Olá, irmão Fabio, Jesus, João Batista e os apóstolos tiveram sua pregação do evangelho sustentada pelo irmão. Conforme lhe informei e o irmão ignorou, era comum esta prática ente os judeus:
"...Digno é o obreiro do seu salário." 1 Timóteo 5:18
É Paulo falando, irmão.
"E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa." Lucas 10:7
É Jesus falando, irmão.
A segunda coisa que o irmão ignorou é que Jesus não praticava nem ensinava a se omitir o dízimo:
"... deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." Mateus 23:23
O trabalho do presbítero:
"Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina;" 1 Timóteo 5:17
O salário do presbítero:
""... Digno é o obreiro do seu salário.
Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas." 1 Timóteo 5:18,19
A base do salário destes administradores:
"Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." 1 Coríntios 9:13,14
Em troca o irmão tem usado a justificativa da ausência, algo que a teologia considera como sendo errado de se fazer.
Neste âmbito, poderia justificar ao irmão a ausência de verso ordenando a abolição do dízimo! Não havendo, significa que o dízimo permanece.
De forma que não a Bíblia, mas como lhe mostrei, o dispensacionalismo é quem afirma que os dízimos foram abolidos e não o "assim diz o Senhor".
Onde Pedro se encaixava?
"Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:" 1 Pedro 5:1
O trabalho destes:
"Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;" 1 Pedro 5:2
O mesmo presbítero a quem a Bíblia diz que era digno do seu salário que, segundo Paulo, viviam do evangelho assim como viviam aqueles que trabalhavam no templo.
Estes líderes não eram achincalhados, como fazem hoje irmãos dados à anti-religiosidade especialmente na questão do dízimo:
"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;" Tiago 5:14
"Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério." 1 Timóteo 4:14
Roubam a Deus tanto o líder religioso que faz mal uso dos dízimos quanto aqueles que o retêm, porque ambos não destinam aquilo que Deus instituiu à causa da pregação do evangelho.
Todos entregavam o dízimo, a quem era judeu, no templo, a quem era cristão, na igreja. O dízimo sustentava o trabalho dos pregadores nas igrejas assim como sustentava o trabalho dos sacerdotes no templo.
Paulo e demais apóstolos, irmão, continuaram visitando o templo e fazendo uso dos trabalhos que se realizavam ali. Estes que ali trabalhavam eram mantidos graças aos dízimos e as ofertas que como todo bom servo de Deus eles entregavam:
http://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/05/os-apostolos-congregavam-no-templo.html
Haviam os ricos na igreja, a divisão de bens era algo voluntário, Deus apenas não tolerava que, tendo abraçado esta oferta, alguém se dispusesse a tentar enganar o Espírito Santo, retendo por esperteza parte do que antes havia decidido entregar, enganando também aos irmãos.
Não houve, portanto, irmão, esta rebeldia contra as autoridades eclesiásticas, nem rompimento com as coisas do templo e seu sustento, nem com a sustentação da obra de pregação, nem com a consideração deste trabalho como sendo digno, nem rompimento com o salário que estes recebiam e que lhe garantiam o sustento enquanto se dedicavam integralmente à obra do evangelho.
Os ensinamentos dispensacionalistas são anti-biblicos, irmão, e há muito mais coisa a serem aprendidas da Bíblia Sagrada.
Paulo:
"Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas," 1 Timóteo 1:9
Já havia nos tempos de Paulo, aqueles que se levantavam contra as autoridades eclesiásticas os quais Paulo corrigiu duramente. Paulo e pedro eram também autoridades e se levantar contra as autoridades das igrejas era como se levantarem contra os próprios apóstolos que encarregaram estes obreiros das igrejas.
Paulo:
"Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. Porque os irmãos que vieram da macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei." 2 Coríntios 11:8,9
Confirmando que certo tempo de necessidade Paulo também recebeu o salário digno das igrejas que já havia ajudado a estabelecer, enquanto tentava não ser pesado aos irmãos.
Quando se entrega o dízimo, irmão, alivia-se as costas das famílias que tem que, sozinha, sustentar o obreiro, dividindo a responsabilidade com toda a igreja.
Usando isto em sua defesa, Paulo então trata dos maus obreiros:
"Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo."
2 Coríntios 11:13
Com a derrubada do templo, invasão de jerusalém e o fechar das sinagogas, todo o trabalho evangelístico ficou a cargo da igreja cristã, que agora se encarregava de ler e ensinar a Bíblia. Toda a responsabilidade antes entregue à Israel é agora transferida aos ombros da igreja, o que começou à partir da morte de Estêvão. Com a queda do templo, ela passa a ser, então, a administradora matriz dos recursos para a pregação do evangelho, segundo o sacerdócio de Cristo.
Assim, a igreja continua com a prática do dízimo, como na época de Jacó, quando ainda não havia o templo, mas havia a necessidade da obra de pregação sobre o Deus vivo. E assim a igreja leva a cabo a obra que Melquisedeque realizava nos tempos de Abraão. Como ministros do evangelho, tendo a Cristo como Sumo-Sacerdote, fazemos aqui, como obreiros dedicados, a obra que os levitas antes faziam.
Nosso Sumo sacerdote, é Cristo. O templo onde Ele ministra em favor de todos está no Céu, a seara é todo o mundo, assim os que trabalham na obra de pregação do evangelho em tempo integral, como os levitas faziam, recebem o seu salário através do qual podem se manter enquanto levam adiante a pregação do evangelho.
A Eclésia foi criação e organização dos próprios apóstolos, irmão, bem como o salário dos presbíteros, pregadores, administradores e obreiro.
Estes ensinamentos anti-religiosos, especialmente na questão do dízimo, irmão, não apenas não se harmonizam como são contrários às Escrituras.
Um abraço.
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