E balança dia e noite ao sabor do vento.
Nada mais de prosa nem verso nem rima,
Não há mais cavalo, nem arreio nem crina.
Tristes horas tristes dias,
Tristes pontes, tristes vias.
Oh! minha mente atina, em mansidão e servitude,
E se espanta deveras com minha postura e atitude.
Já não me suporta a costela, nem me atura os ossos,
Se ando eu avanço, mas permaneço entre destroços.
Vis pensamentos, vis obras,
Terríveis ratos, terríveis cobras.
Oh! meu corpo desagua, em exaustão e sofrimento,
E não encontra mais abrigo, nem em casa, nem ao relento.
Degradável lugar, ruínas de onde venho,
Suor que enxugo entre as lágrimas, que contenho.
Triste corpo, triste fim,
Feias flores, feio jadim.
Oh! meu espírito se alegra, nas estrelas que contemplo,
Não há mais dias, nem estações, nem épocas, nem tempo.
E se alegra em gozo, pelo orvalho e pela grama,
Mesmo não tendo uma casa, um quarto, uma cama.
Doce aconchego, doce tranquilidade,
Hoje uma boa noite, amanhã uma bela tarde.
(Sr. Adventista)
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