"1- Explique-nos porque Jesus diz que para Judas era melhor não ter nascido (Mc 14,21). Por que melhor não ter nascido, se, segundo os mortalistas, ele apenas voltará ao estado de inexistência? Voltar ao estado de inexistência de antes de nascer não tem diferença de nunca ter nascido. Não acha?"
Se houvesse estudado algum livro que fala sobre o aniquilacionismo saberia que antes de voltar à inexistência, os ímpios passarão por um castigo, de duração de acordo com os pecados que cada um cometeu.
2- Sendo que na morte não existem nem corpo nem alma, o que ressuscitará? O que será restaurado no corpo ressuscitado se não sobrou nada? Não percebem que negando a vida póstuma caem no erro dos saduceus, isto é, passam a negar a própria ressurreição? De fato, negando a imortalidade da alma, os mortalistas não creem na ressurreição, mas sim numa recriação.
Faço a mesma pergunta, se a alma sobrevive for do corpo, o que ressuscitará? A alma não ressuscitará, não ressurgirá, mas tão somente será "reencarnada" em um corpo.
O que ressurgirá é a mesma alma que uma vez foi feita (por ocasião da junção do corpo que vem do pó + fôlego de vida que vem de Deus) e se desfez.
3- Segundo vocês, tudo morre, alma e corpo. Se a alma morre, juntamente com o corpo, nada sobra da pessoa original. Quando Deus nos ressuscitar, na verdade não seremos a mesma pessoa, seremos apenas “clones” do que fomos, mas nunca os originais. Isso mostra que a esperança de vocês, de encontrarem parentes e amigos na ressurreição, é pura fantasia! Se não existe nada vivo do original, não tem como restaurar (ressuscitar) a pessoa, será apenas um NOVO ser com as características anteriores. Como explicar isso? Na verdade, para vocês não existe ressurreição, mas sim RECRIAÇÃO. Logo, vocês estão tão equivocados quanto os saduceus. Iguais a eles, negam a ressurreição, mudando apenas a roupagem.
Deus não é incapaz de trazer a alma de volta à existência, Ele trouxe uma vez e com o mesmo poder pode trazer novamente à existência. E "recriação" é doutrina católica, cremos na ressurreição da alma, ou seja, o ser integral resultado da união do corpo com o fôlego de vida. Não existe ressurreição só do corpo, senão aí sim, seria um clone do antigo corpo onde então se colocaria a alma retida no suposto "estado intermediário".
4- Se houvesse de fato sono da alma, Cristo teria passado três dias sem ser Deus, pois estaria dormindo! E Deus teria definitivamente sumido, ao menos durante três dias. Pode Deus chegar a um estado de inexistência?
Se Cristo houvesse subido ao céu, a Bíblia não poderia dizer que Ele teria ficado três dias na sepultura. O que acontece com a Divindade no sono da morte não é revelado pela Bíblia. A natureza divina de Cristo não pode, nem de longe ser comparada com a humana. A Bíblia explica o estado da morte aos de natureza exclusivamente humana, não a de alguém de natureza divina-humana.
5- Paulo falou de um homem que foi arrebatado ao céu no corpo ou fora do corpo, mostrando assim a possibilidade de tanto no corpo como no espírito dele ter ido ao Céu! (2Cor 12,2). Que parte “fora do corpo” poderia existir para possibilitar Paulo a ir ao céu? Se não há a alma, algo imaterial no homem, como poderia Paulo supor que poderia ir ao céu “fora do corpo”? Poderia serem as tripas, a cabeça ou outra parte do corpo? O apóstolo evidentemente admitiu a hipótese de a alma retirar-se do corpo, pois não sabe ao certo se o corpo ficou na terra, como que morto, enquanto seu espírito estava no paraíso, ou se ele, por inteiro, foi arrebatado.
Paulo morreu ao receber a visão? E ao recobrar a consciência significa que Paulo ressuscitou? Como se pode aplicar um suposto estado intermediário a alguém que não morreu, cujo corpo se encontrava vivo? Viajem astral?
Paulo nos diz que a consciência foi levada ao terceiro céu, mas não sabia se junto com o corpo real ou sem o corpo, porque nos sonhos e nas visões, o profeta se vê também com um corpo. E o próprio fato de Paulo NÃO SABER SE ESTAVA SEM UM CORPO, OU NÃO nos prova de que até mesmo em visão o corpo não tem o suposto estado sem forma, etéreo e fantasmagórico (sem osso nem carne) como supõe a imortalidade da alma.
6- Considerando que defendem a total extinção dos ímpios, perguntamos: “Por que Deus tiraria os ímpios de suas sepulturas (Ap 20.5) para em seguida aniquilá-los? Eles já não estão mortos? Não já estão aniquilados? Não parece isso irracional?
Para serem castigados, antes de serem aniquilados! E devolvo a pergunta, por que Deus tiraria o ímpio do inferno para depois jogar no inferno novamente? Já não estão sendo atormentados?
7- Por que em todos os casos em que a Escritura Sagrada usa a expressão “Em verdade te digo”, os mortalistas põem a pontuação no lugar em que todos colocam (logo após a expressão), mas somente em Lc 23,43 é que mudam?
Porque nenhum destes trechos usa a expressão "hoje", logo, tem que ser colocada uma vírgula antes e depois da palavra, como sempre se faz quando se introduz um detalhe dentro de uma frase:
"Em verdade te digo, hoje, estarás comigo no paraíso"
Tão somente se aplicou o "reforço" de que a promessa de Cristo estava sendo feita de antemão e não tão somente na ocasião da volta de Cristo, conforme o ladrão solicitou. Ou seja, a PROMESSA foi dada naquele dia, não a recompensa que é a da salvação conforme Paulo ensina:
"Agora me está RESERVADA a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará NAQUELE DIA; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a SUA VINDA." (2 Timóteo 4:8)
8- Por que Cristo acrescentaria desnecessariamente a palavra HOJE, em Lc 23,43, se ele estava falando exatamente naquele dia? E se considerarmos que ele estava morrendo drasticamente, cheio de dores, como usaria uma palavra óbvia e inútil?
Porque o ladrão pediu para Cristo se lembrar dele na Sua vinda, mas Cristo decidiu dar seu parecer acerca do destino do ladrão, naquele dia, naquele momento, naquele "hoje", de antemão:
"Em verdade te digo, [de antemão], estarás comigo no paraíso [naquela vinda que você ex-ladrão mencionou]"
9- Por que Daniel (12.2) afirma que os ímpios ressuscitarão para “a vergonha eterna”? Por que vergonha, se serão aniquilados? Como alguém aniquilado terá vergonha, e, mais ainda, eterna?
Porque seu castigo, antes da destruição, será presenciado por todo o universo e saberão o que Deus fez a estes.
10- Segundo Mt 10.28, o que é que o homem não pode matar? Por que Jesus afirma nesse texto que a alma não morre na primeira morte? Como a alma pode escapar da morte, se segundo os mortalistas, o homem não possui nada em si que tenha sobrevivência póstuma?
Porque a Bíblia ensina a existência de duas mortes, sendo a segunda a definitiva e irreversível:
Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte. (Apocalipse 2:11)
Na primeira morte a alma dorme inconsciente, aguardando a ressurreição, mas nas segunda, porém, não haverá mais possibilidade de a alma voltar à existência.
11- Se alma aqui é uma “potência de vida eterna”, os discípulos para os quais Jesus falou essas palavras precisaram fazer todo esse longo raciocínio a fim de concluírem isso? Se alma aqui não é mesmo alma, então, corpo também não é corpo? Por que mudar o sentido de alma e não o de corpo? Não estão no mesmo contexto? Vocês têm certeza de que uma pessoa qualquer iria chegar a esse raciocínio tão complicado de vocês sobre o sentido de alma aí, lendo sozinho as Escrituras? Isso tudo não contraria o princípio da clarividência das Escrituras, tão defendido por vocês? Mais: esse sentido de alma como “potência de vida eterna” era comum na época de Jesus, ou é um sentido moderno, dos nossos dias? Se for daquela época, vocês podem nos dar um exemplo de alma com esse sentido fora esse texto de Mt 10.28? Ainda: O que significa a expressão “matar a alma”? O texto não está claramente dizendo que o homem não pode matar a alma? Por que os mortalistas se utilizam desse texto para afirmarem que a alma morre, se segundo eles o texto não fala de alma, mas sim de “potência de vida eterna”?
Alma representa a consciência individual de cada pessoa, esta consciência se desfaz por ocasião da morte e separação do espírito do corpo. Assim a alma morre mas não é aniquilada, ela é trazida à vida novamente por ocasião da ressurreição. O dano da segunda morte que é a aniquilação total e irrevogável, esta somente Deus pode dar:
"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27)
A morte que o homem pode dar a outro é esta em que se morre uma vez. Na segunda não se passa por esta mesma morte, mas Deus destrói a alma conferindo-lhe o dano da segunda morte, conforme é dito:
"... Antes, tenham medo daquele que pode DESTRUIR tanto a ALMA como o corpo no inferno." (Mateus 10:28)
12- Ainda sobre Mt 10.28: “Quais destes dois é pior: o aniquilamento ou o sofrimento eterno no inferno?” O sofrimento eterno no inferno é infinitamente pior do que o aniquilamento, não é?. Pois bem: “Qual desses dois faria qualquer homem (cristão ou não) tremer de medo? o risco de ser aniquilado (aqui a pessoa deixa literalmente de existir) ou o de sofrer eternamente no inferno (aqui a pessoa continua existindo)?” Logicamente que é o risco de uma pessoa ser lançada no inferno, concorda? Sofrer eternamente é muito pior do que o risco de ser aniquilado, já que o aniquilamento instantaneamente, num piscar de olhos, põe um fim literal e irrecuperável na existência humana. Sendo assim, qual o sentido de apollumi (perecer) em Mt 10,28? Jesus diz aí que o castigo infligido por Deus é infinitamente pior do que a morte do corpo que os homens podem aplicar. Porém, se apollumi aqui é “aniquilar” (ou seja, o aniquilado não sente mais nada, já que ele não mais existe), então como que esse aniquilamento feito por Deus pode ser pior do que a morte do corpo que os homens podem fazer? Se a pessoa aniquilada não mais existe, então que diferença há em morrer nas mãos dos homens ou nas mãos de Deus? Por que Jesus diria que ser destruído nas mãos de Deus é pior que ser destruído nas mãos dos homens? Não dá tudo no mesmo? De qualquer forma o homem não volta ao estado de inexistência?
Não é questão do que é o pior, mas sim do que é mais justo: uma aniquilação imediata? Ou uma criança de cinco anos em um tormento eterno por ter jogado a mamadeira no chão?
A resposta é a aniquilação antecedida pelo castigo proporcional de acordo com as más obras de cada indivíduo:
"... para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más." (2 Coríntios 5:10)
13- O verbo “exterminar” no grego é “apokteinõ” e aparece em Mt 10.28 referente ao corpo. Mas por que o evangelista Mateus quando fala na “morte da alma” mudou o verbo para “apollumi” (que em vários contextos bíblicos significa apodrecer, arruinar-se, sofrer, padecer- Rm 14.15; 1Co 8.11)? E por que Lucas (12.4.5) complicou mais ainda colocando o verbo grego “lançar” em vez de “exterminar”?
Porque a primeira parte fala da morte, que não é para destruição eterna, enquanto a segunda parte fala da segunda morte que é para a DESTRUIÇÃO eterna.
14- Teria Jesus cometido o deslize de causar tremenda confusão entre as gerações futuras ao dizer que três almas – Abraão, Lázaro e o rico – em Lc 16.19-31, haviam se separado do corpo, na morte, e estavam, conscientes, em seus devidos lugares, mesmo sabendo que a alma morre com o corpo? Não acham improvável? Sejam diretos e claros, vocês dariam uma ilustração doutrinária baseados numa crença que vocês rejeitam?
Jesus não conta, na parábola, que os três haviam se separado do corpo, mas que o rico e Lázaro estavam acompanhados de seus corpos, tendo língua, braços, a capacidade de sentir calor e se refrescarem com água que é um elemento físico. Outras dificuldades físicas como a separação por um abismo e o esticar do braço também são mencionadas. De modo que, mesmo nesta parábola, não tinham a ideia de mortos em forma extra-corpórea.
15- Os aniquilacionistas utilizam-se da palavra “destruição” para supor a morte da alma. Mas, por que tal palavra no grego (apollumi) em muitos contextos bíblicos significam apenas apodrecimentos, ruína, mas não aniquilamento total (Ex: Mt.9.17-18; Lc 5.37; 15.4.6.24; Jo 6.27; 1Pe 1.7)? E quem disse aos aniquilacionistas que destruição significa necessariamente aniquilação? Em Jó 19.10, por exemplo, Jó diz que ele é demolido, mas nem por isso tal palavra significa aniquilamento. Em Hb 2.14, diz a Sagrada Escritura que na sua morte Jesus “destruiu” o demônio, mas evidentemente ele ainda está vivinho da silva. Não dá para perceber que assim como os alimentos perecem (Jo 6.27, mas a matéria não é aniquilada), assim como os odres perecem (apollumi – Mt 9.17-18), ESTRAGAM-SE mas não são aniquilados, assim também os ímpios perecem, mas não são aniquilados (Mt 24.51)? A destruição dos maus obviamente é uma destruição moral, é uma decadência, uma ruína, mas jamais aniquilamento, jamais é volta à inexistência.
Porque apodrecimento e ruínas significam a destruição de algo. Apodrecimento é o estágio lento de decomposição que os seres vivos, inclusive as plantas, passam e que resultam no fim daquele ser vivo, a ruína é o processo de deterioração que os materiais passam (construções civis por exemplo) e que resultam em sua decomposição. Ambas as palavras denotam algo que chega ao seu fim, à ruína.
16- Se morte é necessariamente aniquilamento, por que a palavra grega para morte é “thanatos” e significa “separação”? Veja exatamente essa palavra grega usada em Lc 15.24.32, por exemplo, não significando aniquilamento, mas exatamente separação.
A palavra morte no original era usado tanto para morte mesmo como para um estado de separação, assim como igualmente usamos hoje a palavra "MORTE" para significar tanto morte mesmo como separação, sendo inclusive assim que está escrito em nossas Bíblia onde entendemos que mesmo usando a palavra morte, ali significa separação enquanto que em outros contextos onde usamos a mesma palavra "MORTE", ela significa morte mesmo. Assim, o que dá significado a esta e outras palavras tanto em grego como no português é o contexto.
17- Se os maus serão exterminados, por que Jesus falou em “castigo eterno” em Mt 25.46? Se a palavra “eterno” para os maus aí significa apenas um tempo indeterminado, por que a mesma palavra grega também não significa isso para os salvos? Não está a mesma palavra grega no mesmo versículo? Não é exatamente o contexto que determina o sentido de uma palavra? E por que a palavra grega para “castigo” aí (kolazo) e o seu verbo correlato, aparece mais 2 vezes no NT e tem somente o significado de “castigar” ou “castigo” (At 4.21; 2Pd 2.9; 1Jo 4.18)?
Porque o resultado do castigo é a morte eterna, enquanto que o resultado do galardão é a vida eterna. No verso, "castigo eterno" está em contraste com "vida eterna", logo, não pode se interpretado como significando, também, "vida eterna". Assim o castigo é eterno na sua consequência, que é a morte como perdição eterna.
"Pois o salário do PECADO é a MORTE, mas o DOM GRATUITO de Deus é a VIDA ETERNA em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 6:23)
O salário do ímpio é castigo e morte (a segunda morte), a do justo é a salvação e a vida eterna.
18- Se não existe alma, por que em Mt 10.28 Cristo a distingue do corpo e Lc 12.4.5 substitui a expressão “corpo e alma” por “pessoa”? Não dizem os mortalistas que alma é apenas a pessoa? Por que, então, Lucas entendeu pessoa como um composto de corpo e alma?
Porque a alma possui um corpo, assim como possui o fôlego de vida. Você não tem algo sem nome no qual foi introduzido corpo, espírito e alma. O que você tem é algo chamado alma, na qual está contida, de forma holística, tanto o corpo quanto o fôlego de vida. Então você tem um corpo, bem como você tem um espírito, mas você é a própria alma.
Isto que você vê no espelho é o resultado da união do sopro de vida que vem de Deus com o corpo que vem do pó da terra, ou seja, você integralmente É uma alma. A alma não sobrevive fora do corpo, mas é reservada para o juízo. Assim como o corpo é reconstituído, o espírito é devolvido e a alma volta a existir como resultado da união novamente do espírito com o corpo.
19- Se haverá aniquilamento total da pessoa, por que Lc 12.4.5 entendeu o verbo “perecer” de Mt 10.28 como “lançar”, em vez de “destruir”?
Não foi Lucas quem entendeu, mas o tradutor. No grego original a palavra continua significando "perecer". Usou-se lançar na tradução baseado no objetivo do verso é falar do destino primário que será um lugar desagradável.
20- Se “Cheol” ou “Hades” é apenas a sepultura, então:
a) Por que Jesus fez uma ilustração usando o termo grego “hades” como um lugar de vida (Lc 16.19-31)? Por acaso uma parábola tem o poder de mudar o sentido das palavras?
b) Por que o hebraico e o grego têm palavras próprias para sepultura (QEVER, no hebraico; e MNEMEION no grego)?
c) Por que Jacó imaginou o Cheol como algo diferente de sepultura em Gn 37.35.36?
c) Por que Jonas achou possível gritar do cheol (Jon 2.2)?
Porque era uma parábola, e não se pode entender uma parábola como uma narrativa histórica. É parábola justamente porque apresenta tom fantasioso e estritamente não real. Em uma parábola nem se consegue saber se a tal haveria sido baseada em fatos reais ou não, porque a parábola é SEMPRE FICTÍCIA.
E possuem palavras próprias pelo mesmo motivo que temos em nossa, bem como as demais línguas várias palavras que designam o mesmo lugar, a exemplo de nossa língua que incluem: cova, sepultura. Embora cova seja a que melhor que designe um lugar debaixo da terra onde o corpo é depositado, usamos de forma mais comum o termo sepultura, embora haja sepultamentos de vários tipos tanto na nossa nacionalidade como no restante do mundo.
Sepultura significa "dormitorio" e denota mais o estado do morto que o lugar propriamente dito, por isto vemos serem usadas mais a palavra Sheol e Hades do que um que se refira à cova propriamente dita, o que ao invés de contradizer apenas reforça a ideia de que a ideia do sono da morte estava enraizada nestes versos por meio das próprias palavras Sheol e Hades
Jacó não imaginou Sheol como algo diferente da sepultura, tanto que na versão Almeida Revista e Atualizada a palavra está traduzida por sepultura.
E Jonas achou possível gritar do Sheol pelo mesmo motivo que Abel, morto por Caim, pôde clamar desde a terra. São figuras de linguagem ao qual o próprio Jonas explica o motivo:
"Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim." Jonas 2:3
Jonas estava tão somente dizendo que achou que iria morrer e que Deus o socorreu. Pedro, quando estava afundando nas águas, por exemplo, poderia muito bem ter dito a mesma coisa a Cristo após tê-lo resgatado.
21- Se a expressão “dormir” na Bíblia significa mesmo inconsciência, então, “descansar” também (Hb 4.1)? Estarão os salvos inconscientes e para sempre juntos de Deus? Por que, também, a Escritura Sagrada só usa as palavras “dormir” e “descanso” referentes às pessoas de Deus? Não dá para perceber que tais palavras se referem à felicidade eterna, sem negar a vida póstuma? Não dá para perceber que tais palavras pretendem contrapor-se àquelas referentes ao destino dos maus como “castigo, choro e ranger de dentes, suplício”? São Paulo não afirmou que o estado de sono nos isole de Deus. Veja 1Ts 5.10.
A palavra em Hebreus 4.1 significa repouso, descanso. Quando alguém lhe diz para "descansar no Senhor", o irmão estende que estão lhe desejando a morte? Da mesma forma, os hebreus não entenderiam esta passagem desta maneira mas saberiam distinguir o sono da morte de um repouso, descanso em vida, no Senhor.
22- Se Geena é um mero símbolo de destruição eterna, por que, então, em Mc 9.47.48 Cristo diz que é pior parar na Geena com o corpo inteiro? Se Geena é mesmo um lugar de destruição, que diferença faria ir para lá faltando algum membro do corpo ou com ele completo?
Leia corretamente o texto, ali está dizendo que é melhor entrar sem os olhos no reino dos céus do que permanecer com os olhos mas ir parar no inferno.
23- De onde Jesus tirou a concepção sobre uma Geena? Da cultura judaica? Então, se para Jesus, Geena é um mero símbolo de destruição, por que Ele usa essa palavra como equivalente de castigo eterno e de lugar onde há choro e ranger eterno de dentes (Mt 12.42)? Além disso, por que em todas as literaturas judaicas antigas, da época de Cristo, sempre mostram tal lugar como equivalente a um lugar de eterno sofrimento, em vez de significar destruição?
Geena foi retirado de um lugar chamado de "Vale de Hinom" onde corpos de criminosos eram queimados e destruídos junto com o lixo. De modo que, pelo contrário, este lugar sempre denotou uma destruição de corpos e dejetos.
24- Se Ecl 9.5,10 é mesmo prova de que não há vida pós-morte, então, tal passagem também prova que não há ressurreição e que bons e maus terão o mesmo destino, uma vez que tal texto diz que bons e maus têm o mesmo destino e que não há mais esperança alguma para eles (Ecl 9.2,5,10)?
Este destino é a sepultura, para onde vão bons e maus:
"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na SEPULTURA, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma." (Eclesiastes 9:10)
25- Por que a Escritura fala em sofrimento eterno (Mt 25.46), prisões eternas (2Pd 22.4), fogo que não se apaga (Lc 3.17), perdição eterna (2Ts 1.8.9), tormento eterno (Apc 14.11; 20,10), não terão descanso algum nem de dia nem de noite (Apc 14.11)? Seu verme não morre e o seu fogo não se apaga (Mc 9.47-49)? Por que essa insistência em eternidade, se os maus serão destruídos? Se objetarem que o termo “eterno” pode significar apenas “tempo indefinido”, ainda perguntamos: e por que os escritores sacros fizeram questão de detalhar essa eternidade dizendo “nem de dia nem de noite”, como que querendo enfatizar a eternidade real? E por que “o fogo não se apaga”? Ora, se o fogo é eterno, obviamente é porque aquilo que é consumido pelo fogo também é eterno, isto é, a alma dos que vão para o inferno é eterna, pois sofre a pena no fogo eterno. Se a alma fosse aniquilada, haveria algum sentido em o fogo ser eterno?
Porque resultam na perdição eterna da alma. Mateus 25:46 fala do castigo, que é o "muitos ou poucos açoites" referido por Cristo, seguido da perdição da alma. Essa PERDIÇÃO é eterna, esse castigo é de proporções eternas, devido ao seu resultado.
Apocalipse 14:11 bem como 20:10 falam do período de castigo dos ímpios e da besta, porém, não é o resultado final. A palavra "eterno" em textos como este, na compreensão oriental hebraica, significava algo NÃO INTERMITENTE, sem intervalos, sem interrupções, contínuo. Sendo este o próprio sentido dado pelo verso:
"E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados [continuamente]." (Apocalipse 20:10)
O seu "verme não morre" faz referência ao Vale de Hinom, onde os vermes nunca morriam porque não paravam de consumir os cadáveres e o lixo enquanto estes ainda existiam. Bem como ao fogo que permanecia continuamente enquanto haviam corpos e lixo para serem queimados e o resultado do que sobrava era apenas a fumaça, lembrança de algo que foi consumido e que subia "pelo séculos dos séculos" e que no contexto amplo bíblico lembram também a vergonha dos ímpios castigados.
E o fogo é eterno porque não pode ser extinguido. A natureza do fogo é eterno porque vem de Deus e o homem não tem poder de interrompê-lo. Mas a duração não é eterna conforme podemos ver por meio das cidades de Sodoma e Gomorra:
"Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do FOGO ETERNO." (Judas 1:7)
26- Se o lago de fogo é destruidor, aniquilador, por que, então, a Bíblia diz que a fera e o falso profeta são jogados vivos ali (Ap 19.20)? E por que, também, a fera e o falso profeta ainda estavam nesse lago quando o demônio foi nele lançado, se foram imediatamente destruídos (Ap 20.10)?
Porque a destruição é gradual, uns serão destruídos mais rapidamente e outros serão destruídos mais lentamente. O fogo foi escolhido justamente por conta do trabalho também de castigo que deverá executar. Pelo mal que fizeram, obviamente a besta e o falso profeta queimarão por muito tempo e mais tempo ainda Satanás.
27- Se “perdição eterna” em 2Ts 1.7-9 significa “destruição eterna”, por que, então, São Paulo acrescenta “longe da face do Senhor e da suprema glória”? Não acha inútil acrescentar isso, se tal expressão denota aniquilamento?
O verso denota uma completa separação de Deus incluída no castigo que leva à eterna perdição.
28- Se após a morte, nada mais resta, por que Paulo diz que morrer é um lucro (Fl 1.20-24)? E como ele disse que queria morrer para estar com Cristo? Estar como, se, conforme a visão mortalista, ele iria dormir? Que vantagem haveria para Paulo ir embora e ficar em um sono profundo, sendo que a obra que tinha, ele considerava muito importante a ponto de ficar em dúvida se partia com Cristo ou se ficava na terra? Se ele desejava ardentemente ficar com Cristo, independente de morrer agora, ou anos depois, faria sentido se considerarmos a hipótese do sono?
Morrer para Paulo era lucro porque sua vida se tornou em perseguição e sofrimento, já sabia que o que lhe esperava era o mesmo destinos dos outros apóstolos.
29- Se Rm 6.23 é prova de que a morte física, a primeira morte, é quem apaga os pecados, então, por que os mortalistas pregam o aniquilamento no final dos tempos? Se após a morte, os maus já pagaram, com a própria morte, os seus crimes, então, o aniquilamento pós- ressurreição no final dos tempos servirá para pagar o quê? Além disso, quem falou que a morte de que trata o apóstolo Paulo aí é a morte física? De fato, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), mas que morte? A morte espiritual e não a física, pois mesmo Jesus (que nunca teve pecado) morreu fisicamente.
A morte provisória, primeira morte, foi dada em tempo de oportunidade. Todo pecador é aniquilado tendo primeiro que passar por um juízo e definida sua pena, o castigo, antes de ser entregue à morte definitiva. Adão e Eva bem como os demais, não foram aniquilados imediatamente devido à esperança de salvação em Cristo. Por isto a primeira morte é como um sono inconsciente, porque você acorda deste sono, diferente da segunda morte onde a alma nunca mais despertará.
30- Por que os mortalistas se utilizam de textos que no contexto falam do tempo presente, para sustentarerm o aniquilamento no final dos tempos? Por que esse desrespeito ao contexto? (No contexto dos Salmos 37 e de Prov 10.25 você constata isso).
Porque o destino dos impios nesta vida é o mesmo na que há de vir. Assim a explicação, nesta vida, do autor do livro de Provérbios serve também para a eternidade. O autor apresenta um conceito Divino de justiça onde os ímpios desaparecem e os justos são perpetuados. Os versos de Provérbios são também proféticos:
"O justo nunca jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra." (Provérbios 10:30)
31- Morreram Adão e Eva no sentido em que os mortalistas interpretam a palavra morte – ‘um estado temporário de inconsciência enquanto a pessoa aguarda a ressurreição’? Deus não havia dito que, “… no dia em que dela (o fruto da árvore da ciência do bem e do mal) comeres, certamente morrerás”? (Gn 2.17). Aconteceu de fato a morte física do casal? Não! Deus mentiu? Claro que não! O que realmente aconteceu? Morreram sim naquele mesmo dia, pois foram postos fora da comunhão com Deus (Gn 3.8.9) e fora do Jardim do Éden (Gn 3.24). Fisicamente, Adão veio morrer com 930 anos. (Gn 5.5), mas a morte espiritual ocorreu naquele mesmo dia. Esta é a morte a que se refere o escritor sagrado. Veja o emprego da palavra morte no sentido de separação espiritual de Deus em Mt 8.22; Lc 15.24; Ef 2.1.5;1Tm 5.6;1Jo 3.14; Ap 3.1.
Os autores do Antigo Testamento não entenderam este evento como sendo tão somente uma morte espiritual, mas, como Salomão, um findar desta vida mesmo. E as palavras de Deus foram cumpridas quando retirou a árvore da vida de Adão e Eva, sem a qual certamente morreriam e morte eterna porque era o fruto que garantia a perpetuação da vida. Mas graças à propiciação de Deus, por meio de Cristo, poderão ressuscitar e escapar dos laços da morte, o que, sem a morte de Cristo, parecia um definitivo destino:
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 6:23
(Pausa para um sono e descanso)
E o fogo é eterno porque não pode ser extinguido. A natureza do fogo é eterno porque vem de Deus e o homem não tem poder de interrompê-lo. Mas a duração não é eterna conforme podemos ver por meio das cidades de Sodoma e Gomorra:
"Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do FOGO ETERNO." (Judas 1:7)
26- Se o lago de fogo é destruidor, aniquilador, por que, então, a Bíblia diz que a fera e o falso profeta são jogados vivos ali (Ap 19.20)? E por que, também, a fera e o falso profeta ainda estavam nesse lago quando o demônio foi nele lançado, se foram imediatamente destruídos (Ap 20.10)?
Porque a destruição é gradual, uns serão destruídos mais rapidamente e outros serão destruídos mais lentamente. O fogo foi escolhido justamente por conta do trabalho também de castigo que deverá executar. Pelo mal que fizeram, obviamente a besta e o falso profeta queimarão por muito tempo e mais tempo ainda Satanás.
27- Se “perdição eterna” em 2Ts 1.7-9 significa “destruição eterna”, por que, então, São Paulo acrescenta “longe da face do Senhor e da suprema glória”? Não acha inútil acrescentar isso, se tal expressão denota aniquilamento?
O verso denota uma completa separação de Deus incluída no castigo que leva à eterna perdição.
28- Se após a morte, nada mais resta, por que Paulo diz que morrer é um lucro (Fl 1.20-24)? E como ele disse que queria morrer para estar com Cristo? Estar como, se, conforme a visão mortalista, ele iria dormir? Que vantagem haveria para Paulo ir embora e ficar em um sono profundo, sendo que a obra que tinha, ele considerava muito importante a ponto de ficar em dúvida se partia com Cristo ou se ficava na terra? Se ele desejava ardentemente ficar com Cristo, independente de morrer agora, ou anos depois, faria sentido se considerarmos a hipótese do sono?
Morrer para Paulo era lucro porque sua vida se tornou em perseguição e sofrimento, já sabia que o que lhe esperava era o mesmo destinos dos outros apóstolos.
29- Se Rm 6.23 é prova de que a morte física, a primeira morte, é quem apaga os pecados, então, por que os mortalistas pregam o aniquilamento no final dos tempos? Se após a morte, os maus já pagaram, com a própria morte, os seus crimes, então, o aniquilamento pós- ressurreição no final dos tempos servirá para pagar o quê? Além disso, quem falou que a morte de que trata o apóstolo Paulo aí é a morte física? De fato, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), mas que morte? A morte espiritual e não a física, pois mesmo Jesus (que nunca teve pecado) morreu fisicamente.
A morte provisória, primeira morte, foi dada em tempo de oportunidade. Todo pecador é aniquilado tendo primeiro que passar por um juízo e definida sua pena, o castigo, antes de ser entregue à morte definitiva. Adão e Eva bem como os demais, não foram aniquilados imediatamente devido à esperança de salvação em Cristo. Por isto a primeira morte é como um sono inconsciente, porque você acorda deste sono, diferente da segunda morte onde a alma nunca mais despertará.
30- Por que os mortalistas se utilizam de textos que no contexto falam do tempo presente, para sustentarerm o aniquilamento no final dos tempos? Por que esse desrespeito ao contexto? (No contexto dos Salmos 37 e de Prov 10.25 você constata isso).
Porque o destino dos impios nesta vida é o mesmo na que há de vir. Assim a explicação, nesta vida, do autor do livro de Provérbios serve também para a eternidade. O autor apresenta um conceito Divino de justiça onde os ímpios desaparecem e os justos são perpetuados. Os versos de Provérbios são também proféticos:
"O justo nunca jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra." (Provérbios 10:30)
31- Morreram Adão e Eva no sentido em que os mortalistas interpretam a palavra morte – ‘um estado temporário de inconsciência enquanto a pessoa aguarda a ressurreição’? Deus não havia dito que, “… no dia em que dela (o fruto da árvore da ciência do bem e do mal) comeres, certamente morrerás”? (Gn 2.17). Aconteceu de fato a morte física do casal? Não! Deus mentiu? Claro que não! O que realmente aconteceu? Morreram sim naquele mesmo dia, pois foram postos fora da comunhão com Deus (Gn 3.8.9) e fora do Jardim do Éden (Gn 3.24). Fisicamente, Adão veio morrer com 930 anos. (Gn 5.5), mas a morte espiritual ocorreu naquele mesmo dia. Esta é a morte a que se refere o escritor sagrado. Veja o emprego da palavra morte no sentido de separação espiritual de Deus em Mt 8.22; Lc 15.24; Ef 2.1.5;1Tm 5.6;1Jo 3.14; Ap 3.1.
Os autores do Antigo Testamento não entenderam este evento como sendo tão somente uma morte espiritual, mas, como Salomão, um findar desta vida mesmo. E as palavras de Deus foram cumpridas quando retirou a árvore da vida de Adão e Eva, sem a qual certamente morreriam e morte eterna porque era o fruto que garantia a perpetuação da vida. Mas graças à propiciação de Deus, por meio de Cristo, poderão ressuscitar e escapar dos laços da morte, o que, sem a morte de Cristo, parecia um definitivo destino:
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 6:23
(Pausa para um sono e descanso)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.