segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Grande Desapontamento


A reforma não foi completa, nem de longe as igrejas se uniram em torno de uma única verdade.

Até mesmo a união de todas as igrejas em torno do propósito da volta de Cristo, foi acompanhado pelo engano, mas por que isto ocorreu?

Ocorreu porque não estavam embanhados da verdade das Escrituras. Tantos protestantes, vindos das mais diversas denominações e nenhum destes conseguiram apresentar o verso bíblico que diz que ‘acerca do dia e da hora ninguém sabe’!

Isto demonstra o extremo descaso que havia para com a palavra de Deus. Julgaram que a reforma estaria completa, ou que faltasse apenas alguns ajustes em seus mínimos detalhes, mas não se atentaram ao fato de que pouco ainda sabiam e pouco entendiam das escrituras.

Guilherme Miller trouxe interpretações e entendimento acerca das profecias e apontou aquele período como sendo o do tempo do fim.

Tanto tinham algum fundamento, suas pregações, que logo conseguiu aquilo que muitos antes não haviam conseguido, atrair a atenção de um avolumando número de pessoas.

Suas pregações conseguiram atingir praticamente toda a América do Norte e também boa parte do mundo, onde estava ocorrendo um movimento de reavivamento.

Bem ou mal, em todo o mundo se reacendeu a atenção para a importância de se voltar a estudar a Bíblia e a dar ênfase na pregação do evangelho.

O efeito porém foi momentâneo, tanto que após o término do movimento de reavivamento, os ânimos novamente esfriaram.

O único detalhe que notamos de relevante foi o surgimento de uma Igreja peculiar, um pequeno grupo de pessoas, remanescentes dentre um grupo de milhões de pós-reavivistas.

Muitos se impressionaram com as mensagens de Miller e lhe deram apoio, no início, até que um dia, em reunião com seu amigo Snow, foi convencido sobre uma data específica sobre a volta de Cristo.

Cristo virá em breve, mas quando?

Era uma pergunta que ecoava dentre o grupo de milleritas!

O que Miller não sabia é que embora seus cálculos e boa parte de suas interpretações estivessem corretos, havia um equívoco que seria o divisor de águas para aquele grupo de milleritas.

"e o santuário será purificado".

Miller entendeu que o santuário a ser purificado seria a terra, pois ninguém na época tinha noção exata acerca de um Santuário celeste. A Bíblia, por vezes, se refere realmente à terra como uma espécie de santuário, como pregava Miller. Mas ali na profecia, se tratava de um outro santuário.

Miller então entendeu que esta parte da profecia era o juízo final sobre a terra, Snow e alguns outros milleritas concordaram.

Desapontamento, foi o resultado daquilo que começou com uma reunião entre Miller e Snow.

O desapontamento deixou claro de que a maioria das pessaos estavam ali por conta da simpatia de Miller e não por interesse no conhecimento da Palavra de Deus. Fixaram-se demasiadamente na pessoa de Miller e em sua agradável mensagem (por parte daqueles que ansiavam pela volta de Cristo) e esqueceram-se voltar sua atenção ao mais importante, ao Livro que contém todas as respostas.

Onde erramos? Foi a pergunta que uma jovem fez logo após o desapontamento!

Uma visão lhe veio como resposta.

Enquanto recebia esta visão, um grupo remanescente de milleritas, composto por aqueles que não se deixaram abater pelo desapontamento, começaram a vasculhar a Bíblia por resposta, e um destes, caminhando em um milharal, enquanto tentava entender o que havia acontecido de errado, meditando no texto de Daniel, teve uma idéia do que poderia ter acontecido.

Aquele santuário referido por Daniel não se trataria realmente da terra, mas sim de um santuário que há no céu.

Aquele grupo focou, à partir de então, seus estudos neste sentido, assim, após alguns meses, conseguiram chegar à uma resposta sobre, onde Miller haveria errado!

Miller, de imediato, não aceitou os argumentos daquele grupo, que desde então, seriam chamados de Os Adventistas.

Mas o por que de aquilo tudo? A resposta veio logo em seguida quando aquela jovem que recebeu sua primeira visão, relatou acerca do ocorrido.

Por sua perseverança na busca de resposta e na firme esperança da volta de Cristo, aquele grupo havia sido escolhido por Deus para uma importante missão!

Aquela jovem ficou encarregada de acompanhar aquele grupo. Desde então, aquele grupo passou a contar com a orientação de um profeta. Deus então passou a dirigir aquele povo, segundo seu propósito, através de várias e sucessivas visões concedidas à Ellen White.

Muito tempo se passou, até que aquele grupo de adventistas, chegaram à um estágio semelhante ao dos Adventistas do Sétimo Dia, que vemos hoje.

O principal meio com que isto foi possível, foram as doutrinas fundamentais, instituídas várias décadas depois que certo grupo de adventistas começaram a estudar com afinco a Palavra de Deus.

Os cristãos protestantes, católicos e de outras religiões, vindos do período de reavivamento, conseguiram chegar, então, a um denominador comum e poucos foram os que não aceitaram o resultado final dos estudos.

Alguns, inconformados, porém, mais tarde, se corrigiram, e passaram a aceitar tais verdades, a exemplo dos anti-trinitarianos.

E a verdade se desenvolveu ainda por um pouco de tempo, com as publicações daquele grupo inicial de Adventista do Sétimo Dia, até estar devidamente esclarecida, pouco antes da morte do profeta da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Os adventistas nascidos à partir dali, já tiveram então contato, apenas com as verdades puras, extraídas das doutrinas puras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que já era publicada na forma de lições da escola sabatina.

Em nossas doutrinas fundamentais não há erro nem enganos, pois são todas doutrinas bíblicas. De modo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia pode não ser perfeita, mas tem doutrinas puras em seu conjunto de crenças fundamentais.

Ellen White atuou como um ferramenta nas mãos de um orientador e consolador, aos aflitos e desapontados. Deixou livros que ajudariam a igreja a passar pelas provas que viriam com o tempo.

A obra de Ellen White, tem um objetivo pautado na defesa das doutrinas já estabelecidas, da parte de Deus, à Igreja Adventista do Sétimo dia, provendo orientações e explicações acerca de cada uma de nossas crenças com base na Palavra de Deus.

Não temos hoje, acesso aos estudos e conclusões dos adventistas pós milleritas e que permitiram a formulação de nossas doutrinas fundamentais. Mas sabemos que diante de seus estudos, à cada reunião, Ellen White recebia visões que confirmavam cada uma das verdades, quando estas eram descobertas, quando então pairavam dúvidas que aparentemente não tinham resposta.

Assim Ellen White é a testemunha presente, sobre as verdades que foram extraídas da Palavra de Deus. Embora sempre deixada de lado e vista com desconfiança por muitos do grupo, conquistou a confiança através dos claros sinais que se operavam em seu ministério, sempre que se faziam necessários.

Até ali Ellen White foi uma mera observadora, até que foi chamada para atuar nas reuniões e na formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia, por isto hoje ela é vista também como uma co-fundadora, cuja contribuição maior, em termos de doutrina, além das relacionadas com a saúde, seja a da trindade, como vemos atualmente.

De espectadora e simples ferramenta de revelação, Ellen White passou a educadora, escrevendo livros nas mais diversas áreas do conhecimento humano, todos dirigidos para orientar o cristão a ter uma relacionamento mais íntimo e verdadeiro, com Deus. Por causa disto, a igreja adventista, aceita hoje Ellen White como a profetiza oficial dos Adventistas do Sétimo Dia.

Seu empenho e sua admiração pela pessoa de Cristo se traduzem em obras como "Caminho a Cristo" e "O Desejado de Todas as Nações".

Todas as revelações de Ellen White possuem o firme propósito de impressionar nossas mentes a aceitarmos certas verdades acerca de um correto caráter Cristão.

Ellen White usou de revelações, não para contradizer ou chocar, cristãos que possuíam idéias ou interpretações diferentes acerca da Bíblia, naquela época, mas sim para utilizar certos fatos bíblicos para demonstrar importantes lições.

Por tabela, no uso de acontecimento que ocorreram nos bastidores da Bíblia sagrada, acabou desagradando a muitos e contradizendo muitas crenças.

Mas o principal objetivo das obras de Ellen White, são os ensinamentos, que tem por objetivo criar ou reforçar um caráter cristão de forma mais apurada. Um caráter cristão mais de acordo com a vontade de nosso Criador.

Mesmo contradizendo as várias religiões da cristandade moderna, os livros de Ellen White nos apresentam a verdade acerca das Escrituras. São fonte contínua de orientação aos cristãos, neste conturbado tempo do fim.

A própria vida da Sra. White, foi marcada por eventos sobrenaturais, levou uma vida digna, tal qual ninguém lhe podia refutar.

Os vários que compareciam a fim de testar-lhe saíam aflitos e desolados com as palavras que saíam de uma jovem tímida, mas muitos saíam com uma nova esperança.

E o que Ellen White viu em sua primeira visão?

Nada além do caminho estreito, ao qual Cristo estava nos lembrando através do desapontamento:

Este caminho estreito é a Bíblia, neste mar de confusão religiosa.



Aquele que perseverar na palavra de Deus encontrará a verdade. Este será Salvo!

E não é que o caminho é estreito mesmo!

5 comentários:

  1. É uma "verdadeira" negação da realidade dos fatos, essa alegação de que as pessoas que compunham o movimento de 1843/1844, não tivessem sidos advertidos contra erros tão crassos que envolveu aquela falsa mensagem, quando colocada em confronto com relatos no próprio "Novo Testamento", no qual se baseiam as Igrejas Cristãs que dizem ter como regra de fé.
    Além do mais, "pasmem" ! Pois a própria Ellen White no livro Primeiros Escritos, a partir da Pág. 229 ao sair em defesa das falas interpretações de Guilherme Miller, então, a princípio já expressa sua defesa em favor da "mensagem" que Millher propagava como sendo uma "verdade presente", quando na página 232 afirma categoricamente que:

    "Anjos de Deus acompanhavam Guilherme Miller em sua Missão. - e acrescenta: "Ele era firme e denotado, proclamando destemidamente a mensagem a ele confiada." - Vejam que ela tem como sendo de origem "Divina", uma falsa profecia, que posteriormente foi deixada de lado pelo próprio Miller por admitir o seu erro.

    Bém, dentre tantos "disparates" descritos por ela, podemos encontrar na página 239 do mesmo livro (c/ início no último parágrafo da pág.238), uma declaração da dita "profetisa", que "joga por terra" essa pretensão do sr. Adventista em querer atribuir àquele Movimento, um caráter de inocência ou por "supostamente" não terem sido avisados dos seus equívocos. Observem:

    "Os 'santos' esperavam ansiosamente pelo seu Senhor, com jejuns vigílias, e oração quase constante. Mesmo alguns 'pecadores' olhavam para aquele tempo com terror; mas a GRANDE maioria manifestou o espírito de Satanás em 'oposição' à mensagem. Zombavam e caçoavam, repetindo em toda a parte:
    "NINGUÉM SABE O DIA E NEM A HORA." - e continua E. White: Anjos maus com eles insistiam para que endurecessem o coração e rejeitassem TODO O RAIO DE LUZ DO CÉU..." - Sem comentários !

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  2. Outras duas declarações abaixo que "aniquilam" as intenções e pré-suposições do autor do tópico acima (sr. Adventista):

    "A pregação do TEMPO DEFINIDO despertou grande 'oposição' de todas as classes, desde o ministro no púlpito até o 'pecador mais descuidado e empedernido. NINGUÉM SABE O DIA NEM A HORA, 'ouvia-se' falar, desde o ministro 'hipócrita' até o ousado escarnecedor." (P.E, pág. 233)

    Ou seja, a própria Ellen White fez questão de escrever, que criticou até mesmo a
    as opiniões dos mais sensatos, taxando-os de HIPÓCRITAS; e o fêz, para defender uma FARSA.

    A segunda citação:
    "Muitos pastores do rebanho, que professava amar a Jesus, diziam que NÃO faziam oposição à pregação da vinda de Jesus, mas faziam "objeções" quanto ao TEMPO DEFINIDO." (P.Escritos pág 234, § 1º)

    Aí está o testemunho da profetisa que depõe contra ela mesma, mas em favor dos seus oponentes. A arrogância a "cegou" cada vez mais, sendo que levou e continua levando muitos ao engano.

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  3. Mas o ponto "crucial", é que ela mesma por várias vezes, cita a expressão "Tempo Definido". Isto é, a "marcação" de datas que contraria as palavras: "Ninguém sabe o dia e nem a hora...", Mas, devido a grande cegueira por causa do fanatismo, não conseguiam associar uma coisa com a outra. (o cair da ficha)

    Suponho, que estas declarações deixam o sr. Adventista numa condição de "maus lenções". Ou, talvez não; já que é uma conduta mais que corriqueira da parte desse senhor, em mergulhar cada vez mais achismos e acrescentar erros sobre erros, tanto no que tange à defesa das coisas relacionadas com a Denominação, quanto ao que se refere aos escritos de EGW, bem como numa interpretação dos textos Bíblicos que deixa a desejar.

    Logo, está muito claro, que não foi por falta de aviso o fracasso do Movimento Adventista. E está mais claro ainda, que eles entenderam como sendo uma "afronta" as advertências que se opunham aos seus ideais.

    Detalhe: E. White chama aqueles que aceitaram aquela mensagem, de "santos", porém, os que recusaram, ela os taxou de "pecadores" que manisfestavam o espírito de Satanás. (Oposição)

    Outra coisa: Nada mais óbvio que, quem tentou abrir os olhos daquelas pessoas que, "iludidamente" esperavam a volta de Jesus, não foram os de dentro do movimento, do contrário seria uma "incoerência" da parte desses; (não faria sentido alguém conhecer o problema e ser parte dele); mas foram sim, outros que percebiam os erros tão infantis "estampados" naquele anúncio, no entanto foram ignorados.

    Ademais, querendo justificar o ENGANO de 1844, que denominaram de "O Grande Desapontamento", o sr. autor do Tópico escreveu o seguinte:

    "Ocorreu porque não estavam embanhados da verdade das Escrituras"; mas, com esta opinião ele se opôs à própria profetisa do Movimento que pensava diferente. Pois, vemos que na página 235 ela assevera dizendo que: Era intuito de DEUS que o Seu povo defrontasse com o DESAPONTAMENTO.

    -Não se pode querer eximir aqueles "fanáticos" da responsabilidade por seus erros, e consequentemente, dos prejuízos causados em decorrência daquela mensagem ilusória.

    E no caso de Ellen White, foi bem pior, por ter atribuído a DEUS a culpa pela falha de G. Miller e o "Desapontamento"; ao invés de reconhecer a estupidez daquele grupo de fanáticos!

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  4. Todas estas argumentações desse material apresentado pelo sr. Adventista, só tem um propósito, que é o de justificar que Miller de forma inconsciente teria pregado "meias verdades", para só depois então, sustentar a velha idéia da doutrina do Santuário e fortalecer a ilusão de que, aqueles que perseveraram (teimaram), são os "Remanescentes" Adventistas de hoje. Além, é claro, de advogar a suposta inspiração de E. White.

    E uma situação bastante curiosa, é que dá a impressão que o Deus que inspirou aquele movimento, é um tanto INDECISO; porque não sabia a quem revelar os seus segredos. Se a Guilherme Miller (que encabeçou o movimento), se a Hiram Edson (o homem da suposta visão do Milharal), ou a uma jovem de cerca de 17 anos chamada Ellen Gold White. Ora, que Deus "confuso" é esse, e que só revela meias verdades ?!

    Misericórdia !

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