quarta-feira, 24 de maio de 2017

A lei de Deus e a aplicação das punições

Ôlá, irmão Bruno, se o irmão não entende os motivos destas regras e condenações, como pode concordar ou discordar? O irmão parte de um pressuposto de que Deus não tinha um motivo, racional, prático, justo e plausível para estas leis, julgando-as como mero caprichos. Isto é derivado, irmão, de uma falta de conhecimento das Antigas Escrituras, que está praticamente abolida no meio que ensina a abolição da lei. A mulher era considerada impura, para não ter relação com seu marido nos dias de sua regra, para que o marido respeitasse sua condição. As mulheres não usavam absorvente, não haviam remédios para cólicas e não poderia ser arrastada de um lugar para outro, devendo ser poupada da multidão, para evitar inclusive o vexame, de estar em um lugar onde não tem com que se limpar. As mulheres não usavam bolsas com kits de higiene como as mulheres de hoje em dia. Considerá-la impura significa também que ninguém poderia incomodá-la. E a pena capital para o adultério, irmão, andavam ao lado do desquite, e do teste que fazia inchar o ventre da mulher adúltera, no caso de desavenças por suspeita de adultério. Deus elegeu juízes para julgar todos os casos que envolviam a possibilidade de aplicação da pena Capital! Antes, adultérios geralmente resultavam em vingança sangrenta por parte do marido traído, ou quando o amante era descoberto, se preparava para matar o marido quando este viesse para a vingança. No caso da mulher, vivia em humilhação, tendo que suportar calada a traição, estas coisas não pareciam justas aos olhos de Deus. E a lei não mudou, irmão, o que mudou foi a forma de punição, que varia de nação para nação, segundo suas leis. A nação que quiser impor pena capital para o adultério, está livre para fazê-lo, assim como para com outros crimes hediondos punidos com morte na nação de Israel, como o sequestro e o estupro. No caso do adultério, hoje, onde o cristão já é mais esclarecido e o povo passou passou pelo processo de reeducação com os exemplos, por exemplo, de Oséias e de Deus que perdoou o adultério na nação de Israel com outros deuses, a aplicação da pena capital para o crime de adultério não seria muito adequada, já que não temos aquela mesma mentalidade desumanizada do povo recém liberto do Egito. Cristo veio justamente para nos trazer isto, um guardar da lei amando ao próximo e inclusive nossos inimigos, perdoando as ofensas e sendo mais tolerantes, por isto, não teve problema em não compactuar com aquele julgamento injusto, e que seria feito com as próprias mãos, por parte de uma multidão mal intencionada, sem ao menos apresentar o homem que adulterou com ela e sem apresentá-los devidamente diante do sacerdote, a fim de decidir se seria mandada para julgamento. Assim, como não teve dificuldades em permitir o desquite, para os casos em que a mulher se prostitui. A respeito do ontem e do hoje, a aplicação da pena capital, bem como qualquer outra punição, tem que ter um amparo legal, nas leis civis de cada nação. Na época de Roma, por exemplo, as leis romanas que regiam também a Israel, não permitiam a punição de morte por apedrejamento, por parte do povo judeu. Mesmo diante de uma sentença por qualquer crime, o condenado teria que ser apresentado à Roma e somente ela poderia decidir pela aplicação da pena capital. As leis civis judaicas foram colocadas debaixo das leis civis de Roma e assim, irmão, as penas para aquilo que a Bíblia considera crime, são dadas hoje segundo a constituição de cada país. O que a Bíblia nos dá é direito legítimo de punição justa para aquilo que a Bíblia considera passível de castigo ou punição. Assim, o que mudou na história, não foi a lei, o que era certo continua certo, o que era errado continua errado, aquilo de errado que Deus tolerou e a nação já se educou, não deve mais ser praticado, como a poligamia, por exemplo e agora a lei tem direito de impor punição inclusive para casos de poligamia, como já ocorre em nosso país. Assim, Deus outorgou a juízes a autoridade de julgar e aplicar penas debaixo da autoridade de Deus, de modo que o que mudou não foi a lei, mas a forma de punição. Agora, o que não podemos perder, irmão, é o norte de que assassinar é errado, furtar é errado, levantar falso testemunho para prejudicar o próximo é errado, adulterar é errado! Quando a lei de Deus for desconsiderada e estas questões não forem tomadas mais como relevantes, o mundo voltará ao estado em que o povo de Israel estava, quando haviam acabado de serem libertos da escravidão no Egito, o que é praticamente o mundo secular de hoje, onde muitos levam uma vida de iniquidade como se não houvessem leis, as de seu país, nem as de Deus. Um abraço.

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