segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A igreja apostólica guardou o sábado?

Parabéns, querida irmã. Quem dera os irmãos a quem este comentário foi escrito tivessem este mesmo conhecimento.

Porém, há um detalhe a ser considerado pela irmã. Nos três anos e meio seguidos da morte de Cristo, os apóstolos continuaram pregando a judeus. A ideia original era de que o povo de Israel continuaria sendo o povo escolhido para pregar a mensagem.

E nisto pergunto:

Naqueles três anos e meio, todos os cristãos (judeus conversos ao cristianismo) guardavam o sábado?

Portanto a guarda do sábado continuou sendo exercida nos primeiros tempos a seguir à morte de Jesus a exemplo de Lucas 23:56.

Disse Cristo:

"Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;" (Mateus 10:5,6)

Então, não há dúvidas, querida irmã, de que o sábado continuou sendo guardado por todos os Cristãos israelita que receberam a mensagem. Incluindo os excluídos de Israel, ladrões, prostitutas que, dentro das portas de Israel, também tinham costume de guardar o sábado.

A pergunta é: quando a mensagem passou a ser delegada também aos gentios, o sábado ali foi mudado para o domingo?

Se foi, onde haveria sido dada esta ordem?

A linha abolicionista da lei sugere de que apenas a mensagem do evangelho e não o legado, haveria sido entregue também aos gentios.

Veja que os mandamentos de Deus, bem como toda a didática do cerimonialismo, conselhos e recomendações contidas em livros como de Salmos e Provérbios, foram dados a fim de preparar e capacitar ao Povo de Israel, a servirem de porta-vozes de Deus aqui na terra.

Porém o que aconteceu?

Aconteceu que o Povo de Israel, como nação rejeitou ao seu messias e à mensagem do evangelho.

E o que aconteceu desde então?

O legado antes deixado ao povo de Israel, então, foi deixado a cargo de todo aquele que aceitasse a mensagem da Salvação.

De modo que Paulo e os onze apóstolos, não guardaram o sábado após a morte de Cristo somente porque eram judeus, mas porque eram Israelitas e, antes disto, porque eram da descendência de Abraão, que já guardava os mandados de Deus (Gênesis 26:5) e, antes disso, porque eram filhos de Deus, que sempre dá Seus mandamentos a Seus filhos.

Por que Deus não suscitou um gentio a pregar para os gentios? Por que foi justamente Paulo?

Paulo, querida irmã, era um profundo conhecedor da Lei e defensor das crenças que foram delegadas aos Israelitas. Era um exímio teólogo e conhecedor da Bíblia!

Este profundo senso de defesa é o que levou Paulo a perseguir os cristãos.

Agora, será que, quando Paulo se tornou cristão ele deixou de lado a lei e tudo que foi ensinado a ele como Israelita?

Ou será que assim como Jesus, Paulo continuou guardando a lei e ensinando-a da forma correta, enquanto pregava àqueles a quem foi encarregado de levar a mensagem da salvação?

Veja, Cristo não deixou de lado os mandamentos de Deus, enquanto levava consigo a mensagem da salvação. Este exemplo, continuou sendo seguido por Pedro e demais apóstolos. Todos israelitas que pregavam a mensagem da salvação enquanto mantinham tudo aquilo que lhes foram ensinados pela Bíblia que tinham o Antigo Testamento (não aquilo que era de tradição do judaísmo e que se sobrepunha à Bíblia).

Portanto o que foi deixado de lado, foram ensinos tradicionais judaicos, provenientes desta religião a que todo israelita pertencia. Como lavar as mãos ritualisticamente antes de comer, dentre outras regras que regulariam a forma como guardariam os mandamentos de Deus baseados, essencialmente, na tradição de seus anciãos.

Paulo foi acusado de ser uma sectário da religião judaica, no que respondeu:

"Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas." (Atos 24:14)

E realmente, tomando por base o judaísmo e não a Bíblia, Paulo e demais cristãos, seguidores do mestre da Lei, Cristo, fundador da igreja cristã, fatalmente seriam considerados sectários, por não seguirem regras tradicionais acumuladas pelos descendentes da tribo de Judá.

Trazendo para os dias de hoje, não é o mesmo que ocorre com a IASD que, deixando de lado a tradição da igreja, guardam os mandamentos de Deus em sua forma correta, segundo o que lemos na Bíblia Sagrada que temos em mãos hoje, Antigo e Novo Testamento?

Paulo, entretanto, conhecia bem a lei de sua religião judaica, e ainda se considerava um judeu, mesmo sendo cristão.

Cristo em verdade estava corrigindo o judaísmo, naquilo que era necessário, porque, caso os israelitas se arrependessem em tempo hábil, seriam estes mesmos que continuariam os ensinos de Jesus às demais nações.

Disse Paulo:

"Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne." (Romanos 2:28)

Tendo os judeus circuncisos na carne rejeitado a missão (rejeitando a mensagem de Cristo), a mensagem então foi delegada aos judeus que aceitaram a mensagem. E não tendo o judaísmo clássico aceito as correções que Cristo lhes ensinara, surgiu uma nova religião, a cristã.

Porém, que bênção seria hoje se os judeus houvessem aceito a correção e o povo de Israel aceito a mensagem! Hoje teríamos uma única religião, a judaica-cristã! Que era aquela que existiu naqueles 7 anos em que a mensagem estava sendo pregada preferencialmente e quase que exclusivamente a judeus.

Não era da intenção de Cristo abolir o judaísmo, quanto menos os mandamentos de Deus, mas corrigir, no judaísmo, aquilo que ia além dos mandamentos de Deus e que dificultava e impossibilitavam a guarda dos mandamentos de Deus, ou que trazia a injustiça.

Cristo morreu judeu e ressuscitou judeu! Ainda por um pouco de tempo os apóstolos continuariam a pregar aos judeus (o que ocorreu até o apedrejamento de Estêvão), chamando-os a aceitarem a mensagem, o que infelizmente não ocorreu.

Então, será que após a morte de Cristo, nos 3 anos e meio de pregação ainda ao povo Israelita, deixaram, os apóstolos, os mandamentos de Deus?

Ou será que, como Cristo, continuaram praticando tudo aquilo de bom que havia na religião judaica, deixando porém de lado aquilo que provinha de tradição e que dificultava a guarda dos mandamentos de Deus?

Ali naqueles anos de pregação após a morte de Cristo, a igreja continuava sendo judaica-cristã, sendo composta por judeus que receberam a mensagem diretamente através de Cristo e que como cristo após sua ressurreição, continuaram sendo judeus.

E será que quando Paulo foi chamado a pregar aos gentios, isto mudou?

Não querida irmã, os gentios herdaram os costumes religiosos daquela igreja apostólica, composta por judeus cristãos.

Embora esta forma de judaísmo cristão fosse vista como sectária (por aceitar as correções de Cristo) estava em perfeito acordo com a Lei.

A lei dos Judeus era, e não deveria ser outra, senão a Lei de Moisés.

Deste modo embora não guardassem aquilo que provinham de tradição, guardavam no judaísmo tudo aquilo que provinha da Lei. E continuaram a guardar e respeitar tudo aquilo que estava contido na Lei e nos Profetas (Atos 25:8), seguindo o bom exemplo de Cristo.

Quando Paulo foi chamado a pregar aos gentios, todos estes eram chamados a se unirem àquela igreja que sobreviveu por três anos e meio praticando os ensinamentos de Cristo, após a Sua morte, bem como as boas coisas que os seus ensinadores judeus, apóstolos e discípulos de jesus, haviam aprendidos em sua religião judaica.

O que Paulo então combatia?

Ora, tudo aquilo que provinha do cerimonialismo e que era usado de forma errada por alguns judeus como um meio de salvação. Bem como outras regras ritualísticas extras àquelas corrigidas por Cristo:

"Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas." (Marcos 7:8)

Havia, na igreja cristã, ainda aqueles que mesmo tendo aceito a mensagem continuavam a defender certas práticas judaicas provindas unicamente destas tradições, os quais queriam impor a gentios como necessárias.

Estas práticas, especialmente quando colocadas como contribuintes à salvação (o que fariam destas um meio de salvação) é que foram, em sua forma ampla, combatidas por Paulo.

Por conta de chamar os gentios à mensagem e não haver mais a distinção, por nação específica, do povo de Deus, um mandamento e um único mandamento perdeu o seu sentido, o que foi devidamente tratado pela igreja cristã e que se consistia na circuncisão!

A circuncisão era um sinal tribal e que identificava o povo de Deus. Porém, tendo o povo de Israel rejeitado a mensagem da salvação, perderam o privilégio de ser Nação Escolhida. O muro então que separava judeus e gentios foi derrubados e ambos bem como todo o mundo foram feitos um só povo!

Então não havia mais a necessidade de distinção por meio da circuncisão da carne!

O que então identificaria todo aquele que pertence ao Reino de Deus?

Ora, esta seria a circuncisão do coração!

"A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus." (1 Coríntios 7:19)

"Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura." (Gálatas 6:15)

O ser nova criatura e a mudança que é feita em cada um, no que tange aos frutos do Espírito (bem como a guarda dos mandamentos de Deus) é o que serviria de identificação do Povo de Deus, individualmente espalhado por todo o mundo (Gálatas 5:22).

Todo o resto, alheio à circuncisão e ao tradicionalismo judaico, permaneceu na igreja apostólica que agora abrigou aos gentios.

Com o chamado de Pedro, através da visão, demais apóstolos e discípulos de Jesus se colocaram na empreitada de apoiar Paulo no levar da mensagem aos gentios.

Das mãos de judeus-cristãos os gentios receberam a mensagem da salvação e com eles viveram e conviveram nas igrejas que se espalhavam. Toda aquela mensagem acumulada de Cristo e o conhecimento que tinham da lei, se propagou pelas igrejas.

Gentios tinham como mestres, judeus cristãos, que aprenderam diretamente do Cristo. O próprio Deus que uma vez entregara Suas leis à Israel.

O próprio Deus fez uma revolução em meio à cultura judaica, trazendo uma mensagem aperfeiçoada do que deveria ser um judeu. Não tendo aceito porém, este aperfeiçoamento tais ensinamentos foram herdados pelos judeus que aceitaram a mensagem de Cristo, o qual, posteriormente, repassaram à igreja cristã apostólica.

Com o passar do tempo porém, cristãos gentios resolveram morder a mão que os alimentava (Mateus 15:26)! Inconformados com a Lei, começaram um movimento de desprezo e afastamento do judaísmo.

Largando a orla das vestes judaicas (Zacarias 8:23) decidiram abolir aquilo que havia de bom e correto e bem guardado pelo judaísmo! Os Santos Mandamentos de Deus! Especialmente o sábado!

Esta semente de discórdia plantada em um povo onde a paz entre judeus e gentios havia sido semeada e adubada pelo próprio Cristo, possibilitou o crescimento abundante do joio em meio ao trigo.

Aquele muro de separação, derrubado então por cristo, passou a ser erguido novamente, pelos próprios cristãos que ansiavam por ser apartar da religiosidade judaica que era intransigente à violação dos mandamentos de Deus. E daí começou o surgimento da ideia de um domingo, um dia próprio para aqueles que desejavam se libertar da lei a que consideravam ser dos judeus, quando eram na verdade de Deus, o Cristo.

Se tornaram incircuncisos, agora, do coração. Deixaram o bom exemplo de fé e fidelidade para ir agora a um outro extremo, a desobediência aos mandamentos de Deus.

Cristo deixou uma mensagem forte e profunda e combateu os extremos na observância da lei de Deus e agora vê Seus filhos partindo para um outro extremo, o de modificar a lei para tornar seus seguimento mais fácil (inicialmente e especialmente na questão do domingo), para, por fim, então, neste tempo do fim, passarem a exigir a revogação dos mandamentos.

E justamente por conta disto, é que uma igreja profética foi suscitada. A fim de apaziguar a relação da igreja cristã com os mandamentos de Deus. Restaurando aquilo que foi mudado e trazendo verdades esquecidas, para que a igreja se aproxime da beleza da pregação do evangelho naqueles tempos em que a igreja judaica-cristã ensinava a  mensagem segundo o exemplo de Cristo.

Disse Paulo:

"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;" (2 Timóteo 4:3)

A sã doutrina é aquela doutrina saudável, deixada por Cristo à SUA igreja, antes composta estritamente por judeus e que posteriormente passou a abrigar também aos gentios. Todos andando nos mandamentos de Deus segundo o que estudavam nas Antigas Escrituras, até que nos séculos seguintes, viessem as Novas Escrituras.

Estas Novas Escrituras, com seu cânon, porém, não veio para substituir as Antigas Escrituras, ou servir como uma regra de fé diferente. Mas sim uma continuação daquela mesma regra de fé antiga, segundo os ensinamentos de Cristo.

Assim as Novas, devem ser uma continuidade das Antigas Escrituras.

E pelo exemplo e ensino de Cristo e de seus apóstolos, jamais poderíamos entender o advento das Novas Escrituras como uma revogação das Antigas Escrituras.

Disseram porém: - Temos agora as novas escrituras, vamos nos apartar definitivamente dos judeus. Criaremos nosso próprio dia!

E com o passar do tempo isto culminou em uma igreja que tinha seus próprios mandamentos, rituais e tradições. Muitas vezes "ripostando", como a irmã disse um tempo atrás acerca de meus artigos, aquilo que havia na cultura judaica.

15 comentários:

  1. Boa noite, sr.adventista. Desculpe a demora mas agora não tenho lido quase nada sobre religião e há muito tempo que deixei de consultar a bíblia. Há tantas barbaridades cometidas pelos homens na atualidade que estar a discutir acontecimentos passados há dois mil anos parece uma incongruência. Mas sei que o sr. está à espera da minha resposta. E em respeito à memória de Jesus, esteja Ele onde estiver, devo a minha humilde opinião.
    O sr. escreveu:«Portanto a guarda do sábado continuou sendo exercida nos primeiros tempos a seguir à morte de Jesus a exemplo de Lucas 23:56.»
    Eu penso que Lucas 23.56 conta um episódio bastante próximo da morte de Jesus, não podendo servir de exemplo de demonstração da guarda do sábado pelos seus seguidores que não se tinham constituído como grupo à parte dos restantes judeus. Repare, todos viviam com as suas famílias, com exceção dos doze.
    O sr. escreveu:"Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
    Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;" (Mateus 10:5,6)».
    É verdade que os apóstolos começaram o anúncio do Reino do Céu pelos judeus e nada nos diz que era para transgredir coisa alguma da Lei. Mas quando receberam essas instruções Jesus ainda estava vivo e sabemos que a sua interpretação da guarda do sábado não era exatamente a mesma da dos judeus mais tradicionalistas.

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  2. O sr. escreveu: «A pergunta é: quando a mensagem passou a ser delegada também aos gentios, o sábado ali foi mudado para o domingo?»
    Nada na bíblia nos permite tirar essa conclusão. Sabemos, sim, que o domingo é uma tradição antiga que é seguida em múltiplas igrejas. A causa da mudança já o sr.adventista sabe qual foi, Constantino era um adorador do deus sol e tal e tal... Mas também não sabemos até quando o sábado foi respeitado pelos gentios da época de Paulo.
    Noa atos dos apóstolos, vemos os primeiros conversos judeus vivendo em comunidade e repartindo tudo entre eles. De notar que frequentavam diariamente o templo (não há referência a visitarem o templo ao sábado).

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  3. Vemos também,em Antioquia da Pisídia, Paulo e Barnabé, dentro de uma sinagoga a um sábado, a anunciar a Boa Nova. E percebemos que entre a multidão de judeus se encontravam pagãos o que não era de admirar pois qualquer um podia entrar livremente nas sinagogas para aprender sobre a religião judaica. É possível que os gentios convertidos à palavra de Paulo tivessem por algum tempo guardado o sábado pois já sabiam que era uma prática obrigatória do judaísmo e não havia ainda um corte profundo entre as duas crenças.

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  4. Não podemos conjeturar muito mais acerca do sábado a não ser que se rejeitou a ideia de impor aos gentios a Lei de Moisés na sua forma completa. Aliás, o que Tiago propôs e foi depois aprovado reduz-se a pouco, embora a questão da imoralidade envolva muitas proibições. Não havendo levantado a questão da guarda do sábado, somos livres para acreditar que este não seria imposição mas sim opção. Parece-me que este acrescentamento na fala de Tiago «Desde os tempos antigos, Moisés tem em cada cidade os seus pregadores e é lido todos os sábados nas sinagogas» é um sinal para que os gentios que quisessem informar-se e seguir esses princípios estivessem à vontade para o fazer mas não constituiria um jugo.
    À medida que novas concepções foram surgindo, novas maneiras de olhar a Lei permitiram tornear esta cláusula, substituindo este dia pelo domingo sem prejuízo da adoração a Deus. Não vejo a necessidade de ser repetitiva; ao fim e ao cabo estou quase a dizer o mesmo que o sr.adventista, concordando com o facto de o sábado ter sido seguido nos primórdios da evangelização tendo sofrido com o passar do tempo uma mera modificação.

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  5. Olá irmã,

    Noto que esta compreensão da irmã, se dá com base nos aspectos sociais e religioso. Porém, analisemos em âmbito teológico.

    Conhecendo o Deus que é mostrando na Bíblia desde o Gênesis, até o Apocalipse e o quanto faz questão de que Seu povo guarde seus mandamentos, dando bastante ênfase ao sábado, pergunto:

    Se no tempo de Isaías e demais profetas, o povo decidisse deixar de guardar o sábado, e então guardassem um domingo, juntamente com pagãos, exatamente da forma como aconteceu na época de Constantino, misturando suas doutrinas e se fazendo uma mesma religião e então Deus aparecesse diante deles, pergunto:

    Usando uma gíria popular: "o tempo iria fechar, ou não iria fechar"?

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  6. Pois, sr. adventista, eu preciso de ser esclarecida sobre essa expressão «o tempo iria fechar». Significa, talvez, estaria o mundo a acabar?
    O mundo está sempre a entrar em colapso com as atrocidades cometidas pelos homens aos seus semelhantes. Cada guerra é motivo suficiente para Jesus descer ao nosso encontro. Nem sei porque é que ainda não o fez. Depender a vinda de Cristo da guarda do sábado não me parece plausível já que pretendemos um Deus perfeito e não narcisista, preocupado apenas com a vassalagem por parte dos seus súbditos.
    No A.T. houve muitos períodos de idolatria, daí as advertências constantes por parte dos profetas e Deus não apareceu diante de ninguém nem o mundo acabou. Quando Salomão se casou com várias mulheres estrangeiras, houve mistura de crenças, adoração a ídolos diferentes e Deus não apareceu. No tempo de Neemias, este introduziu novamente a guarda do sábado em Judá e acabou com os casamentos mistos mas antes dele restaurar a ordem na região tudo indicava que Deus não dava importância a essas coisas. A vida prosseguia com trabalho duro, sim, muita pobreza, mas não houve motivos para chegar o tempo do fim. Cada vez que os judeus eram feitos cativos e as suas terras e casas destruídas, Deus não aparecia para terminar com tudo e sabemos que os judeus se culpabilizavam pelas suas desgraças. Pelo menos, os profetas encarregavam-se de meter na cabeça dos sobreviventes que estavam naquela situação deplorável devido aos pecados e não cumprimento dos mandamentos.

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    1. Falo sobre um pai que chega em casa de viajem e encontra a casa toda bagunçada e seus filhos fazendo justamente o contrário de tudo aquilo que ele, o pai, ensinou.

      No antigo Israel, os juízos de Deus caíram pesadamente sobre a nação, por terem se desviado dos caminhos de Deus. Profetas pegaram moços dentre os de Israel pelos cabelos, jogando aos pés de seus pais fazendo-os jurar que nunca mais dariam seus filhos a se casarem com as filhas pagãs.

      Em todas as vezes que o povo se desviou, eles não decretaram um oficial afastamento de Deus. Sempre começaram por deitar por terra os mandamentos de Deus, menosprezando-os e transgredindo-os como se não houvesse importância.

      E os profetas que eram enviados encontravam o povo no sábado praticando a colheita, junto aos pagãos.

      E somente quando Deus afastava sua proteção do povo de Israel e as nações então caiam em cima do povo a fim de tomar-lhes suas terras e os destruir é que seus corações se abrandavam e então Deus enviava um último profeta esperando que se arrependessem!

      Mas isto não ocorria sem antes Deus haver enviado vários de seus profetas e que eram ignorados e até mortos.

      De todas as vezes que a cidade foi atacada e destruída, ou teve seus filhos levados cativos, era resultado de escolherem intransigentemente irem contra o que Deus lhes advertia.

      E o que aconteceu com a igreja, não foi mais do que uma repetição daquilo que por tantas vezes ocorrera com o povo de Israel.

      Cristianismo e paganismo, então, de mãos dadas e os mandamentos deixados de lado como que não tendo importância e o resultado é que acabaram, enfim, sendo dominados pelo poder de Roma através do sistema papal.

      Por quantas vezes os falsos profetas, adorados entre o povo de Israel, pregaram aquilo que vemos ser pregado hoje dentro da igreja? De que os mandamentos de Deus não tinham mais tanta importância, que o que valia era o amor, de que o sábado era um fardo e as proibições de Deus, sem sentido.

      Disseram: - Não, agora vocês podem comer de tudo, podem tomar as filhas pagãs para seus filhos, podem deixar Deus de lado e ir comemorar as festas pagãs. Adorar outros deuses junto aos pagãos, permitir encher suas casas com imagens das divindades trazidas por suas esposas, neste novo tempo de paz e prosperidade!

      E tudo corria bem, enquanto Deus os abençoava e os protegia! Até que Deus então se afastava! E o resultado?

      E mesmo Deus tendo deixado estas histórias do que ocorreu com o Povo de Israel, para exemplo e aprendizagem, a igreja caiu na mesma história de apostasia do Povo de Israel, vivendo então um longo e tenebroso período de sofrimento durante a idade média.

      E o Povo de Deus, hoje, passa mais uma vez por um processo de restauração da verdade! Até que venha a próxima e última apostasia!

      Antes da qual Deus enviou, mais uma vez, obreiros para fazer a obra de restauração, de guarda e de defesa das verdades de Deus. E também um Profeta Verdadeiro para ser aceito por uns, rejeitado por outros, e odiado pelos falsos profetas, como é de praxe.

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  7. Se é assim, se cada novo profeta que deus enviar não é aceite por todos, então não vale a pena continuar neste ciclo de restauração de verdades em que a mentira e a charlatanice andam de mãos dadas. Se Joseph Smith foi amado por uns e odiado por outros, se Ellen White lhe seguiu as pegadas e teve o mesmo resultado, se outros líderes de outras igrejas executaram crimes sendo considerados verdadeiros profetas pelo rebanho, se não se sabe quem é o verdadeiro e o falso, não vale a pena deus continuar com a mesma receita.
    O sr. considera que a próxima apostasia será a última, não sei porquê. Isto vai terminar breve?

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    1. Só existe uma solução definitiva para este problema, que é o extermínio do mal, juntamente com aqueles que praticam a maldade. Houvesse Deus cumprido este método nos dias de Adão e Eva, nenhum ser humano se salvaria.

      Os métodos paliativos de Deus, dentre eles o envio de profetas é uma forma de Deus conceder a graça de novas oportunidades de arrependimento. Toda ação de Deus visa resgatar aqueles que O amam dentre aqueles que O rejeitam.

      Em toda apostasia, em qualquer época, houveram aqueles que permaneceram fiéis a Deus e que, na chegada da oportunidade, se uniram ao profeta enviado por Deus a fim de restaurarem todas as coisas.

      Porém estas soluções temporárias não serão novamente exercidas! Pois, assim como nos tempos de Noé, aproxima-se o final do tempo de oportunidade para cada ser humano. Novamente o mundo será varrido, desta vez, com fogo.

      Não há mais profecias bíblicas a serem cumpridas, senão aquelas que antecedem de forma iminente, a vinda de Jesus. De modo que haverá um curto espaço de tempo, desde o hoje, até a chegada de Cristo à terra.

      De um lado haverá o arregimentamento das forças divinas, no derramamento da chuva serôdia e término da pregação do evangelho a todo o mundo. E do outro o movimento de combate às verdades de Deus, no cumprimento profético do ecumenismo.

      Isto dividirá a humanidade em dois grandes grupos.

      Os que então não aceitarem o covite de Deus ao arrependimento e não permanecerem nas verdades eternas de Deus que se encontram em Sua Palavra, cairão no grupo que se levantará contra Deus, o Seu governo e o Seus mandamentos.

      O Rei está voltando, para trazer o Seu reino, mas nem todos estarão preparados para receber este reino. Ao chegar à terra Ele encontrará aqueles que se arregimentaram contra Deus e tentaram estabelecer o seu próprio reino aqui na terra, no lugar de Cristo.

      E acontecerá que, ao invés de o mundo firmar seus olhos em Cristo, o homem se perderá em sua própria ambição.

      Encontrar-se-á homens nus e totalmente despreparados. Inaptos a habitarem no Reino que Ele veio para estabelecer.

      E os homens então perceberão de que agiram segundo os propósitos de Satanás, tentando implantar uma resistência contra o governo de Deus, os quais Deus destruirá com o sopro de Sua boca.

      Mas haverá aqueles cujos joelhos não se dobraram diante da autoridade humana, ao ser-lhes ordenado afastar-se dos princípios de Deus, estabelecidos em Sua Palavra.

      Igualmente, em todo o mundo, homens e mulheres, jovens e crianças, sendo fiéis a luz que cada um recebeu, se recusarão a trair ao Deus que os salvou.

      E por conta de seu testemunho, padecerão perseguição.

      (...)

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    2. A efetivação do ecumenismo que aí está, e a chegada de um consenso global acerca da guarda do domingo, e o início das perseguições se dará imediatamente após a pregação do evangelho a todo o mundo.

      Portanto o que falta é unicamente o conhecimento do evangelho chegar às últimas partes que ainda restam.

      O muro islâmico já foi galgado, e hoje, milhares morrem em testemunho de que receberam a mensagem. Pouquíssimo tempo falta até que o evangelho chegue aos últimos lugares. E onde o evangelho não chegar, o derramamento do Espírito chegará. Não haverá lugar no mundo onde a ordem de guarda do domingo chegue, que a mensagem de Deus não tenha chegado.

      De modo que quando virem e ouvirem de que há em todo o mundo um grupo que não aceitou a imposição do domingo e que estão padecendo perseguições, conseguirão entender os motivos e igualmente terão a oportunidade de tomar a sua decisão.

      Porém será um tempo apto apenas para aqueles nos quais o Espírito Santo já trabalhou em seus corações. De modo que muitos deixarão para tomar sua decisão quando estas coisas de fato vierem a acontecer, porém, quando estas coisas acontecerem, muitos já estarão com seus corações grandemente endurecidos.

      Outros, confusos e outros, pegos pelas circunstâncias e total despreparo, não terão fé suficiente para rejeitar aos decretos do anti-cristo e assim como os demais, padecerem perseguições.

      Muitos não conseguirão abandonar seu próprio conforto, ou suas famílias. Outros se encontrarão deveras admirados com o mundo de aparente prosperidade que está surgindo. E ainda outros, terão dificuldades em deixar para trás, tudo aquilo que conquistou com árduo esforço.

      E não haverá um tempo de angústia como aquele!

      Casais tendo que ver tudo que construíram serem tomados. Pais tendo que se separar de seus filhos. Filhos tendo que deixar seus pais já sabendo do terrível fim que aguardam aqueles que preferiram antes amar ao mundo do que Aquele que os salvou.

      E tão rápido quanto foi o início das chuvas que logo inundou todo o mundo, assim também será os eventos que antecedem a vinda de Cristo.

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  8. «De um lado haverá o arregimentamento das forças divinas, no derramamento da chuva serôdia e término da pregação do evangelho a todo o mundo. E do outro o movimento de combate às verdades de Deus, no cumprimento profético do ecumenismo.»
    Sr. adventista, boa noite.O sr. considera a melhor coisa que pode acontecer â humanidade, o ecumenismo, como contrária às vontades de Deus. Que lavagem cerebral o sr. anda levando! O ecumenismo é o diálogo, a fraternidade, a compreensão que une doutrinas diferentes mas emanadas do mesmo Deus. Porque os homens são diferentes na sua igualdade! Todas as doutrinas têm pontos em comum e pontos que as diferenciam.
    «Portanto o que falta é unicamente o conhecimento do evangelho chegar às últimas partes que ainda restam.» Se o resultado da divulgação do evangelho é o mundo acabar com a descida de um Cristo irado que faz desabar os edifícios e provocar tsunamis e terramotos, então torçamos para que o evangelho demore a chegar às mais remotas zonas do planeta.
    «De modo que quando virem e ouvirem de que há em todo o mundo um grupo que não aceitou a imposição do domingo e que estão padecendo perseguições, conseguirão entender os motivos e igualmente terão a oportunidade de tomar a sua decisão.»
    Como parece um motivo fútil para alguém sofrer perseguições, sr.adventista. Com o caos provocado pelo estado islâmico e os milhares de refugiados a morrerem de fome e afogados, isso, sim, um verdadeiro problema, um simples dia de adoração que pode ser trocado por outro irá levantar tanta celeuma? Ninguém terá em conta, nesse tempo futuro, que a guerra é o maior problema de todos, assim como o terrorrismo? Será tão difícil evitar uma perseguição tão cruel por uma ninharia?

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    1. http://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2015/08/esta-vida-no-mundo-de-pecados.html

      "Será tão difícil evitar uma perseguição tão cruel por uma ninharia?"

      A proteção aos mandamentos de Deus e o Seu governo, custou o sangue do Seu próprio filho. Muita dor e humilhação, e uma eternidade presa à uma natureza divina-humana!

      O preço pago por Deus para salvar a humanidade, não foi uma ninharia!

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  9. 16. Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados,
    17. que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo.
    23. As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne.
    (Colossenses, 2)

    O sábado na lei judaica simbolizava o DIA DO Senhor, os 1000 anos futuros de governo em que o Senhor estará pessoalmente na terra; da mesma forma que o sacrifício de animais eram uma indicação do sacrifício futuro de nosso Senhor Cristo Jesus. Eram sombras de coisas vindouras! Você ignorar esta passagem?

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    1. Olá, irmão Wadeck, seja bem vindo, prove-me que o sábado simbolizava os 1000 anos futuros!

      Um abraço.

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