sexta-feira, 23 de março de 2018

Crítica por ódio ou por amor?

"No temor de Cristo que há em seus corações, temos visto nestes vários anos, críticos do adventismo por, amor a seus irmãos, pregarem com afinco as verdades bíblicas. Em tom cordial, amoroso e sempre prontos a dialogarem, Luciano Sena, Flávio Martinez e demais apologistas brasileiros estiveram nestes vários anos construindo bases irrefutáveis que contrariam ideias adventistas, sempre tomando o cuidado de não levar a discussão para os irmãos em si, mas as doutrinas erradas que estes seguem." (citação)
Se ao ler o que acabou de ser escrito, o irmão e leitor sentiu que o que está acima integra-se como estando correto ao seu próprio pensamento, saiba que a Bíblia tem uma mensagem muito importante para você.

"Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:16-20

Devemos, irmãos, questionar nossa própria opinião sob uma perspectiva chave e que é:


O que eu digo versus o que eu faço.


Cristo demonstrou que o evangelho não é baseado apenas em palavras mas primordialmente em atitudes onde as palavras devem refletir o proceder. Veja se não é verdade:

A maioria dos apologistas, ideologistas, ou qualquer outro ramo de defesa de ideias aqui no Brasil têm se baseado no ato não de mostrar suas ideias de forma prática, mas por meio de palavras acompanhada algumas vezes de uma garantia vazia baseada em uma confiabilidade construída pelo próprio articulista, também descrita por palavras.

Sendo que já não temos uma harmonia da fala com as ações diárias de cada defensor de ideias, que diremos então dos mesmos quando se contradizem em suas próprias palavras?

Exemplos:

"Eu quero deixar bem claro que eu odeio SIM o adventismo, TENHO NOJO DESSE MOVIMENTO. E anseio o dia em Deus enviar esses e seus promotores no inferno" http://www.cincosolas.com.br/2010/01/leandro-quadros-pessoa-as-atitudes-e-as.html?showComment=1272742194609#c6797480818345206039


Será que tal declaração aberta combina com a ideia dita pelo mesmo autor de que sua discordância (não ódio) se dirige à doutrinas (não pessoas) do adventismo?

Ao conjunto de doutrinas, dá-se o nome de movimento, ou isto se refere às pessoas que o compõem?
São as doutrinas estes tais promotores os quais se anseia que sejam enviados ao inferno, ou são as pessoas que fazem parte deste movimento que se anseia sejam enviados ao inferno?

O mesmo autor destas declarações construiu também um artigo em seu blog intitulado "Por que não creio na salvação de um adventista?".

Pergunta-se, por que um cristão desejaria que mais de 15 milhões de seus irmãos sejam enviados ao infernos ao invés de serem salvos?

E por que um cristão teria tal ânsia em acompanhar um desfecho trágico deste tipo?


A concepção crítica anti-adventista brasileira

171 da IASD, Imperador, Livrepensador1 e seus apoiadores, a antiga turminha aqui chamados de grupinho, assim como outros grupos anti-adventistas que se desfizeram, não têm tido pudor ao declarar abertamente o tipo de sentimento que os movem contra o adventismo:

http://nitrogricerinapura2010.blogspot.com.br/2018/03/a-bruxa-adventista.html

Seria assim o adventismo na concepção destes críticos?

http://nitrogricerinapura2010.blogspot.com.br/2018/03/raio-cai-numa-igreja-adventista.html

Seria este tipo de desfecho que saciaria a vontade destes mesmos críticos?

Demonstra-se ali um zelo cristão pela verdade e uma apologia construída por amor à salvação dos adventistas?

O foco da modalidade anti-adventismo no Brasil

Assim como estes artigos contidos nestes links, aqui colocados, notamos que quase nenhum destes artigos constroem suas ideias sem basear-se em alguma pessoa, adventista. De fato, os movimentos apologistas e ideológicos existentes aqui no Brasil, sempre necessitam de uma pessoa a personalizar as sortes de "argumentações" destes críticos brasileiros.

Veja se não é assim: Um artigo é construído e uma pessoa é introduzida a fim de ser comentada no artigo ao tom de análises curtas e depreciativas acerca daquela pessoa. De seguida temos um conjunto de depreciações feitas em cima das ideias daquela pessoa. Temos a citação de algum trecho de algum escrito, destes mesmo, fontes de terceiros e raras vezes uma fonte primária. Então temos uma interpretação crítica "demonizada" daquele trecho e por fim temos uma conclusão do autor sobre aquela ideia por este mesmo demonizada e que é aplicada também à pessoa mencionada no artigo. O construtor finaliza então o artigo com um discurso exaltando suas próprias ideias diante da interpretação crítica demonizada da crença alheia. Termina-se então o artigo com o próprio autor concluindo que está com a razão.

O levante popular apologético no Brasil

"Este é um artigo no qual eu REFUTO, de forma definitiva os argumentos dos "adversários" do sétimo dia"

Pregador da verdade (no caso eu mesmo) HUMILHA ensinador "adversário" (por meio de uma análise feita consigo mesmo)!

"Neste artigo eu mostro de forma clara e incontestável, que o adversário está errado"

"Este pastor, teólogo, e seus diplomas de meia tijela, defensor de sua denominação, porque é pago por ela, acha que sabe algo de bíblia"

"O defensor das minhas ideias massacrou o opositor e o deixou como cego perdido no meio do tiroteio"

Este tipo de declaração introdutória tornou-se comum em comentários aqui no Brasil onde na maioria das vezes o todo do comentário se resume a isto.


RESSENTIMENTO


Quer tenha fundamentos ou seja infundado, o ressentimento é uma das origens do sentimento anti-adventismo no Brasil. Devido à postura tida como de "invasão" de território alheio, atuação forte no próprio meio cristão e por compartilhar de ideias em parte comuns e em parte conflitantes às tradicionalmente ensinadas entre as igrejas e também pela peculiaridade de algumas doutrinas e principalmente a atitude evangelística adventista em não prezar pelas paredes denominacionais, a Igreja Adventista tem sido vista por alguns como uma igreja contrária às demais, especialmente por sua forma de pregação no próprio meio cristão, comum a grupos tradicionalmente tomados como seitas.

A compreensão desta postura adventista, no entanto, não se dá no campo do que se conhece como sendo seita anti-cristã, mas na Doutrina do Remanescente é que se encontra a explicação à esta postura adventista vista como altamente proselitista.

Percebe-se então que a chave para a compreensão desta atitude vista como sectária por alguns nas várias igrejas não está no que tradicionalmente se tem por seita, mas no conceito do Remanescente através do qual a Igreja Adventista se enxerga e se posiciona junto às demais igrejas.

A doutrina do remanescente coloca a IASD como uma igreja restauradora profética, identificando-se com o trabalho dos antigos profetas bíblicos. Nisto, esta doutrina tem colocado a IASD como um movimento (incômodo) dentro da própria igreja cristã e não à parte, como é o grupo de nossos irmãos Mórmons e como se tem proposto fazer também ao grupo dos irmãos Testemunhas de Jeová.


Frutos das seitas versus frutos do remanescente

Notamos que o primeiro fruto de uma seita é o dar importância a algum líder, mais do que a pessoa do próprio Jesus e isto parte geralmente do próprio líder. Já o fruto do remanescente é sempre um profeta porta-voz de Deus, responsável por transmitir o que Deus diz à igreja, não tendo em si mesmo autoridade para formação de doutrinas.

O segundo fruto de uma seita é a substituição de alguma parte da Bíblia, quer do Antigo ou do Novo Testamento, por "novas verdades" que contrariam as antigas, isto resulta geralmente no uso de um outro livro, escrito por um líder no lugar daquela parte das Escrituras. O corpo dos TJs tem sido proposto encaixar neste item, não pela adoção de um outro conteúdo em substituto, mas por modificarem o sentido das bíblias tradicionais. O grupo dos Mórmons, por sua vez, apresentam este "mau fruto" propriamente dito retirando parte das Escrituras para a colocação do livro de Mórmons.
Em se tratando de adventismo, os escritos de Ellen White, profetiza e co-fundadora do adventismo são vistos como acréscimo, ao invés de substituto como são os escritos de Joseph Smith, autor do livro de Mórmons. Para os adventistas, porém, os escritos de Ellen White são vistos como uma luz que ilumina e traz à evidência verdades antigas, nas próprias Escrituras e nada fora dela. Tendo então, suas visões e predições proféticas, que passar pelo mesmo rigor bíblico inferido à profetas não canônicos, de não contrariar doutrinas nem qualquer princípio contido nas Antigas Escrituras (e também nas Novas Escrituras), assim seus próprios escritos se subordinam às Escrituras.

Sobre os escritos de Ellen White
Em questão de doutrinas fundamentais, a autoridade dos Escritos de Ellen White é nula. Em questão de análise e interpretação da Bíblia a autoridade dos Escritos de Ellen White é falível. Já na questão das profecias e visões, as predições de Ellen White tem que se mostrar infalíveis, sob pena de contrariedade ao seu próprio dom profético. A compreensão e exposição das ideias contidas em seus escritos, porém, em seu todo é progressiva segundo o que deriva das limitações humanas de todo profeta.

O terceiro fruto de uma seita são doutrinas que atentam à vida ou à integridade, baseada geralmente em uma falsa prova de fé. Nisto entra o exemplo da proibição da transfusão de sangue praticada pelos nossos irmãos TJs. Já o remanescente, pelo contrário, traz doutrinas que promovem a vida e o bem estar, como é a ênfase nas questões sobre a saúde promovida pelo adventismo e que se pode comprovar pelos resultados.

Estes são os três principais frutos pelos quais se mede um movimento dito profético a fim de se saber se é verdadeiro ou não. No verdadeiro se gera bons frutos, no falso se gera maus frutos.

E quanto aos movimentos que não geram frutos?

(Sr. Adventista)

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