Em resposta ao artigo do MCA (Ministério Cristão Apologético).
https://mcapologetico.blogspot.com.br/2016/09/a-justica-do-tormento-eterno-o-inferno.html
A primeira coisa que notamos é que os versos utilizados pelo irmão se referem ao lago de fogo e enxofre que haverá no futuro e não em um lugar de tormento presente.
A segunda coisa que notamos é que a crença está centrada em torno de uma única palavra "eterno".
Entretanto a eternidade deste castigo deve ser avaliada segundo Isaías 34:9-10 e Judas 1:7 que dizem:
Falando dos ribeiros de Edom, "E os seus ribeiros se tornarão em pez, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em pez ardente. Nem de noite nem de dia se apagará; para sempre a sua fumaça subirá; de geração em geração será assolada; pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela." (Isaías 34:9,10)
"Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno." (Judas 1:7)
Se entendermos estes versos utilizados pelo irmão como ensinando a existência de um tormento eterno, baseado na palavra "eterno" e em demais expressões como "Nem de noite nem de dia se apagará", "para sempre a sua fumaça subirá", "de geração em geração será assolada", "pelos séculos dos séculos". Teremos que entender de que os Ribeiros de Edom bem como Sodoma e Gomorra continuam queimando e as chamas que consumiram tais cidades jamais se apagaram após tudo ter sido destruído.
Então não podemos nos firmar no conceito de "eterno" segundo o que entendemos em nossa cultura ocidental, mas sim, segundo a cultura oriental, à partir de outros versos bíblicos que dão o mesmo exemplo de castigo.
Assim, o fogo que haverá de consumir os ímpios no lago de fogo e enxofre é tão eterno quanto o fogo que consumiu tais cidades.
Leia o seguinte artigo:
http://www.monergismo.com/textos/inferno/aniquilacionismo_packer.htm
O aprofundamento no estudo da Bíblia tem apenas levado mais e mais pessoas a abandonarem a ideia de um tormento eterno e não o contrário, semelhante ao que notamos haver ocorrido com a crença no purgatório e que hoje está praticamente abandonada.
A inexistência de um tormento eterno é uma bandeira do próprio meio protestante e evangélico. O pai da reforma protestante, Lutero, já se posicionava contra a ideia de um tormento eterno.
Deste modo, a negação do tormento eterno é mais antiga do que o próprio protestantismo e a própria reforma protestante. Ocorreu apenas que o meio protestante não se dispôs a reformar-se, também, quanto a esta doutrina tradicionalmente ensinada.
Estudos não foram feitos a fim de verificar se tal ensinamento não seria tão autêntico quanto, por exemplo, a dita doutrina do purgatório
Mas, graças a Deus, muitos protestantes e evangélicos estão abandonando hoje esta crença no tormento eterno, mediante um estudo mais aprofundado da Bíblia com com o uso das ferramentas exegéticas disponíveis e que hoje estão bem mais avançadas.
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