Ellen White e seus livros

Quem foi Ellen White?

Imagine uma mulher, vivendo no interior, com três filhos para criar, sem ter sequer uma formação ginasial. Imagine esta mesma mulher com um rosto deformado, resultado de uma pancada ao qual ficou vários dias inconciente, levando uma vida doente diante desta seqüela.

Adicione à isto um estado de pobreza onde o marido receba alguns centavos pelo trabalho braçal diário. Torne-a viúva e a coloque para trabalhar de jardinagem para subsistência. Coloque-lhe tuberculose e uma fraqueza que a obrigue a ficar vários dias de cama. Retire-lhe todos os seus filhos e quebre-lhe a bacia.

Esta foi a vida de Ellen White.

Imagine uma pessoa a que costumamos preconceituosamente chamar de “lesada” com a ingenuidade de uma jovem mal desenvolvida, de caráter ainda infantil, teimosa e de difícil trato. Adicione a doçura da ingenuidade de uma criança que adorava visitar bebês recém nascido e levar-lhes presentes.

Esta foi a índole de Ellen White.

Imagine uma mulher que coma carne o dia inteiro, pão, apenas do branco e que detestava legumes. Então, assim como a uma criança, obrigue-a a comer legumes e pão integral.

Esta foi uma das dificuldades de Ellen White.

Entregue à ela, várias visões e revelações de toda sorte de conhecimento, científicos, espirituais e históricos. Peça então que ela escreva com suas próprias palavras tudo aquilo que viu.

Esta poderia ser uma das catástrofes dos livros Ellen White.

A inspiração de Ellen White

Ellen White recebeu visão de coisas que nunca viu nem ouviu, coisas inimagináveis, que não se encontram palavras para definir. Algumas, coisas comuns de conhecimento de doutores, mas que ela mesma não conhecia.

O Espírito de Profecia, colocou em sua mente, dados e acontecimentos, passados e futuros que ela mesma não conhecia e sequer compreendia. Coisas sobre as Escrituras, sobre as leis, sobre a vida e sobre a morte. Coisa que ela mesma não acreditava, nem imaginava, e que antes das revelações, não aceitava.

A mais fraca das mulheres, de pouca sabedoria e conhecimento intelectual. Estava agora sendo capacitada e usada como instrumento de cumprimento das profecias apocalípticas.

A dificuldade de Ellen White

Imagine colocar todo o conhecimento de um passado, do presente e do futuro, na cabeça de uma jovem com intelecto quase de uma criança.

Os patinhos lindo que ela viu, descobriu que eram cisnes, os homens maus que batiam com facas, descobriu que eram poderosos soldados com suas afiadas espadas. E o Homem brilhante e bonzinho que todos queriam, descobriu que era o amável e gloriosos Jesus, desejado de todas as nações.

Mas como uma mulher tão simples poderia definir tão magnificamente tudo aquilo que viu com tamanha precisão e detalhes?

A verdade é que, não podia. Estava muito além de sua capacidade atual.

“Deus não escolhe os mais fortes e capacitados! Em verdade DEUS capacita os que ELE escolhe, para que o homem não se vanglorie.”

Assim como eu utilizei um pensamento comum e coloquei de acordo com minhas palavras e entendimento, assim também fez Ellen White, que passou a estudar o que não pôde na infância e adolescência e em sua juventude, para poder expressar aquilo que havia recebido. E assim, executar sua tarefa de transmissão de suas revelações à todos os homens na linguagem mais apropriada.

Inspiração e mensagens psicografadas

Sendo obra de Satanás, a psicografia é uma recurso utilizado por muitos videntes e espíritas e distorce totalmente o caráter da inspiração.

Muitos acreditam que inspiração consista em receber mensagens do Espírito Santo e apenas escrever tal como é dito. Porém o Espírito Santo é um guia e não um ditador, geralmente vemos e entendemos SUA mensagem, porém cabe a nós o papel de dar corpo à esta mensagem através da escrita.

Argumentos e embasamentos também são critérios de responsabilidade do que escreve, inspirado pelo Espírito Santo a todo momento. Este mesmo Espírito não usa coisas além de nossa imaginação, nem conceitos de difícil compreensão, ao contrário disto, dá instruções para que usemos recursos comuns, entendidos e aceitos, para facilitar a assimilação dos leitores e ouvintes ao que é revelado.

Em resumo, as profecias e revelações precisam ser convertidas em palavras e argumentos entendível e aceitável a toda gente.

Falta de recursos intelectuais

Ellen White tinha tudo para ser o profeta mais catastrófico da história, porque além de dificuldade de entendimento, não tinha quase bagagem alguma para transmitir aquilo que lhe havia sido entregue. Então como transmitir?

Ellen White primeiramente fazia seus manuscritos, ao qual muitas vezes ela mesma não entendia e o Espírito Santo tinha o trabalho de constantemente lembrá-la e orientá-la a entender o que ela mesmo escrevia. Além disto conhecia muito pouco sobre história, sobre discursos e formalidades de escrita. Além de possuir uma bagagem muito pequena de leitura que permitisse que ela expressasse fielmente aquilo que lhe havia sido revelado.

Uma mulher que teve de ser educada

Veja como Jesus é capaz de fazer o que parece impossível, ao passo que é amoroso e paciente. Primeiramente Ellen White teve que deixar de lado a carne e passar a comer legumes, para ter um mínimo de saúde para raciocinar e escrever. Em seguida teve que estudar auto-didáticamente para se tornar apta a transmitir o que deveria escrever, provavelmente a maior parte disto foi feito pelo próprio Espírito Santo. Teve que aprender a buscar fontes de embasamento para as novas opiniões. E também teve que buscar terminologias para definir de maneira digna aquilo que deveria descrever.

Isto poderia ser visto quase como um milagre, haja vista que de uma mulher totalmente despreparada e desprovida de capacidade, surgiu uma mulher capaz de escrever uma série de livros, sendo tornada a autora mais traduzida de toda a história.

Uma mulher que não teve vergonha de reconhecer que ela mesma era insuficiente para suas obras

Buscando maneiras de melhor detalhar suas obras e procurando encontrar terminologias mais fiéis, além de pensamentos sublimes que enriquecessem as descrições de seus livros, Ellen White recorreu à livros de outros autores, onde, guiada pelo Espírito Santo encontrou aquilo que precisava.

Ellen White também descobriu que muitas das opiniões contidas em seus manuscritos eram mais perfeitamente expressos em outras obras que inclusive corroboravam para com os conceitos que lhes foram apresentados.

Como todo autor que absorve conceitos e terminologias de outros autores preferidos, assim também foi Ellen White, que além de uma profetiza se tornou também uma perfeita escritora.

Profetiza e escritora

Ellen White era ambos, profetiza e escritora. O Espírito Santo guiou Ellen White a construir obras na forma de livros, tal qual os existentes na época. Assim, como todo e qualquer autor, ela buscou fontes para citações, embasamento, terminologias e formas de expressão em outros livros. Herdando inclusive características dos autores cujas obras ela leu e, das quais, Ellen White mais se admirou.

Mas vemos que tal coisa se dá apenas no campo da face da escritora Ellen White e não da profetiza Ellen White. Suas visões eram totalmente inspiradas através do Espírito Santo, embora sua técninca de escrita tenha sido inspirada, também, nas obras de outros escritores. Portanto, embora encontremos terminologias e conceitos comuns de outros autores, não encontramos a essência das revelações dadas à Ellen White em obra humana alguma jamais criada.

Inspiração e a escrita

O processo de criação dos livros de Ellen White se deu sempre através de uma inspiração, culminando na fina arte da escrita e nunca o contrário, ou seja, nunca usou obras humanas escritas como fonte de inspiração, mas apenas de aprendizado e ilustração da inspiração.

Assim, os livros de Ellen White seguem os princípios da revelação e posterior escrita. Ambas, revelação e escrita se davam por inspiração, sendo que a inspiração provinha apenas do Espírito de Profecia ou do Mensageiro de Deus. Os recursos da escrita, porém, desde o princípio dos tempos, se dá com a utilização de outras obras humanas, quer seja previamente através do estudo, ou posteriormente, através da pesquisa.

Quem estuda assimila idéias, conceitos e expressões das obras lidas e a usam para compor suas obras posteriormente. Quem pesquisa, faz a mesma coisa, só que posteriormente.

Ellen White tinha muito pouco estudo, portanto a escrita de suas obras se deu em sua maior parte por pesquisa.

Profecia, inspiração e escrita

Profecia e inspiração se dão no campo espiritual e seguem regras espirituais, a escrita entretanto, se dá no campo humano carnal, portanto seguem regras humanas e carnais. Assim, para não ocorrer o erro na escrita, esta é acompanhada também pela inspiração, que faz parte do campo espiritual.

Portanto a inspiração faz o papel de intermediário entre aquele que tem a transmitir as profecias, o próprio Jesus neste caso e aquele que escreverá as obras, o autor. Como Jesus é o intermediado oficial do homem este pode atuar em ambos os processos. Isto ocorria com Ellen White quando recebia mensagens diretamente de visitas do anjo (mensageiro), que às vezes era o próprio Jesus. Quando não na presença do anjo, o Espírito Santo guiava Ellen White.

As obras escritas de Ellen White

Percebemos então que, indiretamente, outros autores foram utilizados, passivamente, na construção dos livros de Ellen White. Teriam então eles algum mérito em tais obras?

Percebemos que a própria Ellen White não teve mérito algum, porque até mesmo suas obras se deram por obra de Jesus e do Espírito santo. Assim, pelo contrário, Ellen White deve muito às três pessoas da trindade, que a elevaram de uma pobre e solitária mulher à escritora mais proeminente da história. Toda honra e glória unicamente a Deus e ao SEU filho Jesus e ao Espírito Santo.

Ellen White obteve a honra de ter como professor, o próprio Jesus.

(Sr. Adventista)

Detalhes da vida de Ellen White: