sábado, 28 de janeiro de 2017

Paulo modificou a natureza do dom profético?

Olá, irmão Stewieland 1, para entender esta afirmação de Paulo, o irmão deve perguntar, do que Paulo estava falando. Leia o verso imediatamente anterior, irmão:

"Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor." (1 Coríntios 4:5)

Paulo fala acerca das coisas ocultas e encobertas e que não haviam ainda sido reveladas. Tudo o que tinham era o que se encontrava escrito, na lei e nos profetas, Antigo Testamento, a Bíblia de sua época.

Posteriormente, os ensinamentos de Paulo e também as revelações de apocalipse, também foram incorporadas às escrituras e assim o conselho de Paulo vai se atualizando!

Deus mandou Moisés escrever aquilo que havia de revelar em livro, assim também mandou que Daniel escrevesse tudo que lhe foi passado em livro, da mesma forma como ordenou que João escrevesse tudo que viu em livro.

É neste sentido que não devemos ultrapassar o que se encontra ESCRITO.

Agora, onde nas epístolas, Paulo ensina de que Deus não mais mandaria profetas e servos escreverem coisas que lhes foram reveladas?

Se fosse isto o que Paulo quis dizer com sua afirmação, nem mesmo as próprias cartas de Paulo poderiam estar contidas hoje nas Escrituras, nem as de João, nem as demais escrituras que vieram a incorporar o antigo cânon, naquilo que chamamos de as NOVAS escrituras.

Não se pode ultrapassar aquilo que se encontrava escrito, mas cria-se um cânon inteiro, as Novas Escrituras, contrariando a recomendação de Paulo, irmão?

Não, não, não, irmão, Paulo não disse nada disto.

Deus pode continuar entregando revelações e recomendações, mandando-as escritas, quer em cartas ou em livros e enviando a todo o povo de Deus, como sempre fez, por ocasião do uso do dom profético!

De modo que esta recomendação de Paulo em nada revoga o dom profético, senão contrariaria a razão da existência das próprias Novas Escrituras.

Entenda irmão, que assim como não se incorporou as recomendações das filhas de Filipe bem como das dezenas de outros profetas relatados nas Escrituras, nem todo escrito deve fazer parte do cânon Bíblico. Quem definiu o cânon foi o próprio Deus, pegando livros e trechos inspirados, montando a Bíblia sagrada segundo a Sua vontade.

A Bíblia é uma obra completa e acabada. Mas o trabalho dos profetas continuam, tendo suas visões, recebendo instruções e repassando às igrejas, assim como fizera Paulo, assim como fizera João.

Ellen White foi incumbida de levar instruções à igreja Adventita. Seus escritos se destinavam a este povo, a fim de guiá-los ao patamar que encontramos hoje.

Todo cristão tinha a Bíblia como regra de fé na época de Paulo, bem como na época de João, mesmo assim aceitavam de bom grado os conselhos, ensinos, recomendações e visões enviadas a estes por meio de cartas. Nem o próprio Paulo sabia que suas cartas viriam a fazer parte do cânon, mas o próprio pedro Já via inspiração e entendia que assim suas cartas se tornariam, quando comparou as cartas de Paulo ao Antigo Testamento em 2 Pedro 3:16.

E Paulo, irmão, assim como João, continuaram seu ministério por anos levando instruções que não foram incorporadas às Escrituras, nem por isto estas recomendações deixaram de ser importantes, apenas que, não serviam ao propósito da Bíblia Sagrada.

Assim, a existência da Bíblia não combate o trabalho dos profetas em trazer instruções em cada tempo, escrevendo-as e enviando-as onde se torne necessário.

Mesmo existindo a Bíblia, aquilo que um profeta escreve continua sendo inspirado, continua orientando e guiando uma povo segundo a vontade de Deus. Sempre foi assim, irmão! Mesmo já existindo a Bíblia nos livros deixados por Moisés, continuou-se o trabalho dos profetas, no que alguns dos seus escritos, segundo a vontade de Deus, foram incorporados às escrituras, porque serviriam à todo o povo de Deus através dos tempos. Outras recomendações foram estritas para um propósito e período específicos e assim, desapareceram com aquele povo.

Durante toda a história houve o trabalho dos profetas. A Bíblia, irmão é um produto especial da revelação, dada por Deus por meio de seus servos e profetas, com o fim de servir de regra e base de fé. De modo a também guiar todo o povo e ensinar a avaliar, também por ela, os ensinamentos de cada profeta. Até para saber se trata-se de um verdadeiro ou um falso profetas.

E quando Cristo nos revela sobre o surgimento de falsos profetas, irmão, estava falando de propostos profetas à moda antiga, com sinais, prodígios e maravilhas.

A Bíblia não ensina diminuição de dons, segundo seu propósito e eficácia, nem de sua importância, pelo contrário, Paulo exata o dom de profetizar, o mesmo que João teve e o mesmo que Paulo experimentou, quando lhe foram mostradas as coisas no céu, no terceiro céu, conforme Paulo define.

O profetizar que a Bíblia apresenta nos últimos dias é na mesma essência mostrada no pentecostes. Chuva temporã e chuva serôdia, irmão. E a chuva serôdia, nos tempos do Antigo Israel representava a chuva mais forte, enquanto que a temporã era a de preparação.

É neste sentido que a Bíblia diz que Deus DERRAMARÁ do Seu Espírito sobre toda carne e que assim os filhos e filhas profetizarão.

Então, um verdadeiro profeta, irmão, tem sonhos e visões, da forma como a Bíblia sempre relatou acerca destes mesmos profetas. Recebe recomendações, as escreve e as envia com propósitos específicos, segundo a vontade de Deus.

De modo que, de forma alguma, Paulo estava revogando esta natureza do dom quando fez aquela afirmação. Por isto irmão não podemos fazer doutrina em cima de palavras, frases ou versos isolados.

De modo algum podemos limitar as Escrituras tendo como base a incapacidade e a ineficácia do "dom de profecia" apresentado por pastores nas igrejas e que se limitam a tratar de particularidades das pessoas.

Tal "dom de profetizar" é assim hoje porque não se tratam de verdadeiros profetas, nem do verdadeiro dom de profecia.

Assim, irmão, devemos julgar os profetas pelos relatos das Escrituras e não as Escrituras pelo exemplo dos pretensos profetas dos dias atuais.

Devemos verificar se o dom apresentado por um profeta, corresponde ao que se encontra escrito nas Escrituras e não reformatar o sentido Bíblico segundo aquilo tais pessoas nos ensinam e nos mostram nos tempos atuais como sendo um dom profético.

"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." (Mateus 7:22,23)

De modo que se cremos em profetas, devemos procurar um que se encaixe exatamente com os relatos Bíblicos.

Ellen White, irmão, a escritora cristã mais traduzida de toda a história, apresenta um dom nos moldes dos relatos Bíblicos, sem ter que limitá-los. Teve sonhos, visões, profecias, cartas enviadas às congregações, todo um ministério destinado a guiar a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Assim, cremos que ela foi uma profetiza enviada por Deus para ajudar no estabelecimento da igreja. A eficácia de suas recomendações se cumpriram fielmente, estando a igreja hoje no patamar que Ellen White esperava que estivesse, segundo o propósito que foi estabelecido, de acordo com as revelações que recebeu.

As igrejas não são obrigadas a aceitar uma profetiza que foi enviada com um propósito especial à Igreja Adventistas. Mas também não estão autorizadas a diminuir a importância e abrangência do dom profético mostrado na Bíblia a fim de justificar a limitação deste dom, segundo o que consta hoje nas igrejas.

A natureza do dom profético não mudou irmão. O que percebemos é que o que se diz ser proveniente de dom profético, hoje, sendo  apresentado em algumas igrejas não tem nada a ver com o dom profético que é apresentado nas Escrituras.

Um abraço.

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