segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A santidade que tínhamos no Éden

O conhecer que eu falo é por meio da experiência, irmão. Veja, você não precisa adulterar para saber que é errado.

Não se conhece verdadeiramente o mal, até se provar dele. Veja, saber que uma maçã podre não deve ser comida é diferente de se provar de tal maçã e sentir os seus efeitos no organismo e então conhecer intimamente o porque de uma maçã podre não dever ser comida.

Deus colocou, no homem, leis internas por meio da consciência, alertas que nos causam sensações e de certos mecanismos naturais que, por exemplo, nos causam repulsa pelo cheiro de uma maçã putrefata e quando a comemos o corpo provoca ânsia de vômito para evitar a entrada para dentro do corpo.

Veja que naturalmente o homem não pensa em matar o outro, e mesmo com raiva, o homem consegue se segurar porque sabe que, de alguma forma, matar o outro é errado. Quando o marido pensa em adulterar, já entende que é errado, antes do ato, procura esconder seu intento e após, vem o sentimento de culpa.

Isto porém só ocorre, irmão, quando estamos em um estado de santidade, atendendo às leis internamente implantadas, que por meio da consciência ou dos sentimentos ruins que sobrevêm.

Em um estado onde se considera adultério e trocas de casais como natural, pega-se uma carteira que caiu, como sendo não um furto mas um achado. Matar alguém por ter dito algo que lhe ofendeu. Ou enviar ou usar de chantagem para obter alguma coisa de seu próximo, a lei de Deus se torna estranha e desconhecida.

A entrada do pecado, irmão, inverteu totalmente as coisas. O homem passou a adulterar e a sentir que aquilo era normal, a mentir e a matar por coisas banais. Fazer sexo com com o que via pela frente, consensual ou não consensual, furtar e cobiçar as coisas alheias, se entregando totalmente ao que o mundo ensinava, agora, como sendo o natural das coisas.

E assim como o mal era algo estranho para Adão e Eva, antes do pecado, a Santidade que havia no Éden agora passou a ser estranha para a humanidade, depois do pecado.

É neste contexto em que vivemos hoje no pecado que Paulo faz esta declaração, de que não conheceria que coisas como a cobiça era errado se não conhecesse a lei.

A lei de Deus trouxe ao conhecimento de um povo desumanizados, noções de civilidade, respeito para com o próximo, justiça, fraternidade.

E realmente neste mundo, irmão, se vivermos como cidades como Sodoma e Gomorra viviam, jamais saberíamos que muitas das coisas que fazemos são pecados diante de Deus, se não houvesse uma lei escrita que nos dissesse.

Antes Adão e Eva não precisariam da lei escrita em tábuas que pudessem ler, porque viviam em santidade e as tinham implantadas e funcionando internamente.

Este é o estado a que retornaremos, cujo processo já começa aqui nesta terra, por meio da conversão à partir de onde Deus nos torna novas criaturas (Hebreus 8:10). Em um processo de santificação que dura por toda a vida do indivíduo e que alcança a sua perfeição somente quando da volta de Cristo.

Veja que o resultado da quebra das leis morais internamente implantadas, é que o o homem passou a viver em imundície, não sentindo mais repulsa naquilo que comia, ou bebia. Comiam de tudo e bebiam de tudo que se pusesse na frente. Também não sentiam nojo da porquidão, mexiam em cadáveres e iam fazer suas corriqueiras. Faziam sexo com suas esposa ainda que tivessem fluxo.

Veja que até mesmo, os animais, exceto os que são feitos aptos a viver na porquidão, tem ordem e asseio, noções de civilidade e respeito para com o companheiro. De noção de grupo. Por meio da natureza, vemos uma ordem criada por Deus mantida por leis, quer instintos ou outros mecanismos que regem a harmonia em meio à vida neste planeta (Romanos 1:20).

As leis de Deus visam trazer à suas criaturas, saúde, bem estar, segurança. Esta ordem percebemos na natureza que Deus criou, mas percebemos falha no homem e isto se deve ao que chamamos de pecado.

Assim, há mais do que leis físicas e matemáticas que regem este mundo. Há um lei que regem a vida de toda as criaturas deste mundo.

E por o homem ser pensante, racional, Deus nos colocou certas leis morais, para nos reger internamente, assim como colocou nos anjos.

Por exemplo, em todas as culturas, por toda a história (com raras exceções), jamais se admitiu que um filho pudesse fazer sexo com a própria mãe e não encontramos razão explicável, para isto, senão no fato de que há realmente algo internamente implantado no homem que nos diz que tal prática é errada.

E quando conhecemos a Cristo e passamos a viver de acordo com a Sua vontade e os ensinos sobre, moralidade, justiça, amor, buscando a santidade em que Adão e Eva viviam, percebemos que Deus restaura em nós esta lei internamente. De modo que o adúltero compulsivo, agora, passa a sentir culpa quando pratica o ato. A prostituta, sente pesar.

É por isto, irmão que não há como aceitar a Cristo sem ter como consequência uma mudança no estilo de vida. Porque Deus vai restaurando no homem aquele estado de santidade que tínhamos antes no Éden ao passo que vai implantando internamente, no coração e na mente, novamente as suas leis.

Durante este processo, a Bíblia é quem vai nos orientando neste processo, junto com a atuação do Espírito Santo, que nos guia acerca das coisas desta vida.

A lei é só um reflexo do caráter que Deus deseja implantar no ser humano, a sua perfeita imagem é Cristo.

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