terça-feira, 1 de abril de 2014

Estudo - Gênesis P1


Iniciaremos um estudo aprofundado da Bíblia, começando em Gênesis, onde procuraremos extrair o máximo de informação possível afim de entendermos de uma maneira mais profunda este Livro Sagrado.


Gênesis 

Trata-se de uma livro escrito por Moisés, inspirado por Deus e que provavelmente recebeu visões ou sonhos que permitiram a composição de tal livro.


1)  No princípio criou Deus o céu e a terra.

Há duas vertentes principais de interpretação deste verso, alguns julgam que se trata de uma referência à algo que já havia sido criado (o mais provável), mas há também quem interprete de que céu e terra haveriam sido criados naquele mesmo dia.


2) E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

Há dois sentidos que podemos extrair, a primeira de que a terra ainda não havia sido modelada para sustentar a vida que posteriormente viria (daí a referência a 'vazia') e  outra, a de que seria disforme, sem uma forma comum, ou seja, não era arredondada.


3) E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

Alguns estudiosos interpretam esta passagem dizendo de que Deus propiciou que a luz (algo que já havia sido criado) incidisse sobre o planeta (usando por base, por exemplo de que haviam 'trevas' sobre a face do abismo). Esta face do abismo, particularmente interpreto como sendo a face da terra que não recebia a luz do sol (face da terra onde a luz não incidia), daí concluo de que nesta época a terra estaria parada, sem seu movimento de rotação. Outros estudioso entendem porém, de que ali, o sol haveria sido criado ou que ali haveria começado a incindir a luz porque uma densa camada de poeira que antes havia em nosso planeta (e que é possível de se observar em outros planetas) assentou-se terra sob a ordem de Deus. Mas neste sentido o mais provável é que fosse uma densa neblina de água, resultado da evaporação da água que cobria toda a terra e que não conseguia se assentar acima no céu, pela ausência de uma atmosfera apropriada.


4) E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.

Ali haveria sido inaugurado o movimento de rotação da terra, fazendo-se a separação entre dia e noite, não havendo mais 'uma face do abismo' perene. Ou que ali, o dia e a noite então se tornou evidente, devido ao assentamento das partículas que cobriam toda a terra, quer por parte de poeira, ou água.


5) E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

Os eventos da criação no primeiro dia poderiam se referir tão somente a criação do dia e da noite (mais provável), ou a criação tanto da terra como do céu, além do dia e da noite.


6) E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

A expansão no meio das águas, seria a atmosfera e a separação entre águas e águas, se referem à separação da água entre a que correria sobre a terra e a que correria sobre o céu conforme veremos no verso seguinte:

7) E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.

8) E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.

Essa expansão que permitiu manter águas tanto acima quanto abaixo da terra foi chamada de Céus. O plural se refere aos vários céus ou seja às camadas atmosféricas recém criadas.

9) E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.

Ali, Deus haveria feito, em larga escala, algo semelhante ao ocorrido no mar vermelho na época de Moisés. Porém mais coisas haveriam sido feitas ali, como a criação dos lençóis freáticos e todo o sistema de circulação de água acima da terra e abaixo da terra, a exemplo dos rios.

10) E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.

Estes mares podem se referir aos vários mares, que na verdade são um mesmo mar pois estão conectados e se ligam a toda a terra, ou uma referência os mares, água salgada e água doce. Ou aos dois tipos básicos de sistemas hídricos, aqueles que circundam a porção seca e aqueles que trabalham diretamente sobre a porção seca.

Fazemos uma pausa aqui para uma conclusão de que a terra era antes toda coberta de água e que parte desta água foi mandada para acima da atmosfera, outra parte foi mandada para debaixo da terra e outra parte a correr sobre a porção seca da terra. Ou seja, Deus haveria apenas realocado o posicionamento das águas, jogando parte para cima, na atmosfera e parte para baixo a fim de que a porção seca pudesse ter seu espaço, isto será muito importante para entendermos mais à frente o que haveria ocorrido no período que a Bíblia e a história de algumas várias culturas chamaram de O Dilúvio.

Tenhamos em mente que toda esta realocação das águas foi feita com o intuito de criar um sistema hídrico para sustentação da vida sobre todo o planeta. Que agora já tinha uma forma, porém ainda se encontrava vazia.

Remontando a criação à partir daqui, o mais provável de ter ocorrido seria o seguinte:

Há muito tempo Deus haveria criado o universo, juntamente com o planeta terra. Este planeta porém estava sem forma (despreparado) para sustentar a vida, tanto que ainda estava vazio. O Espírito Santo de Deus então em dado momento se colocou sobre a face das águas que cobria todo o planeta, entremeio à uma densa neblina formada por gotículas de água que também cobria toda a terra, suspensas pelo calor do sol. A face do abismo se referiria ao universo, ou seja, olhando-se para cima em direção ao cosmos, só se via trevas, pois a luz não penetrava através da densa neblina a fim de chegar à face das águas.

Quando Deus disse 'Haja Luz', o que Deus fez foi afastar ou assentar esta densa neblina, permitindo a passagem do sol, sobre a terra, que já efetuava, desde sempre, seus movimento de rotação e translação.

Seguidamente Deus criou uma atmosfera apropriada para fazer com que a neblina não mais se ajuntasse acima da face das águas, mas que se separasse indo mais acima para uma das camadas atmosféricas que Deus criou e que assim, também se ajuntassem na forma de nuvens e não mais ficassem dispersas por todo o planeta impedindo a passagem do sol de forma perene.

Então Deus tratou de preparar a água que ficou sobre a face da terra a fim de dar espaço para a terra seca e ao mesmo tempo criar um sistema hídrico que sustentaria a vida na terra, sistema que atuaria tanto acima da superfície (rios, minas d'água, lagos) como abaixo da superfície (lençóis freáticos). Então teríamos basicamente três mares, o que circunda os continentes, o que corre sobre os continentes e o que corre abaixo dos continentes. Poderíamos incluir aí também o ajuntamento da água no céu. A este ajuntamento, então, Moisés teria dado o nome de mares.

Ou seja, neste primeiro estágio, Deus fez apenas a separação de materiais pré-existentes (criadas há muito tempo por ELE próprio, tais como terra, água e luz), preparando assim os itens básicos que possibilitariam a criação da vida em nosso planeta.

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