E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

Haja luz!

Este texto de (Gênesis 1:3) parece bastante indigesto aos que conhecem bem sobre o funcionamento do universo e o método de medida da idade dos astros. De fato tal texto pode parecer sugerir que o sol houvesse sido criado logo após a terra. Porém não é isto que o texto diz veja:

"E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas." (Gênesis 1:3-4)

O texto não diz que o sol foi criado neste dia, mas que houve luz na terra neste dia, pois o mais natural seria que houvesse sido criado juntamente com os céus e a terra conforme lemos em (Gênesis1:1).

"No princípio criou Deus os céus e a terra."

Percebemos então que embora o sol já houvesse sido criado, a terra continuava em trevas. Muitos teólogos com pensamento científico sugerem que nesta época haveria uma densa cortina de pó cobrindo toda a atmosfera da terra de forma tão extrema que os raios do sol não conseguissem penetrar.

Deus então teria feito com que tal poeira se dissipasse e que enfim houvesse luz sobre a terra. A separação entre luz e trevas, segundo a ciência, consiste no movimento de rotação da terra que tem como resultado o dia e a noite.

Podemos então imaginar um planeta em um estado não habitável onde o sol não conseguiria penetrar, então Deus fez com que a luz pudesse se tornar límpida sobre a terra (houve luz sobre a terra) e em seguida teria feito com que o planeta começasse seu movimento de rotação, quando então houve a separação entre o dia e a noite.

Isto trata-se apenas de uma teoria que serve não para dar explicação à bíblia, mas apenas mostrar que o relato bíblico é perfeitamente coerente com o que conhecemos através da ciência e que a dificuldade na verdade está na maneira como interpretamos o que está escrito e a maneira como vemos Deus, se como um Ser apenas Místico, ou também um ser Científico, criador inclusive de nossas leis físicas e das ciências que regem nosso mundo diminuto.

Portanto, dar explicação aos fenômenos é irrelevante para se alcançar a fé bíblica e não é este o objetivo desta série de estudos, mas sim dar razões plausíveis para que se perceba que não há contradição entre a Ciência e a bíblia, mas contradições entre o modo de pensar de Teólogos e Cientistas.

O bom teólogo não ignora o pensamento científico, assim como o bom pesquisador científico também não ignora o pensamento teólogo, desde que nenhum deles infrijam a lei que os regem, no caso dos Teólogos o que é comprovável pela Bíblia e dos cientistas, o que é comprovável pela Ciência.

A idade das trevas bem como da chamada Santa inquisição criou uma cortina de receio entre estas duas classes de conhecimento. O medo sempre foi um empecílio para o avanço da ciência e do conhecimento teológico, portanto deixemos os pré-conceitos de lado e criemos novos conceitos, baseados exclusivamente em experiências, tanto científicas como espirituais.

(Sr. Adventista)