quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Amo o Deus de Jesus mas abomino o Deus de Moisés


Deus só conheceu intimamente o sofrimento, após suas criaturas
terem caído em pecado

"A grande indagação é: que Deus é este? Amo o Deus de Jesus mas abomino o Deus de Moisés."


Resposta:

Porque o primeiro se manifestou mais como um Deus de amor e o segundo mais como um Deus de justiça. Mas ambos são o mesmo em natureza, essência e propósito.

Mas o amor também está no Deus de justiça assim como a justiça também está no Deus de amor.

Convinha que Deus mostrasse a sua justiça, para então manifestar plenamente o seu amor, porque antes precisamos temer a Deus e reconhecer que ELE é o único Deus. Só assim nos prostraremos em humildade e O reconheceremos como o Deus de nossas vidas.

Veja a resposta à sua dúvida:

O Deus de Moisés não manifestava a sua ira contra os homens, mas sim contra os pecados dos homens. Deus dava oportunidades e chances de arrependimento, mas quando a maldade transbordava o cálice da SUA santa paciência, então vinha o castigo.

Mas por que não vemos esta tolerância e o gamor de Deus exaltados nos primeiros livros da Bíblia?

Basta ver quem escreveu estes livros! Moisés! E convinha que fossem escritos assim, para que toda terra se assombrasse com o poder de Deus e o temesse.

Temer não no sentido de ter medo, mas de respeitar!

Além de Moisés, os hebreus sempre atribuíam, a Deus, todo mal que acontecia com seu consentimento! De forma que não haviam meias palavras!

Se Deus permitia que alguma tragédia acontecesse, diziam que Deus causou, pelos simples fato de não ter impedido. Este modo de ver as coisas era comum naquele tempo e compatível com o padrão do povo da época de índole digamos, mais bruta.

De forma que não haviam homens mansos, tanto que o próprio Moisés teve de se tornar manso, talvez um dos mais mansos dentre os que lemos na Bíblia.

Então Maria Gonçalves, temos esta visão de Deus, porque Moisés tinha esta mesma visão que nós temos hoje acerca de Deus. Moisés temia a Deus desde o momento em que recebeu a visita do Filho de Deus (o Eu Sou), na sarça ardente. E no mínimo deslise, ao tirar água da pedra, foi duramente castigado. Ao contemplar o que haveria perdido de participar por sua rebeldia, Moisés enfim se tornou o homem manso que Deus tanto queria.

E a prova de que Deus é um deus de amor, encontramos na passagem do novo Testamento que fala que o "Eu Sou", o mesmo que o havia visitado, desceu pessoalmente para tomar Moisés para si.

Outro ponto, visto de uma perspectiva superior, é de que Deus em sua onisciência, em tudo que ELE fez, em verdade estava construindo aquilo que seria o livro e o manual de sobrevivência do SEU povo, tanto israelitas quanto cristãos.

Os relatos são sobretudo ensinamentos, sobre a vida, em seus mais variados aspectos, em suas mais variadas nuanças!

A fé é o ingrediente principal que une o ser humano a Deus, esta fé tomou corpo na pessoa de Cristo.

Abraão por exemplo, não teve dificuldades em reconhecer e aceitar a Deus, porque tinha grande fé. Em verdade ainda hoje é considerado o Pai da Fé. Sua fé era tão grande que conseguia ouvir aquela vozinha suave com que Deus fala à nossa mente, como se fosse um trovão caindo em plena luz do dia.

Isto porque Abraão estava muito ligado às coisas espirituais e não se permitia limitar pelas questões carnais ou materiais. Foi um homem que sempre se colocou em disposição de aceitar ao verdadeiro Deus quando ELE se revelasse.

Desta forma Abraão era um homem que guardava naturalmente toda a Lei de Deus, por isto foi escolhido para ser o pai da nação de Deus. Abraão procurava enxergar as coisas não à partir dos seus próprios olhos, mas à partir de um Deus de amor e justiça e justamente por buscar estas coisas se aproximou tanto de Deus.

Com a fé que Abraão tinha, Jesus podia se aproximar dele acompanhado de seus anjos. A bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus, mas Abraão, naturalmente agradou a Deus e continuou a agradá-lo.

A fé de Abraão era tão sincera, que não duvidou da voz que lhe falava à mente, mesmo quando ela lhe pediu para sacrificar seu próprio filho, sem dar detalhes.

Abraão entendia que era um teste e confiou.

Veja o amor de Deus, ao prometer dar o SEU próprio filho Jesus, para morrer no lugar e para salvação de Abraão e seu filho Isaac. Em também dar a ele e sua esposa um filho que tanto desejavam e ainda fazer seu nome ser lembrado por todas as gerações, como o Pai da grande nação que surgiria, a grande Israel.

Veja o amor de Deus também em poupar Adão e Eva e dar escape para eles e sua descendência, oferecendo SEU filho Jesus em resgate.

Deste modo o Deus de Moisés e o Deus de Jesus não são contraditórios, mas sim complementares.

Quando cristo veio, absteve-se de sua função de juiz. Ele não veio para condenar, mas para salvar! O espaço que Deus tinha então para mostrar a SUA justiça e SUA autoridade seria antes do nascimento do messias.

Somente desta forma a humanidade entenderia o que estava em jogo e então poderiam valorizar o sacrifício do filho de Deus. Doutra forma, o sacrifício de Cristo pareceria sem sentido!

Por que aceitaríamos a Cristo, se tão somente tivéssemos um Deus de amor capaz de perdoar todas as nossas iniqüidades?

O homem só entenderia a necessidade de Cristo quando visse como Deus é agindo contra o pecado, o que é algo terrível, porque muitas vezes leva junto os pecadores que se agarram com unhas e dentes à estes pecados.

Então percebemos que o trabalho de eliminar o pecado é algo que Deus TEM que fazer e que independe da SUA vontade. Deus nos ama tanto que se fosse possível, salvaria a todos. Mas o governo de Deus é regido pela justiça e como justo juiz não pode falhar em sua responsabilidade, nem mesmo em se tratando de criaturas tão amadas.

Deus providenciou um meio de segurar a sua própria mão!

Seria como se Deus dissesse o Seu filho:

Filho! Me segura, para que minha mão não caia pesadamente contra as criaturas que EU mesmo criei!

Em verdade o plano da salvação veio do próprio Jesus, e não havia outro meio! Deus jamais poderia pedir isto ao SEU único Filho, companheiro de eternidade.

Entendendo o sofrimento que havia no coração do Pai, Cristo se ofereceu para vir à terra morrer em nosso lugar, para que a mão pesada de Deus caísse sobre ELE, o único capaz de suportar tamanho castigo.

Desde o início foi Cristo quem escolheu a quem salvar e a quem não salvar. Quando o grande Deus "Eu sou" via que uma nação não tinha mais chance de salvação, rejeitava aqueles homens, deixando que Deus os eliminasse da face da Terra. O grande "Eu sou" que sonda os corações, conhece cada ser humano, pois através Dele todas as coisas foram criadas.

O fardo que estava sobre Deus, o justo juiz, foi colocado sobre Jesus, agora, príncipe herdeiro de um reino eterno que começava a tomar forma.

Todas as nações que foram eliminadas é porque foram longe demais e não tinham mais chances de serem salvas, jamais passariam pelos exigentes critérios divinos.

Deus exigia sangue, mas estes se recusavam a se arrepender, a deixar seus falsos deuses e a oferecer holocausto para o Deus vivo, a fim de colocarem seus pecados sobre Cristo.

Somente aqueles que se arrependem e colocam seus pecados sobre o cordeiro é que podem usufruir do plano da salvação. Para aqueles que rejeitam o Cristo, que viria para pagar os pecados de todos aqueles que se arrependeram, jogando os pecados sobre o humilde cordeiro, não teriam chances, nem possibilidade e salvação.

De forma que Deus cortou, aqueles que além de não se permitirem serem salvos, ainda contaminavam as demais nações da terra, com a prostituição com ídolos, falsos deuses e doutrinas demoníacas, implantadas neste mundo com a ajuda do inimigo da humanidade caída.

Aqueles povos, assim como o faraó do Egito, jamais aceitaram a Deus, mesmo com a manifestação de sinais e prodígios, ou do envio de mensageiros, até mesmo anjos! Algo muito diferente do que ocorreu com Abraão!

Que de bom grado, sem pestanejar, acolheu os primeiros mensageiros que lhe apareceu e reconheceu neles a procedência do Grande Deus Vivo pelo qual Abraão sempre esperou.

Moisés veio como um Abraão contaminado pela idolatria egípcia e teve que ser forjado, a fim de chegar a um ponto apto a dar continuidade aos planos de Deus, no estabelecimento de uma grande nação nas terras compradas pelo próprio Abraão e que na época de Moisés haviam sido tomadas por vários povos, durante a escravidão do povo de Deus no Egito.

Estas nações foram colocadas como fileiras de satanás, dispostas a impedir e até dizimar se possível o povo de Deus para que não se cumprisse a promessa, de estabelecer uma grande nação de onde viria o Messias que derrotaria o inimigo da Verdade.

Por 400 anos, Deus deixou suas ovelhas, seu povo, e saiu em busca das ovelhas perdidas, e todas aquelas nações ali da localidade, rejeitaram com veemência aos apelos de Deus.

Quando Deus voltou novamente seus olhos para o SEU povo, a sentença já havia sido dada àqueles povos. Povos estes que poderiam muito bem estar com a nação dos filhos de Israel, ao pé do monte, recebendo os mandamentos de Deus, mas que decidiram ficar com seus próprios deuses e com a vida confortável de prazeres que tinham enquanto se prostituíam com suas maldades.

Quando Moisés se ofereceu para ter seu nome riscado do livro da vida, cumpria-se o plano do grande "Eu Sou". A alma que pecar, esta morrerá!

Aquilo que antes era um ato, tornou-se uma condição!

Hoje, como cristãos, podemos cometer o ato de pecar, mas jamais nos é permitido viver em uma condição de pecado! Caso contrário, virão os castigos, para disciplina e correção, que sempre tem o intuito de corrigir para salvar a alma de cada pessoa que Deus conquistou.

Desde o princípio, é Cristo quem escolhe quem ELE haverá de salvar. Comprou este direito de Deus, com seu próprio sangue, e hoje é nosso justo juiz e também nosso advogado.

A relação de Cristo então é como uma relação de Pai para Filho e Cristo atua hoje como nosso irmão maior, mediando com nosso Pai acerca de nossas transgressões. Não fora o sacrifício de Cristo, não haveria o que segurar os castigos que nós merecemos. Porque somente com a atuação de Cristo é que somos capazes de nos arrepender.

Quando vemos nosso Pai castigando nosso Irmão em nosso lugar, tomando a surra que deveria ser nossa por nossas maldades, percebemos o quão terrível é o pecado.

E por amor a este irmão maior, deixamos de pecar, porque vimos o castigo que é exigido pelas nossas transgressões e jamais suportaríamos ver tamanho castigo ser jogado novamente sobre as costas daquele irmão que se ofereceu em nosso lugar para nos proteger.

Muitas vezes não nos importamos em receber um castigo, por mais terrível que seja (o pecado faz isto conosco). Mas quando trocamos um relacionamento com alguém que nos ama e passamos a amá-lo, então passamos a nos importar com essa pessoa.

Um irmão que nos ama e que se oferece para morrer em nosso lugar não é algo que possamos ignorar! É impossível ficar inerte, insensível ao ver tamanha injustiça cair na forma de justiça sobre alguém totalmente puro e que mal algum fez senão nos amar como verdadeiros irmãos.

Logo nós, criaturas que nada merecem, vistos como sem valor depois da queda em pecado.

E não percebemos o sofrimento maior do pai, que castiga ao irmão primogênito e totalmente inocente, como forma de nos fazer ver o quão terrível é nossas atitudes e o quão terrível é o resultado de nossas mínimas maldades.

Porque a lei de Deus é para que deixemos de praticar o mau. O sangue do único inocente foi derramado, no cordeiro que é sacrificado desde o princípio.

Os insensíveis à este sacrifício e que não se aproximam a fim de conhecer o seu salvador, jamais poderão entrar no reino dos céus.

No final, serão julgados, não pelo pecado que cometeram (porque este já foi pago), mas pelo perdão que rejeitaram.

Aceitar a Cristo é aceitar o perdão, aceitando, com isto, viver novamente no mundo sem pecados onde há Deus e os anjos e onde o mal não consegue entrar.

No fim deste mundo, quando os justos ressuscitarem, estes verão aquele Deus de amor e de Justiça, na figura do próprio Jesus Cristo vindo em glória para os buscar. Acompanharão o Deus de castigo na figura do próprio Jesus, apenas no ato final da história da humanidade caída, quando o Deus de moisés, na figura do próprio Cristo, novamente se manifestará, para limpar a terra, de todo o mal, levando junto com esta terra de pecados todos os que a amaram, mais do que a Deus.

Quanto aos demais, os santos, guardarão toda a lei através de um único mandamento:

"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22)

Esta é a promessa e o reino de amor que nos está reservado, onde não existe lugar para o mau nem para  o pecado, mas somente para a justiça e paz.

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