Introdução
A origem do grupo anti-adventismo no Brasil, tem nome próprio, Natanael Rinaldi, irmão falecido e que deixou como legado um grupo de seguidores apaixonados por sua forma de pregação contra grupos a que consideram como sectários. Dentre tais seguidores encontram-se "ministérios" como ICP, CACP e apoiadores como MCA e nitroglicerinapura. Tenho trabalhado na internet desde os tempo em que esta modalidade de "apologética" dita de combate a "seitas" começou a se popularizar aqui no Brasil, de fato, estes quatro ministérios são os que restaram de um grupo maior.
Por que considerar a Igreja Adventista como um seita?
Ao analisar os argumentos do dito pregador Natanael Rinaldi, percebemos que a base de suas declarações se dá com base principalmente na contraposição de ideias dispensacionalistas à visão historicista da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Como exemplo disto podemos tomar a questão da guarda do sábado, considerado como tendo perdido a validade pela escola de interpretação de Natanael Rinaldi, mas visto porém como perfeitamente válido, assim como os demais 9 mandamentos da lei de Deus, pelos Adventistas do Sétimo Dia.
A guarda do sábado
A permanência no sábado
A interpretação dispensacionalista ensina que a lei de Deus teria sido abolida e com ela o sábado guardado ainda hoje pelos Adventistas do Sétimo Dia, além de outras igrejas. Quanto às alegações no vídeo em questão, analisemos alguns pontos da afirmação deste irmão:
"Sábados, luas novas e festas anuais" (Natanael Rinaldi)
O texto base usado se refere a Colosenses 2:16 que diz:
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados" Colossenses 2:16
Intencional ou não, notamos por parte deste irmão uma troca na sequência dos itens ditos, onde no texto bíblico os "sábados" são colocados na posição anual:
Dias = festas
Meses = luas novas
Anos = sábados
Tanto a teologia reformada quanto a adventista admitem que estes sábados se referiam aos anuais, demonstrando que o foco do verso não seria realmente o sábado do sétimo dia.
Outro detalhe que notamos é a supressão de dois itens incluídos na lista e que são "comida" e "bebida".
A interpretação feita em cima deste verso denota que a base utilizada para esta visão seria puramente de base nas teorias dispensacionalistas e NÃO, no texto bíblico, origem desta expressão emprestada de Paulo:
"E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de alimentos, e as libações, nas festas, e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel. Ele preparará a oferta pelo pecado, e a oferta de alimentos, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel." Ezequiel 45:17
Crê-se que o sábado semanal também está incluído nestes eventos ENTRETANTO, o aspecto tratado ali pelo profeta são realmente as preparações cerimoniais, que envolvem ofertas e sacrifícios e que eram feitos inclusive no sétimo dia.
O que desagradava a Deus nas várias queixas a respeito destes itens seriam então a guarda e santificação do sétimo dia? Ou seria a forma vã com que estas coisas ordenadas por Deus eram guardadas?
"Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal." Isaías 1:13-16
De forma vã estas coisas eram realizadas porque eram feitas enquanto o povo vivia na iniquidade não fazendo jus às ofertas oferecidas naqueles dias.
Trazendo este conhecimento para o verso de Colossenses 2:16 percebemos que a questão tratada ali seriam realmente o fato de que em vão guardariam os gentios tais comemorações, uma vez que todo este cerimonialismo encontrava então, sua realidade em Cristo.
Notemos que mesmo Deus se desagradando destas cerimônias, por conta da rebeldia do povo, a guarda do sétimo dia, conforme o mandamento, continuava inteiramente válida e o povo continuava sendo cobrado pela transgressão.
Assim, errou o irmão Natanael Rinaldi ao usar conceitos meramente humanos, presentes nas teorias dispensacionalista, ao invés das próprias Escrituras, no Antigo Testamento, tão desprezado neste meio.
Falácias
O fato de os adventistas considerarem a permanência sábado como importando à salvação assim como demais mandamentos, não o torna um meio de salvação, assim como a guarda dos outros 9 mandamentos por todas as igrejas cristãs, incluindo a Adventista, também não fazem da guarda destes mandamentos um meio de salvação. Assim como outras igrejas que crêem que na igreja permanece-se tendo joio e trigo e que nem todos os cristãos haverão de se salvar, determina-se que a permanência nos mandamentos implica em permanência na graça e na salvação recebida por meio de Cristo, segundo o batismo e que a contínua transgressão consciente de qualquer dos 10 mandamentos implicaria em apostasia e por consequência perda desta salvação adquirida. Há grupos cristãos que creem em uma predestinação para salvação ou perdição e também há cristãos que crêem que uma pessoa uma vez tendo aceito a Cristo jamais poderá se perder. Há porém um terceiro grupo na igreja Cristã que continua crendo de que a salvação adquirida pode ser perdida e na condenação em casos de apostasia e a Igreja Adventista do Sétimo Dia compartilha desta crença.
A guarda do sábado também não infere em atitude rebelde contra a graça de Cristo, conforme ensina o "manual" dispensacionalista, pelo contrário, assim como a permanência no não matar, não furtar, não adulterar e não ter outros deuses, a guarda também do 4º mandamento implica em obediência àquele que nos Salvou e que é o mesmo Deus que entregou estas leis e que é Senhor e Criador do sábado (Mateus 12:8, Marcos 2:27). Não há como se negar a biblicidade da guarda deste dia, nem sua presença junto aos demais 9 mandmaentos da lei de Deus. Cremos também que:
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.
Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei." Tiago 2:10,11
O problema com o sábado
O problema do sábado é justamente porque as igrejas hoje guardam o domingo. Sendo portanto o sábado válido e não o domingo, estariam os irmãos então transgredindo ao 4º mandamento? Naturalmente a resposta é um sim e para as igrejas que não crêem no "uma vez salvo salvo para sempre", conceito também adotado por dispensacionalista, entende-se o risco de se transgredir abertamente tal mandamento assim como seria transgredir qualquer outro dos 10 mandamentos da lei de Deus, conforme a Bíblia nos adverte.
Falsa acusação
A fé reformada tradicionalmente ensina a mudança do dia de guarda, porém não admite a abolição de qualquer dos mandamentos. Diremos então que os que compartilham da fé reformada seriam também sectários por não jogarem fora a lei de Deus? Crêem também que embora o sábado tenha se tornado em um domingo, que este permanece como o 4º mandamento de Deus, não tendo então sido este removido. Ao não remover este mandamento estes irmãos reformados também estariam tentando comprar a salvação ao observar o domingo?
A resposta à estas perguntas é naturalmente um não! A guarda de qualquer dos mandamentos não implica em rejeição da graça, conforme ensinado pelo dispensacionalismo:
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Romanos 3:31
Portanto, na proposta de estar ensinando a Bíblia, nosso irmão Natanael Rinaldi se dispôs tão somente a ensinar sua visão dispensacionalista, que se opõe não apenas à escola de interpretação historicista adventista como também outras escolas como a preterista que continua sendo a escola das igrejas tradicionais, incluindo as de fé reformada.
Detalhe sectário na crença de Natanael Rinaldi
Sabe-se que o dispensacionalismo ensina de que a SALVAÇÃO no Antigo Testamento era pela lei, isto mesmo que você ouviu, esta modalidade interpretativa assume que no antigo testamento o Israelita era salvo pela GUARDA DA LEI e que no Novo Testamento, isto foi substituído pela GRAÇA e que, então, a salvação passou a ser não mas pela lei, assim pela graça. Deste modo, na cabeça de um dispensacionalista, quando uma pessoa está guardando a lei, estaria recorrendo à um antigo método não mais válido de salvação e por consequência, rejeitando a graça.
Salvação por obras, porém, é um ensinamento duplamente herético e sectário. Assim como outras igrejas de opinião tradicional, a Igreja Adventista do Sétimo Dia crê que a salvação tanto no Antigo como no Novo Testamento sempre foi pela graça e que o que mudou foi o método de apropriação, antes feito por meio de sombras do cerimonialismo, por meio da expressão de fé no sacrifício de animais que simbolizavam a Cristo e que hoje tão somente todas estas representações foram substituídas pela realidade que é o próprio Cristo, cordeiro e Sumo-sacerdote, cumprimento de tudo que havia sido previsto na lei, especialmente a que tratava dos ritos do santuário JUSTAMENTE o assunto tratado por Paulo em Colossenses 2:16.
Detalhe sectário na crença de Natanael Rinaldi
Sabe-se que o dispensacionalismo ensina de que a SALVAÇÃO no Antigo Testamento era pela lei, isto mesmo que você ouviu, esta modalidade interpretativa assume que no antigo testamento o Israelita era salvo pela GUARDA DA LEI e que no Novo Testamento, isto foi substituído pela GRAÇA e que, então, a salvação passou a ser não mas pela lei, assim pela graça. Deste modo, na cabeça de um dispensacionalista, quando uma pessoa está guardando a lei, estaria recorrendo à um antigo método não mais válido de salvação e por consequência, rejeitando a graça.
Salvação por obras, porém, é um ensinamento duplamente herético e sectário. Assim como outras igrejas de opinião tradicional, a Igreja Adventista do Sétimo Dia crê que a salvação tanto no Antigo como no Novo Testamento sempre foi pela graça e que o que mudou foi o método de apropriação, antes feito por meio de sombras do cerimonialismo, por meio da expressão de fé no sacrifício de animais que simbolizavam a Cristo e que hoje tão somente todas estas representações foram substituídas pela realidade que é o próprio Cristo, cordeiro e Sumo-sacerdote, cumprimento de tudo que havia sido previsto na lei, especialmente a que tratava dos ritos do santuário JUSTAMENTE o assunto tratado por Paulo em Colossenses 2:16.
(Sr. Adventista)
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