sábado, 4 de março de 2017

O juízo pré-advento e os trabalhos de Cristo

Olá irmão Cezar, será que Paulo não entendeu o que leu nas Antigas Escrituras, quando falou acerca de haver um juízo sobre a casa de Deus? Será que Paulo não conhecia de que os pecados seriam cancelados? O cancelamento dos pecados é feito sem juízo irmão? O que o cerimonialismo ensinava acerca do cancelamento dos pecados? Por que existiam os trabalhos do sacerdote e sumo-sacerdotes? O irmão citou: "Mas o juízo se assentará, e eles tirarão o seu domínio para consumir e destruí-lo até o fim. (Daniel 7:26)" E disse: "Os ímpios são pesados ​​nas balanças da corte do céu e são encontrados em falta. O propósito do julgamento é mostrar que os ímpios têm enchido o cálice da ira de Deus e Deus é justificado em trazer castigo sobre eles, tirando o seu domínio e dando-o aos santos" (Dn 7:27). Quando Pedro usa a expressão "casa de Deus" está se referindo aos ímpios irmão? "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" 1 Pedro 4:17 "E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus," Hebreus 10:21 Esta "casa de Deus" se refere aos ímpios, irmão? "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." 2 Coríntios 5:10 O que vemos, irmão, é que não se pode aplicar estes versos aos ímpios, Paulo está falando dele e da igreja. Os irmãos defendem a posição de que estes versos etão falando dos ímpios, mas qualquer um que ler os versos percebem que "casa de Deus" se referem aos cristãos, inclusive Pedro e Paulo. Logo, o entendimento dos irmãos está bastante equivocado. E quem disse que o juízo da casa de Deus é aquele de Apocalipse 14, irmão? Quem disse que o juízo da casa de Deus e que inclui Paulo e a igreja a quem falava é aquele de Daniel 7 e que recai sobre o chifre pequeno? O irmão já deu a resposta, trata se de um outro juízo, ao qual o irmão deu o nome de pré-advento. "Enquanto a Bíblia nunca ensina um julgamento investigativo , ele descreve um julgamento antes do advento . " (Cesar Vieira) Há dois motivos de comparecimento a um tribunal, irmão! O primeiro é para requerer direitos e inquirir justiça ou demanda sobre uma causa. O segundo é para julgamento de um condenado. O juízo investigativo é este primeiro, onde se inquire o direito à salvação garantido por Cristo, onde haverá de se julgar se tal pessoa, de fato, aceitou a Cristo e que por isto merece a salvação. Por isto é chamado de investigativo, pois, ali, os céus haverá de investigar os nomes apresentados por Cristo, para confirmar de que realmente aceitaram a Cristo e permaneceram. Por isto abrem-se livros, o da vida dos justos e por isto os livros que se abrem são daqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida, porque aceitaram a Cristo e tiveram seus nomes ali escritos. Há, irmão, no meio cristão, especialmente o evangélico, uma tentativa de deturpar a doutrina do juízo pré-advento, chamado de investigativo, segundo apresentados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando lemos as fontes primárias, percebemos que o juízo investigativo nada tem a ver com os julgamentos dos ímpios que é inclusive colocado em uma outra fase. Há três fazes do processo de Juízo: O primeiro, chamado de pré advento, é aquele referido por Paulo e que ocorre sobre a casa de Deus, onde Deus vai investigar se cada um realmente aceitou a Cristo e permaneceu fiel a Ele. A segunda fase do juízo, se refere ao juízo que ocorre no milênio, onde Deus, juntamente com os salvos avaliarão a situação daqueles que não aceitaram a Cristo, ou não permaneceram Nele. Por fim, aí sim, na terceira fase do juízo, vem o juízo executivo onde ocorre a punição definitiva dos ímpios. O julgamento do chifre pequeno ocorre em paralelo ao juízo investigativo. Ao mesmo tempo em que Cristo começa a separar aqueles que haverão de fazer parte da primeira ressurreição, um julgamento também ocorre para julgar as ações do chifre pequeno. "Todo o propósito do juízo pré-advent é para que o deus mostre ao universo que o poder mau que governa a terra " (Cezar Vieira) Sobre este poder relatado em Daniel 7 sim, quanto ao juízo sobre a casa de Deus, porém, é cumprimento dos trabalhos representados pelo sumo-sacerdote, onde os pecados eram tirados do meio do povo. O sacrifício de Cristo, irmão, provê o perdão aos nossos pecados. A eliminação dos registros, porém, ocorre mediante uma previa investigação. Somente após uma investigação haver sido passada sobre os justos é que se cumpre o que foi dito de que Deus jogaria nossos pecados no mar e nunca mais se lembraria deles. A conservação dos nossos registros, não indica que nossos pecados não tenham sido perdoados, pelo contrário, nestes registros constam também nossa aceitação de Cristo, bem como tudo de bom ou mal que fizemos. Os Critérios que Deus usa para julgar se uma pessoa permaneceu, são as obras durante toda a vida. Pelas obras se sabe se algum salvo se deixou cair em apostasia, recusando a graça que antes recebera. No momento da morte do indivíduo é que se consuma o destino de cada pessoa, ou para salvação ou para a perdição. Se a pessoa aceitou e permaneceu em Cristo, seu nome permanece inscrito no livro da vida, caso contrário, o seu nome é apagado. Assim o juízo investigativo, ou pré-advento, apenas trata daqueles cujos nomes permaneceram inscritos no livro da vida e os livros contendo os registros da vida de cada pessoa é investigado apenas para tornar claro ao universo porque aqueles farão parte da primeira ressurreição, para a vida eterna. Neste juízo investigativo, Cristo APLICA, aos salvos, todos os benefícios da salvação CONQUISTADOS na cruz. Tudo que era necessário ao perdão de nossos pecados foi totalmente provido na cruz, agora os BENEFÍCIOS são aplicados segundo o ministério que Cristo exerce no santuário celestial e que eram bem representados nos trabalhos de sacerdócio e sumo-sacerdócio do santuário terrestre. Esta é a teologia do Juízo Investigativo, não tem nada a ver com o juízo final que é aplicado aos ímpios. Toda a doutrina é guiada pelas representações que ocorriam no santuário terrestre e seu significado. Por isto a doutrina do Juízo Investigativo faz parte da doutrina do Santuário. O ritual de purificação do santuário terrestre simbolizava a eliminação de todos os registros contendo os pecados daqueles que manifestaram sua fé por meio do sacrifício de animais, que representavam a Cristo. Assim como, de antemão, os pecados de cada um era perdoado ao imolarem o cordeiro, também os pecados de cada um é perdoado quando nos arrependemos e buscamos perdão em Deus. Os benefícios do sacrifícios também são aplicados imediatamente após a aceitação de Cristo e o batismo, garantindo perdão a todos os pecados que cometemos em nossa vida antes de aceitar a Cristo. Quando o sangue do cordeiro era levado para dentro do santuário não era par condenar o indivíduo, mas justamente para redimi-lo. E assim o trabalho que Cristo realiza no santuário desde que subiu ao céu é em favor da redenção daqueles que O aceitaram. O ritual de purificação, resultava em um povo perdoado justamente porque manifestaram fé no sacrifício de Cristo e arrependeram-se de seus pecados. O juízo investigativo apenas confirmava o arrependimento do povo e aceitação do plano da salvação por meio de um sacrifício substitutivo expiatório e que apontavam para Cristo. Assim, mesmo sabendo de um juízo, que ocorreria sobre a casa de Deus, Paulo tinha plena convicção na salvação porque sabia que nenhuma CONDENAÇÃO há para os que estão em Cristo. Para os que estão em Cristo, irmão! Quanto aos da casa de Deus, que aceitaram a Cristo mas não permaneceram Nele, aí a coisa é diferente, tendo seu nome apagado do livro da vida, não participará da primeira fase do juízo, o investigativo/pré-advento, mas sim da segunda, que é a do julgamento dos ímpios e por consequência da terceira fase também, que é a de execução/condenação. Assim o objetivo da primeira fase do juízo e investigar. Mas investigar por que? Porque Deus gosta de colocar tudo em pratos limpos, para que todos os céus acompanhe a forma justa como Deus lidou com o pecado e os pecadores. O pecado, irmão afetou primeiramente aos céus! Satanás será julgado de condenado e não estava nos planos de Deus que a humanidade participasse deste castigo. O plano da salvação foi concebido para resgatar a humanidade e o processo de salvação escolhido é aquele que foi ensinado por meio das representações do santuário, desde o sacrifício do cordeiro até a eliminação definitiva do sangue contido no santuário e que simbolizavam os registros de nossos pecados. Enquanto os trabalhos diários simbolizavam a intercessão diária de Cristo, os trabalhos no dia da expiação representavam uma obra que ocorreria para dar fim a todo aquele processo, todos usando o mesmo sangue derramado por Cristo uma vez por todas na cruz. Assim, a doutrina do juízo investigativo é bíblica e bem embasada nas representações cerimoniais, sobretudo do dia da expiação. As informações de Paulo, irmão, vieram apenas par confirmar tudo aquilo que Deus já ensinava ao povo por meio de representações. É por isto que Paulo diz que a casa de Deus passará por um juízo, da mesma forma que a casa de Israel, a cada ano, passava também por um juízo. O décimo dia do sétimo mês no fim das 2.300 tardes e manhãs e de Daniel, este é o tempo apontado para o início dos trabalhos de Cristo na segunda fase de seu ministério que é de juízo. E assim como o sumo sacerdote continuava com os trabalhos diários de sacrifícios do cordeiro e intercessão pelo povo, no dia da expiação, assim também Cristo continua exercendo este trabalho, acumulando as funções de juiz e intercessor. Neste processo, irmão, Cristo é tanto nosso juiz como nosso advogado. Um abraço.

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