segunda-feira, 19 de maio de 2014

O preço de um resgate

Uma experiência com o livro de Levítico

Não, não falarei daquele conhecido filme, mas sim de uma experiência que tive lendo a Bíblia Sagrada.

Lendo o livro de Levítico na parte que fala acerca do resgate de uma casa ou um terra ou de um parente que foi feito servo, percebi o quanto Deus se preocupou em ensinar ao SEU povo acerca da salvação usando não apenas as Leis Cerimoniais mas também os Preceitos Judiciais. Lemos ali diversas regras acerca da venda e resgate de terras, também de casas e especialmente de parentes que se tornaram servos, devido a alguma dificuldade urgente ou empobrecimento.

Tratava-se quase de uma forma de aluguel ou penhor, porém mais justa e com caráter de posse como dono propriamente dito, mas que permitia ao vendedor reaver seus pertences e sua própria senhoria quando restabelecesse das suas condições ou quando um parente viesse ao seu resgate. Tal lei não permitia que um irmão se aproveitasse do outro, de maneira tirana, por outro lado, também, quem comprou as terras ou adquiriu a um servo receberia proporcionalmente, de forma justa, o seu investimento quando de seus resgates. Por lei, a família e isto inclui, por exemplo, tios, tinham a obrigação de ir em resgate ao seu familiar.

Era uma forma de sociedade onde cada pessoa poderia subir ou descer na hierarquia tornando-se servo ou senhores de acordo com sua situação financeira, onde quem se empobrecia se agarraria a algum senhor, ou venderia alguma de suas propriedades, ou esperaria que um parente viesse lhe resgatar, ou aos seus bens, ou então levantaria, por si mesmo, recursos para este resgate. Uma forma justa de garantir o direito à terra à casa e também a sua própria senhoria, mas o que mais chama a atenção era a misericórdia explícita incluída na questão do resgate. O resgate era o meio fundamental pelo qual o indivíduo poderia reaver a si mesmo ou a seus pertences, mas não confundamos a servitude com a escravatura, pois na verdade seria quase que um outro termo entre a escravidão e o assalariamento que temos nos dias de hoje. Um servo não obteria lucro em cima de seu senhor, em contrapartida o seu senhor também não poderia obter lucro sobre um servo, ou seja, o servo apenas o serviria e em contrapartida seria mantido pelo seu senhor a quem prestaria serviço continuamente. Não por coincidência, isto nos ensina muito acerca da importância de um resgate na vida da pessoa, levando-nos a olharmos para a cruz de Cristo, onde o maior preço de resgate foi pago em favor da humanidade.

Cristo pagou o preço pelo nosso resgate
deste mundo de injustiças

Segundo a Bíblia, cristo nos comprou por um alto preço e hoje somos servos de um novo senhor, porém um bom senhor. Ele não quer obter de nós algum lucro ou benefício para si nesta relação, e assim, também não esperamos usar a Deus como uma fonte de  lucro e benefícios. O que o corre de fato é que este Senhor cuida de nós e das nossas necessidades, enquanto que nós o servimos, porque ELE é bom para conosco e não nos deixa faltar nada.

O homem jamais poderá ser dono de si mesmo, pois é incapaz de, por si só, governar com justiça e atender sozinho à todas as suas necessidades e o universo é algo grande demais para que o homem consiga gerenciar. Por isto, creiamos Naquele que nos criou e que nos proveu todas as coisas, Aquele que é Senhor desde o princípio, não por usurpação, mas porque é o Criador de todas as coisas e aquele que nos provê todas as coisas, desde o princípio.

E por isto eu digo: A Bíblia é um livro maravilhoso! Que nos faz refletir e pensar no amor e zelo de nosso Criador.

Que Deus nos abençoe.

(Sr. Adventista)

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