Os botecos – Uma abordagem sobre a vida religiosa

Os botecos seriam perfeitas igrejas se ao invés de distribuírem bebidas, distribuíssem a palavra. Suas brigas e discussões seriam para a defesa da bíblia e das coisas de Deus. O companheirismo e o compartilhamento de vidas seriam a perfeita congregação. Todos acabariam embriagados, porém, com o espírito santo. Sairiam dali, não para maltratar sua família, mas para bem tratá-la. A água da vida que tomariam, traria lhes bons frutos no trabalho, ao contrário da água ardente que provêm do inferno de fogo e enxofre. Assim teríamos igrejas em todos os bairros e em várias esquinas. O custo das bebidas, todos poderiam pagar e não ficariam pobres, sendo tão somente 10% das coisas que Deus lhe tem dado, ou, caso contrário, lhe seria gratuito. O pastor seria apenas o servidor da palavra e não colocaria nela misturas estranhas como ocorrem com certos wisks. O resultado do embriagamento não seria dor de cabeça, mas alívio para a cabeça e para o espírito. Ao invés de vômitos, teriam orações onde jogariam fora todo pecado e tudo aquilo que não presta, ficando de interior limpo.

Os botecos são uma cultura das mais antigas que têm promovido o encontro de pessoas por todo o mundo. Dão vários nomes a eles, sendo visto, também como um lugar impróprio. Pois este lugar impróprio seria um lugar apropriado para Jesus levar a luz da palavra, pois lá estão as pessoas que mais precisam dela. Não porque sejam mais pecadores, mas porque fazem de maneira errada aquilo que Jesus gostaria que todos fizéssemos. Encontrar os irmãos para dialogar e compartilhar. Satanás roubou este lugar de Deus, e botou a bebida e a prostituição, para que os dali não se reunissem por motivo louvável. Há quem diga que o boteco é a igreja de satanás, porém, digo que embora isto seja verdade, as pessoas contidas lá pertencem a Deus.

Daí a césar o que é de césar e a Deus o que é de Deus. Portanto que seja dado o antro a Satanás e as pessoas a Deus. Que o antro seja queimado junto com o diabo. Porém que as pessoas sejam resgatadas e salvas para Deus.

Qual cristão se reuniu tão “religiosamente (fielmente, periodicamente)” nas igrejas, quanto o alcoólatra? Afinal qual cristão se tornou tão dependente da palavra a ponto de não conseguir ficar dia, ou hora alguma sem ela? Qual cristão foi tão fiel à palavra quanto o viciado com sua bebida e qual cristão bebeu tanto da palavra a ponto de ficar bêbado como um mendigo. Porque (este) mendigo é aquele que entregou tudo pela bebida, mas qual cristão teria coragem de entregar tudo pela palavra e viver como um bêbado do espírito santo? Vivendo da bondade que não vem dele próprio?

Pobres homens que somos, achando que vivendo como reis, somos dignos aos olhos de Deus. Melhor seria que fôssemos mendigos, pedindo comida àquele que nos alimenta e bebida àquele que nos embebedece. Porque se buscarmos estas coisas, viveremos como reis, mas do contrário, como mendigo. Porque mendigo é aquele toma as coisas como rei e devolve como mendigo. Rei porém é aquele que toma as coisas como mendigo e o Pai lhes trata como reis. Porque o mundo pode lhe dar muitas coisa, mas somente o Pai que está no céu pode nos dar tudo. Porque neste mundo, o que nos é entregue é de mal grado, sempre custando nossa alma, mas o que nos é tirado é para nosso próprio bem. Porque é necessário esvaziar para que possamos ser cheios de bênçãos e do espírito santo.

Caso contrário na parte de cima sempre prevalecerá o óleo da arrogância e não se perceberá o vinho na base do copo. Porque o cristão é como uma copo de cristal, do mais límpido e transparente, diante dos olhos do Senhor. Ai daquele que não se encher totalmente do espírito, a fim de transbordar e derramar todo o óleo. Semelhante a ele serão as toupeiras que se afundam cada vez mais e se escondem no seio da terra. Buscando as coisas da terra e não as do céu.

Amém, que Deus nos abençoe!