sábado, 10 de agosto de 2013

O sábado entre o Gênesis e o Êxodo


Uma defesa apologética sobre a guarda do sábado no gênesis, aos que crêem na guarda do domingo.

Veja por este ângulo:

O pentateuco não relata se Adão se alimentava, mas devemos crer que sim porque isto é uma necessidade fisiológica.

A questão é se o sábado é uma questão fisiológica (de descanso) necessária, ou se o homem consegue trabalhar como máquina 7 dias na semana sem prejuízo à sua saúde física, espiritual e familiar.

Assim é mais razoavel crer de que Adão não trabalhava no dia de sábado e descansava conforme Deus deu exemplo. Além do que, se não fosse para ser seguido pelo homem, não haveria porque haver o sétimo dia, porque se o sétimo dia não foi criado para o homem, então para Deus é que não foi, porque está escrito que Deus não se cansa nem se fadiga.

E seria muita coincidência, em Êxodo 20 Deus ter exigido a guarda do sábado, como lembraça, citando os eventos da criação.

E a palavra santificar significa separar, então sendo que Deus santificou o sábado, então o separou para algum propósito.

Veja então que se o sábado fosse substituído, pelo domingo, o domingo deveria cair no sétimo Dia, assim apenas se trocaria o nome de sábado para domingo (muitos protestantes crêem que a troca do sábado pelo domingo se deu em razão de uma homenagem à ressurreição de Cristo).

Veja também que se homenagear o primeiro dia da semana, não significa necessáriamente que se deva deixar de observar o sábado.

Se a observância do domingo se deu como uma homenagem, todo homem é livre para decidir aderir a esta homenagem ou não, porque Deus não obrigou o homem a homenageá-lo no domingo, isto não consta nas escrituras.

Assim, a homenagem seriam para aqueles que decidissem aderir à homenagem. O que então proibiria os judeus de continuarem guardando o sábado como sempre fizeram?

De forma que na Bíblia não encontramos mandamento contra a guarda do sábado.

Enfim, não há texto que indique a cessação da guarda do sábado, nem a proibição da guarda deste dia.

Jesus também não nos pediu para homenageá-lo guardando o primeiro dia da semana, isto não consta nas escrituras.

Veja uma incoerência:

Mesmo com o silêncio das escrituras os dominguistas tem fé de que os primeiros cristãos já guardavam o domingo.

Mas justificam pelo silêncio das escrituras de que Adão não guardava o sábado.

No gênesis vemos um exemplo claro do próprio Deus guardando o sábado, mas veja que os dominguistas usam exemplos de ações de apóstolos denotados no primeiro dia da semana e julgam que este exemplo seja suficiente para se crer na guarda do domigo.

Incoerência e contradição entre aquilo que pregam e defendem.

Porque se creem que pelo exemplo de homens é possível se afirmar com certeza de que se deve guardar o primeiro dia da semana, então por que pelo exemplo do próprio Deus não se creria que Adão deveria guardar o sétimo dia da semana?

Se mesmo com o silêncio das escrituras se crê com fervor na guarda de um domingo por parte dos primeiros cristãos, então por que com o silêncio das escrituras não se crê com fervor na guarda do sábado por Adão.

Porque o domingo não tem antecedentes nas escrituras na época dos primeiros cristãos, mas o sábado já tinha antecedente na época de Adão.

Vemos a criação do sábado nas escrituras na época de Adão, mas não vemos o domingo sendo criado nas escrituras na época dos primeiros cristãos.

Vemos Deus dando exemplo guardando o sábado na época de Adão, mas não vemos Jesus dando exemplo guardando o domingo na época dos primeiros cristãos. Justamente o contrário, pois vemos tanto Jesus como os primeiros cristãos dando exemplos de guarda do sábado.

Alguns domingistas alegam: Ah! os discípulos guardavam o sábado para agradar os judeus!

Da mesma forma poderíamos alegar: Ah! então os discípulos guardavam o domingo para agradar os pagãos. Porque já naquela época o domingo era guardado exclusivamente pelos pagãos.

Portanto não há argumentos em favor do domingo, como o silêncio das escrituras que não possa ser usado também em favor do sábado no Gênesis. Se pelo exemplo podem defender o domingo nas escrituras, por este mesmo exemplo também se pode defender o sábado.

Mas a questão é que vemos o sábado na criação de gênesis, nos 10 mandamentos e também sendo praticado por Jesus e os apóstolos de forma explícita.

Quanto ao domingo sequer vemos tal dia ser homenageado, ou guardado nem por Deus, nem por Cristo, nem pelos apóstolos, nem pelos cristãos.

Se por causa do judaísmo ou não, o que vemos nas escrituras são todos estes guardando o sábado e não o domingo.

Se a guarda do sábado fosse errada, Jesus haveria advertido posteriormente, todas aquelas mulheres que o foram visitar em sua tumba, pois no dia anterior haviam guardado o sábado. E deveria advertir a Paulo que por diversas vezes insistiu em fazer suas coisas religiosas no sábado.

Então se Deus não repreendeu a Paulo, por que repreendieria os cristãos? Parece então que, no mínimio, Deus deixou passar batido e permitiu que continuassem guardando o sábado.

E não vemos nenhuma intervenção divina em favor do domingo.

Querer homenagerar a ressurreição de Cristo é uma coisa, agora querer que todos os sabatistas aderem à esta homenagem é outra coisa. Onde está o livre harbítrio? Pois se não é uma questão de Lei, por que os cristãos sabatistas deveriam seguir tal homenagem?

Porque como cristãos seremos julgados pela lei e se, nela, não há condenação alguma àquele que guarde o sábado, por que então deveríamos cessar de guardar este dia?

Portanto não há nada na Bíblia que impeça o cristão de guardar o sábado e os teólogos domingistas sabem bem disto!

Os cristãos sabatistas estão errados em guardar o sábado? Não! Não estão! E será que estão errados em não guardar o domingo! Não! Também não estão.

E veja esta questão bem intrigante:

Se os dominguistas se sentem confortáveis em guardar o domingo em homenagem à ressurreição de Cristo, por que os sabatistas então não poderiam se sentir confortáveis em continuar guardando o sábado em homenagem ao descanso mortuário de Jesus durante o sábado, e também em homenagem ao costume de Jesus em ir às sinagogas ao sábado, e ao quarto mandamento que Deus entregou e também ao memorial da criação que consta no Gênesis e em Êxodo 20!?

Veja que o motivo para os sabatistas guardarem o sábado, bem como a quantidade de homenagens disponíveis é muito maior do que aqueles que sobram para o domingo.

Ah! Jesus ressuscitou no domingo!

Mas foi depois de ter guardado o sábado!

Então seria melhor que guardássemos o sábado como Jesus guardou e ressuscitássemos no domingo como Jesus ressuscitou.

Seria então o caso de homenagear a ressurreição de Cristo batizando as pessoas neste dia, porque o batismo significa morrer para a antiga vida e nascer denovo com Cristo para um nova vida.

Ou então continuaríamos observando a páscoa, fazendo-a toda semana.

Agora não vejo muito sentido em transformar uma homenagem de páscoa semanal em um sábado! Os significados são deveras diferentes.

Sábado e páscoa semanal, mesmo que por homenagem, não deveriam se excluir!

O problema porém, é querer juntar os dois e fazer um dia só.

E pelo conhecimento histórico podemos afirmar categoricamente que isto só foi concretizado no período de Roma Papal e não antes.

E se ocorrera antes, este assunto haveria causado mais dissenções entre os cristãos de origem judia e os gentios de origem pagã do que um acordo.

E se levarmos em conta que os pagãos já tinham por costume a guarda do domingo, então entenderíamos a vontade de se juntar o sábado e o domingo em um dia só.

Mas estes eventos estão totalmente fora das escrituras, de forma que não há como ter certeza se tais acontecimentos haveriam sido dirigidos por Deus.

Assim se queremos segurança e firmamento nas escrituras, temos o sábado. Tanto que se pegarmos este livro, a Bíblia e a entregarmos à uma grupo de pessoas que nunca ouviu sobre religião, este certamente guardarão o sábado. Porque a menos que um pastor dominguista por exemplo, vá lá, pregue e explique sobre a homenagem da páscoa semanal, jamais um povo que usa somente a bíblia poderá supor que haveria ocorrido a mudança do sábado para o domingo.

E a coisa se complicaria, pois, sobre o 'dia do Senhor' (expressão da qual se derivou o uso da palavra domingo), encontrariam isto:

"Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz."

"Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor; dia nublado; será o tempo dos gentios."

"Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso"

"O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso"

"Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação"

E como resultado, estes novos cristãos recém convertidos, correriam de medo para debaixo da cama com medo deste tal dia do senhor.

Mas isto não aconteceria se mostrássemos o verdadeiro e o único que é SANTO dia do Senhor de Isaías 58:13-14

Aqui concluo minha exposicão crente de que os que atendem à razão se firmem no dia seguro do sábado e não nas conjecturas acerca do domingo.

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