O artigo em questão, construído pelo opositor adventista Luciano Sena, em sua essência, demonstra a extrema incapacidade deste nosso crítico em levantar argumentos plausíveis contra o sábado bíblico.
A primeira falha que encontramos é o fato de, em seu texto, Luciano Sena se esquecer do macrocosmo da religião e seguir por uma linha de raciocínio que coloca o sábado como sendo uma peculiaridade adventista.
De fato toda a argumentação contida em seu texto, cai com um único argumento que é este:
Antes mesmo da Igreja Adventista do Sétimo Dia passar a guardar o sábado, tal sábado já era guardado por outras denominações religiosas.
Sendo que outras denominações já guardavam o sábado, dia sagrado de repouso que nunca deixou se ser observado, mesmo após a morte de Jesus, fica muito difícil acreditar na pressuposição de Luciano Sena de que tão somente visões justificariam motivos para os adventistas crerem na guarda do sábado ao invés do domingo.
Este tipo de argumentação, de fato, se mostra bastante falha.
Assim como a Igreja Batista do Sétimo Dia, por exemplo, crê no sábado unicamente por meio de um estudo aprofundado das escrituras, assim também Bates, um pioneiro adventista, teve construída a sua idéia acerca do sábado!
Segundo o que o próprio opositor adventista demonstrou, Ellen White e seu esposo é quem haveriam sido influenciados e convencidos por Bates a aceitarem o sábado como dia de guarda. Isto se repete com as demais doutrinas, como a doutrina do Santuário.
Outra questão é que Bates não era o único guardador do sábado dentro do movimento adventista, nem foi a primeira pessoa a insistir com Ellen White acerca da questão do sábado, o que demonstra a escassez de conhecimento primário acerca da história do adventismo, por parte de Luciano Sena.
Imprecisão histórica
"Alguns cristãos no passado questionaram a validade desse argumento, entre eles os valdenses" (Luciano Sena)
Esta afirmação se mostra deveras incompleta! Fato é que os valdenses sempre foram um povo fiel à Bíblia! Portanto não é como se de uma hora para a outra houvessem se rebelado, passado a questionar algo que era tido como verdade absoluta, como fora atribuída aos Batistas do Sétimo Dia. A verdade é que os valdenses rejeitaram, desde o princípio, todo e qualquer tipo de argumento de imposição anti-bíblica enquanto estas foram surgindo, daí o motivo de terem sido perseguidos e dizimados.
Afirmações sem base bíblica
"Esse dia foi substituído pelo Dia do Senhor no Novo Concerto, com algumas mudanças." (Luciano Sena)
Tal afirmação, de instituição do dia da ressurreição de Cristo como dia de guarda não é algo que provenha das escrituras, mas sim de um ensinamento tradicional da Igreja Cristã. Biblicamente não existe base para se apoiar tal ideia pelos seguintes motivos:
a) Não consta na Bíblia qualquer tipo de verso que mostra a instituição do dia da ressurreição de Cristo, como um dia de guarda (a tradicional páscoa semanal);
b) Não consta na Bíblia, qualquer autorização para modificação dos 10 mandamentos escritos pelo próprio dedo de Deus;
c) Não consta na Bíblia, qualquer autorização para transferência dos valores do sábado para o dia da ressurreição de Cristo.
d) Não consta na Bíblia, qualquer autorização para abolição do 4º mandamento em favor do dia da ressurreição de Cristo.
Quando é dito que tal autorização haveria ocorrido quando do Novo Concerto, como afirmado por nosso opositor, seria necessário mostrar, na Bíblia, nos termos do Novo Concerto, onde consta tal autorização.
A questão se complica pelo fato de o artiguista ter afirmado que, além da troca do dia de guarda, este novo dia, chamado de "dia do senhor", seria ainda acompanhado por mudanças, o que não tem base Bíblica.
Sendo que não encontramos autorização para mudança do dia de guarda, também não encontramos um termo de como seria guardado este novo "dia do senhor" diante do Novo Concerto. Percebemos então que, quando falamos acerca do domingo, estamos falando específicamente sobre tradição e não propriamente sobre lei, ou doutrinas Bíblicas. Vejamos o porque:
"Obviamente isso não foi de forma abrupta. A medida que a Igreja amadureceu, ficou claro que o sábado era sombra (Cl 2.16) e o primeiro dia foi objeto instrumental de culto (At 20.7)." (Luciano Sena)
Esta afirmação mostra-nos algo interessante:
O domingo realmente não foi instituído por lei, ordem ou explícita autorização Divina (a dita "forma abrupta"), mas veio decorrente de um entendimento por parte dos cristãos (tradição).
Em suma a questão do domingo provêm de uma questão de "entendimento". O que é diferente de uma Lei escrita, ou uma autorização explícita, ou ordem direta.
Ocorre que o Domingo não é apresentado na Bíblia, mas os cristãos guardam hoje este domingo.
Então chegamos ao ponto crucial e que mostra o quão furada é a argumentação do nosso crítico Luciano Sena:
A questão é justamente o inverso! Isto mesmo! O sábado sim é que vem precedido de um profundo embasamento bíblico, construído através de Lei, Autorização e Ordem de guarda! O que não vemos ser aplicado ao domingo".
Portanto, Luciano Sena tem proposto uma inversão de situação entre o Sábado e o Domingo!
Biblicamente é fácil provar a legitimidade do sábado como dia de guarda, o que não ocorre com o Domingo.
Para se explicar o domingo na Bíblia, primeiro é necessário fazer uma reversão para o significado deste termo que não é bíblico. Do termo resultante que é "Dia do Senhor", precisamos ainda aplicar uma doutrina denominada tradicionalmente de "páscoa semanal" (uma doutrina que não contém na Bíblia).
Então precisa-se de uma teologia que afirme de que o termo "dia do senhor" contido em alguns trechos da Bíblia se refiram ao dia da ressurreição de Cristo.
Porém encontramos diversos problemas nesta atribuição, eis algumas delas:
a) O sábado é chamado de
"O dia do Senhor"
(Isaías 58:13-14).
b) O dia do juízo dos ímpios é também chamado de "O dia do Senhor" (Joel 1:15, Salmos 18:1, Amós 5:18, Sofonias 1:14, Ezequiel 30:3)
c) O termo "O dia do Senhor" também é empregado para definir a vinda de Cristo no Novo Testamento (1 Tessalonicenses 5:2, 2 Pedro 3:10, 2 Coríntios 1:14, Atos 2:20, 1 Coríntios 5:5 );
Entendemos então que o termo "Dia do Senhor", biblicamente se refere ao dia de ENCONTRO com o Senhor, como ocorreu com Paulo em Apocalipse 1:10.
Entretanto não vemos na Bíblia este dia ser atribuído à um domingo pascoal, sendo aplicado na maior parte das vezes ao dia de encontro dos ímpios com o Senhor no dia da SUA vinda, ao dia de encontro dos justo como Senhor no dia da SUA vinda e uma vez se referindo ao dia de encontro de Paulo com o Senhor e outra se referindo ao dia de encontro dos guardadores do Sábado com o Deus Criador.
Então o motivo para o abandono da guarda do domingo e a natural guarda do sábado pode ser resumido basicamente em um único motivo:
O de não se encontrar na Bíblia, base, para a guarda do domingo no lugar do Sábado.
E termino esta argumentação com palavras de um representante de uma religião que tem de fato a verdadeira autoridade sobre o domingo cristão, tido como páscoa semanal.
No Boletim Católico Universal, pág. 4, de 14 de agosto de 1942 assim consta:
“A Igreja mudou a observância do sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nessa questão, os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos protestantes coerentes.”
Conclusão:
É por isto então que os Adventistas do Sétimo Dia guardam o sábado ao invés do domingo, por serem coerentes com a fé que professam de seguir unicamente as Escrituras Sagradas. Esperemos então que nosso opositor do sábado, e também do adventismo, seja algum dia tocado pelo Espírito Santo, deixando então de guardar a tradição para guardar aquele que é o verdadeiro e Santo Dia do Senhor (Isaías 58:13-14), o dia divinamente instituído no Gênesis (Gênesis 2:2-3), cujo dono é Jesus Cristo (Mateus 12:8).
Muito boa a sua explanação irmão, Sr. Adventista!
ResponderExcluirQue o SENHOR continue abençoando-o!
Obrigado irmão Josinaldo, que Deus lhe abençoe.
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