terça-feira, 27 de agosto de 2013

Presos na ilha


Certo dia, três jovens recém-náufragos se encontraram presos em uma ilha. O primeiro se adiantou e correu para um conjunto de palmeiras que ali havia e encontrou côco e outras frutas que ali havia.

Imediatamente o jovem quebrou do côco e tomou de sua água, comeu também das frutas, deixando apenas sobras.

Aquele jovem se julgou muito bom pela sua capacidade de encontrar alimentos antes dos demais e pela boa vontade de permitir-lhes as sobras.

A atitude daquele jovem era semelhante à forma como procedia em sua casa, chegando sempre antes à mesa e se servindo, antes dos demais, de tudo de melhor que, ali, se encontrava.

O pai um dia advertiu àquele jovem egoístia, que aquele alimento era tanto para ele quanto para seus irmãos, e que, por isto, deveriam dividir igualmente entre si.

Mal sabia aquele jovem, que também, naquela ilha, Deus havia preparado um belo banquete de frutas para os jovens náufragos. Mas aquele jovem egoísta teria que passar por uma lição.

Por uma segunda vez o mesmo jovem egoísta de antes se levantou mais cedo e se embrenhou na mata à procura de alimentos antes dos demais e encontrou uma fartura, mas não se dispôs a levar nem as sobras aos outros. Sentou-se em ar triunfante sobre uma pedra, cruzou os braços e pensou que certamente notariam sua falta e viriam para procurá-lo.

A manhã se passou e o jovem se preocupou. Apanhou as sobras e voltou para onde os outros jovens estavam. Chegando lá, não encontrou os jovens, mas percebeu que ali na areia haviam muitas pegadas, alguém mais havia estado ali. Notou na areia o rastro como que de um barco que haveria sido arrastado por sobre a areia e mais pegadas e rastros que terminavam no mar.

O jovem então pensou: Com certeza algum barco apareceu, foram embora e me deixaram para trás, como castigo pelas minhas atitudes. Passou-se a tarde e a noite se aproximava, o jovem ainda estava em soluços, comendo das sobras que havia guardado e sem esperanças de que pudesse sair dali. Na angústia percebeu que naquele estado já não sentia tanto a falta da comida mas dos companheiros que haveriam partido.

Considerou que era justo o castigo, pois havia furtado, nos alimentos, a parte que pertencia aos demais que chegaram à ilha junto com ele.

A noite se passou e o jovem já não temia mais a forme, mas a solidão. Ao abrir os olhos percebe uma luz brilhando ao longe perto da praia, era um barco que se aproximava rondando a costa. Ao olhar para o lado vê seus companheiros já correndo ao seu encontro, haviam procurado por ele toda a tarde do dia anterior e também por toda aquela noite.

Os jovens ficaram felizes por encontrá-lo. O Jovem egoísta, por sua vez, não conseguia fazer outra coisa que não chorar de alegria enquanto abraçava seus companheiros.

Aquele jovem egoísta lembrou então que não havia pensado duas vezes quando agiu em prol de seu egoísmo, mas seus amigos não lhes negaram a salvação que haviam conseguido e de que este necessitava. O jovem egoísta então deixou de ser egoísta e passou a praticar a justiça, dividindo com justiça aquilo que recebia de seu pai com seus irmãos.

E agradeceu àquele pai que dava mesas fartas todas as manhãs,  aquele mesmo pai que os procurou e os encontrou  e também aos seus irmãos. Aquele pai, porém, agradeceu à Deus por ter providenciado  alimento, cuidados e segurança para a chegada de seus filhos naquela ilha.

O jovem que era egoísta, entendeu então que tudo que há nesta terra pertence à todos igualmente, porque tudo que tinham lhes era dado por dois pais justos, um que está no céu e outro que está na terra.

(Sr. Adventista)

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