quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A ratificação da Lei no Novo Testamento

Olá irmão, onde está escrito que para um mandamento ser válido, precisa ser ratificado no Novo Testamento?

Tenha em mente que em 2 Timóteo 3:16, Paulo se refere aos livros do Antigo Testamento.

Deste modo, como um conjunto de livros que ainda não existia poderia servir de regra de fé à igreja apostólica?

Veja, o Antigo Testamento era a Bíblia da igreja apostólica, continuando a ser a regra de fé pela qual todo ensino era testado, segundo Atos 17:11.

A Bíblia também nos diz, e isto ficou definido no primeiro concílio de Atos, os gentios aprendiam da Bíblia que existia em sua época, Moisés e os profetas, todos os sábados nas sinagogas, segundo Atos 15:21,

Paulo assim disse acerca da Bíblia que utilizava:

"E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." Romanos 7:12

Obviamente estava se referindo aos livros do Antigo Testamento.

Deste modo, se não haviam ainda os livros do Novo Testamento, tampouco havia este ensino de que os mandamentos do antigo testamento teriam que ser ratificado por meio do Novo Testamento a fim de serem seguidos.

Aliás este ensinamento que faz uma dicotomia entre antigo e novo testamento é herético.

A Bíblia diz:

"Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo." Jeremias 31:33

Se referindo a Lei dada a Moisés, o qual é repetido em Hebreus 8:10.

A ratificação da Lei é sua inscrição no coração e na mente e não em um conjunto de livros ainda por vir.

Então não havia um filtro neo-testamentário a fim de filtrar o que deveria ser seguido e o que não deveria ser  seguido. De modo que até a confecção e canonização dos livros do novo testamento havia apenas duas possibilidades: Guardar a lei ou não guardar.

A Bíblia mostra que Paulo instruiu a igreja a guardar a Lei (Romanos 3:31). Citando, à partir de então o que não deveria ser guardado.

É o total oposto da proposta apresentada pelo irmão, acerca de ratificar a lei.

A lei foi inteiramente ratificada por Cristo, segundo Mateus 5:17 e João (1 João 5:3, Apocalipse 14:12, Apocalipse 12:17) e também o apóstolo Paulo (1 Coríntios 7:19).

Então, irmão, quando vemos no Concílio em Atos, os apóstolos de Jesus, bem como Paulo, recomendando o aprendizado da Lei de Moisés, que ocorria todos os sábados nas sinagogas, aos gentios, e quando vemos os gentios realmente se reunindo aos sábados nas sinagogas para aprender da lei de Moisés (Atos 13:42) onde se reuniu inclusive quase toda a cidade (Atos 13:44), onde está a falta de continuidade do aprendizado do Antigo Testamento e a continuidade do uso do sábado para este fim?

Este era o mesmo costume de Jesus, segundo Lucas 4:16 e o mesmo costume de Paulo, segundo Atos 18:3-4, costume que se perpetuava, por parte de Paulo, mesmo em solo pagão, segundo Atos 16:13.

E Jesus disse que é Senhor do sábado:

"Pois o Filho do homem é Senhor do sábado". Mateus 12:8

E João, apóstolo que conviveu com Jesus reafirmou que este dia continuava existindo em seu tempo (Apocalipse 1:10). Repetindo o conteúdo do mandamento em Apocalipse 14:7, conforme lemos em Êxodo 20:11 e conforme é dito pelo próprio Deus em Isaías 58:13. O qual também foi profetizado por Cristo de que continuaria sendo guardado 40 anos depois de Sua morte, conforme lemos em Mateus 24:20.

O mesmo mandamento que foi usado por Paulo como exemplo do descanso no Senhor em todos os dias, conforme lemos em Hebreus 4:4. Cuja origem nem é nas tábuas entregues à Moisés, conforme lemos no próprio mandamento (Êxodo 20:10) e em suas referências (Êxodo 16:26), e que rementem ao sétimo dia abençoado e santificado no Gênesis, conforme confirmado por Jesus em Marcos 2:27. E que foi exigido mesmo antes da entrega das tábuas, segundo Êxodo 16:28, que afirma que o sábado fazia parte de um conjunto de leis já existentes, segundo este mesmo verso, e que já existiam na época do Pai daquela Nação, Abraão, segundo Gênesis 26:5.

O sábado seria cerimonial?

http://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2016/09/o-sabado-no-genesis-seria-cerimonial.html

Acerca de suas razões:

1º - Está incorreta segundo Atos 15:21, e demais versos que lhe mostrei, além do que, ao Jesus ensinar a guardar correta do sábado, não deixava de ser um ensinamento da guarda do sábado (em sua forma correta).

2º - Está incorreta, porque há várias passagens além daquela (acerca da invasão de Jerusalém) que citei, como em Mateus 12:5 onde Cristo ensina que o trabalho sacerdotal ao sábado era lícito. Mateus 12:12 onde Cristo diz que salvar vidas aos sábados era lícito. Mateus 12:2 onde é dito que apanhar de uma seara no sábado para fim de alimentação era lícito. Mateus 12:10 onde é dito que curar no sábado era lícito e isto só no livro de Mateus.

Há também declarações dos apóstolos acerca daquele tempo, como em Marcos 1:21 e Marcos 6:2 onde é dito que Cristo ensinava no sábado na sinagoga. E que não só Jesus guardava o sábado, como seus discípulos seguiam este mesmo exemplo, segundo Lucas 23:56.

3º - Está incorreto porque vemos os descendentes de Abraão guardando o sábado antes da entrega das tábuas e antes da promulgação da aliança com aquele povo, conforme vimos em Êxodo 16:28. Além das declarações de Cristo de que o sábado procede desde o Gênesis, o que está contido na própria lei, no 4º mandamento, conforme está relatado em Gênesis 2:3 no sétimo da Criação onde o sábado foi abençoado e santificado.

4º - Está incorreto porque o sábado procede desde o Gênesis, quando ainda não existia o pecado e por conseguinte, não existiam leis cerimoniais como prenuncio da salvação.

5º - Está incorreto, porque a desobediência à Deus continua sendo pecado e fere Deus moralmente, além do que em Tiago 2:10 é dito que quem tropeça em um só ponto da lei, torna se culpado de todos. Somado ao fato de que o sábado foi dado como um princípio universal à humanidade. Além do fato de que o Sábado foi santificado, o que o torna sagrado,  assim, a sua transgressão consiste em uma profanação, conforme lemos em Isaías 56:6, Isaías 56:2.

6º - Está incorreto porque Oséias 2:11 e Isaías1:10-15 fala das festividades em um contexto de sincretismo religioso e prostituição com divindades pagãs e não como sombra e representação do corpo de Cristo (Colossenses 2:16-17), que é a forma pura em que tais festividades foram ordenadas pelo mesmo Deus.

7º - Está incorreto porque os profetas não usam a palavra "abolição" mas "escrita" da lei, no coração e na mente. Isaías 42:6 está em par com Isaías 56:3-7, junto como demais versos..

8º - Errado, porque antes de ser um memorial da libertação, o sábado se constitui em um memorial da Criação. O homem deve guardar o sábado porque foi feito por causa do homem e não por causa do judeu.

9º - Leia novamente os textos, irmãos, por exemplo, o sétimo dia de 1 Reis 29, é o sétimo dia dentre os 7 dias em que expiaram a terra de Canaã, e que poderia ter começado em qualquer dia da semana e não necessariamente no primeiro dia. E não haveria qualquer problema se assim houvessem feito tais coisas no sábado, porque sábado também é dia de trabalhar/batalhar para Deus segundo 2 Reis 11:4-5. Só não é dia de trabalhar para si mesmo, segundo Isaías 58:13. É dia de falar (não as suas próprias palavras) e dia de fazer (não a sua própria vontade), mas como Cristo exemplificou por meio dos sacerdotes (Mateus 12:5), agir segundo a vontade de Deus e em favor do povo, conforme exemplo do próprio Cristo em João 5:17. Mesmo assim, Cristo não deixa de se preocupar com o sábado, segundo lemos em Mateus 24:20. Nem com a adoração que ali deve continuar sendo feita, segundo Apocalipse 14:7, de modo que até Cristo separava tempo para ir à sinagoga, segundo Lucas 4:16 inclusive para pregar, segundo Marcos 1:39.

10º - A Bíblia não é flexível quanto ao dia em que o sábado deve ser guardado, segundo lemos em Êxodo 16:26, porque Sábado é o nome que foi dado ao sétimo dia, após ter sido abençoado e santificado e então Deus, que não se cansa nem se fadiga segundo Isaías 40:28, ter dado o exemplo  do descanso. O qual é usado também por Paulo, como exemplo do descanso no Senhor em todos os dias, conforme lemos em Hebreus 4:4, onde é dito que AINDA resta um descanso, conforme Hebreus 4:9, o que nos acrescenta mais um descanso.

Romanos 14:5, junto com Romanos 14:3 nos remete a dias de jejum.  Gálatas 4:9-11 fala acerca de ir além do significado das festividades, onde:

A expressão "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos", comparada com "dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados"  de Colossenses 2:16, coloca os sábados na condição anual:

Dias = festas;
Meses = lua nova;
Tempos/Anos = Sábado;

Logo estes sábados se referem aos solenes, anuais, como o do dia da expiação, que não era festivo, mas de aflição, segundo  Levítico 23:29.

O qual notamos também em Oséias 2:11 onde é dito:

"as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades."

Festividades estas registradas no livro escrito por moisés, e que ficava ao lado da arca da aliança, conforme Josué 8:34, Gálatas 3:10, Deuteronômio 31:24-26, escritas por Moisés, sob orientação de Deus. Enquanto que o sábado semanal ficava registrado nas tábuas da lei e que ficava dentro da arca da aliança, conforme Hebreus 9:4, junto a demais mandamentos, escritos pelo próprio dedo de Deus.

O sábado, da Criação, é um princípio que procede desde antes da entrada do pecado enquanto que os sábados, do cerimonialismo, passaram a existir em razão da entrada do pecado.

O sábado é um memorial em reconhecimento a Deus como Criador, abençoado e santificado para fins de descanso e adoração e reconhecimento Daquele que é o Criador de todas as coisas (Apocalipse 14:7).

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