terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Domingo - O dia de homenagem que se tornou dia de veneração?


Introdução do culto à imagens e ao venerável dia do sol


Não nego que o domingo era usado em tom de homenagem pelos cristãos. Porém o domingo não se tratava de um dia de culto em substitutivo ao sábado e de fato tal dia passou a ser feriado somente com a promulgação do decreto de Constantino.

Em posts anteriores já comentei que não tenho nada contra o culto a Deus aos domingos. O problema é a revogação do sábado e a colocação do domingo como um substituto ao sábado.

Não duvido de que antes do decreto, os dois dias estivessem no cardápio do cristão, como é hoje.

O sábado era o dia de culto oficial e o domingo um dia secundário de comemoração. À partir do decreto a coisa se inverteu, o sábado hoje ainda é observado em partições públicas e muitas empresas trabalham apenas até o meio dia. Não me custa acreditar que antes do decreto o domingo tenha sido tratado da mesma maneira.

Entretanto, percebemos que hoje, o domingo é que é tomado com dia oficial de culto, enquanto que o sábado ficou em segundo plano.

Então, o fato de cristãos guardarem antigamente um domingo, com o caráter de final de semana (tal qual o sábado de hoje), não justifica e nem dá o direito de transferir as solenidades do dia original de guarda, que provocou até uma mudança na lei dos mandamentos.

De tudo o que se tira é que, com roupagem moderna de justificativa, os cristãos não tem mais usado a desculpa de que Cristo teria instituído o domingo na cruz. Hoje, tem buscado mais coerência justificando de que o domingo não foi observado por ordem de Constantino pelo fato de que tradicionalmente já tinham o costume de fazer uma comemoração neste dia.

Entretanto é impossível fugir de uma realidade, a de que bem ou mal, acabaram obedecendo o decreto e transformando o domingo em um dia oficial de culto e deixando o sábado de lado.

Creio então que a maioria dos cristãos como o amigo sabem o que provavelmente teria ocorrido.

Os cristãos guardavam o sábado para culto segundo o mandamento, mas observavam também o domingo como um feriado comemorativo. Após o decreto fizeram a mudança do dia de guarda, abolindo o sábado e transferindo suas solenidades para o domingo. O domingo então passou a ser o dia oficial de culto dos cristãos na igreja.

Mas esta questão vem e segundo plano. A questão principal é:

A mudança do sábado para o domingo ocorreu com a autorização das Escrituras, A Bíblia? Paulo e demais apóstolos, no livro de Atos, já guardavam o domingo?

Pelo que lemos na Bíblia e pela história Não!

Então, os cristãos tem a liberdade de crer de que Deus tenha guiado a igreja a abandonar o sábado e adotar o domingo de homenagens, como dia sagrado de culto, mas precisam ser verdadeiros e assumir que isto é algo extra-bíblico. Precisarão então assumir de que a igreja tenha autoridade para mudar os tempos e as leis, segundo orientação do próprio Deus.

Enfim! Teria-se que confirmar parte do discurso papal, e aí meu amigo, já dá para imaginar os problemas. Porque com a mesma suposta autoridade da igreja em definir seus dias de culto, o papado introduziu o culto a imagens e uma série de outras doutrinas dentro da igreja e justamente por causa disto a igreja se paganizou.

Então não sei se é uma boa idéia, tentar justificar o domingo por uma prática de homenagens à Cristo. No final das contas, para se fazer a mudança, a igreja teria que fazer uso de alguma autoridade para mudar a Lei. Não no sentido de guardarem o domingo, mas sim de abolirem o sábado que é um mandamento.

Então a questão não é de onde veio o domingo e por que guardam o domingo, mas sim: O que fizeram com o sábado? O sábado da criação? O sábado que diz que Deus criou os céus e a terra e o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou? O Sábado que Deus disse que serviria de sinal entre ele e SEU Povo para que soubessem QUEM é que os santifica.

E todos aqueles sábados guardados ao sétimo dia ao qual Deus chamava de Deleitoso e o Santo dia do Senhor.

Também há muita diferença entre o sábado original e o domingo que os cristãos guardam hoje. Sejamos verdadeiros e assumamos de que o domingo não é um dia de guarda de fato, tal como era o sábado guardado e ensinado por Cristo. 

No domingo hoje, as pessoas atendem mais aos seus próprios interesses e usam este dia mais como um dia de lazer, ou para fazer manutenção da casa ou outras coisas pendentes.

A maioria dos cristãos ficam em casa assistindo Silvio Santos e o Domingão do Faustão. Creio que não era isto que Deus tinha em mente quando instituiu um dia de culto e adoração em SUA homenagem.

Como o domingo está, creio que pouco importaria que fosse na quarta, quinta ou sexta feira.

E duvido muito e sinceramente, de que Deus vá punir os cristãos que continuarem a guardar o sábado, original dos mandamentos. Não vejo de que forma Deus possa se desagradar de que seus Filhos guardem um dia que foi e continua sendo de homenagem à criação e também ao Cristo que é Senhor do Sábado. Em homenagem ao que ELE ensinou, de fazer o bem no sábado e não atender aos seus próprios interesses.

Deste modo, se os cristãos crêem que não tem problema de uma pessoa guardar o sábado, não deveriam protestar contra o ensinamento de que o sábado é o dia original e bíblico de guarda.

Mesmo que os irmãos aleguem de que o domingo tenha começado a ser guardado já na igreja primitiva com os cristãos gentios, ainda assim teriam que assumir de que a mudança do sábado para domingo teria que ser gradual e só se concretizaria mais tarde, ou seja:

O sábado ainda seria o dia oficial de guarda e culto e Deus não considerava os guardadores do sábado como sendo algum tipo de hereges.

Então o domingo é baseado em uma mudança gradual e sua concretização se dá fora das Escrituras Sagradas.

De todo modo, se uma pessoa for fazer da sua regra de fé somente a Bíblia, deixando de lado a história dos próprios cristãos, é irrevogável a afirmação de que o dia a ser guardado por estes cristãos deva ser o sábado. Porque é o dia que é mostrado como dia de Guarda até o fechamento das escrituras.

Se algum dos livros apócrifos houvessem sido incluídos na Bíblia, aí eu não falaria nada. Mas o fato é que estes livros, até mesmo aquele que o amigo citou estão fora da bíblia.

Então o que eu prego aqui, amigo Felipe, é o dia Bíblico de guarda. Se o domingo é que se tornou depois de um tempo o dia oficial de culto em substituto ao sábado, isto é outra história.

E muito dificilmente se convencerá um sabatista de que Deus tenha dado autorização aos cristãos ou que tenha os guiado a adotar o domingo ou aceito o domingo como homenagem e culto no lugar do sábado, uma vez que não há nenhum escrito dito inspirado que diga tal coisa.

Até mesmo os livros apócrifos foram rejeitados como regra de fé.

E hoje, mesmo se aparecesse algum profeta, fazendo sinais e prodígios, afirmando que recebeu revelação de que a adoção do domingo foi algo autorizado por Deus, não aceitaríamos. Porque a Bíblia diz à Lei e ao testemunho, se não falarem segundo estas palavras, saiba que não há luz neles.

Então levamos ao pé da letra de que devemos fazer unicamente da Bíblia nossa regra de fé. Então se não existe na Bíblia, uma autorização para mudança do dia de guarda, mesmo que apresentassem hoje, algum escrito dos cristãos da igreja primitiva, afirmando que passaram a guardar o domingo no lugar do sábado, sob autorização e revelação de Deus, ainda assim continuaríamos a guardar o sábado.

Não temos problemas em aceitar novas revelações, desde que não mudem ou revoguem o que já está escrito na Palavra de Deus.

Ellen White por pouco não passa neste quesito, pois ainda guardava o domingo, enquanto já haviam pregadores sabatistas da igreja Batista entre os adventistas.

E o fato final que apresento é de que, não vejo tanta importância em mudar o dia de guarda e segundo os próprios livros que os cristãos tem apresentado, parece demonstrar de que desejavam mais se diferenciar dos judeus, onde por guardarem ainda o sábado de uma forma cerimonial, muitos escritos se mostram até duros para com estes mesmos judeus.

E Cristo era Judeu, e certa vez disse que Judeu é aquele que o é interiormente. Percebemos também que estes sentimento de intolerância, levaram os judeus à um holocausto nas mãos de Hitler.

Então não sei se uma homenagem á morte de Cristo, tenha valido tanto a pena, se nos final produziu mais à separação do que união e gerou contendas, ao invés daquilo que ensina o evangelho.

E vendo ao que o conceito, acerca de se poder mudar a lei e instituir dias, nos levou, durante a era medieval, creio de que teria sido melhor terem continuado com o domingo apenas como um dia comemorativo.

O que sei é que Deus virá cobrar a SUA lei. Deus julgará esta questão entre sábado e domingo e um dos dois receberá um veredicto nada agradável.

De modo que, ou os sabatistas terão que prestar contas a Deus por conta de uma insistência em um dia que passou a desagradá-lo, segundo o que se diz por aí, ou os dominguistas é que terão que prestar contas a Deus por terem anulado um de SEUS mandamentos e adotado um dia de guarda que ELE não instituiu, ou que no mínimo não instituiu para ser um dia de guarda.

E o problema não cairá sobre aqueles que estiveram quietinhos em suas igrejas guardando o dia que acreditam ser o verdadeiro, mas sim sobre aqueles que saíram a pregar um falso dia de guarda.

Então, amigo Felipe, os irmãos que estão dentro da igreja guardando seus dias, podem ficar de consciência tranqüila, mas quanto a mim e ao amigo, não posso dizer o mesmo.

Aquele dentre nós, que estiver errado, estará em sérios apuros. Porque um de nós dois estamos pregando uma grave heresia e ensinando isto a outros.

Não há como ter dois dias verdadeiro de guarda, então um é o falso. Alguém está desobedecendo a Deus.

Sinceramente creio de que a marca da besta que virá:

Na testa representam aqueles que continuarão com o domingo na consciência, e que crêem ser este o verdadeiro dia de guarda.

Na mão representam aqueles que pregarão o domingo.

E isto tudo porque o domingo está muito ligado à Constantino, Roma Papal e as desventuras da Santa Inquisição!

Bem ou mal, a apostasia geral da Igreja Romana iniciou-se com a obediência ao decreto. E foi algo muito rápido, como se Deus estivesse insatisfeito com algo.

E deixo uma pergunta:

Se podemos mudar um mandamento sob o pretexto de homenagear a Cristo, por que não podemos mudar outro mandamento sob o pretexto de homenagear aos santos?

Homenagear o domingo não significa guardar o domingo, assim como homenagear a santos, não significa venerar a santos.

Mas e quando as coisas que eram apenas homenagens se tornam dia de guarda e veneração?

Um comentário:

  1. Na verdade,a dita "guarda do Domingo" como um dia "santo" é algo que DIFICILMENTE acontece na prática.Eu não conheço nenhum católico ou evangélico(das denominações que dizem ser o domingo um dia santo)que cesse as atividades seculares no primeiro dia da senama.Compram/vendem,assistem programas seculares na televisão...ou seja,a guarda do primeiro dia da semana é algo que,na prática,não funciona.

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