"O sábado não nos isenta da responsabilidade de
cuidar de nosso povo"
Na época de Cristo, mais uma vez mais a humanidade pôde disputar do privilégio de desfrutar do sábado na companhia direta com o Seu criador, onde ali Cristo tornou o dia de sábado especial também para aqueles que mais necessitavam.
Deus colocou o sábado como um dia especial de bênçãos e santificação para a humanidade no Éden e assim Deus abençoou o dia de sábado e o santificou.
Cristo Deus proveio bênção e santificação ao cuidar do Seu povo junto com a Pregação, um valor originalmente esquecido. Após a libertação do Egito o povo de Deus era totalmente dependente das bênçãos e santificação do Criador para a sua subsistência e prosperidade, recebiam comida e água no deserto, proteção contra o calor e a escuridão. Eram guardados de todo o mal pois Deus promovia cura e salvação à picada das víboras e não permitia que nenhum exército ameaçasse o Seu povo.
Cristo veio em defesa dos mais pobres e necessitados, que sofriam as mazelas de seu próprio povo. A falta de amor e cuidado era ponto latente na cultura judaica, sobretudo entre os fariseus.
Com a desculpa de transgressão ao sábado, impunham ainda mais sofrimento e descaso à parte do povo que mais necessitava. O sábado era de fato o pior dia para estes homens que muitas vezes, neste dia, eram privados do próprio alimento.
Israel não alimentava seus pobres no dia de sábado, não curava os enfermos, não levavam o coxo e o aleijado para o centro de reunião e congregação.
Este descaso para com os necessitados, não proveio da Lei de Deus, mais da falta de amor constante entre os israelitas, sobretudo nas regras tradicionais, uma expressão desta falta de cuidado para com aqueles que sobreviviam à custas da caridade.
Como um Deus amoroso que sai em defesa do Seu povo, Cristo proveio ao pobre, faminto, doente e necessitado o conforto da Palavra de Deus e o alívio para suas doenças, tanto física quanto espirituais.
Deus sempre trabalhou em benefício do Seu povo e Cristo se fez igual a Ele, cuidando do Seu povo no dia de sábado. Cristo trouxe justiça às classes mais menosprezadas. Trouxe dignidade aos que antes andavam na prostituição, aos endemoniados e a salvação com arrependimento ao pecador, ao ladrão, ao assassino e ao adúltero.
Cristo fez até do último momento na cruz, um motivo de bênção e salvação aos que estiveram ao lado Dele.
Toda a bondade de Deus se condensava em Jesus, fiel servo que, fazendo a obra de Deus aqui na terra, nos ensinou a dar dignidade às mulheres, incluirmos as crianças, ampararmos os pobres, dignificar as viúvas, curarmos os doentes e cuidarmos dos necessitados.
Cristo poderia escolher qualquer dia na semana para morrer, mas condensou seu descanso na sepultura, no sono da morte, entre a sexta, dia de sua morte e o primeiro dia, o de sua ressurreição.
O sono de Cristo na sepultura sinaliza o descanso de suas obras em vida.
O Deus que Cria, que liberta, que cuida, que cura e traz alívio. Cristo mostrou o verdadeiro propósito do sábado, que é um dia especial para todo aquele que mantêm contato com o seu Criador.
Cristo fez do sábado um dia especial de comunhão com o Criador. Ali Deus se fez presente cuidado do Seu povo. Cristo estabeleceu os critérios para guardar este dia à partir de então, a nós, cristãos, delegou a tarefa de aliviar o sofrimento e incluir toda criatura no usufrutos do sábado.
Não apenas o homem e a mulher da nação de Deus, mas também o estrangeiro, o empregado e também o gado. O povo havia esquecido o sentido de inclusão do sábado.
Sábado é um dia de compartilhar, cuidar, levar o aleijado à igreja, curar o doente, visitar o preso, pregar o evangelho. É dia especial de bênção e santificação.
É dia de descanso para o cansado, o aflito, o faminto, de alívio, um dia de esperança.
Deveria ser o dia mais agradável aos desfavorecidos, o dia mais aguardado por aqueles que necessitam das bênçãos e santificação de Deus.
Deus estava preparando um povo para levar estas bênçãos e santificação para as demais nações da terra, porém não fizeram isto ao seu próprio povo, por conta da dureza do coração e a insistência da prática de atenderem a seus próprios interesses particulares.
Cristo reformou toda a visão da Lei, e trouxe em si a verdadeira essência do caráter de Deus.
Colocou a lei no seu devido patamar de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Cristo explicou toda esta essência a través do sábado, onde colocamos Deus acima de ossas vidas e O reconhecemos como Criador e mantenedor, o amor vertical. Ao lado de nossos irmãos os quais amamos cuidamos e protegemos, o amor horizontal.
Estas duas formas de amar são bem representadas na cruz, em suas linhas horizontal e vertical, onde Cristo se sacrificou por amor.
De forma que não apenas amamos a Deus e Deus nos ama, mas também amamos ao próximo. Guardar o sábado amando a Deus mas sem amar ao próximo, não é cumprimento da lei.
Por meio do sábado repartimos a bondade que Deus tem para conosco, compartilhando com os menos privilegiados aquilo que recebemos de Deus. E fazendo assim Deus derrama sobre nós ainda mais bênçãos, fortalecendo a relação de amor ao próximo.
Cuidar do pobre e necessitado é um privilégio que Deus nos concede, uma oportunidade de participarmos do plano de Deus que é para a salvação e redenção de toda humanidade. Ao invés de um trabalho é dever de todo o homem.
No deserto, Deus promulgou os deveres de seu povo, não como forma de salvação, mas de participação no projeto de Deus para levar a salvação ao mundo. Para que servissem de exemplo e meio de propagação das boas novas de que um substituto viria para salvar a humanidade e garantir a todos que quiserem a eterna redenção.
O santuário de sacrifícios era o centro de adoração a Deus e memorial do plano redentor saído da vontade de Deus e do coração do filho.
Cristo escolheu morrer pela humanidade e deixou um sinal no mundo, apontando para Ele, o criador e originador de todas as coisas, desde o Éden.
Desta forma cristo já tinha um plano especial com a instituição do sábado no Éden, de forma que, desde o princípio, o sábado foi posto como um sinal que aponta eternamente para o Seu criador.
Na cidade santa, a árvore da vida dá seu fruto de mês em mês, esta é lua nova para os que hão de habitar estas cidades. Em cada mês participaremos dos seus frutos, que nos concede a vida eterna, como recompensa de nossa obediência e fidelidade àquele que nos Criou.
No céu, passaremos por mil anos sabáticos e prosseguiremos comendo do fruto que concede a vida, aqui na terra, direto das mãos de Cristo.
E todo sábado nos reuniremos ao redor da Cidade Santa e os que estiverem longe, em espírito e verdade. Usufruindo dos benefícios deste dia, assim como o povo usufruía dos benefícios do sacrifício contínuo mesmo longe de Israel. Em um propósito único de adoração ao Criador de todas as coisas, onde toda carne se apresentará diante Dele.
O Criador jamais será esquecido, ninguém se apartará Dele e Suas verdades. O que o pecado separou, a graça por meio do Criador reuniu e a bênção e santificação, uma vez dada ao homem, permanecerá para todo o sempre, em memorial de toda criação.
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