sábado, 2 de dezembro de 2017

O bom ecumenismo

Olá, irmão:

"Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo." 1 Coríntios 5:9-13

Paulo se achegava a estes povos e pregava o abandono de suas práticas, porém na negativa continuava agindo da mesma forma com que se aproximou de tais povos. Paulo ensina a não nos associarmos justamente com irmãos que deveriam ter abandonado tais práticas mas não o fizeram. Na época de Jesus o povo vivia e continuará vivendo entre pessoas que não aceitaram o Deus que nós cremos, como a Bíblia nos apresenta. O respeito que se pratica ao aproximarmos destes povos deve ser contínuo. Agora, a liberdade religiosa é algo da qual eles também usufruem. Ao cristão não é dado o poder de restringir à força, ou por boicote, ou qualquer outro meio que não a pregação do evangelho a prática de tais pessoas segundo o direito sagrado do livre arbítrio.

Ao fazer trabalhos missionários devemos dar assistência justamente àqueles que não tem Deus, como na áfrica, por exemplo, onde se encontrará religiões bem contrárias à nossa fé e os missionários passam a viver entre eles, compartilhar dos costumes daqueles locais, comer à mesma com estes, tratando-os como irmãos.

Assim o não compactuar com as práticas em nada interfere na relação social com aqueles que possuem crenças diferentes, Cristo ordenou a ir e buscar salvar o perdido e não discriminá-los. Que eu saiba nenhum pastor adventista que tenha trabalhado na áfrica acabou se convertendo à uma religião de umbanda ou candomblé. Lá, sendo minoria, respeitam a religiosidade local e não é por, em certos lugares, sermos a maioria que devemos nos sentir livres para desrespeitar tais pessoas.

Devemos nos ajuntar em demais causas que não doutrinárias, no que se refere a fazer o bem e garantir direitos essenciais dados por Deus à humanidade como é a liberdade religiosa. Creia, irmão, de que se Deus quisesse o desaparecimento destas religiões, bastaria uma palavra e assim seria feito, não necessitaria do ser humano nesta empreitada. De modo algum estas religiões subsistem sem o consentimento de Deus.

Sendo da vontade de Deus é que tais religiões permaneçam até o dia de Sua vinda e que os cristãos continuem se relacionando com pessoas de outras crenças enquanto pregam-lhes o evangelho, não será atitudes individuais humanas que mudarão este curso decidido por Deus.

E o que a Bíblia condena são as práticas contrárias à vontade de Deus, o que não inclui obras de caridade, nem a defesa de bens inalienáveis como é a liberdade religiosa. O diálogo deve ser mantido, a relação com irmãos das várias religiões devem continuar ocorrendo, nosso dever é servi-los especialmente com a pregação do evangelho, mas praticando também tudo aquilo que Cristo nos ensinou a praticar.

Mesmo seguindo a verdade, isto não nos faz melhores nem piores do que qualquer de outra religião, apenas que temos mais responsabilidades e uma delas é de compartilhar aquilo que conhecemos com outros irmãos. E com a mesma forma amistosa com que nos aproximamos destes para ensinar o evangelho devemos continuar tratando estes irmãos que vivem conosco na mesma sociedade com o mesmo respeito e consideração, até o fim, ainda que não aceitem a mensagem, para que um dia, porventura o Espírito Santo possa lhe conceder a graça do arrependimento.

Assim, evitemos antes nos associar com aquele que não é sincero e que vive dentro do próprio seio cristão, do que com daqueles que são sinceros, embora se dediquem à uma outra religião a qual creem ser a correta, são estes que devemos justamente buscar e nos relacionar tendo por objetivo o bem estar e a salvação daquela pessoa.

Um abraço.

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