceder conforme bem entendessem.

      Dentro da Igreja, sim, os negros eram tratados igualitariamente, mas fora dela, não. Se todas as pessoas cressem naquilo que Ellen White escreveu acerca dos negros, a sociedade teria mudado em pouco tempo e não haveriam objeções acerca do casamento entre brancos e negros.

      Dentro da Igreja Adventista, Ellen White deu razão aos negros, mas aqui dentro, onde temos poder, então o racismo foi erradicado quase que totalmente.

      E os conselhos de Ellen White não foram para os negros e brancos fora da igreja, mas especialmente para adventistas.

      Porque fora da igreja, um branco, sequer imaginava a possibilidade de se casar com uma pessoa negra.

      Mas as diferenças foram combatidas dentro da igreja e surgiram relacionamentos entre brancos e negros, dentro da igreja. Foi primordialmente a estes que Ellen White desaconselhou o casamento, mas temendo, não o tratamento que receberiam dentro da igreja, o de aceitação, mas o tratamento que receberiam fora, o de rejeição.

      (...)

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    2. Deste modo, os problemas internos estavam resolvidos, mas não os de fora e Ellen White não poderia garantir a segurança, felicidade e bem estar dos novos casais, bem como seus filhos.

      O empecilho portanto não era Ellen White, mas pessoas como o amigo, que não dão a mínima para seus escritos. Devido a perceber que tão cedo não aceitariam sua mensagem acerca da igualdade entre brancos e negros, o melhor foi desaconselhar a união matrimonial.

      O problema portanto, não estava dentro da igreja adventista e muito menos em Ellen White, mas sim fora da igreja, na sociedade preconceituosa da época.

      Agora veja que os adventistas eram um grupo pequeno e mesmo assim, houve alguém que não apenas escreveu mas colocou em livros, o pensamento acerca da igualdade entre brancos e negros.

      Mas e quanto às outras religiões cristãs, de grande porte na época!?

      Dentro da igreja adventista, branco e negros se sentiram mais confortáveis em relacionarem entre si e boa parte disto se devia às palavras de Ellen White. Portanto, Ellen White também era responsável pelos efeitos que isto causaria na sociedade preconceituosa da época. Se tais casais sofressem, mesmo que involuntariamente, seria devido a ela ter favorecido a aproximação e aceitação dos negros por parte dos brancos, dentro da igreja.

      Desta forma, sem pregar ilusões, Ellen White foi bastante franca para com os casais que pensavam se unir em matrimônio, e foi neste contexto em que fez estas declarações.

      Veja que milhões de pessoas já leram estes escritos de Ellen White, e a imensa maioria entendeu direitinho esta questão. Então, por que será que uma pequeníssima parte, não entende ou tiram conclusões equivocadas?!

      A resposta é simples! Porque jamais se dispuseram a ler a obra por inteiro, para pelo menos se contextualizar! A maioria pega este trecho na internet, justamente em sites que procuram atacar Ellen White e os adventistas.

      Daí ficam criando pretextos, para nutrir seu sentimento anti-adventismo.

      Esta é que é a verdade!

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  8. Só posso dizer uma coisa: ainda bem que meus antepassados não tiveram conhecimento sobre esse conselho que a Srª White deu sobre o casamento entre negros e brancos ou, se tiveram, resolveram ignorar. Ainda bem que eles enfrentaram o duro tratamento que a sociedade lhes deu por conta desse passo tão arriscado para aquele época. O preconceito racial assolou todos os lugares do mundo, não somente o território americano. Se eles, meus antepassados, não tivessem se unido, eu não estaria aqui, no presente momento, tendo a oportunidade de me relacionar com Deus. Desejo que todos recebam inspiração que vem do Alto! Fiquem em paz.

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    1. s conselhos de Ellen White foram contra uma forma de ativismo que propunha criar conflitos entre brancos e negros. Jesus combateu os problemas e as injustiças de uma maneira bem diferente. Paulo também nunca ensinou aos cristãos de suas épocas a se levantarem contra a sociedade da época ainda que esta estivesse errada (Atos 25:8).

      Desde que não seja feita como uma forma de afrontar a sociedade, qualquer tipo de união matrimonial tem a direção de Deus, que não faz acepção de pessoas, ainda que tal união não seja aceita pela sociedade. Deus os protege e os guarda sendo este o papel que cabe à igreja cristã.

      E assim ensinou Ellen White, acolhendo pessoas brancas e negras e os enviado como pregadores a todo canto da terra. E seu filho que cuidou de toda uma comunidade de descendentes africanos que sofriam muito com o descaso em uma parte da América do Norte, empenhando ali toda as suas economias e mais tarde, o pouco da herança que sua mãe lhe deixou.

      Uma vez por dia Ellen White cozinhava para seus empregados e fazia o suficiente para uma segunda refeição e deixava a cozinha livre àqueles empregados que tinham trabalho mais árduo e cujo desprendimento de energia exigia-lhes mais refeição.

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  9. Eu não tenho muito a comentar,pois estou no caminho certo. Eu Creio! Esclarecedor.

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  10. Deus é negro ou branco?
    Jesus é negro ou branco?

    Respondam-me com evidências.

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    1. Cor de latão reluzente/âmbar, irmão Joseph:

      "E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas." Apocalipse 1:14,15

      "E olhei, e eis uma semelhança como o aspecto de fogo; desde o aspecto dos seus lombos, e daí para baixo, era fogo; e dos seus lombos e daí para cima como o aspecto de um resplendor como a cor de âmbar." Ezequiel 8:2

      Para mais evidências Bíblicas:

      https://www.youtube.com/channel/UCIa6p9HWw1hEEfHzfJOcSbA
      https://www.youtube.com/user/NTEvidencias/featured

      Um abraço.

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