Olá, irmão Stewieland, cuidado com este pensamento. Deus não criou o povo de israel para servir de degrau para um outro povo servir de cumprimento de suas promessas!
A primeira aliança, irmão, foi feita com a casa de israel, a segunda aliança também com a casa de Israel! Deus não fez aliança diretamente com gentios, mas com a mesma nação que recebeu a primeira aliança.
O trabalho de Cristo, e dos apóstolos era com a casa de Israel a fim de firmar a nova aliança (Mateus 15:24).
Leia também:
"Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;" (Mateus 10:5,6)
Ambas as alianças, irmão, foram feitas com a casa de Israel. O objetivo de Deus, irmão, era que todo o Israel se constituísse na igreja. Pedro, Paulo e demais apóstolos e discípulos eram todos judeus. Tanto israelitas de nascimento quanto estrangeiros que entraram na aliança com israel.
Assim, este ensinamento de que Deus planejou ter dois povos e que israel serviria de degrau para cumprimento de seus planos para a Igreja em um povo gentio é totalmente equivocado e não tem base alguma nas Escrituras.
Não os gentios, mas os isralitas que receberam a primeira aliança foram chamados a aceitar a segunda aliança.
A segunda aliança, irmão, assim como a primeira foi EXTENDIDA aos gentios, após ser sido dada ao povo de Israel e não criada para os gentios.
Deus não planejou "tirar Israel da jogada", para ter um novo povo separado do antigo povo de Israel.
Deus, irmão, não fez dois povos, mas um só povo!
Assim, Deus não fez o povo judeu cair para a graça chegar até nós. Este tipo de ensinamento, irmão, que separa a igreja do povo judeu e exaltando ao gentio e rebaixando ao judeu israelita, não é bíblica.
E foi nesta linha de ensinamentos, irmão, que Samuelle Bacchiocchi em sua obra intitulada "Do Sábado para o Domingo", descreve como o sentimento anti-judaísmo e a noção de que a igreja haveria sido "predestinada" por Deus a se apartar do povo judeu, que trouxe, não apenas o domingo, mas também o deixar de lado os ensinamentos contidos nas Antigas Escrituras, com valorização e uma nova cultura e sua própria tradição e identidade, quando então a igreja aderiu aos costumes e práticas romanas.
O povo de Deus, irmão, foi por séculos reeducado e preparado para estar em conformidade e harmonia com a vontade de Deus. Jesus, irmão, é o grau de perfeição que seria modelo ao qual todo israelita deveria buscar alcançar.
Porém, hoje, irmão, existe este ensinamento que propõe uma vida diferente do exemplo de Cristo, que guardava a lei, o sábado e tudo mais.
A igreja deveria continuar exatamente como era, segundo o exemplo de cristo (Lucas 23:56). Esta mudança de conceitos, de tradição e de identidade, separada do estilo de vida que preza pela lei de Deus, não foi ensinada por Paulo, nem por Pedro, nem por Cristo.
O plano de Deus, para Israel, era que continuassem sendo a nação eleita de Deus, por meio da qual o evangelho se espalharia por todo o mundo. A rejeição de Cristo como nação, apenas fez com que os poucos judeus que aceitaram se convertessem na Igreja de Cristo.
Acréscimo dos gentios à Igreja na nova aliança, já era plano de Deus assim como foi o acréscimo dos estrangeiros à antiga aliança.
Toda a lei de Deus, bem como os conselhos e ensinamentos da Palavra de Deus, hoje deve ser guardada pela instituição que Cristo fundou, chamada igreja. Tudo o que Deus antes falou ao povo de Israel, agora se transfere à igreja, chamada de O Israel de Deus. A ela se une qualquer israelita, ou judeu que porventura vier aceitar a Cristo.
Não há, irmão, como aceitar o evangelho e rejeitar a lei. A nova aliança vem com um pacote completo que inclui tudo que Deus deixou para a humanidade e que encontramos descrito na Bíblia Sagrada, de modo que toda ela, a Bíblia, é nossa regra de fé e de prática.
Paulo, irmão, era judeu, mas era também cidadão romano. Muitos dos que estavam aos pés do monte quando Moisés recebeu as tábuas da lei eram egípcios e escravos provindos de outras nações. Todos eles porém foram feitos descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
Deus, irmão, não faz acepção de pessoas. A origem do próprio sentido de ser Israelita, está no patriarca Israel, por meio do qual Deus cumpriu a promessa de estabelecer descendentes.
Quando Deus falou aos filhos de Israel, estava falando com todos que pertenciam à descendência de Israel, quer por genealogia ou por adoção. Assim, o povo de Israel correspondia a todos que estavam ali presentes aos pés do monte.
Nenhum senso, irmão, foi levantado para saber se havia algum egípcio ou de outra nação infiltrados, como de fato havia, o populacho que tantos problemas deu para Moisés e Deus.
Ali, aos pés do monte, se encontrava o povo que estava disposto a aceitar a aliança e que não incluía os amalequitas e demais povos que por séculos rejeitaram a presença de Deus e se negaram ao arrependimento, sobre os quais Deus, então, derramou os seus juízos por meio do povo de Israel que deitou estes povos à espada.
Assim, irmão, as alianças, tanto a primeira quanto a segunda, não foram firmadas segundo aspectos étnicos!
De modo que, para Deus, em relação às alianças, tanto faz você ser israelita ou não, judeu, ou não, o importante é que todos abracem a mesma e única aliança.
De modo que um judeu, ao abraçar a nova aliança, não teria nem mais nem menos deveres que um gentio que abraçasse a mesma aliança.
De nenhum ponto da lei os gentios foram privados senão daqueles mesmo dos quais foram privados os próprios judeus que aceitaram a jesus.
Firmou-se o abster do sangue e carnes sacrificadas, da fornicação. Incentivou-se a leitura da lei de Moisés todos os sábados nas sinagogas.
Cristo, irmão, não guardou a tradição dos judeus naquilo que contrariava o verdadeiro ensino da mesma lei guardada pelos próprios judeus, mas guardou toda a lei, em seu verdadeiro sentido e significado, assim como Paulo, que também guardou o sábado e prezou pela lei de Deus.
Assim, não há separação entre judeu e gentio, sendo que aceitam uma única e mesma aliança, assim como não havia separação entre israelita e estrangeiro, quando ambos aceitavam a mesma e antiga aliança.
Deus sempre, irmão, prepara um povo para levar sua mensagem ao mundo! Na nova aliança, os judeus foram chamados, mas poucos aceitaram. De modo que a igreja foi firmada em Cristo, a pedra fundamental e sobre os pilares da igreja, na figura dos apóstolos. Todos estes irmão, guardando a lei de Deus e anunciando a Nova Aliança.
Depois da morte de Cristo, irmão, os apóstolos e discípulos de Jesus já viviam na Nova Aliança, conforme exemplo e ensinamento de Cristo, e assim seguiam seu exemplo e ensinamento, em conformidade com a lei de Deus e guardando o sábado como sempre fizeram.
E o que mudou quando a nação de Israel rejeitou definitivamente aos últimos apelos e matou Estêvão?
Nada irmão, senão que Israel, como nação, perdeu o privilégio de ser considerada nação eleita a fim de pregar o evangelho a todos os povos, ficando a cargo dos judeus que assim aceitaram.
Quando Pedro e Paulo chamaram aos gentios, seguindo orientação de Deus, a Nova Aliança já havia sido firmada e os apóstolos já viviam segundo esta Nova Aliança conforme Cristo os ensinou em seu ministério.
Assim, irmão, devemos abandonar esta ideia que faz dicotomia entre povos, ensinando que haviam um antigo povo de Deus e que agora há um novo povo de Deus.
O povo de Deus é o mesmo, desde Abel até o apóstolo João. E Deus dá sua aliança a quem estiver disposto a aceitá-la, guardando seus mandamentos e aceitando a salvação em Cristo Jesus.
Desde a época de Abraão, irmão, quando Deus o chamou de sua terra, para ir para uma nova terra, foi vista a salvação em Cristo (João 8:56). Após o pecado, irmão, Deus já anunciava a vinda do Messias enquanto pronunciava castigos tanto para Adão e Eva quanto para a serpente. E a nação Israelita diariamente representava este sacrifício substitutivo de Cristo por meio do sacrifício de animais, assim como Abel, filhos de Adão e Eva, fazia.
Em toda a história, irmão, todo o plano da salvação era centrado na figura do sacrifício substitutivo de alguém sem defeito. E os mandamentos, irmão, sempre foram dados àqueles que aceitaram a salvação em Deus, por meio da pessoa de Jesus Cristo.
As alianças se renovam, ampliando o significado e progredindo no plano da salvação. As antigas coisas alcançam o seu verdadeiro significado PRÁTICO!
Aquela lei antes teórica, agora é escrita no coração e na mente, sendo colocada em prática como Cristo deu o exemplo.
Cristo, irmão, não veio revogar a lei, mas cumpri-la em seu verdadeiro e mais amplo significado, deixando-nos os ensinos e o exemplo.
Hoje, irmão, temos um mesmo povo chamado de "casa de Deus", onde Deus não faz distinção entre judeus e gentios.
Um abraço.
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