Os profetas produziram dois tipos básicos de obra: Um que serviria a Deus em SEU propósito de construir a Bíblia sagrada e outro que serviria a Deus apenas em SEU propósito de guiar e orientar SEU povo em cada período da história, diante das adversidades contextuais pelas quais passava o SEU povo.
A literatura de Ellen White se encaixa nesta segunda classe de escritos inspirados. Tendo a mesma função das orientações de profetas antigos, menores, mencionados na Bíblia.
É certo de que os escritos de Ellen White possuem o mesmo peso das orientações transmitidas pela boca ou pela pena de tais profetas e que Ellen White, hoje, está passível do mesmo tipo de rejeição que sofreram estes profetas menores. Entretanto, ainda que o povo rejeitasse estes profetas, havia uma tolerância da parte de Deus. Diferente do que ocorria em relação à Moisés e demais profetas Canônicos!
Não seguir aquilo que era passado como ordem imediata de Deus, através de tais profetas como Moisés, poderia significar inclusive a morte! Quanto aos profetas menores o que notamos é longanimidade, paciência e somente ao final, as consequências.
Então há um pesos diferente entre a mensagem dada a profetas maiores canônicos e que compuseram a Bíblia, para as mensagens dadas a profetas menores e que trabalhava com um outro propósito, em seus respectivos períodos históricos.
Um cristão pode muito bem seguir a Bíblia e não dar ouvidos às orientações passadas através de Ellen White. Entretanto, se privará de proteger-se das consequências de muitos hábitos prejudiciais trazidos pelo tempo e o contexto em que vivemos.
Assim os escritos de Ellen White, não vieram acrescentar mais à mensagem de salvação. Tudo que precisamos para nossa salvação já se encontra na Bíblia.
O papel dos escritos de Ellen White é orientar a igreja a lidar com riscos e males próprios da modernidade que já datavam daquele tempo no que tange à alimentação, hábitos, lugares a que se frequenta, os entretenimentos. Enfim, nos ajudar a lidar com todas estas coisas sob a perspectiva da vontade de Deus expressa em SUA Palavra, a Bíblia.
Quanto à questão doutrinária, como a própria escritora comenta, seus livros seriam desnecessários, se a modernidade cristã mostrasse, em sua época, o empenho de vasculhar os ensinamentos da Bíblia sagrada e esquadrinhar suas profecias em busca de toda a luz de que necessitavam.
O período do segundo grande reavivamento surgiu desta fome e sede por nova luz em um período que já prenunciava a chegada da modernidade e do secularismo. Houvessem os cristãos tido acesso à esta nova luz com o estudo das Escrituras, aquilo que Deus derramou sobre Ellen White poderia ter sido, de outra forma, derramado sobre as igrejas, como Deus fez em todo o tempo, desde a reforma.
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