Samuele Bacchiocchi
Mais uma vez, o administrador do blog MCA, em um de seus artigos, omite informações importantes a seus leitores.
Luciano Sena, adicionou recentemente em seu blog um artigo contendo outra linha de raciocínio para o texto de Colossenses 2.16. Entretanto, omitiu algumas informações que considero de suma importância:
Primeiro - De que tal linha de raciocínio já se encontra incluída na teologia de diversos pastores adventista, a exemplo de Leandro Quadros e não gera qualquer divergência no que tange à questão da validade e legitimade do Sábado como verdadeiro dia de guarda
Segundo - E que considero mais importante é de que, mesmo com esta relativamente nova linha de raciocínio de Bacchiocchi, o sábado continua sendo um mandamento que, em sua visão, jamais poderia ser abolido.
Ocorre que Luciano Sena apresentou um pedaço do raciocínio do estudioso, mas omitiu o contexto e a interpretação dada por Bacchiocchi ao verso bíblico em questão:
Então pergunto: será que Luciano Sena não sabia deste fato? Duvido muito!
E por que não incluiu em seu artigo? Haja vista que em um artigo anterior criticou a pessoa de Azenildo Brito por supostamente esconder parte da crença adventista?
Percebe aí a incoerência? Entre o cobrar e o proceder?
Falemos um pouco da crença presbiteriana acerca dos mandamentos de Deus.
Tenho lido opiniões de autores presbiterianos renomados e reconhecido, mas em nenhum tenho lido qualquer coisa que diga de que qualquer dos 10 mandamentos de Deus sejam passíveis de serem abolidos. O que tenho percebido na linha teológica presbiteriana, que é inclusive muito utilizada pelos adventistas é que são da mesma posição de que abolir qualquer dos mandamentos se constitua em uma clara heresia.
A posição firme de muitas igrejas protestantes, a quase totalidade das tradicionais, acerca do domingo, é de que o sábado tenha sido mantido integralmente e não abolido, até para que seus valores pudessem então serem posteriormente transmitidos ao domingo.
A linha de desenvolvimento do domingo se daria então gradativamente, por uma suposta "consciência de que o domingo seria o dia mais apropriado para se guardar", sob o pretexto de uma homenagem ao dia da ressurreição de Cristo."
Portanto, creio que não seja de bom tom, um presbiteriano, inclusive calvinista, adotar a teoria de que algum dos mandamentos de Deus possam ser abolidos por homens. Calvino era pleno defensor da irrevogabilidade dos mandamentos de Deus.
E Luciano Sena partiu de um pressuposto, em apoio à uma outra visão acerca deste assunto abordado em outro artigo:
http://mcapologetico.blogspot.com.br/2014/06/deus-estabeleceu-o-domingo-cristao-no.html
Creio então que Luciano Sena tenha que primeiro se decidir sobre qual linha de raciocínio irá seguir, antes de construir seus artigos, se a presbiteriana calvinista ou a Católica Apostólica Romana.
É conveniente lembrar que a idéia do domingo, como sendo um imagem do sábado, realmente existe, porém no contexto que lemos em Daniel e Apocalipse, onde o domingo se torna uma imagem, porém falsa, do verdadeiro sábado. Quando então guarda-se o domingo como uma imagem do sábado em homenagem ao poder papal, o mesmo poder que coloca o papa como sacerdote substituto de Jesus aqui na terra.
Deste modo, não apenas na questão do domingo, mas no geral, o valor cerimonial que deveria ter sido transferido para Cristo em seu ministério no Santuário Celestial, como nós adventistas cremos, é então transferido para o altar Romano, que provêm então outro sacerdote, na figura de padres, bispos, presbíteros, e um outro sumo-sacerdote na figura do Papa, em substituição à Cristo. Com poder inclusive de perdoar pecados e executar juízos.
Assim, sabemos que o sábado não é uma sombra, mas sim a própria imagem do verdadeiro dia de guarda, desde a fundação do mundo, uma imagem de adoração ao verdadeiro Senhor, Aquele que criou céus e terras, o mar e tudo que neles há (Lucas 6:15).
Então definitivamente, em Colossenses 2:16, Paulo não está a construir uma imagem ao domingo, utilizando-se do sábado como é apresentado em outro artigo de Luciano Sena, isto está fora de questão.
Samuele Bacchiocchi, também, jamais utilizou tal verso para revogar a legitimidade do sábado, pelo contrário, mais do que ninguém sempre esteve consciente destas mudanças romanas feitas à Lei de Deus.
O que foi que Samuele Bacchiocchi disse?
"o sábado pode legitimamente ser considerado como a “sombra” ou o símbolo adequado da presente e futura bênção da salvação."
Portanto, diferente do que Luciano Sena pretende levar seus leitores a pensar, Samuele Bacchiocchi jamais considerou o sábado como uma sombra passageira:
"Além do que já anotamos que o termo “sombra” é usado, não em sentido pejorativo, como rótulo para observâncias sem valor que perderam sua função, mas para qualificar o seu papel num relacionamento com o “corpo de Cristo”.
Nem adventista algum crê nesta teologia de que uma sombra torne algo passageiro, no sentido de levar embora consigo também a sua imagem.
A teologia adventista diz que todas as funções cerimoniais foram transferidas para o santuário Celestial, onde Cristo atua como nosso sacerdote e sumo-sacerdote, perdoando pecados e fazendo uma obra de juízo em nosso favor. A abolição do cerimonialismo, portanto, se referem às coisas terrenas ou seja à necessidade de sua representação, tratando então do cerimonialismo em si e não da sua imagem. Porque o corpo ao qual estas sombras refletiam, eram o papel de Cristo, desde seu sacrifício como cordeiro aqui na terra, até o SEU trabalho como sacerdote e sumo-sacerdote intercessor no santuário celeste.
Portanto o sábado, sob a perspectiva de sombra dos bens futuros, representaria então, também ( e não única e exclusivamente), o descanso predito por Paulo em Hebreus 4 "..símbolo adequado da presente e futura bênção da salvação.".
(Sr. Adventista)
CONCORDO!
ResponderExcluirAté quando,Sr. Adventista ??? Troll,vai procurar o que fazer !!!!
ResponderExcluirMais uma excelente resposta ao oponente defensor do domingo, irmão Sr. Adventista!
ResponderExcluirParabéns! Que o Espírito Santo continue iluminando a sua mente e de todos que contribuem com este blog!
Amém, irmão Josinaldo.
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