Pois é, irmão Arnaldo, a Bíblia apresenta uma opinião totalmente oposta ao que o irmão crê, então devo deixar de crer na Bíblia para aceitar a crença do irmão? Qual parte do "a Palavra de Deus é a verdade" nossos irmão antinomistas ainda não entenderam?
O irmão não se sente incomodado ao perceber verso que falam o contrário do que o irmão tem crido? Por que os irmão antinomistas não dizem abertamente de que não creem na inspiração das Antigas Escrituras? Por que não expressam abertamente sua crença de que a salvação no Antigo Testamento era pela lei?
E já indaguei a irmãos deste meio a me explicarem Romanos 8 do início até o fim, mas não encontrei nenhum que pusesse. Sabem apenas a interpretação de versos isolados, os quais repetem dizendo que são estes que estão removendo a lei.
Por exemplo um irmão apresenta que Cristo nos livrou da Lei de Deus, mas veja o verso:
"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte." Romanos 8:2
Ali fala que Cristo nos livrou da lei do pecado, mas os tais dizem que este verso está dizendo que Jesus nos livrou da lei de Deus.
A lei de Deus é a lei do pecado?
Isto é não apenas estranho como contraditório com outro verso, veja:
"Que diremos pois? É A LEI PECADO? DE MODO NENHUM". Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Romanos 7:7
E Paulo faz um contraste entre a lei de Deus e a lei do pecado, mostrando o caráter antagônico entre as tais em:
"Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado." Romanos 7:25
Então só posso entender de que tais irmãos não conhecem as Escrituras de Paulo.
Dizem por exemplo de que a fé em Cristo veio para substituir a lei, mas Paulo diz:
"Anulamos, pois, a lei pela fé? DE MANEIRA NENHUMA, antes estabelecemos a lei." Romanos 3:31
O que devo aceitar então, irmão, o claro assim diz o Senhor, ou a interpretação dos tais que são contrárias ao assim diz o Senhor?
Porque não dá para crer nas duas coisas ao mesmo tempo, irmão, fazendo afirmações exatamente opostas às afirmações contidas na Bíblia.
Paulo era bipolar, irmão, não batia bem da bola? Ensinando o contrário daquilo que acabara de afirmar?
Como o irmão pode aceitar uma interpretação que coloca contradição entre versos bíblicos?
É obvio que não há condenação para os que andam em Cristo, senão, não haveria sentido em pertencer a Cristo, se estivéssemos condenados não podendo receber a salvação mesmo aceitando a Cristo.
Agora, não há condenação porque Deus aboliu a Lei? Ou é porque Cristo pagou a condenação em nosso lugar?
Depois de paga a condenação, podemos ser cobrados novamente, irmão?
Então é óbvio que, tendo Cristo pago a condenação, nenhuma condenação há para aqueles que tiveram sua dívida paga por Cristo.
É desta forma que a lei perde o poder sobre os que estão em Cristo, porque não pode mais condená-lo. E o próprio fato de aceitar que há uma lei que não mais pode condenar o justo, implica de que a lei permanece.
Não foi a lei quem foi assassinada, nós é quem morremos para a lei:
"Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." Romanos 7:4
No ritual de batismo nós somos sepultados nas águas e não a lei. A lei continua em seu devido lugar, não podendo nos salvar e nem condenar.
A lei não foi morta, irmão, apenas fomos liberto da lei (segundo a dívida que tínhamos e que assim nos escravizava), porque a lei exigia a morte de todo pecador e assim Cristo em sua justiça, a que Ele mesmo criou, nada poderia fazer senão pagar o preço exigido pela transgressão da lei no lugar dos pecadores.
Enquanto estamos em dívida com a Lei, irmão, ela é quem trata de nos disciplinar, pelo castigo e pela morte, até que Cristo venha e a dívida seja paga.
Agora, a lei condena o pecador, justamente porque é Santa, justa e boa. Porque é a lei quem tira do meio dos bons, o ímpio, o que pratica a injustiça e o mal. Tal qual os anjos que permaneceram do lado de Deus, a lei continuou sendo boa e protegendo-os e o lugar onde servem a Deus. Quanto a Satanás e seus anjos, porém, a lei impôs-lhe dívida e condenação.
É por esta lei que Satanás pôde ser retirado do meio dos justos no céu e colocado junto aos demais anjos que se rebelaram contra Deus e assim também foram condenados.
É desta forma que nenhuma condenação há para os que andam em Cristo, assim como nenhuma condenação há para os anjos que ficaram no céu os quais não possuem dívida alguma para com a lei de Deus, porque não pecaram, não cobiçaram o trono de Deus, não se uniram em rebeldia contra Deus, não manifestaram o orgulho e a vaidade que surgiu em Satanás.
A lei, irmão não tem culpa alguma de nossos pecados, e não fazem mal algum aqueles que são fiéis a Deus, porque a lei é a manifestação do caráter de Deus que é Santo, Justo e Bom e que assim exprime em palavras, conceito, e mecanismos da natureza de cada ser Criado, uma conduta que é de acordo com este caráter santo justo e bom de Deus, sem porém interferir no livre arbítrio de Suas criaturas.
O problema da lei, assim como Deus, é o pecado que está em nós! Deus odeia o pecado e a expressão de Seu caráter, a lei, também! A lei anda em sintonia com a vontade e o caráter de Deus.
Assim dizer de que formos livrados da lei, consiste na mesma coisa que dizer de que formos livrados de Deus!
Porém fomos livrados da ira, do castigo e da condenação de Deus, que nos era dado a conhecer os motivos através da lei, porque somos idólatras, maldizentes, espancadores de pai e mãe, assassinos e todas as demais coisas que é característica de Satanás e não de Deus.
As características de santidade, justiça e bondade e a vontade de Deus está expressa por meio da limitada linguagem humana contida na lei que Ele nos deixou. Coisa má alguma se encontra na lei, toda a lei é boa, nós é quem somos maus e, por isto, contrários à lei e por isto a lei nos cobra como nos cobra nossas leis civis a todo bandido que a transgride enquanto protege os bons que seguem a lei.
Da mesma forma, irmão, nenhuma condenação há em nossa constituição, para aqueles que andam segundo a lei! O problema é que não conseguimos de forma algum "não transgredir a lei", então necessitamos que Cristo coloque sua justiça sobre nós após ter tomado sobre si a nossa culpa.
Transgressão à lei de Deus tem que ser paga sempre, irmão, porque diferente do que acontece com nossas leis constitucionais não há como nosso advogado, Cristo, nos livrar, nos justificando com palavras diante da lei, porque Cristo não pode mentir, sendo o próprio legislador, conhecedor de suas leis e daqueles que a transgrediram.
E sempre foi assim, irmão, tanto no Antigo:
"Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos céus; nas alturas está o meu advogado." Jó 16:19
Como no Novo Testamento:
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." 1 João 2:1
Então a lei não tem parte algum em nossa salvação e também não tem culpa alguma pelo pecado que comentemos. Quando ela condena faz aquilo que é seu trabalho, punindo os maus para a preservação dos bons.
Inimizade contra a lei é inimizade contra Deus, porque a lei expressa os conceitos de justiça que é próprio do Deus que detesta o mal e odeia o pecado:
"Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tiago 4:4
Sujeitar-se à lei é sujeitar-se a Deus, irmão.
Um abraço.
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