segunda-feira, 10 de junho de 2013

Por que a Bíblia contém uma linguagem tão simples e tão complexa

Percebemos que a Bíblia é simples justamente na exemplificação, mas muito complexa em sua profundiade de ensinamento. Exemplo:

Deus literalmente criou um boneco de barro devidamente modelado e então transformou tudo aquilo em carne, ossos e sangue, não porque necessitasse proceder desta forma, mas porque seria uma maneira até divertida e muito simples de ensinar a origem do homem a ele mesmo.

Deus poderia ter utilizado qualquer forma imaginável de se criar um ser humano, mas decidiu fazer da forma mais didaticamente simples, que até uma criança poderia compreender.

Uma nuvem de poeira contendo cada elemento do corpo humano que encontramos na terra, então partículas de água se unem à estes elementos começando a criar a carne e os ossos desde a planta do pé, até os últimos fios de cabelo da cabeça.

Uma luz poderia incindir de cima para baixo como se fosse um lazer como que reproduzindo o efeito de uma impressora 3D, fumaças de vapor então sairiam enquanto cada parte de Adão era construída vagarosamente.

Noutra hipótese, Deus poderia ter alocado água em uma piscina natural criar a primeira célula, então, aos poucos, poderia se ver as células vagarosamente se reproduzindo e então dando forma até se completar a formação de Adão.

Ou então nesta mesma piscina, o contorno de Adão começasse a surgir de forma transparente, escurecendo até que toda a água houvesse misturado-se com elementos orgânicos da terra e formado a carne em um efeito de transluência.

Porém, Jesus preferiu o boneco de barro, feito com suas próprias mãos! Nada muito holywoodiano, mas como uma criança literalmente metendo a mão na massa! Como um padeiro que preparava seu pão com todo amor e carinho!

Cristo poderia ter pensado: - As crianças vão adorar quando souberem como foi que decidi criar o homem!

No universo, Jesus trabalhou como arquiteto, mas quanto ao homem, trabalhou como um artesão, fez questão de um trabalho totalmente pessoal e íntimo, fazendo o homem com suas próprias mãos, de uma forma que pudesse contar às crianças e os homens pudessem ficar surpresos em saber que foram feitos de algo tão simples e abundante em nosso planeta, toda esta terra em que pisamos e de onde tiramos os nutrientes que compôem nosso corpo através dos alimentos.

Pó da terra, é disto que viemos e para onde retornamos, que maneira seria mais fácil de explicar a morte ao homem caso este desobedecesse? Do nada viemos ao nada retornamos!

Sagrados são os alimentos e a nossa terra, pois dos tais tiramos aquilo que precisamos, para nós mesmos e para dar origem à filhos. Somos matéria orgânica proveniente da terra e da água. Mistura-se a terra e a água e então temos lama! Que maneira melhor haveria de se explicar esta mistura naquele boneco que estava sendo construído pelas mãos do Criador?

Adão, o homem de barro, que havendo juntado tudo de orgânico e material necessário para a vida, ao se misturar com o espírito, tornou-se em carne, que recebeu nas narinas o fôlego provindo do próprio Deus e se tornou alma vivente. Passando a ter consciência e podendo apreciar tudo que Deus havia criado para que o homem pudesse viver feliz por toda a vida com tudo que precisava para sua subsistência.

(Sr. Adventista)

Como explicar a existência de Deus adotando que ELE não existisse?



Como surgiu sua vida?

Antes a sua vida não existia, porém, em um dado momento "puf!" eis que está você aqui consciente e existindo!

E o que acontece depois da morte definitiva? "Puf!" você novamente deixa de existir.

Bem sabemos que em um recipiente lacrado onde não há nada, pode se passar bilhões de anos que nada passará a surgir ali dentro, mas isto não acontece com o milagre da vida. De repente em um conjunto de matérias celulares, no útero de uma mulher, misteriosamente surge a vida,

E o que é a vida? Algo inexplicável? Algo irreproduzível em laboratório? Algo impossível de se entender completamente? Algo não físico? Aquilo que gera o que chamamos de alma, a consciência individual?

Ora! A vida sempre surge onde aparentemente não há nada, até os evolucionistas crêem nisto, em uma sopa orgânica "Puf!" de repente surgiria a vida.

Mas a pergunta é:

DE ONDE ELA VEM?

Ora nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Energia sempre tem uma fonte, a existência do universo também teve uma fonte (big bang), a própria matéria também teve uma fonte. Mas qual seria a pergunta correta?:

QUAL É A FONTE?
OU SERIA, QUEM É A FONTE?

Conseguimos transformar matéria em energia, então, da energia seria possível criar matéria. Mas quanto à vida, da vida de uma mãe se cria outra vida, portanto é necessário que haja vida para se haver vida. Mas o que foi utilizado para se criar a primeira vida? A vida é um dom natural que surge onde há uma mistura de matéria com energia?

Segundo a Bíblia, o homem foi criado à partir da matéria, barro (que contém todas as substâncias capazes de compor um corpo hunano), energia soprada em suas narinas e por consequências tivemos o surgimento de uma alma vivente.

A matéria provêm da energia, mas a energia por si só se dispersa, portanto é necessária que toda a energia do universo houvesse sido compreendida em uma recipiente que não seja matéria e que conseguisse armazenar toda esta energia incalculável.

Imagine um recipiente, não físico, capaz de haver nele contido toda a energia que gerou a massa do big-bang e também aquilo que propicia a vida. Seria este Deus?

Pois se ao ajuntarmos energia tanto para a matéria, quanto para a vida, temos uma alma vivente, quer seja em um adão ou em uma sopa orgânica, naquele recipiente não material que consegue conter toda a energia que deu origem do universo estaria tudo aquilo que é necessário para a existência daquilo que chamamos vida. Sem uma quantidade tão imensa e tão poderosa, houvesse havido o milagre que o evolucionismo não consegue explicar, a manifetação da vida, poderíamos chamar esta vida portadora de tanto poder de Deus?

Massa, energia e os mistérios da vida. Tudo isto que se crê ter surgido pelo acaso, um dia estava compreendido em uma única origem. Se isto gerou a vida que temos hoje, nesta sequência que chamamos universo, por que então não geraria vida em sua origem, onde havia contido tudo aquilo que deu origem ao universo hoje!?

Sabemos que até mesmo o poder do sol tem um limite e um dia irá se acabar, então o sol como muitas estrelas, morrerá. Mas imagine a origem do universo onde há um poder ilimitado que não podemos explicar mas que sabemos que existe porque deu origem à massa do big-bang e consequentemente a este vasto universo.

A Bíblia diz que por meio do poder de Deus, tudo se fez e o universo se criou. Não podemos entender como possa haver vida em um corpo tão pequeno e infinito quanto este que habitamos, portanto, tão pouco poderemos imaginar como seria a vida em um corpo portador de tanto poder, capaz de gerar a matéria de todo este universo.

De tudo sabemos que se hoje há vida em uma pequena quantidade daquilo que chamamos de universo, com certeza a enternidade teria infinita oportunidade de demonstrar uma vida, naquela imensa fonte de energia que gerou toda a matéria do universo.

Um Deus, infinito em poder. Para mim é uma excelente explicação para a origem de toda essa massa do universo e do porque ser possivel existir a vida. Somos uma reprodução em miniatura, do milagre que sempre existiu, quando tudo isto estava ainda compreendido em uma fonte de poder que já possuía vida, ao qual chamamos de Deus.

Deus é fonte de poder e sabedoria, tendo em si tudo que é preciso para se gerar um universo e até mesmo a vida.

(Sr. Adventista)

domingo, 9 de junho de 2013

Batendo um papinho com o Editor 2

Do Sr. Adventista


Quanta ignorância! A ponto de dizer que os profetas viviam criticando a igreja!

Os profetas nunca criticaram a igreja, mas as pessoas individualmente por suas transgressões.

E se o amigo ainda persiste em dizer que o adventismo prega que seremos os únicos a sermos salvos, então terei de considerá-lo como alguém incapacitado ou um árdil mentiroso.

Bem conheço estas frases, ao estilo do grupinho de falsários aos quais o amigo bem deu cobertura por um bom tempo, e suas pregações como supostos adventistas.

Estais no caminho da mentira, da calúnia e trazendo sobre si sua própria condenação. De tudo, Deus ainda salvará os sinceros, mesmo os que porventura venham a acreditar em suas arquiteturas maléficas, mas quanto a tu, espera para ver o que te aguarda, no caminho daqueles que amam e praticam a mentira contra aqueles a quem nem tem mais coragem de chamar de irmãos.

Mas cuidado! Advirto ao amigo, que a pessoa conhecida como Editor, poderá um dia ter seu próprio rosto associado ao seu pseudônimo e cada um poderá conhecer aquele que proferiu cada palavra contida neste blog. Se o amigo houvesse que apresentar sua identidade, será que que agiria de forma tão leviana.

Mas havia dito ao amigo que o anonimato na internet é uma ilusão. Espero que se arrependa enquanto é tempo, para que um dia não tenha que dar satisfação a outrem de tudo quanto esteve afirmando neste blog.  Espero então que pelo menos tenha uma gaveta abarrotada de provas a fim de confirmar tuda quanto já teve dito neste blog, através de artigos ou comentários.

O próprio amigo já postou um artigo aqui sobre duas pessoas que tiveram que responder por acausações muito mais leves do que as que os amigos tem feito aqui, pois bem vejo naqueles dois, Editor e Décio. O amigo bem sabe que é isto que acontece, portanto não deveriam confiar tanto no anonimato e procurar moderar o que tem afirmado.

Mesmo que representem afirmação de outrem, por utiliza-las para expor suas próprias idéias o amigo está se responsabilizando por tudo quanto permite neste blog ao qual o amigo dá apoio.

Tenho alertado diversas vezes o amigo sobre isto, mas parece que o amigo ainda prefere esperar para ver se acontece o pior. Em verdade o amigo está se auto destruindo, no dia em que a verdade for revelada e talvez, a mídia venha a noticiar sobre este blog acha mesmo que a sociedade lhe apoiaria?

O que os irmãos das várias denominações cristãs religiosas terão a se pronunciar a respeito de vossas atitudes, bem como daqueles que tem contribuido para divulgar esta intolerância religiosa de forma fracamante disfarçada?

Isto não é vida!

Mensagem subliminar na TV



Há uma corrente na internet que trata de divulgar sobre a existência de mensagens subliminares na mídia, nos comerciais, nos fílmes e até mesmo nas novelas, entretanto este assunto é tratado de forma tão irresponsável que acabou banalizando-se.

Hoje estas mensagens não se mostram tão subliminares, em verdade em certo canal de TV sobretudo no horário nobre noturno é comum de se observar flashes de imagens inserida em meio à filmes, apresentando certos produtos que se encontram no mercado.

Antigamente tal tipo de prática indutória do subconciente era veementemente combatida pelos órgãos fiscalizadores, mas hoje, em um canal de TV aberta, especialmente durante a noite, é possível ver na prática uma das formas mais simples, mais antigas e de mais fácil percepção que se acostumara a ver em artigos que denunciavam estas práticas, mesmo que envolto a muitas cogitações sem muito fundamento.

Trata-se de uma imagem qualquer colocada por alguns centésimos de segundo em meio à um filme de forma que o olho humano consegue captar esta diferença rapidamente. O consciente não consegue montar e entender completamente a imagem, então transfere-a para o subconsciente para que trate de processar aquela informação visual incompleta com algo que já tenha visto.

No caso de a pessoa ainda não ter visto aquela imagem, se surpreenderá futuramente quando se deparar com a mesma imagem, agora de forma perceptível. Então esta imagem lhe parecerá FAMILIAR.

Essa sensação de já ter visto aquela imagem mas sem saber onde, dará uma falsa sensação de confiabilidade àquele produto, sendo justamente aí que mora o perigo.

Basicamente se burla nossa capacidade consciente de rejeitar poluições visuais, que com o tempo passa a filtrar, cada vez mais, aquilo que entra pelos nossos olhos, antes de mandar para nossa memória.

As mensagens subliminares são uma maneira de garantir de que uma informação, mesmo que incompleta vá diretamente à parte onde as informações são mais resguardadas, nosso subconsciente.

O subconsciente porém é uma área perigosa do cérebro que procura colocar ali as informações mais importantes e que geralmente o ser humano carrega por toda a sua vida.

Agora imagine infestar esta parte tão importante do cérebro com todo o lixo de propaganda fútil e desnecessária!

Com o tempo estes flashs de informações vão sendo apagadas, quando não se repetem, mas uma vez estando alguma informação lá, bastará à mídia exibir constantemente certa imagem até que esta se torne quase impossível de ser retirada.

Vamos dar um exemplo:

"O tempo passsa... O tempo voa... E a poupança bamerindus continua numa boa.... É a poupança bamerindus!"

Trata-se de uma música que entranhou em uma geração que acostumou a assistir tal comercial, felizmente trata-se de uma música agradável, que repetida por várias vezes ficou gravada em nossa mente! Até aí não há muito problema! Mas imagine se esta mesma música, ao invés de ter sido gravada no consciente, houvesse sido gravada no subconsciente! Em uma pior hipótese, imagine se fosse uma musiquinha chata que você gostaria de esquecer!

Com a música isto geralmente não acontece, mas com imagens isto pode acontecer e as mensagens sutis (subliminares) são uma ótima forma de fazer com que isto ocorra. As técnicas subliminares estão por toda a parte, desde em técnicas de conquistas amorosas, de sedução, de atração da atenção de um público até na cadeira de profissionais da saúde mental.

Mas é nos comerciais que tais técnicas representam de fato lucro, dinheiro, bufunfa, capim, jabá, pepita, tutu. Felizmente, antes estávamos razoavelmente protegidos contra este tipo de prática, mas hoje, parece que não. As merchandises invadem programas populares, novelas, telejornais e agora temos que nos preocupar ainda com as mitológicas mensagens subliminares que em verdade, nunca tiveram nada de mitológico embora sempre houveram sido apresentadas untadas com muitos exageros.

Como se proteger disto? A não ser que alguém crie algum software que capte uma brusca mudança de imagem e filtre-as antes de apresentar no aparelho de TV ou em um monitor, não há como nos defendermos desta prática. A não ser que deixemos de assistir programas nos horários onde esta prática está sendo utilizada, o que representa quase todos os horários, não excetuando nem mesmo o inocente horário infantil.


Para um exemplo:

http://ahduvido.com.br/sbt-insere-mensagem-subliminar-durante-a-programacao


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Linha do tempo da História da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD)

Resposta curta ao blog "exadventistas" sobre os espinhosos elogios


Sobre o artigo  intitulado "NEM TODAS AS PONTAS SÃO ESPINHOS"

Não vejo pessoas além deste grupo de anti-adventistas istalado aqui no Brasil e somente aqui no Brasil, reclamando do adventismo! Há muitos elogios ao adventismo em todo o mundo, não excluindo na mídia. Estes porém não apresentam uma visão deturpada e obscura como os amigos apresentam em seus "elogios".

Elogios escarnecedores não é algo que possamos comparar à elogios sinceros.

E sim, já sabemos, que boa parte de vocês haveriam feito parte do adventismo por mais de (20) anos, embora não conheçam as doutrinas, nem a literatura, nem as crenças adventista. Creio então que deva ter muitos "ex-adventistas" nestas condições em todo o mundo porém...

Em verdade ter feito parte do adventismo não equivale a ter sido um membro batizado. Creio que muitos já haviam matado esta xarada. Portanto deveriam parar de pregar esta pegadinha em seus leitores.

Então, os caros amigos, que se intitulam "ex-adventistas" não deveriam criticar aquilo que não conhece ou uma igreja da qual nunca foram membros de verdade.

Deveriam seguir o exemplo dos outros que são de fato ex-adventistas, e que não adotam esta posição de escárnio perpétuo contra uma igreja que bem lhe receberam por um bom tempo.

E quantos temos aqui neste grupinho de anti-adventistas? 4? 5? 6?

Se somarmos todos aqueles que como os amigos dedicam a maior parte do tempo livre a tentar combater o adventismo, de forma escondida através da internet teríamos quantos? Ao menos uns 100? 80? 50?

Segundo o que tenho conhecido, não se chega nem a isto!

O que escrevem, são mais para si mesmos, a fim de constantemente se convencerem a detestar o adventismo, apenas pelo fato de o adventismo se tratar de uma religião que contraria vossos estilos de vida como professos cristãos.

A verdade dói, mas não é culpa do adventismo, os caros amigos é quem escolheram este caminho, em contrariedade ao que nos ensina a Bíblia, livro Sagrado que os cristãos religiosos utilizam como regra de fé e de prática.

A visão contaminada do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP)


Artigo extraído de:

http://novotempo.com/namiradaverdade/2013/06/06/a-visao-contaminada-do-centro-apologetico-cristao-de-pesquisas-cacp/

O Pr. Batista João Flávio Martinez, diretor do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), postou no dia 6 de setembro de 2012 um comentário sobre minha entrevista dada à Revista Adventista em setembro de 2012. Entre outras coisas, ele afirmou que a visão do adventismo é “contaminada” pelos escritos de Ellen G. White. Além disso, ele alegou que eu não sigo o meu próprio conselho dado na referida entrevista, para que as pessoas ‘priorizem o estudo da Bíblia’. Isso porque afirmei que, além do estudo da Bíblia, gosto de ler as obras de Ellen G. White. Nesse artigo você verá a resposta dada a ele, e terá esclarecimentos sobre o que REALMENTE os adventistas ensinam sobre a relação entre a Bíblia e os escritos de Ellen White. (Prof. Leandro Quadros)


INTRODUÇÃO

Há alguns dias um amigo me enviou os comentários feitos pelo Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP) a respeito de umas poucas declarações que dei na Revista Adventista de setembro de 2012.[i]

Sem entrar no mérito da insinuação de João Flávio Martinez, de que os adventistas não são “verdadeiros cristãos”, o presente artigo se preocupará em mostrar que a leitura que o diretor do CACP faz do adventismo é equivocada e não condiz com a realidade.

Percebe-se nas considerações do referido autor que ele desconhece algumas fontes primárias básicas, necessárias para a devida compreensão do posicionamento adventista sobre o dom profético na pessoa e obra de Ellen G. White – assunto em pauta. Creio que, após compreender alguns conceitos iniciais, mesmo não aceitando o dom profético da co-fundadora do adventismo, qualquer irmão evangélico ou católico, que seja sincero, poderá ao menos corrigir sua posição equivocada de que o adventismo é uma “seita herética”.

Negar o dom profético de Ellen G. White é mais que natural para alguém que não está familiarizado com a mensagem bíblica que ela ensinou, bem como com sua literatura que exalta a Pessoa Divina de Jesus Cristo. Todavia, acusá-la de “acrescentar” algo às Escrituras, ou espalhar o mito de que o adventista faz dela uma “segunda Bíblia”, é uma questão mais séria por envolver a transgressão do 9º mandamento que diz: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20:16).

Portanto, para que esse pecado não continue prejudicando a espiritualidade de muitos, algumas informações que João Flávio Martinez provavelmente não possui, serão apresentadas nesta breve resposta.

ELIMINANDO DISTORÇÕES

A consulta a alguma fontes primárias básicas revela que, ao contrário do que Martinez afirmou, qualquer adventista que conhece a doutrina de sua denominação religiosa sabe que, mesmo crendo na inspiração de Ellen G. White, os adventistas não a colocam no mesmo grau de importância que a Bíblia.

Por exemplo, ao citar o artigo “A Visão Além do Alcance”, que saiu na mesma edição da Revista Adventista[ii], o Pr. Martinez poderia ter consultado – e considerado – as obras da própria Ellen White para saber como é a relação entre a Bíblia e seus escritos no meio adventista.

Por exemplo, em 1885 ela foi bastante taxativa sobre a preeminência das Escrituras:

“A Bíblia, e a Bíblia tão-só, deve ser nosso credo, o único laço de união [...] O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível [...] Ergamos o estandarte no qual está escrito: a Bíblia, nossa regra de fé e disciplina”[iii].

Em 1889 ela comentou:

“A Palavra de Deus é suficiente para iluminar a mente mais obscurecida, e pode ser compreendida pelos que têm qualquer desejo de compreendê-la [...]”.[iv]

Já no ano de 1890 ela escreveu:

“Não devem os testemunhos da irmã White ser postos na dianteira. A Palavra de Deus é a norma infalível. Não devem os Testemunhos [escritos dela] substituir a Palavra. Devem todos os crentes manifestar grande cautela ao expor cuidadosamente estes assuntos, e caleis sempre que houverdes dito o suficiente. Provem todos a própria atitude por meio das Escrituras e fundamentem pela Palavra de Deus revelada todo ponto que vindicam ser verdade”[v].

E, em 1894, ela afirmou:

“Quanto mais examinarmos as promessas da Palavra de Deus, mais brilhantes ficam. Quanto mais as pusermos em prática mais profunda será nossa compreensão delas. Nossa atitude e crença têm por base a Bíblia. E nunca queremos que alma nenhuma faça prevalecer os Testemunhos sobre a Biblia”[vi].

Já em seus dias, algumas pessoas tinham a tendência de dar aos escritos de Ellen White uma importância exagerada, o que a fez se posicionar totalmente contra essa atitude em diversas ocasiões. Se o diretor do CACP tivesse lido pelo menos o capítulo 81 dos Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, intitulado “Natureza e influência dos testemunhos”, teria evitado tamanho deslize em generalizar a todos os adventistas – bem como a igreja em sua representatividade oficial – como um movimento religioso que coloca os escritos de Ellen G. White no mesmo nível de importância que as Sagradas Escrituras.

No referido capítulo da obra Testemunhos Para a Igreja é possível perceber que em 1876 a Sra. White repreende a um irmão chamado “J” (sua identidade foi preservada) quanto à sua atitude de “fazer parecer que a luz que Deus tem dado mediante os Testemunhos [escritos dela] é um acréscimo à Palavra de Deus”. Ela afirmou que tal postura é apresentar a questão “sob uma falsa luz” porque, entre outras coisas, “a Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido [...]”[vii].

Essas poucas citações da própria Ellen G. White são suficientes para mostrar que João Flávio Martinez conhece muito pouco sobre o adventismo – ou, que ele foi bastante seletivo e tendencioso em sua abordagem.

OS ADVENTISTAS NÃO CREEM EM DIFERENTES GRAUS DE INSPIRAÇÃO

Para explicar ao seu leitor o significado específico da afirmação de que Ellen G. White é “inspirada e fonte segura de revelação divina aos adventistas”[viii], evitando assim a infundada afirmação de que “mais uma vez os adventistas arvoram a velha ladainha da inspiração dos escritos de EGW em pé de igualdade com a Bíblia”[ix], novamente Martinez poderia ter se informado sobre algumas obras primárias essenciais para a compreensão do pensamento adventista.

No livro Questões Sobre Doutrina os adventistas defendem um conceito único de inspiração, sem com isso colocar os escritos da Sra. White no mesmo patamar que as Escrituras. Por exemplo, na página 98 é esclarecido:

“Nós, adventistas do sétimo dia, cremos uniformemente que o cânon da Escritura se encerrou com o livro do Apocalipse. Sustentamos que os demais escritos e ensinos, qualquer que seja a fonte de que provenham, têm que ser julgados pela Bíblia e subordinados a ela, que é a fonte e norma da fé cristã. Aferimos os escritos de Ellen G. White pela Bíblia, mas em sentido algum medimos a Bíblia pelos ensinos dela”[x].

Como conceito único de inspiração entendemos que tanto um profeta canônico (que possui livros na Bíblia) quanto não canônico (que não possui livros na Bíblia) possui o mesmo grau de inspiração porque o Espírito Santo não inspira uns mais do que outros. Ele inspira ou não inspira.

Entre outros versos bíblicos, nos baseamos em 1 Crônicas 29:29 e 2 Samuel 12, por exemplo. No primeiro, percebemos os nomes de alguns profetas (cf. também 2Cr 8:29) que são considerados profetas mesmo não sendo canônicos: Natã e Gade. Já em 2 Samuel 12 vemos que Davi considerou Natã tão inspirado como os profetas canônicos, pois aceitou sua mensagem como vinda de Deus.

Os adventistas classificam Ellen G. White como uma profetisa não canônica, possuindo o mesmo grau de inspiração que outros profetas, porém, sem ter seus escritos igualados com os escritos dos profetas canônicos, que, ao contrário dos escritos dela, são a norma infalível de fé e de aplicação universal[xi].

Por tanto, não cremos em diferentes graus de inspiração. A pessoa é inteiramente inspirada por Deus ou pelo Diabo. Todavia, isso não significa que os adventistas dão o mesmo grau de importância à Bíblia e aos escritos de Ellen G. White. Uma coisa é ter o mesmo grau de inspiração; outra é ter a mesma importância ou função que o Livro Sagrado (ou servir de “acréscimo” a ele).

Se Martinez tivesse lido a obra Nisto Cremos saberia que, para os adventistas do sétimo dia, “os escritos de Ellen G. White não constituem um substituto para a Bíblia” e que eles “não podem ser colocados no mesmo nível”. Ele teria visto que o mesmo livro, que apresenta as 28 crenças fundamentais e oficiais dos adventistas, afirma que “as Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos [de Ellen White] – ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual devem ser subordinados”[xii].

A leitura da obra Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética, disponível em língua portuguesa desde 1988, também teria se demonstrado bastante instrutiva e útil para a pesquisa do diretor do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP). Na página 157 vê-se que, mesmo os adventistas crendo que a qualidade da inspiração existente em Ellen White seja a mesma que a da Bíblia[xiii], de maneira alguma colocam seus escritos no mesmo nível de autoridade doutrinária:

“Os escritos de Ellen White não cumprem uma função de regra ou norma de doutrina. A Bíblia sim. Neste sentido, Ellen White não tem autoridade doutrinária igual à da Bíblia”[xiv].

Não se sabe se Martinez não citou tais fontes por desconhecê-las ou devido à sua seletividade. Todavia, o tipo de resposta que ele dará a este artigo poderá nos auxiliar a termos pelo menos um vislumbre de suas reais intenções.

Confio que em sua resposta ele não seguirá a mesma “metodologia” de Natanael Rinaldi: desviar o foco do assunto em discussão, e tratar de outras questões relacionadas ao adventismo sem antes esgotar o tema que está em pauta.

O QUE É O “Espírito de Profecia” PARA A IGREJA ADVENTISTA

Ao comentar o uso que o editor adventista Vinícius Mendes fez da expressão “espírito de profecia” em seu artigo “A visão além do alcance”, Martinez poderia ter explicado ao seu leitor que tanto Mendes quanto a Igreja Adventista do Sétimo Dia creem que essa expressão de Apocalipse 19:10 não se refere apenas e majoritariamente aos escritos de Ellen G. White.

Cremos ser Ellen G. White a continuação do dom profético, que existiu também na igreja cristã primitiva (At 21:8, 9; 1Co 14:1[xv]; Ef 4:11) e foi prometido por Deus aos seus filhos nos últimos dias (Jl 2:23-32; At 2:16-21; 12:17; 19:10; 22:9), para que não se corrompam (Pv 29:18) inclusive pela influência dos falsos profetas (Mt 7:15-23; 24:24)[xvi].

Algumas obras seriam bastante úteis para que o pastor Batista João Flávio Martinez soubesse o que a Igreja Adventista realmente pensa sobre a expressão “espírito de profecia”, que aparece em Apocalipse 19:10.

Por exemplo, entre algumas obras já citadas neste breve artigo, o diretor do CACP poderia ter lido o livro Interpreting Scripture, onde Ranko Stefanovic afirma ser o “espírito de profecia” uma “referência ao Espírito Santo, que dá o dom profético” aos mensageiros escolhidos[xvii].

A mesma opinião o autor expressou em seu comentário sobre o livro do Apocalipse publicado pela Andrews University em 2009, onde ele cita Richard Bauckham para afirmar que nesse texto (de Ap 19:10) é mencionado “o Espírito [Santo] que fala através dos profetas”[xviii]. Obviamente, a expressão se refere a todo o dom profético dado ao longo da história, tanto aos profetas canônicos (autores bíblicos) quanto aos não canônicos (Ellen White, por exemplo), para testemunhar sobre as Palavras de Jesus Cristo.

Insinuar que os adventistas aplicam Apocalipse 19:10 apenas aos escritos não canônicos da Sra. White é desconhecer por completo a doutrina adventista dos dons espirituais.

Outra obra abalizada que Martinez poderia ter consultado é a Andrews Study Bible, que na nota explicativa sobre o referido texto também não reduz o “espírito de profecia” às obras de Ellen White[xix].

O artigo A Marca Permanente da Verdadeira Igreja, de Hans K. LaRondelle, também teria sido de grande utilidade para a pesquisa de João Flávio Martinez. Nele LaRondelle afirma, assim como Kenneth A. Strand, ser o “testemunho de Jesus” não exclusivamente um “dom de visões para alguns crentes escolhidos no tempo do fim”[xx], mas sim toda a mensagem profético do Antigo Testamento e o testemunho apostólico do Novo Testamento.

Mais importante ainda para a compreensão do pensamento adventista sobre Apocalipse 19:10 é o conhecimento da posição da própria Ellen White a respeito do texto. Caso o Pr. Martinez tivesse ao menos consultado o Apêndice escrito por Ángel Manuel Rodríguez, intitulado “O ‘testemunho de Jesus’ nos escritos de Ellen G. White”, disponível na obra Teologia do Remanescente[xxi], saberia que a Sra. White interpretou o ‘testemunho de Jesus’ (Ap 19:10) “como uma expressão rica, repleta de significação”[xxii].

No referido apêndice o leitor pode constatar que, mesmo aplicando a expressão aos próprios escritos[xxiii], Ellen White acreditava ser o “testemunho de Jesus” o ‘testemunho dado por Jesus’ sobre Si mesmo, Seus ‘ensinamentos’, a ‘mensagem bíblica que se origina por meio do dom profético’, o ‘Antigo Testamento’, a ‘totalidade das Escrituras’, o ‘livro do Apocalipse’, o ‘dom de profecia’ e até mesmo a ‘mensagem de salvação pela fé em Cristo’.

Ela atribui à expressão de Apocalipse 19:10 outros significados, porém, esses são suficientes para se comprovar a parcialidade de João Flávio Martinez na maneira como aborda as crenças adventistas.

PRÉ-CONCEITO PARA COM AS OBRAS DE ELLEN G. WHITE

No segundo parágrafo de seu post, Martinez insinuou que eu me contradisse na entrevista dada à Revista Adventista quando recomendei ao leitor que passe tempo com a Bíblia e, ao mesmo tempo, afirmei que, além do estudo das Escrituras, leio os escritos de Ellen G. White.

Porém, essa contradição é por conta dele. Afinal, o tempo em que passo com as Escrituras é muito superior ao que passo com os escritos proféticos não canônicos da Sra. White.

É provável que, se eu houvesse dito na entrevista que dedico tempo ao estudo da Bíblia com um comentário bíblico, Martinez não tivesse me questionado. Todavia, como ele está contaminado com um sentimento antiadventismo, basta mencionar o nome Ellen White para ele manifestar seu preconceito injustificado.

Quem me conhece, assiste ao programa “Na Mira da Verdade” e está familiarizado com a teologia adventista, sabe que nossas 28 doutrinas fundamentais podem ser baseadas somente na Bíblia, mesmo que Ellen White nos esclareça certos pontos.

Deve-se destacar que eruditos e exegetas adventistas, mesmo aceitando o dom profético de Ellen G. White, nunca deixaram de lado a exegese e os princípios da hermenêutica para a compreensão do texto bíblico e elaboração de seus artigos para o meio acadêmico fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Isso prova mais uma vez que Martinez foi tendencioso (conscientemente ou não) em sua abordagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo demonstramos que a visão do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), sobre o adventismo e sua teologia do dom profético, é bastante contaminada.

Certamente, a pouca familiaridade com as obras primárias existentes; o sentimento antiadventismo; a limitadíssima compreensão do conceito adventista de inspiração de profetas canônicos e não canônicos; a parcialidade com que apresenta as informações ao seu público e o desconhecimento da crença adventista na primazia das Escrituras, são alguns dos “venenos” que têm contaminado não só a visão do CACP, mas também a vida espiritual de muitos leitores que têm se familiarizado com esse tipo de comentário inverídico e tendencioso.

O amor que desenvolvi por Jesus Cristo com a leitura dos livros Caminho a Cristo e O Desejado de Todas as Nações é muito mais significativo para minha vida do que as acusações dos críticos de Ellen G. White. Por isso, não tenho dúvida de que se João Flávio Martinez (e qualquer outro crítico) ler tais obras buscando somente a Jesus, ao invés de procurar ganchos onde possa pendurar suas críticas, verá que a mensagem bíblica e cristocêntrica da autora influenciarão de maneira muito mais positiva sua vida do que as críticas divulgadas no site do CACP. Basta querer experimentar.



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[i] João Flávio Martinez, “Adventismo: Visão Contaminada”. Disponível em: http://www.cacp.org.br/adventismo-visao-contaminada/ Acessado em: 1 de abril de 2013.

[ii] Vinícius Mendes, “Visão além do alcance”. Revista Adventista, setembro de 2012, p. 8-12.

[iii] Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 416.

[iv] Ibidem.

[v] ____, Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007), p. 256.

[vi] Ibidem.

[vii] White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 5 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 663.

[viii] Mendes, “Visão além do alcance”…, p. 12.

[ix] Martinez, “Adventismo: Visão Contaminada”…, acessado em 1 de abril de 2013.

[x] Questões Sobre Doutrina: o clássico mais polêmico da história do adventismo. Ed. Anotada (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008), p. 98.

[xi] Questões Sobre Doutrina: o clássico mais polêmico da história do adventismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008), p. 98-103. Ed. Anotada por George R. Knight.

[xii] Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (org.). Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997), p. 305.

[xiii] Por ser o mesmo Espírito quem inspira com o mesmo cuidado tanto profetas canônicos quanto não canônicos, e por não haver base bíblica para a existência de “graus de inspiração”.

[xiv] Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. “A verdade acerca da ‘Mentira White’” em Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética: Antologia de Artigos e Monografias. Compilador: Roger W. Coon (São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1988), p. 157.

[xv] Diz o texto, na Nova Versão Internacional: “Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia”.

[xvi] A existência de “falsos profetas” pressupõe a existência de verdadeiros. Por isso, a alegação de que o dom profético “durou até João” (Lc 16:16) é falsa e não pode ser apoiada por uma devida análise contextual. Afinal, o texto paralelo de Lucas 16:16, Mateus 11:13, esclarece que o termo “duraram”, que aparece em itálico em algumas traduções, não se encontra no original. No texto grego de Lucas 16:16 encontramos a fase “a lei e os profetas até João”. Já em Mateus 11:13 descobrimos que termo original Mateus tinha em mente: “Por que todos os profetas e a lei profetizaram até João”. Não foi à toa que os tradutores da Nova Versão Internacional, analisando o texto paralelo à Lucas 16:16 (Mateus 11:13), assim traduziram o texto de Lucas: “A Lei e os Profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as boas novas do Reino de Deus, e todos tentam forçar sua entrada nele”. Desse modo, em hipótese alguma o texto está “abolindo a Lei de Moisés” (ver Lc 16:17; Mt 5:17-19) ou o “dom profético”, afirmando que “o último profeta foi João Batista”. Afinal, bem depois dele existiram outros (At 21:8, 9; 1Co 14:1; Ap 1:1-3). O mensagem de Lucas 16:16 e Mateus 11:13 é que a Lei de Moisés (cinco primeiro livros da Bíblica) e os “profetas” (restante do Antigo Testamento) cumpriram com sua função de profetizar sobre o Messias e anunciá-Lo até a vinda de João Batista, o precursor de Jeová (Ml 4:5, 6) que anunciaria ele mesmo ao Messias e Sua mensagem de perdão e arrependimento. Que a validade da Lei de Moisés ou do dom profético não é o tema discutido por Jesus, veja-se, por exemplo, Ralph Earle em Comentário Bíblico Beacon, vol. 6 (Rio de Janeiro: CPAD, 2006), p. 88. Esse teólogo evangélico conservador afirma: “A ideia (“a lei e os profetas profetizaram até João”) parece ser: Todo o Antigo Testamento – todos os profetas e [até mesmo] a lei profetizaram até João. Ou seja: as antigas Escrituras predisseram a vinda de Cristo. Mas João teve um papel especial. Ele foi o cumprimento de Malaquias 4:5 – o Elias do Novo Testamento, o precursor do Messias”.

[xvii] Ranko Stefanovic, Interpreting Scripture: Bible Questions and Answers. Gerhard Pfandl, ed. (Silver Spring, MI: Biblical Research Institute, 2010), p. 447.

[xviii] Stefanovic, Revelation of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2009), p. 560.

[xix] Andrews Study Bible (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2010), p. 1675 e 1683.

[xx] Hans K. LaRondelle, “A Marca Permanente da Verdadeira Igreja”. Revista Teológica do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – IAENE, vol. 3, janeiro-junho de 1999, número 1, p. 6.

[xxi] Ángel Manuel Rodríguez, “O ‘testemunho de Jesus’ nos escritos de Ellen G. White” em Teologia do Remanescente: Uma Perspectiva Eclesiológica Adventista (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012), p. 226-242.

[xxii] Rodríguez, “O ‘testemunho de Jesus’ nos escritos de Ellen G. White”…, p. 226.

[xxiii] Mesmo aplicando o “testemunho de Jesus” aos seus escritos, Ellen G. White nunca aplicou tal expressão diretamente a si mesma. Em conclusão ao seu minucioso estudo sobre uso que White fez dessa expressão em suas obras, Ángel Manuel Rodríguez afirmou: “Até onde posso garantir, Ellen G. White nunca interpretou Apocalipse 12:17 de maneira clara ou explícita como uma referência a seu ministério profético dentro do remanescente. Seu uso da expressão ‘testemunho de Jesus’ não exclui a manifestação do dom profético em sua vida e experiência, mas ela optou por não estabelecer uma conexão clara ou explícita entre os dois. Parece que isso foi algo que ela fez de maneira intencional…” (p. 238). As razões para isso apresentadas por Rodríguez são: (1) porque ela sempre atribuía à Bíblia o status de fonte suprema de informação, incluindo o próprio ministério profético; (2) evitar possíveis equívocos sobre seu papel dentro e fora da igreja, dando assim um testemunho de sua modéstia cristã.