segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A expiação no santuário

Irmão Stewieland, procure entender a Bíblia por meio de um estudo sistemático. O modo como se tem ensinado as Escrituras nas igrejas não é o método correto. Nossos irmãos metodistas criaram um sistema que possibilitou o desenvolvimento da teologia no meio protestante, de uma forma mais apurada e que é usado hoje inclusive por católico.

Não adianta o irmão ler versos e por si só entender o que o verso está dizendo, tem que usar as próprias Escrituras para interpretá-la. Atente-se aos detalhes:

"Daí em diante, ele ESTÁ ESPERANDO até que os seus inimigos..."

"Portanto, irmãos, TEMOS PLENA CONFIANÇA para entrar no Santo dos Santos"

O que é ter confiança?

"Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor." 2 Coríntios 5:8

Ter confiança é esperar na certeza, irmão.

Agora, pense, por que Paulo teria confiança, sendo que Jesus já se encontra no lugar onde haveria de adentrar, assentado à destra do Pai?

É porque Paulo está falando de uma OBRA futura, irmão. O caminho foi aberto, mas ainda não ADENTRAMOS. Quando diz que Cristo adentrou e se assentou à destra do Pai, foi para assumir a Sua posição.

Em tempo oportuno, porém, adentramos junto com Cristo, além do véu. Este "adentramos" é no sentido de Cristo estar em um papel representativo dos que O aceitaram.

A Bíblia diz que Cristo é nosso mediador. O mediador, segundo o cerimonialismo, eram os sacerdotes e o sumo-sacerdote que fazia a mediação entre Deus e o povo. Não há mediador, sem trabalho de mediação, irmão. Não há sumo-sacerdote sem obra sumo-sacerdotal!

E assim, como o sumo-sacerdote, Cristo tem liberdade para andar por todo o santuário, embora Deus não recomendasse isto aos sacerdotes humanos (Levítico 16:2). Porém a obra que Ele executa é segundo o critério do plano da salvação, demonstrado através do cerimonialismo do santuário terrestre.

Miller errou porque foi o primeiro a tentar interpretar as profecias, hoje, várias igrejas interpretam a mesma profecia de forma errada, embora não marquem datas.

O cálculo, porém, está perfeitamente correto. Miller aplicou o princípio dia/ano, hoje plenamente aceito pelos teólogos.

O santuário, porém, não é a terra como Miller supôs, mas este santuário que estamos tratando em Hebreus 10. E a obra a ser iniciada no fim das 2.300 tardes e manhãs de Daniel, é esta em que adentramos com Cristo além do véu, dita no mesmo capítulo.

Paulo, irmão, não estava interessado em marcar tempos acerca de quando ocorreriam as coisas que escreveu. Mas nos falou, irmão acerca do que conhecia sobre as coisas que ocorriam no santuário terrestre. Paulo identificou Cristo na figura do Sumo-sacerdote e na obra que tal sumo-sacerdote executava. De modo que Paulo fala O QUE seria feito e não QUANDO, porque nem mesmo Paulo Sabia.

Agora, sabemos que o trabalho no santo-dos-santos, no santuário terrestre, iniciava-se com a purificação do santuário, no chamado dia da expiação.

E Daniel nos diz o tempo em que o santuário seria purificado.

A conclusão é elementar, irmão. Daniel está nos dizendo quando o correria a expiação NAQUELE santuário dito por Paulo, segundo a obra reservada a Cristo como nosso sumo-sacerdote.

Ao invés da chegada de Cristo, Daniel se refere à chegada do dia da expiação para a humanidade, anunciada em Apocalipse 14:7. Estes trabalhos estão bem detalhados em versos como o de Apocalipse 20:12, 2 Coríntios 5:10, 1 Pedro 4:17.

Compare a expressão "casa de Deus" contida no trecho que o irmão usou:

"Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus." (Hebreus 10:21)

Com "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus" (1 Pedro 4:17)

Esta é a obra referida por Paulo acerca de:

"Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais"

A obra feita sobre a casa de Deus, resulta na eliminação definitiva dos registros contidos naqueles livros abertos.

Um abraço

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