sábado, 4 de março de 2017

Jesus contrariou a lei?

Olá, irmão Filipe, este modo de pensar só teria sentido se assumíssemos que, antes de Cristo, a salvação seria por meio das obras da lei e não pela graça! E veja, se o povo era inquirido a guardar o sábado mesmo com o sacerdote trabalhando no sábado, em prol da salvação de todo o povo e se o povo era inquirido a guardar o sábado mesmo diante da possibilidade de apanhar de algo que não era lícito, por que depois de Cristo as coisas seriam diferentes? Será que com a atitude de Cristo podemos entender que era lícito a todo isrealita transgredir o sábado? Ou devemos entender de que haviam situações que exigiam uma "transgressão" do sábado, sob as quais uma pessoa ficava sem culpa? Os soldados também trabalhavam no sábado, guardando as portas de Israel, para que nenhuma mercadoria entrasse, justamente para preservar o sábado! Seria neste sentido que Cristo ensinou que haviam trabalhos que eram lícitos no sábado, inclusive o de curar e atender aos necessitados? Ou será que Cristo ensinou que, cada um era livre para colher, carregar, transportar e vender suas mercadorias no sábado? O assunto, realmente é amplo e mesmo sendo longo, meu último comentário tratou de ser apenas uma pincelada sobre o assunto. Por que Cristo sempre respondia, aos judeus, em defesa do que estava ensinando, a pergunta: "não tendes lido"? Era porque a lei dava base para os trabalhos que Cristo estava realizando, irmão? Em situações emergenciais é lícito trabalhar para salvar a vida, irmão? Quando não há outro meio de conseguir alimento, é licito apanhar do que se encontra à disposição? Um exemplo: Por que os apóstolos não pecaram, mesmo colhendo de uma ceara que não lhes pertencia?! Era porque a própria lei definia que a parte ao derredor das plantações eram destinadas às viúvas, órfãos, os estrangeiros e demais necessitados? A lei amparava o trabalho que os sacerdotes realizavam no sábado, irmão? Desde muito tempo, considerava-se salvar um animal que caiu em um buraco, no dia de sábado, como ilícito, irmão? Deus é judeu, irmão? A lei foi criada e dada por um judeu? Ao se ensinar a lei de Deus está se criando judeus, irmão? Os mandamentos são de Deus? Ou do povo judeu, irmão? O que era o judaísmo, irmão? Somente a lei de Deus? Ou a lei de Deus misturada com a tradição? O problema no judaísmo era a lei de Deus? Ou sua interpretação equivocada acerca da lei de Deus por conta da tradição especialmente a dos antigos anciãos? Quando Cristo contradizia crenças judaicas, estava contradizendo a lei de Deus!? Ou estava dando a ela o seu real sentido e significado? Os judeus liam o mandamento e entendiam, segundo o que ensinavam os anciãos, de que se deveria cumprir os juramentos feitos para com Deus. Cristo porém ensinou que o sentido era de que não se devesse jurar em nome de Deus! Quando Deus deu o mandamento de não jurar falsamente em nome Dele, estava dizendo de que que deveríamos sempre cumprir os juramentos não importando qual houvesse sido? Ou será que estava dizendo que não deveríamos INCORRER em jurar falsamente, sendo o método mais prático o de nunca jurar pelo nome de Deus? Quando Cristo disse que devemos amar os nossos inimigos e bem dizê-los, estava contrariando o conceito de olho por olho e dente por dente, segundo os antigos interpretavam de que deveria-se pagar o mal na mesma moeda? Ou Cristo estava ensinando de que o sentido desta expressão é de que deveria haver justiça? Esta justiça cabia a cada um individualmente!? Ou será que Deus implantou em israle um sistema judiciário encarregado dos julgamentos e das punições? Olho por olho e dente por dente, significa que você tinha liberdade para perseguir, até fora da cidade alguém que matou algum familiar e assim fazer justiça com as próprias mãos? Ou o ensinamento no relacionamento interpessoal é sempre o de que devemos procurar perdoar aqueles que nos ofenderam? A lei dizia que o homem deveria se separar da mulher, no que os antigos interpretavam de que poderia ser por motivos banais. Quando Cristo disse que o divórcio deveria ser feito unicamente na circunstância da prostituição e na prática do adultério, estava contrariando a lei? Ou será que estava dando o verdadeiro sentido em que tal lei deveria ser guardada? Assim também o sábado, irmão, estava sendo defendido de uma compreensão errada promovida pelos judeus, em cima da lei, ou será que Cristo estava realmente contrariando a guarda do sábado? A Bíblia mostra Paulo e Cristo colocando as coisas no seu devido lugar? Ou revogando todas estas coisas,, irmão? Pode as Antigas Escrituras, que Cristo usava em sua defesa ao tratar destas questões com os judeus, estarem contrariando, desde muito tempo a si mesmas? Não era a própria lei, irmão, que condenava quem transgredia o sábado? Não era a mesma lei que Cristo usava para mostrar aos judeus de que não o estava transgredindo? Não eram as mesmas Antigas Escrituras que estabeleceu a lei do olho por olho e dente por dente, bem como o divórcio, que cristo utilizava para defender seus ensinamentos acerca de certos pontos da lei? O problema entre cristo e os judeus era a validade da guarda de alguns pontos da lei? Ou será que o problema era a divergência na INTERPRETAÇÃO do SENTIDO da lei, segundo o que ensinava a tradição contraposta com o que Jesus entendia da lei? Assim, irmão, Cristo não está revogando, mas explicando, dando o real sentido e o correto entendimento tanto de certos pontos da lei, como da correta guarda do sábado. Assim, o problema era a tradição dos judeus e não as Escrituras, quer eram a regra de fé dos judeus. "E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição." (Marcos 7:9) "E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus." Mateus 16:6 Fermento, segundo Cristo ensina é algo que leveda (incha) toda a massa! A tradição judaica, de fato, não apenas inchava o mandamento do sábado com preceitos que não estão contidos nas Escrituras, como colocavam em certos pontos da lei, coisas que a lei não dizia! Cristo veio para corrigir o que estava errado e colocar o povo no caminho certo, em relação à lei de Deus e ao sábado. Paulo, neste sentido, igualmente colocou a lei no seu devido lugar. Tirou da condição de meio de salvação como criam alguns judeus, colocando-a no lugar que sempre esteve, de ser um conjunto de práticas a que segue um povo que foi salvo e liberto por Deus. De fato, ao abraçarem a aliança o povo já havia recebido a salvação e todas as promessas de Deus e que se cumpririam ao longo da história. Neste âmbito a lei sempre foi guardado por um povo já salvo em Deus. De fato, Deus dá suas leis somente aos que foram salvos em Deus, como Abraão (Gênesis 26:5). Isto porque, não segundo os ensinamentos contidos nas demais nações, as pagãs, mas segundo os ensinamentos de Deus é que o povo viveria e segundo os preceitos de Deus, o povo seria governado. Assim, a função da lei é promover a ordem, a paz, a justiça, assim como é hoje a função das leis constitucionais de todo país. Naquela teocracia, Deus deu as suas leis e expressou a Sua vontade assim como todo rei dá leis e inquire o cumprimento de sua vontade aos seus súditos. Os dez mandamentos são o coração desta lei, neles, estão contidos princípios morais eternos que norteiam nossa relação com Deus e com o próximo. Adorando-o no seu sábado abençoado e santificado, honrando Seu nome, amando-o acima de todas as coisas, porque este é o sentido dos mandamentos! Um abraço.

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