quarta-feira, 28 de junho de 2017
O dispensacionalismo e a salvação pela lei
Olá, irmão Fabio, a obrigação do homem para com Deus existe desde que o homem passou a existir poque foi Deus quem criou o homem. Obedece-se a Deus não para ganhar um prêmio, mas porque Deus já nos deu todas as coisas. A lógica da Bíblia é totalmente contrária à ideia de uma recompensa da salvação por meio das obras, ainda que da obediência. Deus não nos nega nada, esperando que venhamos a dar-lhe algo em troca. Esta ideia de merecimento é algo que está presente em todas as religiões, exceto a judaica-cristã. Isto é o que faz do Cristianismo algo único, a crença na redenção por meio de graça "de graça mesmo" e não por obras.
A ideia de concorrência da lei com a graça é algo que não se harmoniza com a lógica, porque se antigamente as pessoas se salvavam guardando a lei, a graça deixa de ser o único meio possível de salvação da humanidade.
Abraão, Isaac, Jacó e os demais são colocados pela Bíblia na galeria dos heróis da fé e podemos citar também Davi, todos eles levaram uma vida cometendo pecados e se arrependendo. E sendo que estão salvos, irmão, a teoria dispensacionalista deixa de fazer sentido por dois motivos:
Primeiro porque estes teriam se salvado, ainda que guardando a lei de forma imperfeita, jogando por terra a alegação de que a graça veio para substituir a lei, porque a lei falhou por supostamente ninguém conseguir guardá-la perfeitamente. Então haveria uma falta de lógica porque tais homens foram salvos mesmo não tendo sido perfeitos diante da lei o que mostra que Deus nunca haveria exigido uma perfeição na guarda da lei.
Segundo que as más obras seriam pagas por meio de boas obras, como se crê igualmente na totalidade das religiões, exceto a cristã. Assim os pecados de Jacó e Davi teriam sido esquecido porque teriam passado a praticar boas obras.
Veja, irmão que em se tratando de graça, não há espaço para um ensinamento que incite salvação por meio de obras humanas.
A Bíblia é clara em ensinar que a humanidade é salva unicamente pelo que Cristo fez na cruz! Nada do que possamos fazer poderia nos livrar da condenação, porque nada que o homem possa fazer é capaz de pagar o preço e apagar nossos pecados. Pecado se paga, irmão, e o homem em si não tem valor como pagamento, muito menos suas obras.
Por exemplo, quando vamos a um tribunal acusado de algum crime, o Juiz não vai avaliar nossas boas obras, mas sim as más, nenhuma boa obra que fazemos pode anular um crime que cometemos, porque não há boa obra que justifique a transgressão.
O pagar da dívida do pecado exige o sacrifício, de cada um de nós, irmão. Não podemos pagar esta dívida, irmão, mas Cristo pôde!
E Cristo pôde pagar a dívida não porque levou uma vida de obediência como ensina o dispensacionalismo, mas porque É Deus, contendo em si mesmo valor suficiente para pagar a dívida da humanidade.
Quando Cristo guardou a lei perfeitamente, não fez mais do que sua obrigação, porque se o filho do homem pecasse, não poderia servir de substituto para a humanidade. Assim não é a guarda perfeita da lei por parte de Cristo que nos confere salvação, mas sim o fato de que o próprio legislador da lei se ofereceu para pagar a dívida e assim comprou a humanidade para si através de seu próprio sangue.
Esta é a verdadeira doutrina da graça, irmão, não esta que associa a salvação à obras e obediência à lei.
Desde o princípio a humanidade foi ensinada por meio dos rituais de sacrifício de que a dívida pela transgressão só poderia ser paga mediante derramamento de sangue (Hebreus 9:22).
Com os sacrifícios de Cordeiro, Deus ensinou de que um substituto seria enviado para morrer no lugar da humanidade. Abraão conheceu esta verdade quando Deus o pediu para entregar seu próprio filho, para que Abraão pudesse entender que para pagar nossa dívida, Deus nos daria o Seu próprio filho.
São nestes ensinamentos que está evidenciado a salvação de todo ser humano, desde Adão e Eva e seus filhos Caim e Abel que realizavam sacrifícios e ofertas à Deus.
Por manifestação de fé neste sacrifício vindouro é que obtinham a salvação e não pela guarda da lei. A lei é dada porque todo aquele que conhece e aceita a Deus não pode mais viver como as nações ímpias, porque há um estilo de vida em conformidade com a vontade de Deus, o qual Deus expressou na Sua lei e por meio de seus profetas.
A doutrina da salvação, irmão, é fundamentada inteiramente em Cristo. Quando entendemos isto, percebemos que a lei nunca foi dada para servir como meio de salvação, mas que o povo Israelita, bem como Abrão, desde a descendência de Sete foram fiéis a Deus porque já haviam recebido tudo de graça não podendo pagar a Deus de nenhuma forma.
Então não há como o homem barganhar com Deus, negociar, dar algo em troca por alguma coisa que Deus tenha nos dado. Ao homem cabe agradecer, amar a Deus e levar uma vida de obediência à Sua vontade porque Ele é o nosso Deus, quem cuida de nós e não nos deixa nada faltar.
Para que o irmão possa se limpar desta compreensão errada acerca da lei e da graça, recomendo o livro que possibilitou-me entender todas estas coisas e deixar de crer que pela obediência aos mandamentos ou fazendo mais obras boas do que más poderia alcançar a salvação diante de Deus.
Caminho a Cristo
www.youtube.com/watch?v=l8_zOw0yvxs
A salvação flui unicamente de Cristo, irmão.
Um abraço.
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E pensar que toda essa antipatia com a Lei de DEUS é só por causa de UM ÚNICO mandamento.
ResponderExcluirUm mandamento tão claro, tantas vezes exigido, repleto de exemplos e que fala de um dia especial que foi instituído no Éden.
ExcluirUm abraço, irmão Jair.