Igualmente creio de que as leis cerimoniais se cumprem em Cristo, porém os adventistas possuem uma compreensão mais apurado do aspecto cerimonial da lei, no que não entram as leis de saúde.
Cerimonialismo eram símbolos e representações, o que é bem diferente das regras alimentares que tem como intuito a saúde.
Respeito se o calvinismo considera símbolos cerimoniais e regras de saúde como a mesma coisa, porém, particularmente entendo a distinção entre estas duas coisas.
Um detalhe, a que chamo a atenção do irmão, é que dispensacionalistas (alguns) usam este mesmo entendimento abrangente sobre o cerimonialismo, porém, além das regras alimentares incluem também os próprios mandamentos morais da lei de Deus, quando não, ignoram esta distinção considerando todas as leis como uma coisa só, não fazendo distinção entre leis de cunho moral, cerimonial ou judicial.
Portanto, não poderia o irmão estar errado em incluir no cerimonialismo as leis dietéticas no aspecto cerimonial que foi cumprido, assim como tais dispensacionalistas incluem as leis morais de Deus?
E por que Cristo não usariam uma ilustração tal qual aquela dos animais imundos?
Lembre-se querido irmão de que aquela visão foi dada particularmente a Paulo, o fato de Paulo ter entendido a visão explica o motivo de Deus ter usado aquela exemplificação!
Porque conhecendo Paulo, sabia que este entenderia o significado daquela visão.
O que a visão nos apresenta e digo não somente em relação ao entendimento de Paulo, mas segundo o que diz as escrituras era algo absurdo. E não podemos fazer doutrinas em cima de algo absurdo.
Assim como nas parábolas, devemos reter os seus ensinamentos morais. Senão poderíamos também roubar, segundo a parábola onde Cristo elogia a atitude de um filho das trevas, que se mostrou mais astuto do que muitos filhos de deus.
Também poderíamos adotar de que Deus estaria ensinando, aos filhos, a deixarem os pais, para aproveitarem a vida como fez o filho pródigo.
O que a visão de Paulo nos ensina é de que Paulo estava errado, ao atribuir aos gentios, as mesma visão conceitual que tinha a respeito dos gentios. Para Paulo envolver-se com gentios era a mesma coisa que colocar em sua boca uma carne imunda.
"Mas a voz respondeu-me do céu segunda vez: Não chames tu comum ao que Deus purificou". Atos 11:9
Aí está a questão que trouxe o entendimento a Paulo!
Cristo morreu justamente para purificar a humanidade!
Agora se adotarmos que além da purificação da humanidade, Deus estaria também dando permissão para consumo daqueles animais imundos, deveríamos adotar então de que Cristo veio também para purificar porcos e aniamis impuros.
E não lemos na Bíblia de que a missão de Cristo incluía purificar aqueles animais que na Bíblia são impuros.
Deste modo, Paulo percebeu de que havia uma diferença entre a imundície dos animais impuros para com a "imundície" dos gentios.
E isto, querido irmão, pelo contrário, nos reafirma de que aqueles animais não devem ser comidos devido ao contraste da comparação entre os animais impuros e os gentios.
Paulo concluiu de que os animais impuros eram DIFERENTES da condição dos gentios e que por causa desta diferença, tanto podia, como entendeu que deveria pregar aos gentios.
Deste modo há duas interpretações:
a) Deus purificou aqueles animais para serem comidos e da mesma forma os gentios foram purificados para receberem a pregação;
ou
b) Os gentios não estavam e assim como os estrangeiros Isaías 56:3-8 nunca estiveram na mesma condição dos animais impuros.
Porque A Bíblia ensina de que Cristo vei para purificar e purificou a humanidade. O que já havia ocorrido segundo conhecimento de Paulo.
E se Cristo se importou em salvar também aos gentios, Paulo deveria concluir de que devia pregar para estes! Porque não haveria sentido em salvar também aos gentios, mas mantê-los privados da pregação do evangelho. Porque não haveria sentido em trazer-lhes a salvação, sendo que permaneceriam ignorantes acerca desta salvação.
E se Cristo se importou em salvar também aos gentios, Paulo deveria concluir de que devia pregar para estes! Porque não haveria sentido em salvar também aos gentios, mas mantê-los privados da pregação do evangelho. Porque não haveria sentido em trazer-lhes a salvação, sendo que permaneceriam ignorantes acerca desta salvação.
Agora devemos aproveitar o embalo e incluir os animais impuros nesta purificação que ocorre por meio do sacrifício de Cristo?!
Querido irmão, isto só tem um nome, heresia! Porque Cristo veio para salvar pessoas e não porcos e ratos, assim como veio para purificar pessoas e não animais considerados por Deus como imundos.
Portanto, pode ter certeza, querido amigo, de que a purificação de porcos, ratos e outros animais impuros, não estão contidos no plano da salvação de Cristo, ainda que sejam utilizados como ilustração em uma das visões de Paulo.
E Deus não precisa se cuidar de maus entendimentos quanto às ilustrações contidas na SUA palavra, porque a própria bíblia nos ensina sobre estas coisas. E Deus conta com nosso bom senso e principalmente nossa obediência.
Quem obedece aos mandamentos de Deus, jamais irá se confundir, ainda que use ilustrações absurdas para ilustrar uma verdade moral, verdade esta sim, que devemos tomar como ensinamento, não incluindo a ilustração ou exemplificação.
E digo isto porque tem surgido um ramo herético que tem pregado de de que os animais imundos citados no antigo testamento realmente seriam um sombra representativa dos gentios.
E mesmo que intencionalmente, o argumento do amigo, tem apresentado esta mesma idéia. Mas não é isto que a Bíblia apresenta, muito pelo contrário!
A visão de Paulo nos mostra justamente de que os gentios nada tinham a ver com a condição de imundos, segundo é atribuído a certos animais.
Assim, proponho a refutação do argumento do irmão com esta seguinte proposição:
O que a visão de Paulo nos mostra é justamente de que os gentios não estavam e nunca estiveram na mesma condição dos animais impuros. Apoiado pela ideia de que Cristo morreu na cruz para salvar a humanidade e não purificar porcos e ratos. Assim, Paulo deveria pregar aos gentios, embora não devesse comer porcos e ratos.
Abraços.
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